O Livro da Loucura e das Curas

O Livro da Loucura e das Curas Regina O’Melveny




Resenhas - O Livro da Loucura e das Curas


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Dear Book 18/03/2017

O livro é meio cansativo e lento em seu desenvolvimento
Há um bom tempo venho reparando no crescimento de protagonistas femininas nos livros. E não, não são aquelas protagonistas que estão sempre em perigo precisando do príncipe encantado pra salvá-las. Dessas nós leitores estamos cheios. Estou falando das moças que de fato tem uma história, tem amigas, tem um propósito na vida além de serem salvas e não são meras coadjuvantes em suas histórias.
O livro da Loucura e das Curas se encaixa perfeitamente nesse quesito. Em Veneza, meados do século 16, Gabriella Mondini é uma médica que se aprendeu e se apaixonou por medicina através das instruções de seu pai, um médico entusiasta das novidades da medicina, mas também um homem de muitos segredos.
Em uma de suas expedições, após quase uma década fora de casa, Gabriella recebe uma carta do pai com uma mensagem clara: ele não voltará para casa e pede que ninguém saia a sua procura.
Além da inesperada mensagem do pai, outro contratempo preocupa Gabriella. Os médicos do conselho da cidade acreditam que ela deve exercer medicina sob aconselhamento de um Dottore, e como seu pai há muito tempo não volta à cidade, Gabriella será proibida de exercer medicina apenas por ser mulher.
Sem o apoio da mãe para seguir com sua carreira, mesmo contrariando o conselho médico, e impedida de exercer sua maior paixão, Gabriella não pensa duas vezes e decide sair em busca do pai. Reunindo as últimas cartas enviadas por ele na tentativa de reunir pistas de onde o pai pode ter passado, Gabriella segue viagem com na companhia de seus dois criados.
A viagem de Gabriella é repleta de descobertas, tragédias e comoção. Cada parada lhe revela um segredo de seu pai que atiça ainda mais sua curiosidade e preocupação, e cada caminho percorrido mostra que o mundo no século 16 é muito cruel com as mulheres que fazem suas próprias escolhas.
A autora, a estreante Regina O’Melveny, conquista ao descrever como eram tratadas as mulheres que “ousavam” ter alguma autonomia na Europa conservadora. Vemos vilarejos queimando na fogueira mulheres consideradas feiticeiras, que praticavam medicina e eram empáticas umas com as outras em questões ainda hoje polêmicas, como o aborto e a falta de aceitação de médicos que se diziam liberais em aceitar o conhecimento das mulheres médicas.

O livro é meio cansativo e lento em seu desenvolvimento, é difícil pegar e ler por hooooras seguidas. Com exceção de alguns trechos, a história tem poucas reviravoltas que prendem a atenção. Mas acredito que a leitura seja interessante, Gabriella é uma personagem de personalidade excêntrica para época (médica por vocação, solteira e viajando sozinha pela Europa, até hoje tem gente que não aceita bem...).
Espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!

site: http://www.dear-book.net/2016/01/resenha-o-livro-da-loucura-e-das-curas.html
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Marianne 12/06/2016

"O livro da Loucura e das Curas" (Regina O'Melveny)
Há um bom tempo venho reparando no crescimento de protagonistas femininas nos livros. E não, não são aquelas protagonistas que estão sempre em perigo precisando do príncipe encantado pra salvá-las. Dessas nós leitores estamos cheios. Estou falando das moças que de fato tem uma história, tem amigas, tem um propósito na vida além de serem salvas e não são meras coadjuvantes em suas histórias.
O livro da Loucura e das Curas se encaixa perfeitamente nesse quesito. Em Veneza, meados do século 16, Gabriella Mondini é uma médica que se aprendeu e se apaixonou por medicina através das instruções de seu pai, um médico entusiasta das novidades da medicina, mas também um homem de muitos segredos.
Em uma de suas expedições, após quase uma década fora de casa, Gabriella recebe uma carta do pai com uma mensagem clara: ele não voltará para casa e pede que ninguém saia a sua procura.
Além da inesperada mensagem do pai, outro contratempo preocupa Gabriella. Os médicos do conselho da cidade acreditam que ela deve exercer medicina sob aconselhamento de um Dottore, e como seu pai há muito tempo não volta à cidade, Gabriella será proibida de exercer medicina apenas por ser mulher.
Sem o apoio da mãe para seguir com sua carreira, mesmo contrariando o conselho médico, e impedida de exercer sua maior paixão, Gabriella não pensa duas vezes e decide sair em busca do pai. Reunindo as últimas cartas enviadas por ele na tentativa de reunir pistas de onde o pai pode ter passado, Gabriella segue viagem com na companhia de seus dois criados.
A viagem de Gabriella é repleta de descobertas, tragédias e comoção. Cada parada lhe revela um segredo de seu pai que atiça ainda mais sua curiosidade e preocupação, e cada caminho percorrido mostra que o mundo no século 16 é muito cruel com as mulheres que fazem suas próprias escolhas.
A autora, a estreante Regina O’Melveny, conquista ao descrever como eram tratadas as mulheres que “ousavam” ter alguma autonomia na Europa conservadora. Vemos vilarejos queimando na fogueira mulheres consideradas feiticeiras, que praticavam medicina e eram empáticas umas com as outras em questões ainda hoje polêmicas, como o aborto e a falta de aceitação de médicos que se diziam liberais em aceitar o conhecimento das mulheres médicas.
O livro é meio cansativo e lento em seu desenvolvimento, é difícil pegar e ler por hooooras seguidas. Com exceção de alguns trechos, a história tem poucas reviravoltas que prendem a atenção. Mas acredito que a leitura seja interessante, Gabriella é uma personagem de personalidade excêntrica para época (médica por vocação, solteira e viajando sozinha pela Europa, até hoje tem gente que não aceita bem...).
Espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!
:)

