O Livro da Loucura e das Curas

O Livro da Loucura e das Curas Regina O’Melveny




Resenhas - O Livro da Loucura e das Curas


47 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4


Isabella Pina 05/05/2021

Eu tinha baixas expectativas com esse livro, e acho que ele se mostrou ser o que eu esperava: algo que não funcionou muito bem pra mim. Pra começar, o que eu gostei: achei a escrita da autora boa, meio floreada, meio romântica, e funcionava na maioria das vezes - mas não sempre: dependendo do contexto, acabava soando um pouco forçada. A proposta da história também é boa: eu gostei de acompanhar a protagonista enquanto ela viajava pela Europa atrás do pai. Gostei de me sentir visitando os lugares, mesmo que nenhum tenha me marcado de maneira significativa.

Quanto aos personagens, nenhum é muito notável. A protagonista, Gabriella, me deu sentimentos conflitantes: às vezes gostava dela, às vezes a personalidade dela tinha algum tom que me fazia ficar de saco cheio. Os outros personagens não têm um espaço muito significativo na história, na verdade. Seus criados, Lorenzo e Olminia, são até que interessantes, muitas vezes eu ficava do lado delas e não da Gabriella nas situações, porque eram mais sensatos. O pai de Gabriella aparece mais em flashbacks, e sua personalidade me lembrou qualquer cientista idoso desses filmes de época, com um quê de anormalidade. O romance aqui não ocupa muito espaço, e eu achei isso bom, porque o par romântico da Gabriella também entra na categoria "baunilha" do resto dos personagens.

Apesar de superficialmente esse livro parecer ser só uma coletânea de viagens de uma jovem burguesa do século XVI, a história é na verdade muito mais sobre ela, especificamente. O destaque do livro é dela, e toda essa jornada é pra personagem crescer e amadurecer, encarar de verdade quem seu pai é, e não a lembrança do que gostaria que ele tivesse sido, enquanto aprende a se conhecer e superar seus traumas. É uma proposta boa, e eu tenho certeza que teria funcionado melhor se eu autenticamente gostasse da Gabriella, mas nunca passo do ponto de achar ela "ok". Inclusive, eu poderia falar isso de todo o livro: ele tem momentos legais, mas nunca evoluem pra algo que se destaque de outras leituras. Talvez o gênero de ficção histórica não seja muito pra mim, no final das contas, porque eu estou longe de entender a Europa do século XVI e suas referências, e não posso dizer que esse livro me deixou mais curiosa nesse assunto.

A conclusão da história é meio corrida, e um pouco decepcionante por conta disso. Não digo que fica um gosto de quero mais, mas eu gostaria de ter tido mais informações sobre o que motivou a Gabriella a viajar metade do mundo. O ritmo do livro não é ruim pra mim, mas quando chegamos ao final, dá pra notar que o resto da história poderia ter sido contado de outra forma pra deixar mais espaço à conclusão. Enfim, não é um livro que eu me importei, infelizmente.

Obs.: a revisão desse livro poderia ser melhor - mas foi engraçado ver um "viajem" escrito.

NOTA: 2 baús de medicamentos
comentários(0)comente



Lore 09/03/2018

Que livro!
A meu ver, uma das questões mais interessantes do livro é perceber que a autora teve grande cuidado em pesquisar o contexto para construir sua narrativa. Nota-se isso através das diversas descrições: das paisagens (cidades, rios, montanhas, vilas, florestas, mar) nas diferentes estações do ano; construções das casas; práticas econômicas; a vida cotidiana nos diferentes lugares por onde a protagonista passa; as formas de viajar; os cheiros dos lugares; os sentimentos dos personagens e sua percepção sobre os lugares por onde passam; concepções sobre as mulheres; noções médicas da época e de quem praticava a cura no período; os centros de estudo da medicina na Europa e Norte da África, etc.

A forma como isso tudo é descrito é bem viva, permitindo um "mergulho nesse contexto"; a narrativa é construída tentando ao ritmo da vida na época. E isso é ao mesmo tempo um dos pontos positivos e negativos do livro. O início pode parecer um pouco cansativo, mas conforme as viagens vão ocorrendo, a narrativa vai ficando mais e mais interessante.

