O Código Élfico

O Código Élfico Leonel Caldela




Resenhas - O Código Élfico


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Marcelo 25/05/2014

Longo demais
Uma idéia interessante mais fantasiosa em demasia. O livro é longo e se torna cansativo. Do meio para o fim só queria conseguir acabar, pois não gosto de abandonar uma leitura, mas foi complicado.
16/12/2015minha estante
Olá gostaria de trocar o seu código elfico por qualquer um da minha estante? Aguardando sua resposta




Vitor_Murano 05/05/2014

Muito fraco.
Não gostei. Parei no meio porque a história nunca engatava em um enredo que me agradasse. Além disso, a roteirização é fraca, com problemas pouco interessantes que não me traziam nada.

Desculpe, mas enquanto eu tiver livros mais interessantes como os do Eduardo Spohr, O Código Élfico vai ficar acumulando poeira na minha estante.
Vinicius.Villela 30/12/2019minha estante
Estou me forçando a ler esse livro... não sei porque estou me torturando, mas agora que comecei...




Rahmati 21/04/2014

O melhor escritor de fantasia do Brasil

Após o fim - postergado propositalmente - de O Código Élfico, percebo ter tanta coisa para dizer e não saber como dizê-lo. Sinto que não conseguiria exprimir o quanto gostei dessa obra...

Mas enfim, vamos lá, numa torrente do que vier pela cabeça.

Uma das coisas que mais me agradam no Leonel é a sua habilidade em quebrar clichês. Confesso que quase acreditei que esse livro seria diferente, quando o primeiro personagem se mostrou um elfo, e arqueiro ainda por cima. Mas o clichê caiu por terra no primeiro capítulo (aquele era o prólogo). A quebra dos clichês é notável nessa história, com muitas viradas imprevisíveis na trama, e com um final (feliz?, ou não?) que passa longe de ser clichê.

Sobre os personagens: Nicole Manzini é apaixonante, apesar de quase poder rebatizar a Lei de Murphy como Lei de Nicole... Astarte é foda, simples assim. Fora do padrão élfico, digamos assim, mesmo por ser mesmo gerado fora dos padrões. Felix Kowalski... é uma figura. Engraçado, paternal, um guerreiro de primeira linha. Os personagens secundários também são memoráveis - Custódio Dutra, o Menino-Diabo, as trigêmeas, Salomão Manzini, Emanuel Montague, os monges... Cara, Leonel é foda. "O" cara.

Sinceramente eu chorei no final. Claro que, sem spoilers, numa fantasia épica, alguém iria morrer no final. E eu sabia que "ele" iria morrer, isso foi óbvio pra mim desde o início. E chorei assim mesmo, cacete.

Além de O Inimigo do Mundo, foi o segundo livro que li dele, e o segundo que me surpreende. 'Bora ler os outros do sr. Caldela, que o cara sempre entrega mais do que promete.

5/5, fácil; excelente.

site: www.oblogdorahmati.blogspot.com.br
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Acad. Literária 21/03/2014

RESENHA - O Código Élfico
Resenha publicada originalmente no blog Academia Literária DF