site: http://www.dear-book.net/2016/01/resenha-o-livro-da-loucura-e-das-curas.html
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Nana 20/05/2016

Uma road trip renascentista
Gabriella Mondini é uma médica nascida e criada em Veneza. Vive apenas com a mãe, pois seu marido morreu e seu pai, também médico, partiu em uma busca por curas e medicamentos há dez anos, da qual nunca mais voltou. Até aí nada demais. Acontece que Gabriella vive na Veneza do século XVI, em pleno Renascimento, onde uma mulher que exercia a medicina era praticamente uma heresia.

Ela só foi permitida tal ousadia por conta do respeito que todos tinham por seu pai, um médico brilhante. Mas quando sua partida completa dez anos, a Guilda dos médicos decide dar um basta nisso, exigindo que ela tenha o aconselhamento de um homem caso queira continuar exercendo a profissão. Por conta disso, Gabriella decide partir em busca de seu pai, o único que estaria disposto a tal feito. No caminho ela pretende terminar O Livro das Doenças, um almanaque de doenças e suas respectivas curas que ela e seu pai começaram a compilar antes que ele partisse.

O Livro da Loucura e das Curas já me ganhou pelo nome que, venhamos e convenhamos, é maravilhoso. Quando soube dessa premissa interessantíssima, foi amor instantâneo. Afinal, como deixar passar uma road trip renascentista encabeçada por uma médica?! Infelizmente, a leitura acabou me decepcionando um pouco, e eu vou contar pra vocês o por que.

Gabriella e seus criados viajam através da Europa atrás de pistas do pai dela, que ela vai tirando das cartas que ele lhe enviou durante o tempo que esteve fora. Em determinado momento, suas palavras dão a entender que ele possa estar doente ou perdendo a sanidade. Portanto, Gabriella está correndo contra o tempo para conseguir alcançá-lo antes que ele se perca de vez. O problema é que, conforme ela vai avançando pelos países e lugares que ele visitou, bem como conhecendo seus amigos e aqueles que o ajudaram durante a viagem, fica bem claro para o leitor o por que dessa viagem repentina e também por que ele parou de responder. Os próprios criados parecem saber o que estava por trás daquilo tudo, mas é claro que, nossa querida protagonista, mesmo sendo uma fucking médica (ou seja, no mínimo um pouquinho inteligente), é a ÚNICA que não percebe o que afligia seu pai. Sinceramente não sou obrigada.

O livro é intercalado por diversos tipos de narrativa: as cartas do pai de Gabriella, a narração da viagem que ela faz, que podemos considerar um diário e, ainda, partes do tal livro das doenças que ela vai escrevendo no decorrer da viagem. Confesso que em nenhum momento achei essa uma boa opção por parte da autora. No começo da leitura, fiquei confusa com todos aqueles diferentes tipos de texto se misturando nas páginas do livro. E tão logo me acostumei, já estava exausta disso tudo, só queria saber da história principal. A descrição das doenças e suas curas é até interessante, porque elas vão desde as coisas mais esdrúxulas, que você nem acredita que são verdade, até coisas que acontecem até hoje e nós realmente reconhecemos como doenças. Mas o mais interessante são as doenças que nós classificamos como outras coisas, como por exemplo, a melancolia. Para ilustrar, transcrevo abaixo o que ela diz sobre a inveja (!):