Outro ponto positivo é a tipologia das doenças e as concepções acerca de suas causas e formas de cura. Ao mesmo tempo que reconhecemos algumas enfermidades, também percebemos que muitas vezes a definição do que era doença e saúde no período era distinta da nossa.

Quanto ao lado negativo do livro, o que mais me incomodou foi o final. Um livro tão bom merecia uma conclusão mais bem feita. Tudo ocorre muito rápido, parecendo até o capítulo final de uma telenovela.

Com tudo isso, fiquei curiosa em saber qual a bibliografia consultada pela autora RS. Também senti falta de uma nota esclarecendo sua motivação em escrever o livro e a forma pela qual optou fazê-lo. Não sei se a edição original possui esses itens. Pesquisando no YouTube, encontrei uma pequena entrevista com a autora na qual ficamos sabendo alguns dos motivos que a levaram a escrever essa história - The Book of Madness and Cures exclusive author interview (https://www.youtube.com/watch?v=q4UvfODbW-Y).
comentários(0)comente



Samantha @degraudeletras 25/07/2013

Samantha Monteiro - Word in My Bag
O mundo estava errado. Havia vazio por todos os lugares.

Gabriella Mondini é uma jovem veneziana com 30 anos que dedica-se à Medicina, seguindo a profissão do pai, em plena Europa do século XVI. Uma mulher ruiva que trabalha com ervas e curas neste período é vista como bruxa e herege. A avó da garota, que era parteira e entendia de ervas medicinais chegara a ser acusada de bruxaria.

O pai de Gabriella saíra de casa quando ela tinha 20 anos com o intuito de estudar sobre as doenças e suas curas, podendo assim concluir seu ambicioso livro, O Livro das Doenças.

Após esperar 10 anos pelo retorno do pai, aos consolos de cartas enviadas por ele durante este período, Gabriella resolve trazê-lo de volta para casa. Ela viaja com sua mãe de leite e atual criada, Olmina, e Lorenzo, esposo dela. Seguindo as pistas de seu paiatravés de suas cartas e amigos que fizera durante a viagem, Gabriella arrisca-se pelos Alpes da Suíça, pelos campos da Alemanha e Marrocos, encontra-se com os médicos e estudiosos mais renomados da Europa, aprende e ensina não apenas sobre cura, mas também sobre a vida.


A capa deste livro é muito charmosa, o título me ganhou antes mesmo de eu ler a sinopse.

Durante a narração em primeira pessoa é pessível deparar-se com a leitura de algumas cartas do pai de Gabriella e as anotações dela sobre as doenças. A jovem apresenta preferências por descrever as doenças da mente e da alma.

A escrita de Regina OMelveny é encantadora e chega a romantizar os pensamentos dos personagens, talvez por ela já ter habilidade com a poesia. De maneira envolvente, viajamos com os personagens às ruas lamacentas da Europa do século XVI, onde era comum o cheiro de corpos queimados devido a caça às bruxas. A estória poderia ser uma aventura épica, uma jornada inesquecível ou algo absurdamente grandioso, mas a autora nos deixa em uma narrativa realista mostrando os infortúnios e desprazeres de uma viagem naquela época. A mistura desde realismo descritivo com a visão romantizada quando se trata das ideias trouxe um ar ainda mais agradável à leitura.

Os personagens são bem construídos. Lorenzo, cheio de sabedoria popular e mestre no trato com os animais. Olmina, a ama que entende de ervas medicinais, sensível e sensitiva, dedicou sua vida a cuidar da menina ruiva. Gabriella, determinada, inteligente e apaixonada pelas coisas da vida.

É estranho como Gabriella permanece em um constante estado de negação quando o assunto é a duvidosa sanidade de seu pai, por mais que todos relatem acontecimentos e façam comentários a respeito da mente adoecida dele, a jovem insiste em não acreditar nisto.