Os seres humanos são a espécie dominante do planeta Terra, certo? Se não fosse assim, qual seria o papel da humanidade na história?
Quando Astarte – príncipe de Arcádia e último filho da raça dos elfos – completa seu treinamento segundo o código do nobre guerreiro élfico, domina todas as artes e habilidades élficas e se torna um arqueiro, é chegado o momento de enfim conhecer o seu destino e seu papel na sociedade regida por sua mãe, a Rainha da Beleza: abrir o portal a muito selado que conecta Arcádia à Terra e assim permitir que os elfos novamente exerçam seu domínio por direito ao mundo dos homens e recoloque a humanidade em seu devido lugar, escravos de sua raça infinitamente superior. Mas Astarte não conhece seu destino e quando este lhe é apresentado, não parece certo, nobre ou condizente com tudo o que lhe fora ensinado. Quando Nicole – filha de um cultista assassino, princesa das conspirações, famosa em sua terra e fora dela por todas as tragédias, mortes, abduções e estranhas coincidências ao seu redor – se vê obrigada a abandonar seu mestrado quase concluído em filosofia na Europa e voltar para a cidade de Santo Ossário onde nasceu e cresceu e para onde jurou jamais voltar, muito do seu passado e das razões para todas as estranhezas em sua vida serão explicadas. E, na garupa das respostas, muito do seu destino ficará desconfortavelmente claro. Quando mais um Festival de Cinema transformar a pequena e pitoresca cidade interiorana de Santo Ossário em uma passarela onde desfilarão as maiores beldades da Terra; quando o príncipe dos elfos despertar no mundo dos homens pela ciência e a magia combinadas por uma antiga família dedicada ao culto à deusa e aos senhores elfos; e quando a princesa das conspirações estiver de volta à sua cidade natal, um grupo de cultistas de uma deusa antiga e cruel, liderados por Emanuel Montague, o Dragão, estarão preparando o terreno e os rituais sagrados para o retorno da deusa e senhora dos elfos, a Rainha da Beleza. E então, mais uma vez, o domínio desses seres de vida eterna será estabelecido e os humanos serão escravos. Em oposição às forças dos elfos, da Rainha, do Dragão e dos cultistas se postarão Astarte, Nicole e uns poucos conhecedores dos mistérios de Santo Ossário e do verdadeiro sentido do código élfico. Duas espécies diferentes, dois objetivos distintos, quatro seres – dois predestinados (Astarte e Nicole) e dois imbuídos de vontade e poder (o Dragão e a deusa) – com papeis fundamentais no desenrolar dos fatos. Um representante de cada raça em cada lado da balança. A guerra pelo domínio da Terra irá começar.
As páginas dessa narrativa apresenta uma história de transmissão de conhecimentos; de treinamentos e preparação de guerreiros; da supremacia de uma raça superior e do culto a essa raça por uma outra inferior; da tentativa de retorno e dominação dos lordes élficos e de uma deusa maligna; da força e do poder da vontade; de guerra. Nesta história, os elfos personificam uma gigantesca contradição: são seres imortais (a menos que sejam assassinados ou escolham morrer de velhice), belos, em comunhão completa com a natureza, amantes da beleza, das artes, da poesia e da filosofia; e simultaneamente são seres arrogantes e convencidos de sua superioridade, escravocratas impiedosos, cruéis e sanguinários que encontram divertimento em caçar e exterminar humanos. O conceito literário aplicado a eles se assemelha aquele estabelecido por J.R.R. Tolkien, mas, diferente de seus semelhantes da Terra Média, os elfos de “O código élfico” não prezam pela bondade e justiça. Entretanto, um ponto deve ser explanado: a própria narrativa esclarece que houve um passado distante em que os elfos eram bons, praticavam e transmitiam os verdadeiros valores do código élfico (representados pela filosofia e o treinamento na arquearia), mas a raça corrompeu-se e degenerou para os valores atuais. A filosofia élfica, da maneira como é apresentada, parece se inspirar nas culturas orientais e inclusive – dentro da realidade em que se insere a trama – sugere que estas, de maneira inversa, foram inspiradas na cultura élfica. Outro conceito de difícil interpretação é a relação entre a vontade de um ser e o seu poder e sua capacidade de realizar algo. De um modo geral, “abstrato” é a palavra que mais se aproxima da função de traduzir as ideias contidas nessa obra.
A narrativa é intricada e confusa no princípio, repleta de idas e vindas no tempo e no espaço, além da relação temporal divergente entre a Terra e Arcádia, características que podem deixar o leitor um tanto perdido até que ele entenda a dinâmica da história. Conceitos filosóficos sobre a arte e o pensamento guerreiro – e o próprio treinamento em si – são elementos constantes no texto e transmitem noções bastante subjetivas que requerem um bom nível de abstração para ser assimilado. Mas à medida que o enredo prossegue e as questões vão sendo explicadas, a leitura flui com maior facilidade. E, com a aproximação do ápice da história, a leitura se torna mais dinâmica e fluída em virtude da gradativa aceleração dos acontecimentos. E o auge da narrativa se concentra na batalha final. Muitas reviravoltas e muitos eventos constroem o cenário caótico e intricado de um grande e épico desfecho.
Em todos os momentos da história, é interessante observar a construção dos personagens e o modo como o autor se vale deles. São, em sua maioria, seres pitorescos com características, razões e motivações bastante peculiares. Por mais que a premissa seja simples a princípio – humanos como o elo fraco e indefeso da corrente, elfos como o elo forte e dominante; os que querem dominar, os que desejam servir, aqueles que tentam resistir – as características pré-estabelecidas se diluem e se fundem e, no fundo, cada personagem é muito mais do que parece, muito mais complexo e insondável. Algo importante a ressaltar: mortes são frequentes e corriqueiras. O autor, Leonel Caldela, não vê problemas em se desfazer dos personagens tão criteriosamente construídos, independentemente do lado da balança em que estejam. Uma característica marcante do autor também se faz presente nesta obra: pequenas doses de sadismo permeiam a trama, seja nas experiências realizadas em Nicole durante suas abduções, seja nas atitudes dos elfos dispensadas aos humanos, seja na forma das mortes de vários dos personagens. Não chega a ser chocante mas é, sem dúvidas, bastante inquietante.
Narrado em terceira pessoa por um narrador observador, em “O código élfico” o foco da narrativa se divide entre os conceitos abstratos da Filosofia e do treinamento élfico e a ação dos preparativos e dos atos de guerra. Como explanado anteriormente, a narrativa é um tanto truncada no início mas ganha maior fluidez com o desenrolar da trama. Os capítulos são divididos em três Partes que dão o tom do ritmo da trama. A formatação do livro é simples mas muito condizente com o espírito da história e o pequeno símbolo do arco e da flecha utilizado nas pausas textuais demostram de forma sutil e delicada o cuidado dispensado à apresentação visual da obra.
E o mestre dessa jornada ao mundo e aos princípios élficos é Leonel Caldela, brasileiro apaixonado por RPG e morador da cidade de Porto Alegre no Rio Grande do Sul. No campo do RPG, Caldela escreve, edita e traduz livros e manuais pela Editora Jambô. Como escritor de romances, o autor teve sua grande estreia com a obra “O inimigo do mundo”, primeiro volume da aclamada Trilogia da Tormenta baseada no cenário brasileiro de RPG de mesmo nome. Possui em seu currículo dois outros títulos, dessa vez em cenário próprio: “O caçador de apóstolos” e “Deus máquina”. Com seu “O código élfico”, Caldela reforça suas marcas registradas e seu talento para criar histórias complexas e bem contadas, onde nem tudo é tão simples quanto parece. E assim, “O código élfico” é um livro para ser apreciado por quem nutre gosto por aventuras e desafios e por aqueles que gostam de ser surpreendidos por um desfecho inesperado.

