Anna 07/04/2014Decepcionante.Divergente é uma das séries mais bem sucedidas da atualidade. Disso ninguém pode discordar.
Com o final chocante e rápido de Insurgente, minhas expectativas para o último volume da saga, Convergente, foram às alturas. Eu esperava de tudo. Passei meses imaginando o que diabos havia depois da cerca, o que levou a sociedade a criar o experimento em Chicago e os motivos.
Mas o que eu li passou longe de tudo o que eu imaginava. E a minha decepção foi ENORME.
A sensação que tive ao ler o livro foi de que Verônica Roth se perdeu na própria história. O livro tinha tudo para ser fantástico. Os argumentos não convencem. Os personagens perdem a personalidade. A matança é desnecessária, e, não, eu não digo isso só porque um dos meus personagens favoritos morreu. Eu digo isso porque é realmente desnecessário tanto sangue derramado.
A narrativa é monótona, diferente da que recebemos nos dois volumes anteriores. Passa-se quase que em um lugar só. Outra coisa que senti muita falta na história foi à abordagem de como o mundo fora de Chicago estava. Durante todas as quinhentas páginas, ficamos presos em uma ladainha cansativa que, em minha opinião, poderia ter sido preenchida com coisas muito mais importantes e dinâmicas. O que aconteceu com os Estados Unidos? O que aconteceu com os outros países? O que aconteceu com o mundo, afinal?
A narrativa intercalada entre Tobias e Tris também não funcionou. Foram incontáveis às vezes em que eu me perdia, sem saber quem estava narrando. Não há uma forma de diferenciar os dois. E é aí que você percebe que o motivo para Verônica ter colocado a narração de Tobias na história foi somente uma: a morte de Tris.
#!@%$!!!!!!
SÉRIO. QUE. MORTE. DESNECESSÁRIA.
Os motivos que levam Tris para a morte simplesmente NÃO CONVENCEM.
Eu terminei o livro com a sensação de que Roth tentou dar um final épico para a saga, e no lugar disso conseguiu estragar uma história que poderia SIM ter sido épica, mas se tivesse sido mais bem trabalhada e desenvolvida.
Não vejo isso aqui como uma resenha, e sim como um desabafo de uma pessoa indignada que sequer tinha a saga como favorita. Se eu que li por puro desespero de saber o que iria acontecer , me senti indignada com a história, imagino o que um fã tenha sentido.
Para quem ainda vai ler o livro, já logo digo que sua reação será de duas, uma: ou você irá amar ou irá odiar. Porque, no fundo, a impressão que dá é a de que, Convergente, é um livro sem meios termos.