O Livro da Loucura e das Curas é um bom livro, mas não supriu tudo o que eu esperava dele. Ao longo da leitura ele mostrou-se cansativo, talvez pelo ciclo dos acontecimentos (chegar em uma cidade, se hospedar, conhecer algumas pessoas, estudar um pouco, escrever, descobrir uma nova pista, algumas vezes com um pouquinho de confusão e, então, partir para outra cidade), mas o final é surpreendente.

site: http://www.wordinmybag.com.br/2013/07/o-livro-da-loucura-e-das-curas-regina.html
comentários(0)comente



Jessicaassncao 01/08/2018

"Não julgue o livro pela capa", no meu caso, Pelo título.
Começo essa resenha fazendo uma breve confissão: Sim, eu tive um PRÉ CONCEITO com esse livro tudo por causa do título e, só fui lê-lo 2 anos depois de o ter ganhado. Quando ganhei ele pensei que era algo relacionado ao espiritismo ou coisa assim, mesmo sabendo que era um romance, mas eu estava enganada. O livro é cheio de sensibilidade e profundo. Não o considero um "Romance" completo, porque isso não foi muito explorado, mas o fato dela amar o pai incondicionalmente e ir a procura dele é comovente.

Gabriella Mondini é uma jovem médica e viúva, ela exercia sua profissão com a influência de seu pai, também médico. Um dia ele sai em expedição para buscar mais recursos sobre doenças e medicamentos desconhecidos para registrar no seu livro das "Doenças e das Curas", mas depois de muitos anos ele envia uma carta para sua filha dizendo que não irá mais voltar e deixa claro: Ela não deveria ir procurá-lo. Gabriella, que enfrentava um problema com a Guilda dos médicos de Veneza que a afastara do cargo por não ter mais a supervisão do pai, fica ainda mais preocupada quando recebe a carta de seu pai e então toma a decisão de ir sim procurá-lo.
Ela e seus criados que também eram seus companheiros de viajem: Olmina e Lorenzo, embarcam na aventura desconhecida de traçar todos os trajetos que o Dr.Mondini traçou para encontrá-lo. Eles passam por diversas cidades, países e, o mistério do desaparecimento do pai vai ficando ainda mais confuso. Em nenhum momento ela desistiu e, enquanto o procurava aproveitava também para dar continuidade ao livro da doenças e das curas que escrevia junto com o pai.

O contexto histórico do livro é todo voltado para o século XVI, uma época renascentista com uma cultura cheia de racionalismo, experimentalismo, individualismo e também tem toda a questão do antropocentrismo: "O homem como o centro do universo e criação de Deus". sabendo disso, você já pode imaginar o quanto a história é sensível e densa. Regina O'Melveny, soube explorar muito bem esse contexto histórico e, soube criar a sua história e seus personagens em cima disso. Gabriella é uma personagem forte e cheia de personalidade; determinada, teimosa e focada. No decorrer dos capítulos ela vai adquirindo uma maturidade surpreendente. A paixão pela medicina vem desde menina e ela se orgulha disso, mas nas condições da época mulheres médicas eram consideram bruxas e impedidas de exercer a profissão, assim como as curandeiras e parteiras. A autora aborda justamente isso: uma Europa conservadora onde mulheres fortes e ousadas eram reprimidas e silenciadas, um século que tínhamos que nos sucumbir a uma sociedade machista. Mas a personagem não se submete a isso, ela tem voz e enfrenta quem quer que seja.

O começo da leitura é um pouco cansativa, lenta até demais! Mas, quando Gabriella embarca nessa aventura a história começa a ficar mais interessante e envolvente. Nós descobrimos culturas novas, doenças na qual nunca ouvimos falar, a maneira como ela relata uma doença desconhecida em seu livro e muitas outras coisas legais. O livro é muito rico em conhecimentos gerais, a escrita da autora é de uma delicadeza sem igual e a diagramação da editora também é impecável. Uma coisa não posso negar: Regina caprichou nos quotes. Para começar na própria capa tem um quote incrível e conforme você vai lendo mais frases lindas e tocantes vão aparecendo no decorrer do capítulos, então se você está disposta a ler esse livro incrível, fique logo com uma caneta na mão. rs

Espero que tenham gostado, beijos!