site: http://academialiterariadf.blogspot.com.br/2014/02/resenha-o-codigo-elfico-leonel-caldela.html
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Ana Paula 09/02/2014

No início o livro me desapontou, porém com o desenvolvimento da história fui me envolvendo com os segredos escondidos na pequena cidade de santo Ossário. E com certeza este não é um simples livro de literatura fantástica, ele traz algo mais, tem certas descrições na trama que são realmente de aterrorizar deixando-te realmente aflito!
E os personagens? Como não amar o Félix? O Astarte?

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Alan 17/01/2014

Santo Ossário, a Silent Hill brasileira.
Juntando o nome “élfico” na capa do romance mais o fato da personagem principal ser uma mulher, meu preconceito julgou que esse livro trazia uma história de fantasia teen tipo um Crepúsculo da vida. Não podia estar mais errado. O Código Élfico traz uma aventura com toques de terror e fantasia em uma cidade do interior fictícia chamada Santo Ossário. O tom macabro no decorrer da trama me fez enxergar a cidade como uma Silent Hill brasileira. Inclusive usando todos os cenários típicos de histórias de mistério que se passam em cidades do interior como manicômios, porões cheios de segredos, açougues macabros, casarões antigos e cultistas. O maior diferencial é que aqui há elfos, duendes e grifos no lugar de fantasmas e demônios. Mas não se engane. Mesmo apresentando criaturas mais relacionadas a contos de fadas há passagens bem assustadoras. O livro conseguiu me deixar apreensivo em certas partes mesmo falando sobre elfos. Algo que nunca havia me acontecido antes.

site: http://www.almhpg.com/tolkienmetal/?p=1951
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neo 05/01/2014

Eu estava meio que com um pé atrás com esse livro. Depois de algumas experiências ruins com literatura fantástica brasileira, todo livro desse estilo originário daqui me deixa hesitante, e olha que é o meu gênero favorito (mesmo que tecnicamente O Código Élfico seja uma espécie de Science Fantasy, embora haja gente dizendo que é New Weird??? Eu sei lá). Já tinha O Código Élfico aqui desde 1500 a.C., mas continuava empurrando outros livros na frente com medo de acabar me decepcionando durante a leitura. Minha cisma foi tão tensa que mesmo depois de tê-lo iniciado enrolei por quase um mês para chegar na última página.

Ficar sem internet por dois dias foi a solução. Para minha surpresa (e para a das minhas amigas, que acompanhavam meus comentários durante a leitura), eu gostei.

Há várias coisas que me agradaram nesse livro. A primeira é a escrita do Leonel Caldela, que me lembrou um pouco a do Justin Cronin em A Passagem, ganhando assim minha aprovação em um piscar de olhos. O tom do livro é bem diferente dos outros que estão no mercado, e mesmo toda a mistura me deixando meio de testa franzida (elfos + ciência + fantasia + conspirações = ???, ou foi o que eu pensei), o modo como tudo foi apresentado me agradou bastante. O ritmo do livro é ótimo, tendo capítulos mais curtos quando necessário e sem aquela velha enrolação que enche o saco em livros não tão finos (O Código Élfico tem mais de 500 páginas).

Quanto aos personagens, eu gostei da maioria. Nicole, a protagonista, é legal, e o Astarte também é, mas não caí de amores por nenhum dos dois. O romance entre eles passou por mim impassível, mas não foi ruim. De um modo geral, me agradou, e os personagens secundários roubaram a cena várias vezes.

Há defeitos no livro, claro. As estripulias de Nicole e Astarte me irritaram além da conta. Sim, eu saquei que eles podem dar um duplo salto mortal de costas, mas a coisa me pareceu tão forçada que eu passava direto pra não me aborrecer ainda mais. Os ferimentos graves (e mortais) que permitiam que todo mundo continuasse fazendo mil coisas também me frustraram profundamente. Foi, sinceramente, o ponto baixo do livro (no final então…), mas acho que tirando isso não há nada mais a ser dito de modo negativo não. Os diálogos foram bons e sim, isso é uma grande coisa quando se trata de livros brasileiros para jovens (não vou citar nomes, mas).