“Inveja – Um verme invisível que consome o coração
No campo, dizem que a doença fica dormente por muitos anos nas tripas do javali e tem sua origem nos cadáveres sem repouso que esses animais desenterram para comer durante o inverno, quando há escassez de nozes do carvalho na floresta e nada mais para comer. Os corpos não tiveram o devido descanso. São os assassinados ou perdidos, os famintos ou os loucos que traçaram seus caminhos em direção aos matagais da morte e não puderam ser resgatados. Crianças indesejadas deixadas na floresta. Prostitutas que se degeneraram. (...) O porco do mato funga e devora essa carne humana semicongelada em decomposição. Mas o rancor não se dissolve no poderoso estômago do suíno. Ele permanece nas dobras que se transformarão em salsichas. As tripas do intestino do porco no armário do duque ou na despensa do camponês estão repletas da inveja que os mortos têm dos vivos e que não pode ser mitigada. (...) A cura é difícil de ser conseguida, pois poderá levar muitos anos e frequentemente as pessoas acometidas pela inveja não estão dispostas a persistir. (...) Outros preferem a ferocidade da inveja às dificuldades de suas próprias vidas. Como o bispo de Wirtenberg, que certamente inveja a sabedoria das mulheres, os invejosos amam fervorosamente sua doença, arruinando a alegria que não conseguem ter.“

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Para essa e mais resenhas na íntegra, acesse Nas Quartas Usamos Rosa

site: http://nasquartasusamosrosa.blogspot.com.br/2016/05/uma-road-trip-renascentista.html
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Vanessa Sueroz 29/10/2013

Neste livro conhecemos Gabriella Mondini, uma médica impedida de exercer sua profissão, guerreira, batalhadora e aventureira. Adivinhem porquê? Porque ela é mulher. Gabriella vive na Itália no século XVI, época que sabemos que existia muito preconceito contra a mulher, o que se desenvolve toda a trama do livro.

“Tornei-me tão transparente quanto o vidro através do qual espiava, perigosamente invisível até para mim mesma. Foi então que percebi que deveria colocar minha vida em movimento, caso contrário, eu desapareceria.”

O pai de Gabriella também era médico, daí a paixão da moça pela medicina. Ele foi seu pai, seu tutor, seu professor e lhe ensinou tudo que sabe, porém o mesmo está ausente em sua vida no momento, ele embarcou para uma viajem longa tentando conhecer e catalogar outras doenças e Gabriella para a sua infelicidade recebe uma carta do pai que comunica que não irá retornar a família, o problema fica ainda pior para Gabriella, porque sem o pai por perto ela não é mais considerada médica pela sociedade e por todos os problemas que tudo isso causa ela parte em busca do pai tentando convencê-lo a voltar para casa.

Resenha completa:

site: http://blog.vanessasueroz.com.br/o-livro-da-loucura-e-das-curas/
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Poly 27/09/2013

Assim que peguei o livro em mãos, senti a capa com textura aveludada, as letras em alto relevo e vi a imagem serena eu decidi que PRECISAVA lê-lo.
Adorei a harmonização do design da capa e o miolo é bem bonito. Há um mapa mostrando a viagem de Gabrielle, um sumário com os títulos dos capítulos e diversas citações de poesias e provérbio no meio da narrativa. Um trabalho belíssimo.
O livro conta a história de Gabrielle, uma jovem médica veneziana que decide partir ao encontro de seu pai, o Dr. Mondini, que há dez anos saiu de casa e há algum tempo parou de dar notícias. A história toda se passa no século 16, uma época em que as mulheres não podiam exercer a medicina sem que um médico homem ficassem responsável por elas.
Sem seu pai por perto, Gabrielle estava impedida de exercer a profissão que tanto gosta, assim, ela decide viajar pela Europa em busca do seu pai.
Gabrielle não sai sozinha nessa aventura, ela viaja com seus fiéis criados Olmina e Lorenzo. Conforme avançamos na leitura percebemos que Olmina e Lorenzo são mais que empregados e amigos, eles têm um carinho tão grande por Gabrielle que pode ser considerado como um amor paternal.
O relacionamento entre eles é lindo e bastante tocante.