PS. Deixem aqui nos comentários o que vocês também achou do livro ou se pretende dar uma chance a ele.

site: https://www.instagram.com/myblocodenotas/
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Bru_af 30/06/2013

Não sou de desistir de uma leitura facilmente, mas esse livro me decepcionou!! Pela resenha achei que iria encontrar uma semelhança com o Livro de Noah Gordon O físico, mas que engano!!!
Leitura truncada e que não progride, uma pena tinha tudo pra ser agradável e fluida!
Quem sabe numa segunda oportunidade!!!
comentários(0)comente



Clube do Livro 29/09/2013

Resenha
Esse livro é o primeiro drama da escritora, que já é uma consagrada poetisa mundo afora, e tem várias premiações pelos seus trabalhos. O livro é voltado para um público mais adulto, mas nada impede que jovens leitores apreciem sua leitura. Gostei bastante do modo da escrita da autora, porque é bem fluida, e quando eu li me pareceu que a história estava sendo contada para mim, me lembrou também uma poesia, então quando fui buscar algo sobre a autora pensei "está explicado!". Eu demorei um pouco para ler esse livro pois o começo dele é um pouco monótono, mas quando Gabriella começa sua viagem a história fica muito mais interessante!!! AMEI a Olmina e e seu marido Lorenzo, dei muitas risadas com esses dois. A Gabriella é bem cabeça dura, mas é muito inteligente e não desiste do que ela quer, o que gosto bastante em um personagem. Gostei também da parte mais histórica do livro, que se passa no século XVI, onde a sociedade que naquela época tomava as médicas e curandeiras como possíveis bruxas, da diferença das reações das pessoas dos diversos lugares que ela visita quanto ao seu status de Dotoressa, onde em alguns lugares ela pode exercer a profissão tendo a supervisão de um Dottore, e em outros é tomada logo como bruxa, tendo até que se disfarçar para proteger-se. O romance é uma coisa que eu não esperava (só digo isso XD). Adorei a ideia do livro das curas, é uma coisa unica para aquela época! A compilação de um manuscrito com enfermidades, suas possíveis causas e curas, por mais por mais banais que sejam, é um achado maravilhoso. Lógico que tem muitas crendices, e doenças que não existem, mas só o fato dessa pesquisa ser feita já achei impressionante. É também um livro que tem muitas reflexões, principalmente nas cartas do pai de Gabriella, e da mesma, e algumas são realmente tocantes e levam os leitores a pensar mais em determinados assuntos que muitas vezes deixamos de lado. É uma leitura que só tem a acrescentar, e a medida que se vai passando as páginas fica cada vez mais deliciosa!

Bem espero que vocês tenham gostado da resenha, e comentem =D!!!!
Bjusss

Por: Rayssa Morais
comentários(0)comente



TeoriaMetalica 27/09/2013

Elegante, mas nem tanto.
O livro conta a história de Gabriella Mondini, uma italiana de 30 anos que trabalha como médica nos anos de 1590, porém ela é impedida pelo "conselho" de exercer a profissão depois que seu pai foge sem rumo mundo afora, desaparecido há 10 anos. Ela AMA a profissão, pensa nas suas pacientes e com isso em mente sai em busca do seu pai, junto com seus criados, que até então se comunicava com ela através de cartas.