Para finalizar, gostaria de deixar meu protesto para os escritores de fantasia brasileiros: parem de matar os personagens legais. Por favorzinho. A coisa está saindo de controle. Primeiro foi o André Vianco em Os Sete (até hoje não li Sétimo, e por quê? Meu personagem preferido morreu, muito obrigada), depois o Eduardo Spohr (Anjos da Morte está mofando aqui porque uma certa pessoa morreu no final de Herdeiros de Atlântida, para minha frustração) e agora o Leonel Caldela, mas esse não corre risco de eu não ler o próximo livro dele, já que O Código Élfico é volume único. Mas enfim. Parem.

É isso. 4 estrelas para O Código Élfico.

site: http://apicedepandora.blogspot.com.br/
Victor Silva 24/02/2014minha estante
Morreu nada...


Victor Silva 24/02/2014minha estante
pelo menos não o que você pensa no Anjo da morte, muito pelo contrario...


Victor Silva 24/02/2014minha estante
Anjos da morte*


Bianca 02/01/2015minha estante
Não desista de Anjos da Morte, o livro promete muitas coisas dessa certa pessoa que morreu em Herdeiros de Atlântida.




Rangel 02/01/2014

Um bom livro!
No início, confesso que não consegui me habituar com o ponto de vista que o autor descreve a narrativa, no desenvolvimento da história, ele alterna os pontos de vista entre os personagens principais (inicialmente Nicole e Astarte, depois Emanuel/Abel/felix) sem se importar muito com uma ordem cronológica. Mas, quando você se acostuma, fica fácil identificar o tempo e isso acaba se tornando um atrativo a mais para a obra. Os personagens são cativantes, Astarte, Príncipe dos elfos nascido em dois mundos, aprende a amar a imperfeição humana e vê nos olhos da Princesa das conspirações, a pessoa mais abduzida da terra(Nicole Manzini) um sentido na vida, algo em que/para que lutar.
Nicole, uma menina que perdeu a fé na raça humana devido aos devaneios de seu pai (Salomão Manzini) aprende com astarte a apostar novamente nos seres humanos, juntos, os dois desafiam os poderes da rainha da beleza, e de seu campeão na terra (Emanuel Montague) trilhando uma árdua batalha com cultistas, serial killers, e outros seres místicos e ritualísticos. Fico muito contente vendo autores brasileiros como Leonel Caldela se aventurarem nessa forma literária,magia, romance, momentos cômicos e muita aventura, formulas que foram usadas pelo autor para criar uma obra magnífica e inteligente, o código élfico e uma boa opção, para que deseja "viajar" sem sair do lugar.
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Lucy 03/11/2013

Apenas era.
"Contém informação básica, que não atrapalhará as descobertas de um futuro leitor e, portanto, não precisam ser classificadas como spoiler."


Nicole Manzini teve um passado trágico em Santo Ossário, a cidade para onde todos voltam. Ela e seu pai, Salomão Manzini, foram os únicos a sobreviverem ao massacre, ou melhor: incidente Manzini. Nicole passou a ser a musa das lendas urbanas e foi abduzida pelos médicos esqueletos várias vezes depois disso. Seu pai está internado no Manicômio Judiciário de Santo Ossário, a cidade mais pacífica que se tem conhecimento. Onde não há crimes. Ou pelo menos era o que achavam. Depois de 20 anos a cidade ainda é governada por Emanuel Montague, chefe da Strauss.
Emanuel Montague só desejava o poder. E conseguiu. Como chefe da Strauss e homem rico, ela deu início ao projeto Adônis. Emanuel queria criar um elfo em um laboratório na Terra. Mais especificamente em Santo Ossário, no Brasil. E isto, ele também conseguiu.
Astarte, pir sua vez, era um elfo. Não um elfo qualquer, mas o príncipe dos elfos e príncipe de Arcádia. Filho da Rainha da Beleza, Titânia. O príncipe estava aprendendo as disciplinas élficas cim os melhores mestres de Arcádia. Astarte tinha que ser perfeito. Perfeito como sua mãe. Perfeito como Arcádia. Perfeito como Algo.
E Algo fazia com que humanos fossem humanos, elfos fossem elfos, i mundo fosse o mundo. Algo fazia a flecha ser uma flecha. Algo fazia um alvo ser um alvo.
Então Algo mudou. As coisas aconteciam porque elas teriam que acontecer.
Nicole Manzini era Nicole Manzini porque Algo queria. E Algo dizia o quee ela precisava fazer.
Salomão Manzini era Salomão Manzini porque Algo queria.
Emanuel Montague era Emanuel Montague porque Algo queria.
Os Strauss eram Strauss porque Algo queria.
Astarte era Astarte porque algo queria. Astarte existia na Terra e em Arcádia porque Algo queria.
Felix era Felix.
E tudo existia em Santo Ossário.
Mas porque Santo Ossário?
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Beatriz B. 13/10/2013