"Quando se vê muitas coisas cedo demais, qualquer mudança é uma ameaça.
P.24"

Além da busca por seu pai, Gabrielle continua um projeto que começou com ele, que é a escrita de um livro de curas. Enquanto ela viaja e conversa com outros médicos, ela vai escrevendo o livro e acrescentando doenças e informações que encontra pelo caminho.
Então, além da história, o livro é recheado com as anotações do livro de Gabrielle e de cartas antigas que seu pai.
As doenças descritas por Gabrielle possuem nomes pomposos e alguns sintomas bizarros, acredito que hoje em dia, várias delas seriam classificadas como transtornos mentais.

"PORFÍRIA
Aversão à luz que faz com que a pessoa desenvolva úlceras e pelos de animal.
P. 249"

Acredito, inclusive, que Gabrielle desenvolveu algum tipo de transtorno, pois a busca pelo seu pai chega à obsessão. E, se seu pai também teve algum tipo de doença, só lendo a história completa para descobrir.
É uma leitura bastante densa e envolvente. Podemos sentir a angústia e a frustração de Gabrielle a cada parada por não conseguir encontrar seu pai. E também o anseio de Olmina para voltar para casa.

"Ele estava sempre partindo. Apertei a carta em minha mão. Minha mãe sabia distorcer a verdade e ainda conservar parte dela. Ela o conhecia de um modo diferente de mim. Teve sua afeição precoce arruinada pela arrogância (da parte dele ou dela?). Talvez nenhum dos dois ainda tenha conseguido superar as palavras ásperas que provocaram velhas mágoas.
P. 145"

Apesar da narrativa ser em um tom mais dramático, há um certo grau de aventura que nos prende à leitura. Gabrielle, Olmina e Lorenzo passam por muitas situações difíceis e perigosas.
Eles saem de Veneza, uma cidade cercada pelo mar, viajam pelo continente europeu, passando por regiões frias e com neve, vão de barco até Edimburgo, retornam pelo continente e vão parar no Marrocos. Eles vivenciam várias culturas e climas e conhecem diversas pessoas peculiares.
Há muitas passagens choráveis e eu teria chorado mais, se eu não lesse basicamente apenas em público.

"Alguns viajantes gostam de ler sobre os locais que visitam, sobre os companheiros de estrada que fizeram registros agradáveis ou admiráveis. Outros gostam de ler o trabalho de pessoas famosas que moraram nesses municípios ou cidades nais quais chegarão. Outros ainda divertem-se com as histórias locais compartilhadas nas tavernas e estalagens. Eu lia e relia as cartas de meu pai para descobrir em que estrada ou cidade adiante poderia achá-lo.
P.
167"

Gostei do livro por ele retratar uma realidade completamente diferente da minha, mas não há nada de excepcional nele para incluir como favorito ou ganhar 5 estrelas.
Não encontrei nenhum erro de digitação ou tradução. O título do livro foi traduzido ao pé da letra e eu gostei assim.
Regina O’Melveny é uma escritora basicamente de poesias, com seus textos publicados em diversos periódicos, mas como primeira obra narrativa, ela fez um ótimo trabalho. É um livro diferente de tudo que eu vi por aí e vale à pena a leitura para fugir do tradicional.
Não é um livro para sentar e devorar de uma vez só. Suas palavras foram escritas para serem saboreadas pouco a pouco. Recomendo uma leitura mais tranquila e pausada, para um melhor aproveito.
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TeoriaMetalica 27/09/2013

Elegante, mas nem tanto.
O livro conta a história de Gabriella Mondini, uma italiana de 30 anos que trabalha como médica nos anos de 1590, porém ela é impedida pelo "conselho" de exercer a profissão depois que seu pai foge sem rumo mundo afora, desaparecido há 10 anos. Ela AMA a profissão, pensa nas suas pacientes e com isso em mente sai em busca do seu pai, junto com seus criados, que até então se comunicava com ela através de cartas.

Leia mais: http://tediosoc.blogspot.com.br/2013/09/Mondini.html
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doc leão 16/06/2014

Um Bom Tema que foi pouco aproveitado
A história é desenvolvida no fim do século XVI, e por isso mesmo tinha potencial para prender com mais intensidade o leitor. Entretanto a leitura é lenta, maçante e com pouquíssimos momentos de maior emoção. Uma longa viagem com uma caracterização dos personagens e dos lugares contaminada pelo aspecto do mundo moderno, já que a autora não conseguiu isolar completamente a história antiga de suas impressões pessoais atuais. O livro acrescenta muito pouco e é mais uma obra que será apenas uma lembrança pouco importante na mente de quem o ler. De 0 a 10 dei 5,0.
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Clube do Livro 29/09/2013