Leia mais: http://tediosoc.blogspot.com.br/2013/09/Mondini.html
comentários(0)comente



Poly 27/09/2013

Assim que peguei o livro em mãos, senti a capa com textura aveludada, as letras em alto relevo e vi a imagem serena eu decidi que PRECISAVA lê-lo.
Adorei a harmonização do design da capa e o miolo é bem bonito. Há um mapa mostrando a viagem de Gabrielle, um sumário com os títulos dos capítulos e diversas citações de poesias e provérbio no meio da narrativa. Um trabalho belíssimo.
O livro conta a história de Gabrielle, uma jovem médica veneziana que decide partir ao encontro de seu pai, o Dr. Mondini, que há dez anos saiu de casa e há algum tempo parou de dar notícias. A história toda se passa no século 16, uma época em que as mulheres não podiam exercer a medicina sem que um médico homem ficassem responsável por elas.
Sem seu pai por perto, Gabrielle estava impedida de exercer a profissão que tanto gosta, assim, ela decide viajar pela Europa em busca do seu pai.
Gabrielle não sai sozinha nessa aventura, ela viaja com seus fiéis criados Olmina e Lorenzo. Conforme avançamos na leitura percebemos que Olmina e Lorenzo são mais que empregados e amigos, eles têm um carinho tão grande por Gabrielle que pode ser considerado como um amor paternal.
O relacionamento entre eles é lindo e bastante tocante.

"Quando se vê muitas coisas cedo demais, qualquer mudança é uma ameaça.
P.24"

Além da busca por seu pai, Gabrielle continua um projeto que começou com ele, que é a escrita de um livro de curas. Enquanto ela viaja e conversa com outros médicos, ela vai escrevendo o livro e acrescentando doenças e informações que encontra pelo caminho.
Então, além da história, o livro é recheado com as anotações do livro de Gabrielle e de cartas antigas que seu pai.
As doenças descritas por Gabrielle possuem nomes pomposos e alguns sintomas bizarros, acredito que hoje em dia, várias delas seriam classificadas como transtornos mentais.

"PORFÍRIA
Aversão à luz que faz com que a pessoa desenvolva úlceras e pelos de animal.
P. 249"

Acredito, inclusive, que Gabrielle desenvolveu algum tipo de transtorno, pois a busca pelo seu pai chega à obsessão. E, se seu pai também teve algum tipo de doença, só lendo a história completa para descobrir.
É uma leitura bastante densa e envolvente. Podemos sentir a angústia e a frustração de Gabrielle a cada parada por não conseguir encontrar seu pai. E também o anseio de Olmina para voltar para casa.

"Ele estava sempre partindo. Apertei a carta em minha mão. Minha mãe sabia distorcer a verdade e ainda conservar parte dela. Ela o conhecia de um modo diferente de mim. Teve sua afeição precoce arruinada pela arrogância (da parte dele ou dela?). Talvez nenhum dos dois ainda tenha conseguido superar as palavras ásperas que provocaram velhas mágoas.
P. 145"

Apesar da narrativa ser em um tom mais dramático, há um certo grau de aventura que nos prende à leitura. Gabrielle, Olmina e Lorenzo passam por muitas situações difíceis e perigosas.
Eles saem de Veneza, uma cidade cercada pelo mar, viajam pelo continente europeu, passando por regiões frias e com neve, vão de barco até Edimburgo, retornam pelo continente e vão parar no Marrocos. Eles vivenciam várias culturas e climas e conhecem diversas pessoas peculiares.
Há muitas passagens choráveis e eu teria chorado mais, se eu não lesse basicamente apenas em público.

"Alguns viajantes gostam de ler sobre os locais que visitam, sobre os companheiros de estrada que fizeram registros agradáveis ou admiráveis. Outros gostam de ler o trabalho de pessoas famosas que moraram nesses municípios ou cidades nais quais chegarão. Outros ainda divertem-se com as histórias locais compartilhadas nas tavernas e estalagens. Eu lia e relia as cartas de meu pai para descobrir em que estrada ou cidade adiante poderia achá-lo.
P.
167"

Gostei do livro por ele retratar uma realidade completamente diferente da minha, mas não há nada de excepcional nele para incluir como favorito ou ganhar 5 estrelas.
Não encontrei nenhum erro de digitação ou tradução. O título do livro foi traduzido ao pé da letra e eu gostei assim.
Regina O’Melveny é uma escritora basicamente de poesias, com seus textos publicados em diversos periódicos, mas como primeira obra narrativa, ela fez um ótimo trabalho. É um livro diferente de tudo que eu vi por aí e vale à pena a leitura para fugir do tradicional.
Não é um livro para sentar e devorar de uma vez só. Suas palavras foram escritas para serem saboreadas pouco a pouco. Recomendo uma leitura mais tranquila e pausada, para um melhor aproveito.
comentários(0)comente