A premissa do livro é incrível e os personagens são envolventes, mas desapontou no início. A história demora para prender, se resume em mesmice por páginas a fio e quando "andava" um pouco, o excesso de detalhes sobre a nova situação entediava.
A Trama: Depois de um prólogo confuso, o livro começa alternando entre o cotidiano dos protagonistas, Nicole e Astarte. Ambos vivem em mundos bem diferentes... literalmente. Nicole achava que cursando uma faculdade no exterior estaria bem longe de seu passado e da cidade natal, até receber uma carta do banco dizendo que perderia o apartamento e a bolsa de estudos e teria que sair do país com dívidas. Sem alternativa, volta para o único lugar que conhece, Santo Ossário, uma cidade fictícia mais envolvida com magia do que seus cidadãos imaginam. Enquanto deixa sua antiga casa habitável (pois quando tinha quatro anos de idade um sinistro incidente destruiu a mansão), Nicole conhece Felix, um mercenário que parece ser a única opção de amigo disponível. As poucas empresas existentes na cidade pertencem à família Strauss, tratados como realeza pelos cidadãos. O que ninguém suspeita é de seu envolvimento com culto à Rainha Titânia, citada como "A Rainha da Beleza", uma elfa sanguinária e cruel que se alimenta de sacrifícios. Porém seus planos não têm funcionado. Seu filho, Astarte, ao invés de unir-se a ela para matar os humanos, decide salvar a raça inferior, começando por ajudar Nicole.
Enquanto isso, a narrativa também acompanha o elfo Astarte. Ele treina a "arte élfica", com direito a muita filosofia profunda, em Arcádia, um mundo bem diferente da Terra. Entretanto, há um segredo importantíssimo em volta dele e algumas coisas começam a fazem sentido depois dessa revelação.
A trama é repleta de mistérios até o desastroso encontro dos protagonistas e para mim o clímax começou a partir desse ponto. Porém, depois da metade do livro, senti o ritmo ficar corrido, como se o autor quisesse se apressar, gerando furos na trama que dão um ar irreal, e não de fantasia. Quando tudo se acalma, volta o excesso de informações. Para compensar, as cenas de combate são sangrentas e pude visualizar bem as descrições, mesmo que o resultado de narrar muitas batalhas ao mesmo tempo tenha sido falho.

*Nota: Durante a narrativa, o autor explica um pouco sobre o que é a arte élfica e como tudo é movido por algo. É um conceito complicado e boa parte do livro foi de explicações sobre isso. A língua dos elfos em O Código Élfico é a mesma criada por Tolkien, o Quenya, mas Leonel transcrevia apenas a tradução direta.*

Os Protagonistas: Nicole foi ideal. Ela não desejava ser a heroína, assim como não queria ser o símbolo das conspirações, então ao invés de ficar lamentando, simplesmente seguia em frente. O autor entendeu que há um abismo entre "opinião formada" e "cabeça dura e teimosa". Nicole tem medos e recaídas, assim como pontos fortes, algo bem diferente de "coragem heroica e cega". Ao longo do livro, ela passa por uma jornada de autoconhecimento, amadurece, aprende a se importar com as pessoas e a enxergar o potencial por trás do rótulo de “Princesa das Lendas Urbanas”.
A primeira imagem que tive com a descrição do elfo Astarte foi Legolas de Senhor dos Anéis, mas isso me ajudou a imaginar os outros elfos citados, já que não há descrição da aparência deles e mesmo que seja óbvio, eu espera isso de um livro onde o autor faz questão detalhar quase tudo. Enfim, Astarte sabe muito bem qual sua "missão" e não dá uma de Sou a última esperança do mundo por causa disso. Achei interessante descobrir seu passado, totalmente diferente do que esperava. A escolha que ele toma, para a infelicidade de Arcádia e sorte dos humanos pode parecer spoiler, mas o maior divertimento do livro é o que ela acarreta.
Eu gostei de o autor não fazer da paixão dos dois protagonistas o ponto principal e sim só mais um detalhe, porém a forma como tudo é “criado”, instantâneo e óbvio, não me convenceu. Em suma, ambos os protagonistas contaram pontos positivos, pois mesmo perdidos e conturbados, se dedicaram em descobrir os planos dos cultistas ao invés de desperdiçar tempo com conflitos internos que não levariam a lugar nenhum.

Os Personagens Secundários: São tantos personagens que se eu fosse citá-los a lista seria infinita, mas são três os mais importantes.
Félix deu mais humor à trama. No começo, ele parecia apenas mais um fã obcecado por Nicole, mas depois conhecemos melhor seu passado, qual sua visão do mundo e motivos para buscar vingança, me fazendo vê-lo de uma maneira mais tangível e classificá-lo como importantíssimo no livro.
Agora os vilões! No começo, Emanuel Montague era apenas um dos muitos personagens “ocupando espaço”, mas ele foi subindo de cargo e o meu nível de compreensão da sua vilania também. Emanuel desde pequeno é tão manipulador que fez uma cidade inteira o ver como exemplo e com admiração. Entretanto, por trás de todo esse carisma, Emanuel brinca com a mente das pessoas, como se todos fossem peças de jogo, além de ser responsável pelas cenas de luta mais agonizantes!
Já Salomão Manzisi foi considerado o último Dragão na época em que sua filha Nicole era pequena, porém o resultado da derrota acabou com sua vida, mas não com sua fama ou espírito assassino. Salomão acreditava que a Rainha falava com ele através de detalhes aleatórios, portanto sempre caçou mensagens subliminares em tudo e novas vítimas para praticar sacrifícios e cultos à Rainha na própria casa.