Resenha
Esse livro é o primeiro drama da escritora, que já é uma consagrada poetisa mundo afora, e tem várias premiações pelos seus trabalhos. O livro é voltado para um público mais adulto, mas nada impede que jovens leitores apreciem sua leitura. Gostei bastante do modo da escrita da autora, porque é bem fluida, e quando eu li me pareceu que a história estava sendo contada para mim, me lembrou também uma poesia, então quando fui buscar algo sobre a autora pensei "está explicado!". Eu demorei um pouco para ler esse livro pois o começo dele é um pouco monótono, mas quando Gabriella começa sua viagem a história fica muito mais interessante!!! AMEI a Olmina e e seu marido Lorenzo, dei muitas risadas com esses dois. A Gabriella é bem cabeça dura, mas é muito inteligente e não desiste do que ela quer, o que gosto bastante em um personagem. Gostei também da parte mais histórica do livro, que se passa no século XVI, onde a sociedade que naquela época tomava as médicas e curandeiras como possíveis bruxas, da diferença das reações das pessoas dos diversos lugares que ela visita quanto ao seu status de Dotoressa, onde em alguns lugares ela pode exercer a profissão tendo a supervisão de um Dottore, e em outros é tomada logo como bruxa, tendo até que se disfarçar para proteger-se. O romance é uma coisa que eu não esperava (só digo isso XD). Adorei a ideia do livro das curas, é uma coisa unica para aquela época! A compilação de um manuscrito com enfermidades, suas possíveis causas e curas, por mais por mais banais que sejam, é um achado maravilhoso. Lógico que tem muitas crendices, e doenças que não existem, mas só o fato dessa pesquisa ser feita já achei impressionante. É também um livro que tem muitas reflexões, principalmente nas cartas do pai de Gabriella, e da mesma, e algumas são realmente tocantes e levam os leitores a pensar mais em determinados assuntos que muitas vezes deixamos de lado. É uma leitura que só tem a acrescentar, e a medida que se vai passando as páginas fica cada vez mais deliciosa!

Bem espero que vocês tenham gostado da resenha, e comentem =D!!!!
Bjusss

Por: Rayssa Morais
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Raquel Machado 27/05/2014

O Livro da Loucura e das Curas
O livro da Loucura e das Curas da escritora Regina O Melveny conta a história da personagem Gabriela, uma mulher que no século XVI desafiou a sociedade e formou-se em medicina. Tal decisão ocorreu por ela ser filha única e por idolatrar seu pai, um médico exemplar.

Um certo dia seu pai decidiu viajar para realizar um grande feito. A viagem aconteceu de Veneza a Marrocos onde ele consultou vários médicos renomados para escrever um livro que iria ajudar muito a toda sociedade, "O livro das curas".

Nesse meio tempo Gabriela ficando em casa sozinha com sua mãe e seus criados começou a ter incertezas com as cartas recebidas de seu pai, pois pelo que havia escrito nelas ela achou que talvez ele estivesse ficando louco. Então tomando uma decisão um tanto drástica, resolveu ir atrás de seu pai, junto com sua criada Olmina e o marido de Olmina, Lourenzo.

Nessa viagem a autora foi descrevendo a passagem de Gabriela pelos lugares que seu pai passou e sempre tendo notícias não muito boas sobre a saúde dele. Ao mesmo tempo Gabriela recordava sua vida passada desde a infância e continuando a obra de seu pai, escrevendo as curas que ela já havia presenciado.

Nessa viagem cheia de altos e baixos foi rastreando os lugares e ambientes onde seu pai passou, assim como um cão de caça segue sua presa, aproveitando a peregrinação também estudava as hortas de plantas medicinais por onde passava, para assim também registrar no livro.

site: http://leiturakriativa.blogspot.com.br/2014/05/livro-da-loucura-e-das-curas-de-regina.html
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Nadine 02/04/2014

Gabriella Mondini é uma médica, mas em Veneza, no fim século do XVI, ser uma mulher médica não era uma boa escolha, isso não era aceito, só que para continuar desempenhando seu título ela precisará de um mentor. Seu pai, que também é médico, era seu conselheiro, mas ele foi embora há dez anos a procura de novos conhecimentos, de novas curas e não se sabe onde ele está, mas Gabriella decide procurá-lo, por meio de algumas cartas que ele enviou, ela viaja por toda a Europa, acompanhada de seus servos, que são mais como seus pais, Olmina e Lorenzo, nessa determinada busca.

