Menos vivi do que fiei palavras

Menos vivi do que fiei palavras Nilto Maciel




Resenhas - Menos vivi do que fiei palavras


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Cláudio B. Carlos 12/05/2017

Terminada a leitura de “Menos vivi do que fiei palavras”, de Nilto Maciel. O livro é ótimo – trata-se de um diário –, e foi lido de uma assentada só. Interessante ver as angústias que também são minhas num escritor que tanto admiro.

 
 
 
12/12/2012
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Penalux 19/10/2017

A vida das palavras

Nilto Maciel no seu diário, discorrerá profundamente sobre os seus processos de escrita, sua imersão no mundo literário, suas divagações, quase sempre movidas sobre a angústia de uma procura pelas palavras.
Nesta busca o escritor divide sua obra em sete partes designadas por datas, sendo que a cada ano são agrupados um conjunto de contos nomeados. O tema recorrente que Nilto Maciel traz para o seu livro, é esta procura pelo refinamento de sua produção literária, o seu descobrimento da magia do conhecimento advindo dos livros clássicos.
Em algumas passagens o escritor falará não somente daquelas letras que vem trazer reflexões às grandes questões da humanidade, formuladas pela fantasia das histórias de ficção, mas também relatará ao leitor, a cultura que advém do conhecimento, trazido nos livros, que está presente em todos os campos do conhecimento, histórico, geográfico, literário, matemático.
Algumas divagações sobre a vida são postas sutilmente, como no conto “Sérgio Campos e meus Papiros”, no qual o autor cita “ o maior inimigo do escrivão literário, e de qualquer criador, é a preguiça, a desilusão. Depois vem a vida social. É perda de tempo medonha. Como viver apenas para gerar? ”. Aqui Nilto demonstra sua frustração quanto as relações sociais e as atividades que o distraem do seu objetivo de sorver todo o conteúdo gravado nos livros, para que assim o seu objetivo maior de fiar palavras seja alcançado.
“Menos vivi do que fiei palavras” resume bem esta busca às vezes tormentosa da procura pelas palavras, a despeito das ações desenvolvidas nas relações e na exposição ao mundo, porque a vivência da qual fala o livro não é a realizada na ação, mas sim a vivência formulada pelo verbo.
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