Raffafust 21/09/2013

A capa do livro é tão linda, a textura e o trabalho que a editora teve de diagramação que lamentei muito não ter gostado tanto do livro como achei que gostaria. Para início de resenha, demorei 3 dias para lê-lo, pouco tempo para uns, muito para mim que quando gosto de verdade da leitura a devoro seja no almoço ou antes de dormir , eu lia e não tinha tanta curiosidade com o que aconteceria em seguida.
A história de Gabriella, uma médica de 30 anos que tinha como tutor seu pai que sumiu há anos deixando com ela o Livro das Doenças tinha tudo para ser uma história linda. Afinal, ela como vive no fim do século 16 uma mulher praticar Medicina era tida como bruxa e ninguém aceitava. Como se pai some e somente de vez em quando manda cartas sem pé nem cabeça, ela decide ir atrás dele deixando Veneza para trás e rodando a Europa com dois empregados: Lorenzo e Olmina. Os fiéis escudeiros a salvam de poucas e boas, porque nessa caça pelo pai ela vai sofrer alguns acidentes, vai tentar curar pessoas das mais diferentes classes sociais e não medir esforços para salvar tudo e todos , nem mesmo alguns amigos de seu pai lhe avisando que seria perigoso parece fazer com que ela sinta algum medo do que verá pela frente.
Com um dom de cura e a técnica aprendida com seu pai a força de Gabriela é bonita de se ver mas o livro é extremamente parado e longo demais, talvez falte ação no que queria ver no meio da história que apesar de boa é por muitas vezes tediosa.
Com um final que não gostei muito,por ser bem triste, eu não consigo dizer que gostei de verdade desse livro.
comentários(0)comente



MárciaDesirée 13/11/2013

“Comecei a refletir mais profundamente sobre meu desejo de encontrar meu pai. O quanto eu o conhecia? Talvez seja por isso que eu levava as cartas comigo e as lia com o hábito devotado que uma mulher poderia aplicar à leitura do Livro das horas.” (Pág. 224).


Gabriella Mondini é uma mulher à frente de seu tempo. No fim do século 16, quando as mulheres não tinham direito de opinião ela era uma médica dedicada e tenaz. Ela seguiu a carreira de médica encantada por assistir e auxiliar seu pai com os pacientes e contrariando a mãe que insistia para que ela fosse uma menina comum. Mas Gabriella tinha um dom que não podia ignorar e fazia de tudo para ajudar a quem precisasse. Quando seu pai viaja pelo mundo para estudar as plantas e completar o livro que escreviam juntos, Gabrielle ficou sozinha tendo que aguentar os humores da mãe e com a tarefa de cuidar dos doentes e dar continuidade ao livro. Ela era auxiliada pelo fiel casal Olmina e Lorenzo que praticamente a criaram, até que pela longa ausência do pai ela é proibida de medicar, sua grande paixão. Ao longo dos dez anos em que o pai viajou, ele sempre escrevia para Gabriella, narrando os locais e tudo o que encontrava. Até que um dia ele escreveu uma última carta, avisando que não haveria mais e que ela não o procurasse. Desesperada e inconformada ela toma a drástica decisão de seguir o caminho citado em cada carta, em busca do seu pai, corajosamente acompanhada pelo fiel casal de empregados. Ao longo desta perigosa jornada, passando por vários países da Europa, ela enfrenta situações adversas ao universo feminino, onde sua capacidade como médica é questionada e pode até levá-la à fogueira, ao mesmo tempo em que agrega seus conhecimentos medicinais, trocando experiências com todos os tipos de praticantes de medicina e herboristas, arriscando sua vida e dos amigos. Enquanto enfrenta todos os riscos para encontrar com o pai, ela vai se deparando com aqueles que conviveram com ele durante sua viagem, surpreendendo-se com as narrativas que de nada lembram sua personalidade. Comecei a ler o livro com a curiosidade no ponto mais alto. Ele tem uma belíssima capa e a sinopse realmente me interessou. O amor de Gabriella pelo pai é engrandecedor e sua perseverança em encontra-lo é um atrativo a mais na narrativa. Porém me incomodou a lentidão. A leitura não fluiu no ritmo que estou acostumada e em alguns momentos fiquei até cansada, mas isto não diminui o brilho da narrativa. A bravura de uma mulher que sai atravessando a Europa, enfrentando perigos e desafios nos faz apaixonar. É uma bela história com uma pincelada poética do amor entre pai e filha.
comentários(0)comente