Capa, Diagramação e Escrita: As cores mórbidas da capa e seu interior
combinam com a história, estranha e anormal, no melhor sentido. Não me atrairia numa livraria, mas seu tamanho contorna isso. A diagramação está muito boa, as letras são maiores que o habitual e ocupam boa parte da página. Um arco e flecha é a divisão na mudança de foco na narrativa. No geral, Leonel faz várias comparações com uma trama de horror clássico hollywoodiano, talvez porque seu livro se assemelha a uma em vários aspectos e ele quis fazer um humor por cima disso. Não nego que foi uma leitura difícil, mas quando conseguiu me prender, analisei melhor a escrita do autor e falo com sinceridade que Caldela escreve muito bem quando não exagera na minuciosidade das descrições e merece palmas por fazer bons personagens. O que mais me fixou na leitura foram os seus diálogos, pois percebi diferenças no modo de falar dos personagens.

Concluindo: Gostei da inovação da mitologia sobre os elfos, pois geralmente são serem pacíficos, mas neste livro eles usam sua artilharia para um propósito cruel e sanguinário. Eu não achei o final satisfatório. Depois de encarar um tijolo desses, o livro tinha de ter um final, mesmo havendo possibilidades de uma continuação, porém o autor encerra o volume sem definir nada, não é exatamente um gancho, eu achei que ficou muito vago. O livro tinha potencial, mas apenas perto do fim me envolvi realmente e esse foi o maior ponto fraco: os detalhes se estendem demais, muitos deles são desnecessários e alguns não convenceram.
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Newton Nitro 19/09/2013

Uma obra de peso de fantasia e horror!
Leonel Caldeia é fantástico. Pronto. Minha resenha acabou, pegue e leia o Código Élfico. Se você curte escrever, e sonha em algum dia virar escritor profissional, leia o Código Élfico.

Mas eu tenho que falar alguma coisa do livro, não? Vamos lá.

O “Código Élfico” é uma obra de peso, daquelas que o escritor encara uma tarefa épica de criar um mundo do nada, complexo e interessante, chamar o leitor para dentro dele em uma jornada. É uma obra impressionante em seu escopo, um exemplar do New Weird, ou a Nova Literatura Estranha ou Fantástica, autores que a partir da segunda metade dos anos 90 começaram a mistura gêneros literários como a ficção científica, a fantasia e o terror em uma nova roupagem. Em “Código Élfico” a mistura é da fantasia clássica de inspiração tolkeana, os elfos da história, com o gênero de horror contemporâneo.

O Código Élfico é muito bem escrito, o texto mostra o profissionalismo e a habilidade de Leonel Caldela, e recomendaria para quem quer escrever literatura de fantasia contemporânea. Li algumas resenhas que acharam partes do texto difícil, eu discordo delas, achei muito acessível e profundo. Os personagens são bem construídos e interessantes, com diversas camadas. A jornada interior dos personagens acontece em paralelo com os eventos épicos exteriores.

A trama é complexa e mistura de vários elementos fantásticos, conspirações, horror, magia, etc. Só para ter uma idéia, olha a sinopse oficial do livro:

A pequena cidade de Santo Ossário esconde muitos segredos. Entre os habitantes, Nicole, uma jovem corajosa, descobre estar ligada aos mistérios da cidade, o que a leva a uma investigação sobre o próprio passado. Seu pai foi um famoso assassino que pertencia à ordem de seguidores de uma deusa oculta, sacrificando inocentes em rituais. Em Arcádia, um mundo paralelo governado pela deusa, vivem os elfos. Criaturas perfeitas que há milênios sonham em recuperar o poder sobre os humanos. Finalmente veem a esperança no novo guerreiro Astarte, treinado em arquearia, que deve abrir o portal que liga os dois mundos e exercer o domínio da Rainha sobre a Terra. Astarte, no entanto, é o único que desconhece o seu destino, até o momento de cumprir com a sua sina. Avesso aos interesses do seu povo, o elfo resolve juntar-se aos mortais em Santo Ossário. Agora, Nicole e Astarte estão ligados a um mesmo propósito: reunir os habitantes da pacata cidade e derrotar os seres místicos que ameaçam dominar o mundo.

Nerd véio como eu, depois de uma sinopse dessas, eu tinha que ler esse livro.

Um dos pontos fortes de Leonel são suas cenas de ação. São cinematográficas e emocionantes, unindo as emoções internas dos personagens com o que acontece na cena. E o mais importante, Leonel usa grande parte da narrativa para conhecermos os protagonistas Nicole e Astarte, o que faz com que, quando chegam as cenas de ação, eu estava emocionalmente investido nos personagens. Gostei muito do personagem Felix, principalmente pelo elemento de humor que ele introduziu na trama.

Mas o que mais me chamou atenção foi a cidade de Santo Ossário, uma cidadezinha do Ceará, bem brasileira. Eu leio trocentos livros de fantasia gringos por ano, e ver uma cidade bem brasileira, com personagens bem brasileiros é muito bom! O livro também aborda questões filosóficas interessantes a respeito da força de vontade humana, dando uma profundidade interessante na história.

Fica a recomendação.
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Bruna Fernández 11/09/2013

Resenha para o site www.LivrosEmSerie.com.br
Os elfos são belos e imortais, a mais perfeita das raças. Mas, para que haja um povo de guerreiros e poetas, é preciso haver um povo de escravos.

Ler um livro de fantasia de um autor nacional e ficar impressionada com a narrativa está virando algo comum. Pelo menos para mim. Não sabia o que esperar de O código élfico quando o livro caiu nas minhas mãos e estava um pouco apreensiva em relação à narrativa, e também por não conhecer o estilo de escrita do autor, mas o livro me surpreendeu.

O código élfico se passa, na maior parte do tempo, na cidadezinha brasileira e fictícia de Santo Ossário – um nome escolhido a dedo pelo autor, leiam e descobrirão o porquê – e, como toda cidade pequena, é intrigante e cheia de segredos. Olhando de fora parece ser apenas uma pacata cidade, conservadora e acolhedora. Mas a cada página virada a cidade se transforma em um antro de intrigas, mentiras e obscuridade, assim como os seus moradores. A protagonista, Nicole Manzini, está ligada aos mistérios de Santo Ossário e ao voltar para a cidade precisa encarar a verdade mais cruel da sua vida: seu pai, Salomão Manzini, foi um famoso assassino, pertencente a uma ordem de seguidores que sacrificava inocentes em rituais para uma deusa.

Essa deusa é a Rainha Titânia de Arcádia, um mundo paralelo ao nosso onde vivem os elfos que sonham há tempos em recuperar o poder sobre os humanos e escravizar a nossa raça novamente, mas para isso eles precisam abrir o portal entre os dois mundos. Isso se torna possível com o novo guerreiro Astarte, nosso segundo protagonista. Treinado em arquearia para ser um guerreiro, Astarte desconhece seu destino e acaba por questionar os interesses de seu povo, resultando em uma parceria com Nicole para impedir que os elfos dominem nosso mundo novamente.

“- Está preparada?
- Não. Mas isso nunca me impediu. (p. 108)”


O livro tem uma quantidade absurda de personagens incríveis e eu poderia escrever páginas sobre todos eles, mas resolvi poupar vocês e falar somente dos principais. Nicole Manzini foi a que mais me surpreendeu. A personagem tem uma personalidade forte que pode ser confundida com teimosia em alguns momentos. Cética, valente e de opiniões fortíssimas, todas elas sempre muito bem explicadas pela personagem e também ao longo da narrativa que mostra alguns momentos do passado da garota. Pra mim, foi a criação mais perfeita autor. Nicole me conquistou desde o começo com suas falhas humanas e sua jornada ao longo do livro me surpreendeu.

Já o elfo Astarte traz um visão interessante pra história: sendo de um mundo diferente, existem muitos conceitos do nosso mundo que são difícil compreensão para ele. Ao mesmo tempo, muitas ideias e conceitos do elfo são complexos demais para os “limitados” humanos. Isso cria um vínculo de trocas de ensinamentos entre os dois protagonistas e o Leonel conseguiu fazer isso de uma forma envolvente e até mesmo divertida, sem tornar esses momentos em discussões filosóficas maçantes. Um detalhe curioso também é como o autor retrata o povo élfico na história: geralmente um povo pacífico, os elfos de Leonel são cruéis.

“Se você entender chocolate, entenderá a humanidade – proferiu a garota. – É gordo, cercado de propaganda, doce demais. Faz mal e domina tudo que toca. Mas qualquer um que não goste de chocolate é indigno de confiança. (p. 220)”

O destaque de personagem secundário vai, com toda certeza, para Félix, um mercenário que tem os seus próprios motivos para a sua vingança. Grande fã das mais loucas teorias conspiratórias, das quais ele acredita serem todas muito verdadeiras, o ruivo barbudo é responsável pelo alívio cômico na história, e se torna uma peça crucial para o enredo. Os vilões Salomão Manzini e Emanuel Montague são grandes manipuladores e um acaba sendo a ruína do outro, há um enorme abismo na disciplina de ambos e é interessante ver como o autor trabalha isso.

A forma como o Leonel misturou a fantasia urbana com a fantasia medieval é um dos pontos positivos do livro, ele conseguiu mesclar os dois estilos com muita leveza e naturalidade. O trabalho editorial dispensa comentários, como todos os livros lançados pela Fantasy, podemos ver o cuidado em cada detalhe, desde a capa até os detalhes internos e separações de capítulos. Com todos os elementos necessários para uma boa jornada fantástica, O código élfico é uma ótima adição para a literatura nacional. Não deixe de visitar Santo Ossário – a cidade para onde todos voltam.

“Já é o começo do aprendizado. Não existe diferença entre a metáfora e o que ela representa. (p. 438)”

site: http://livrosemserie.com.br/2013/08/05/resenha-fora-de-serie-o-codigo-elfico-de-leonel-caldela/
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Sheila 08/09/2013

Resenha: "O Código Élfico" (Leonel Caldela)
Por Sheila: Oi Pessoas! Resenha de autor brasileiro na área ... e de literatura fantástica, um gênero que vem ganhando cada vez mais autores, atenção e crescimento nos últimos anos. Apesar de que iremos encontrar no universo descritivo criado por Leonel um misto de literatura fantástica, aventura, ficção científica, onde a realidade, o mito e a fantasia se misturam em um só.

A maior parte da trama ambienta-se na cidade de Santo Ossário, fictícia, mas que se encontra em uma região remota do Brasil, famosa por duas questões: uma é pelo seu festival de cinema; outra, mais peculiar, são os eventos bizarros ocorridos na cidade, muitos anos antes do momento em que a narração da estória começa.

Num primeiro momento seremos apresentados - ainda que separadamente - aos dois personagens principais da trama: Nicole, uma das sobreviventes aos acontecimentos noticiados em todo o país acontecidos há muito em Santo Ossário, conhecida como a "Rainha das conspirações"; e Astarte, príncipe dos elfos de Arcádia, isolado dos seus até terminar por completo seu treinamento de guerreiro.

"Era a última vez que o chamava de mestre, Astarte o havia igualado.
O mentor não demonstrava qualquer satisfação; não demonstrava nada. Era pura serenidade, rosto sem expressão, sentado sobre os calcanhares na relva úmida de carvalho ...
- Vossa Alteza é Astarte. Filho de Sua Majestade, Titânia, a Rainha da Beleza. Principe dos elfos. A Primeira Flecha de Arcádia.
Prostrou-se em respeito. Astarte se ergueu.
- Então agora poderei obter respostas Harallad? Conhecerei o palácio? Conhecerei minha mãe?
- Em breve, Alteza, conhecerá seu verdadeiro destino."

"Era só mais uma abdução. Assim como tantas outras, como talvez havia sido a perda de memória em plena universidade, meses antes. Era uma droga, mas quase rotina para a pessoa mais abduzida do mundo. A filha do Estripador das Hortências, a musa das lendas urbanas, garota da capa de tablóides sensacionalistas, celebrada nos principais sites sobre assassinatos ritualísticos.
Nicole Manzini, a Princesa das Cnspirações."

As histórias dos dois mundos são contadas em paralelo, sendo-nos dado sinais sobre pontos de interseção entre os dois, sendo que o mistério por detrás da infância de Nicole e do isolamento de Astarte dos outros de sua espécie vão sendo progressivamente desvendados.

"Voltando a emudecer a televisão, Félix reuniu os outros materiais que pesquisara: os discos, as palavras cruzadas, as demais fitas de vídeo,
- Todos tem algo em comum Nicole. Fazem alusão a essa mulher. Muitos chamam-na de deusa, como seu pai, mas outros usam o termo "Rainha". falam da Rainha e do Dragão.
- Você acha que meu pai era ...
- Não sei. Mas o dragão parece ser um tipo de servo ou campeão favorito. Tudo isto - fez um gesto para o porão inteiro - é culto à Rainha."

Até o momento em que os dois, Nicole e Astarte, nosso universo e o de Arcádia, se tocam e se encontram. Agora os dois, juntamente com Félix, um ex militar em busca de respostas que ele nunca imaginaria serem respondidas por um elfo, irão enfrentar uma das maiores conspirações do planeta, para tentar salvar a terra de uma dominação arquitetada há milênios.

A ideia de sincronicidade perpassa toda a trama do livro, que é dividido em três partes: uma focada na história de Astarte, outra na de Nicole e, por fim, da jornada conjunta rumo a uma batalha épica pelo controle da vida no planeta como é conhecida, batalha ambientada na aparentemente pacata, mas sombria e perversa cidade de Santo Ossário.

Os personagens de Leonel Caldela são profundos e complexos, e a jornada que empreendem é muito mais interior do que física. Vi algumas resenhas que ressaltavam de uma maneira negativa o prólogo confuso e o uso excessivo de descrição. Eu, particularmente, fui instigada pelo prólogo, que não explica nada até mais da metade do livro, e na narrativa de Caldela é como se cada descrição e diálogo servissem para aprofundar mais as relações complexas existentes entre os dois mundos que buscam se fundir - sendo a destruição de um deles a consequência.

Um livro, na minha opinião, muito bem escrito, reunindo aventura, ação, romance, cenas descritas de forma crua, relatando o horror, o mal presente dentro do ser humano, aliadas a uma descrição com toda a sutileza necessária para descrever a transcendência existente na forma como todos os acontecimentos se confundem e complementam para chegar ao desfecho final - uma batalha épica e eletrizante.

Leonel Caldela, virei fã. Recomendadíssimo.

site: http://www.dear-book.net/2013/09/resenha-o-codigo-elfico-leonel-caldela.html
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