Esse livro já chama atenção por sua capa que é linda e sugestiva, dentro vemos um mapa, mostrando toda a trajetória de Gabriella, que passa pelos Alpes da Suíça, pela Alemanha, por vários vilarejos e cidades diferentes até chegar ao Marrocos, ou seja, enquanto lemos embarcamos junto em outros lugares, em outras épocas e culturas.

O Livro da Loucura e das Curas tem uma estrutura bem diferente, nele vemos que há correspondência de cartas, diário, guia de viagem e até lista, uma reunião de doenças e curas.

Os personagens desse livro são cativantes, Olmina e Lorenzo chamam atenção por demonstrarem grande amor e completa lealdade à Gabriella, esta nos cativa por ser uma personagem forte e determinada, uma mulher cujo marido já tinha morrido, seu pai a havia abandonado, sua mãe não a compreendia e rejeitava sua paixão pela Medicina, a associação de Médicos não a aceitava por ser mulher e não ter um homem para acompanhá-la, enfim, uma mulher com todos os motivos para desistir de tudo e aceitar os moldes da sociedade, mas a Dra. Mondini, como prefere ser chamada, não se entrega, ela luta, enfrenta viagens cansativas, tendo até que se vestir de homem para evitar ser queimada, doenças, tempestades, mortes e sofrimentos para encontrar seu pai e acabar encontrando a si mesma nesse caminho. Em todo o percurso percebemos que Gabriella vai aprendendo muito, conhecendo os mistérios do amor, da vida, da morte e da perda...

Apesar de toda essa beleza da personagem e de sua determinação o livro foi um pouco cansativo, demorado em chegar ao fim e ao chegar não impactou tanto como imaginei que iria, não é uma leitura rápida, mas é um bom livro, muito bem estruturado com personagens fortes e cada um com sua característica especial.
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Literatura 08/10/2013

Um amor desmedido
Amor quando ultrapassa os limites da razão e transgride o bom senso deixa de ser amor? Não! Continua sendo amor, mas um amor desmedido e doentio. É assim que o amor de Gabriella se comporta. Digamos que esta tem amor demais para distribuir e desilusões demais para administrar. Numa época em que mulheres se preocupavam apenas com vestidos e chapéus, ela é uma médica.

O marido de Gabriella falecera e o seu pai, único que a entende e tutor da medicina – significa que ela só pode exercer a função de médica com constante observação do pai – se lança ao mundo em busca da cura das doenças. Então, nossa protagonista vive com a mãe, que por sua vez é uma frustrada por ter sido abandonada pelo marido e pela filha ser uma cópia fiel do pai e por a filha não seguir os padrões que a sociedade exige.

Então Gabriella decide colocar o pé na estrada e encontrar o pai, seguindo todos os rastros que o pai deixou vai ao encontro de amigos e acaba descobrindo coisas que a deixam atordoada. Ela percorre todas as cidades que o pai esteve e que evidenciou ter percorrido nas cartas que a enviava.

E essa busca por esse pai-amado, mostra a Gabriella o quão louca pode ser a nossa vida. Ela se descobre e precisa fugir de uma verdadeira caça as bruxas, afinal aquela, fim do século XVI, não era aceitável uma mulher independente e que tivesse uma profissão, quanto mais médica.

O livro da loucura e das curas (Novo conceito, de Regina O’Melveny , 350 páginas) foi um livro muito esperado por mim. E o melhor é justamente o final, quando o amor de Gabrielle encontra uma cura, uma salvação, uma calmaria. Engraçado como o amor encontra a cura no próprio amor...

Veja resenha completa no site:

site: http://www.literaturadecabeca.com.br/2013/10/resenha-o-livro-da-loucura-e-das-curas.html
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Telma 18/10/2013

Extravagância plena!
Resenha feita por Mallu Marinho para o Blog Livro com Dieta

Confesso que a opinião do Publishers Weekly na capa do fundo do livro me chamou bastante atenção e foi o que me fez criar expectativas para com o livro.

“O romance de estreia de O’Melveny é uma composição lírica, parte epístola entre pai e filha, parte diário da aristocracia renascentista, um pouco guia de viagem para aventureiros e um pouco compêndio alegórico de doenças... Os leitores vão se deliciar com o estilo extravagante de Regina O’Melveny.”


Extravagante é apelido!

A capa é linda, a diagramação é linda, a ideia e a história são boas e até bastante originais... Mas o sentimento que eu tenho é que talvez, nas mãos de outro autor, ela fosse melhor desenvolvida.

Posso resumir a história de maneira breve: Gabriella mora em Veneza com a mãe e o seu pai a abandonou 10 anos antes do momento em que a história começa. Seu pai era médico e resolveu sair em busca de novas doenças e suas respectivas curas para completar um livro que está escrevendo, o "Livro das Doenças". Gabriella tem um estranho dom de cura, porém sem o pai como tutor ela não pode praticar a medicina. (Estamos no séc. XVI, completamente compreensível à proibição da participação das mulheres em algumas profissões.) Bom, o fato é que ela não quer ficar sem fazer o que mais gosta e decidi sair em busca do pai com seus dois criados, se guiando por meio de cartas que ela veio recebendo nesse tempo da ausência dele.

"Alguns viajantes gostam de ler sobre os locais que visitam, sobre os companheiros de estrada que fizeram registros agradáveis ou admiráveis. Outros gostam de ler o trabalho de pessoas famosas que moraram nesses municípios ou cidades nas quais chegarão. Outros ainda divertem-se com as histórias locais compartilhadas nas tavernas e estalagens. Eu lia e relia as cartas de meu pai para descobrir em que estrada ou cidade adiante poderia achá-lo.”


Existe num grande contexto histórico por trás e isso é a grande riqueza do livro... Você consegue ser transportado para a Europa de 1590. E passar por isso na pele de uma mulher (a narração é em 1ª pessoa) foi uma ideia ainda mais inteligente da autora.

Eu adorei o começo, mas confesso que depois de um tempo acaba ficando bastante maçante... O livro acaba pegando uma rotina e nada mais surpreende: Ela chega num lugar, acha um médico conhecido do pai, fica um tempo hospedada, eles conversam sobre o pai dela e é basicamente só isso. Cada capítulo é uma pista que não faz nenhum sentido e você não sabe onde exatamente a escritora quer chegar.

No decorrer da história, algumas coisas fantasiosas como algumas doenças que não existem, mas isso não interfere na essência da história. Não pode ser enquadrado no gênero de fantasia, por assim dizer. O final é um pouquinho previsível, mas não deixa a desejar!

Recomendo para quem tem paciência com narrativas longas e lentas, para quem tem interesse em histórias que se passam em um momento histórico ou para quem quer se distrair com uma leitura cheia de loucura e curas!

Aqui tem alguns trechos que me chamaram atenção:

"Se você não se livrar do passado, nunca mais terá uma vida no presente! (...) O amor precisa de uma terra queimada para receber as novas sementes."

"Alguns podem pensar que o vazio é algo oco, mas mão, é um fardo invisível, penetrante, atmosférico e quase esquecido, até que alguém seja golpeado inesperadamente por sua força."

"A escuridão não era ruim. Somente os homens a consideram assim. Meu pai se sentava no escuro para pensar, pois todas as criações têm início na sombra."

"Tornei-me tão transparente quanto o vidro através do qual espiava, perigosamente invisível até para mim mesma. Foi então que percebi que deveria colocar a minha vida em movimento, caso contrário, eu desapareceria."

Resenha feita por Mallu Marinho para o Blog Livro com Dieta

site: http://livrocomdieta.blogspot.com.br/
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Gabi 19/11/2013

Este foi um livro no qual depositei muitas esperanças e expectativas, em parte por ser uma história de época – meados de 1590 – e em parte por ser ambientada em Veneza e arredores. No início, a leitura realmente correspondeu ao meu objetivo, porém com o decorrer da trama, senti que ela deixou a desejar. Gabriella Mondini é uma mulher à frente do seu tempo: além de ter escolhido a medicina como profissão, o que não era comum e bem aceito pelas pessoas, é uma mulher ousada, pois não aceita as imposições e regras de seu tempo como algo a lhe impedir de alcançar seus objetivos.

O objetivo desse livro me pareceu pequeno se comparado à grandiosidade da escrita de Regina. No início da história, a protagonista resolve partir de sua cidade, Veneza, e ir atrás de seu pai, também médico, desaparecido há mais de dez anos. Ela leva consigo alguns pertences, além de um baú de medicamentos e dois criados. Este ponto inicial da história deixa o leitor ávido por saber o que acontecerá nessa expedição, querendo descobrir se a personagem encontrará seu pai perdido. Como eu comentei sobre o objetivo pequeno do livro, preciso explicar: com o passar da leitura, senti que muitas coisas estavam sendo contadas exacerbadamente, sem necessidade, como é o caso das doenças que Gabriella escrevia em seu livro, e sobre detalhes da história que realmente não fizeram muita diferença – enquanto, para mim, pontos chaves e importantes poderiam ser melhor aprofundados. Além disso, por Gabriella ser médica, houveram trechos em que quase larguei o livro, pois a autora adentrou demais alguns detalhes que, para quem não tem o “estômago forte“, eu diria, pode sentir-se levemente enjoado. Mas não são muitos momentos, então creio que isso pode ser quase desconsiderado no contexto geral.

Então, o motivo por eu ter dado apenas três estrelas ao livro é pela sua demasia em explicações que deixaram a leitura cansativa e sem “movimento” em alguns capítulos. Talvez a viagem, com suas tantas paradas em diversas cidades e a infinidade de nomes de personagens tenha me confundido um bocado, mas isso atrapalhou a minha leitura a ponto de eu me perder e só desejar saber o final da história – se ela realmente encontra o pai ou não. Apesar disso, penso que poderia também ser um livro quatro estrelas, pois ele tem diversos pontos positivos, e um deles é, de fato, a personalidade forte da protagonista, além da época e lugares que tira os leitores dos ambientes considerados “mais do mesmo” – ou “clichês“.

Recomendo a leitura a quem tem paciência de ler descrições, às vezes mais detalhadas, de locais e situações, e a quem gosta de “histórias antigas”. Vale lembrar que este livro não dá muito espaço a romance, focando-se na viagem e na busca, portanto, quem deseja ler um romance talvez se decepcione com este livro. Apesar de tudo, a leitura valeu a pena, principalmente pela bravura da personagem – coisa que não via há muito em um livro – e pelo contexto geral da história, que teve, enfim, um desfecho satisfatório para mim.

site: Resenha publicada em: http://fluffy.com.br/2013/11/resenha-o-livro-da-loucura-e-das-curas
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MárciaDesirée 13/11/2013

“Comecei a refletir mais profundamente sobre meu desejo de encontrar meu pai. O quanto eu o conhecia? Talvez seja por isso que eu levava as cartas comigo e as lia com o hábito devotado que uma mulher poderia aplicar à leitura do Livro das horas.” (Pág. 224).


Gabriella Mondini é uma mulher à frente de seu tempo. No fim do século 16, quando as mulheres não tinham direito de opinião ela era uma médica dedicada e tenaz. Ela seguiu a carreira de médica encantada por assistir e auxiliar seu pai com os pacientes e contrariando a mãe que insistia para que ela fosse uma menina comum. Mas Gabriella tinha um dom que não podia ignorar e fazia de tudo para ajudar a quem precisasse. Quando seu pai viaja pelo mundo para estudar as plantas e completar o livro que escreviam juntos, Gabrielle ficou sozinha tendo que aguentar os humores da mãe e com a tarefa de cuidar dos doentes e dar continuidade ao livro. Ela era auxiliada pelo fiel casal Olmina e Lorenzo que praticamente a criaram, até que pela longa ausência do pai ela é proibida de medicar, sua grande paixão. Ao longo dos dez anos em que o pai viajou, ele sempre escrevia para Gabriella, narrando os locais e tudo o que encontrava. Até que um dia ele escreveu uma última carta, avisando que não haveria mais e que ela não o procurasse. Desesperada e inconformada ela toma a drástica decisão de seguir o caminho citado em cada carta, em busca do seu pai, corajosamente acompanhada pelo fiel casal de empregados. Ao longo desta perigosa jornada, passando por vários países da Europa, ela enfrenta situações adversas ao universo feminino, onde sua capacidade como médica é questionada e pode até levá-la à fogueira, ao mesmo tempo em que agrega seus conhecimentos medicinais, trocando experiências com todos os tipos de praticantes de medicina e herboristas, arriscando sua vida e dos amigos. Enquanto enfrenta todos os riscos para encontrar com o pai, ela vai se deparando com aqueles que conviveram com ele durante sua viagem, surpreendendo-se com as narrativas que de nada lembram sua personalidade. Comecei a ler o livro com a curiosidade no ponto mais alto. Ele tem uma belíssima capa e a sinopse realmente me interessou. O amor de Gabriella pelo pai é engrandecedor e sua perseverança em encontra-lo é um atrativo a mais na narrativa. Porém me incomodou a lentidão. A leitura não fluiu no ritmo que estou acostumada e em alguns momentos fiquei até cansada, mas isto não diminui o brilho da narrativa. A bravura de uma mulher que sai atravessando a Europa, enfrentando perigos e desafios nos faz apaixonar. É uma bela história com uma pincelada poética do amor entre pai e filha.
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