Ilana 12/06/2020
Uma história de tirar o fôlego
Tenho a mania de ao começar a ler um livro novo contar um pouco do enredo pra minha mãe. Dou um apanhado geral da história e vou atualizando. Quando gosto muito do livro fico enchendo o saco, quando o livro é instigante ela mesma vem conversar para descobrir um pouco sobre. E, ao término, eu conto como acabou, se o casal principal ficou junto, quem era o assassino e todos os pormenores.
Em Cipreste Triste - mais uma vez, diga-se de passagem - minha mãe me surpreendeu não somente ao ouvir minha falação, como também ao descobrir quem era o assassino (coisa que eu não notei até a derradeira revelação).
O enredo, como todo livro de mistério da rainha do crime é instigante. Um assassinato é cometido contra uma jovem bonita, carismática e sem inimigos. A única suspeita é a ex-noiva de um jovem que se apaixonou pela vítima.
A partir daí a narração fluída de Agatha leva os leitores - e depois o grande Hercule Poirot - na busca incessante pela verdade: teria Elinor Carlisle matado Mary Gerrard? Mesmo que todas as provas apontem para ela?
O texto é divertido, cheio de pistas e com personagens suspeitos da cabeça aos pés. O desfecho embora feito de forma simples nos ajuda a rememorar o caminho que aponta para o crime e a pessoa que o executou. Agatha conseguiu mais uma vez uma história de tirar o fôlego e capaz de prender o leitor até às últimas páginas.