Gabi 19/11/2013

Este foi um livro no qual depositei muitas esperanças e expectativas, em parte por ser uma história de época – meados de 1590 – e em parte por ser ambientada em Veneza e arredores. No início, a leitura realmente correspondeu ao meu objetivo, porém com o decorrer da trama, senti que ela deixou a desejar. Gabriella Mondini é uma mulher à frente do seu tempo: além de ter escolhido a medicina como profissão, o que não era comum e bem aceito pelas pessoas, é uma mulher ousada, pois não aceita as imposições e regras de seu tempo como algo a lhe impedir de alcançar seus objetivos.

O objetivo desse livro me pareceu pequeno se comparado à grandiosidade da escrita de Regina. No início da história, a protagonista resolve partir de sua cidade, Veneza, e ir atrás de seu pai, também médico, desaparecido há mais de dez anos. Ela leva consigo alguns pertences, além de um baú de medicamentos e dois criados. Este ponto inicial da história deixa o leitor ávido por saber o que acontecerá nessa expedição, querendo descobrir se a personagem encontrará seu pai perdido. Como eu comentei sobre o objetivo pequeno do livro, preciso explicar: com o passar da leitura, senti que muitas coisas estavam sendo contadas exacerbadamente, sem necessidade, como é o caso das doenças que Gabriella escrevia em seu livro, e sobre detalhes da história que realmente não fizeram muita diferença – enquanto, para mim, pontos chaves e importantes poderiam ser melhor aprofundados. Além disso, por Gabriella ser médica, houveram trechos em que quase larguei o livro, pois a autora adentrou demais alguns detalhes que, para quem não tem o “estômago forte“, eu diria, pode sentir-se levemente enjoado. Mas não são muitos momentos, então creio que isso pode ser quase desconsiderado no contexto geral.

Então, o motivo por eu ter dado apenas três estrelas ao livro é pela sua demasia em explicações que deixaram a leitura cansativa e sem “movimento” em alguns capítulos. Talvez a viagem, com suas tantas paradas em diversas cidades e a infinidade de nomes de personagens tenha me confundido um bocado, mas isso atrapalhou a minha leitura a ponto de eu me perder e só desejar saber o final da história – se ela realmente encontra o pai ou não. Apesar disso, penso que poderia também ser um livro quatro estrelas, pois ele tem diversos pontos positivos, e um deles é, de fato, a personalidade forte da protagonista, além da época e lugares que tira os leitores dos ambientes considerados “mais do mesmo” – ou “clichês“.

Recomendo a leitura a quem tem paciência de ler descrições, às vezes mais detalhadas, de locais e situações, e a quem gosta de “histórias antigas”. Vale lembrar que este livro não dá muito espaço a romance, focando-se na viagem e na busca, portanto, quem deseja ler um romance talvez se decepcione com este livro. Apesar de tudo, a leitura valeu a pena, principalmente pela bravura da personagem – coisa que não via há muito em um livro – e pelo contexto geral da história, que teve, enfim, um desfecho satisfatório para mim.

site: Resenha publicada em: http://fluffy.com.br/2013/11/resenha-o-livro-da-loucura-e-das-curas
comentários(0)comente



Nadine 02/04/2014

Gabriella Mondini é uma médica, mas em Veneza, no fim século do XVI, ser uma mulher médica não era uma boa escolha, isso não era aceito, só que para continuar desempenhando seu título ela precisará de um mentor. Seu pai, que também é médico, era seu conselheiro, mas ele foi embora há dez anos a procura de novos conhecimentos, de novas curas e não se sabe onde ele está, mas Gabriella decide procurá-lo, por meio de algumas cartas que ele enviou, ela viaja por toda a Europa, acompanhada de seus servos, que são mais como seus pais, Olmina e Lorenzo, nessa determinada busca.

Esse livro já chama atenção por sua capa que é linda e sugestiva, dentro vemos um mapa, mostrando toda a trajetória de Gabriella, que passa pelos Alpes da Suíça, pela Alemanha, por vários vilarejos e cidades diferentes até chegar ao Marrocos, ou seja, enquanto lemos embarcamos junto em outros lugares, em outras épocas e culturas.

O Livro da Loucura e das Curas tem uma estrutura bem diferente, nele vemos que há correspondência de cartas, diário, guia de viagem e até lista, uma reunião de doenças e curas.

Os personagens desse livro são cativantes, Olmina e Lorenzo chamam atenção por demonstrarem grande amor e completa lealdade à Gabriella, esta nos cativa por ser uma personagem forte e determinada, uma mulher cujo marido já tinha morrido, seu pai a havia abandonado, sua mãe não a compreendia e rejeitava sua paixão pela Medicina, a associação de Médicos não a aceitava por ser mulher e não ter um homem para acompanhá-la, enfim, uma mulher com todos os motivos para desistir de tudo e aceitar os moldes da sociedade, mas a Dra. Mondini, como prefere ser chamada, não se entrega, ela luta, enfrenta viagens cansativas, tendo até que se vestir de homem para evitar ser queimada, doenças, tempestades, mortes e sofrimentos para encontrar seu pai e acabar encontrando a si mesma nesse caminho. Em todo o percurso percebemos que Gabriella vai aprendendo muito, conhecendo os mistérios do amor, da vida, da morte e da perda...

Apesar de toda essa beleza da personagem e de sua determinação o livro foi um pouco cansativo, demorado em chegar ao fim e ao chegar não impactou tanto como imaginei que iria, não é uma leitura rápida, mas é um bom livro, muito bem estruturado com personagens fortes e cada um com sua característica especial.
comentários(0)comente



Raquel Machado 27/05/2014

O Livro da Loucura e das Curas
O livro da Loucura e das Curas da escritora Regina O Melveny conta a história da personagem Gabriela, uma mulher que no século XVI desafiou a sociedade e formou-se em medicina. Tal decisão ocorreu por ela ser filha única e por idolatrar seu pai, um médico exemplar.

Um certo dia seu pai decidiu viajar para realizar um grande feito. A viagem aconteceu de Veneza a Marrocos onde ele consultou vários médicos renomados para escrever um livro que iria ajudar muito a toda sociedade, "O livro das curas".

Nesse meio tempo Gabriela ficando em casa sozinha com sua mãe e seus criados começou a ter incertezas com as cartas recebidas de seu pai, pois pelo que havia escrito nelas ela achou que talvez ele estivesse ficando louco. Então tomando uma decisão um tanto drástica, resolveu ir atrás de seu pai, junto com sua criada Olmina e o marido de Olmina, Lourenzo.

Nessa viagem a autora foi descrevendo a passagem de Gabriela pelos lugares que seu pai passou e sempre tendo notícias não muito boas sobre a saúde dele. Ao mesmo tempo Gabriela recordava sua vida passada desde a infância e continuando a obra de seu pai, escrevendo as curas que ela já havia presenciado.

Nessa viagem cheia de altos e baixos foi rastreando os lugares e ambientes onde seu pai passou, assim como um cão de caça segue sua presa, aproveitando a peregrinação também estudava as hortas de plantas medicinais por onde passava, para assim também registrar no livro.

site: http://leiturakriativa.blogspot.com.br/2014/05/livro-da-loucura-e-das-curas-de-regina.html
comentários(0)comente



47 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR