O Livro da Loucura e das Curas

O Livro da Loucura e das Curas Regina O’Melveny




Resenhas - O Livro da Loucura e das Curas


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Jackcoriolano 15/11/2022

O livro da loucura e das curas (Regina O'Melveny
A história se passa em 1590 e termina em 1600 com uam passagem de tempo no epílogo.

Gabriella Mondini, é uma médica em Veneza, numa época em que a profissão era proibida às mulheres; o pai, que também era médico e incentivador, partiu em busca de conhecimento para escrever o livro das curas.

Após perder seu marido e anos após a partidade seu pai, Gabriella resolve seguir a trilha deixada pelas cartas escritas pelo pai e parte nima viagem para resgatá-lo.

A viagem é repleta de perigos, descobertas, surpresas e tristezas, tudo narrado pela própria Gabriella, que descreve as doenças e sintomas que descobre a partir de suas observações. Há um mistura de males físicos, males da alma, males da mente e superstições.

Embora tenha passagens que nos levam a reflexão e partes comoventes, no geral achei uma história longa, com muitas descrições que não acrescentam ao propósito da busca. Não me conquistou.
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Edimara 14/09/2022

O livro da Loucura e das Curas
História interessante no começo. Depois de mais o menos umas 200 páginas comecei a me cansar da leitura e parece que as coisas começaram a ficar meio repetitiva. Não gostei de algumas coisas que aconteceram e esperava um final melhor.
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Martha 12/07/2022

Foi mais sobre a jornada do que sobre a medicina
Um romance histórico que conta a jornada de uma mulher de 30 anos, viuva, medica, em 1590, que parte por uma jornada pela europa em busca do pai, que esta viajando a 10 anos.

A parte de ela ser viuva faz pouca ou nenhuma diferença no livro. A parte central é a relação dela com o pai e a fixação dela em encontrar ele.

A leitura não é facil, mais é fluida. Não é fácil pq ter que transportar a gente para aquela realidade tão diferente, quase inimaginável. Algumas partes mais medicas são cansativas mas vi gente que achou a parte mais rica do livro.

Eu demorei demais, então me perdi algumas vezez, pq são muitas informações, mas achei o livro tão rico de história, de costumes, cultura que valeu demais pra mim. É meu genero favorito.

Achei o final ok (juro que fiquei com medo de ser um final cagado), um pouco corrido, mas ok...
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Isabella Pina 05/05/2021

Eu tinha baixas expectativas com esse livro, e acho que ele se mostrou ser o que eu esperava: algo que não funcionou muito bem pra mim. Pra começar, o que eu gostei: achei a escrita da autora boa, meio floreada, meio romântica, e funcionava na maioria das vezes - mas não sempre: dependendo do contexto, acabava soando um pouco forçada. A proposta da história também é boa: eu gostei de acompanhar a protagonista enquanto ela viajava pela Europa atrás do pai. Gostei de me sentir visitando os lugares, mesmo que nenhum tenha me marcado de maneira significativa.

Quanto aos personagens, nenhum é muito notável. A protagonista, Gabriella, me deu sentimentos conflitantes: às vezes gostava dela, às vezes a personalidade dela tinha algum tom que me fazia ficar de saco cheio. Os outros personagens não têm um espaço muito significativo na história, na verdade. Seus criados, Lorenzo e Olminia, são até que interessantes, muitas vezes eu ficava do lado delas e não da Gabriella nas situações, porque eram mais sensatos. O pai de Gabriella aparece mais em flashbacks, e sua personalidade me lembrou qualquer cientista idoso desses filmes de época, com um quê de anormalidade. O romance aqui não ocupa muito espaço, e eu achei isso bom, porque o par romântico da Gabriella também entra na categoria "baunilha" do resto dos personagens.

Apesar de superficialmente esse livro parecer ser só uma coletânea de viagens de uma jovem burguesa do século XVI, a história é na verdade muito mais sobre ela, especificamente. O destaque do livro é dela, e toda essa jornada é pra personagem crescer e amadurecer, encarar de verdade quem seu pai é, e não a lembrança do que gostaria que ele tivesse sido, enquanto aprende a se conhecer e superar seus traumas. É uma proposta boa, e eu tenho certeza que teria funcionado melhor se eu autenticamente gostasse da Gabriella, mas nunca passo do ponto de achar ela "ok". Inclusive, eu poderia falar isso de todo o livro: ele tem momentos legais, mas nunca evoluem pra algo que se destaque de outras leituras. Talvez o gênero de ficção histórica não seja muito pra mim, no final das contas, porque eu estou longe de entender a Europa do século XVI e suas referências, e não posso dizer que esse livro me deixou mais curiosa nesse assunto.

A conclusão da história é meio corrida, e um pouco decepcionante por conta disso. Não digo que fica um gosto de quero mais, mas eu gostaria de ter tido mais informações sobre o que motivou a Gabriella a viajar metade do mundo. O ritmo do livro não é ruim pra mim, mas quando chegamos ao final, dá pra notar que o resto da história poderia ter sido contado de outra forma pra deixar mais espaço à conclusão. Enfim, não é um livro que eu me importei, infelizmente.

Obs.: a revisão desse livro poderia ser melhor - mas foi engraçado ver um "viajem" escrito.

NOTA: 2 baús de medicamentos
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Iara.Antunes 04/08/2020

Nessa história acompanhamos uma jovem mulher que aprendeu medicina com seu pai tentando se opor a pressão masculina do ano de 1590 por mulher não poder exercer essa profissão. Mas além disso esse história trata de doenças mentais pouco compreendida naquela época.

Tanto Gabriela e seu pai escrevem um livros sobre as doenças mentais que são chamadas de loucuras e suas possíveis curas através dos pacientes que ambos tiveram e quais tratamentos podem ser realizados através de plantas.
Porém o uso de plantas por mulheres naquela época era considerada com bruxa.

Além deste contexto Gabriella vai atrás do seu pai que deixou pistas e cartas. Ela faz o mesmo passo que ele visitando vários países para entender o por que ele se afastou.

O livro trás bastantes características da época, sobre lacunas sobre as doenças mentais e busca da Gabriella em se encontrar no mundo com médica.

A história não me envolveu, apesar de fluída a escrita.

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sampmilena 07/07/2020

Uma longa viagem
O livro da loucura e das curas é bastante denso de se ler e, na mesma proporção, dolorido e profundo. Demorei até desvendá-lo por completo, mas valeu muito a leitura.
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Jessicaassncao 01/08/2018

"Não julgue o livro pela capa", no meu caso, Pelo título.
Começo essa resenha fazendo uma breve confissão: Sim, eu tive um PRÉ CONCEITO com esse livro tudo por causa do título e, só fui lê-lo 2 anos depois de o ter ganhado. Quando ganhei ele pensei que era algo relacionado ao espiritismo ou coisa assim, mesmo sabendo que era um romance, mas eu estava enganada. O livro é cheio de sensibilidade e profundo. Não o considero um "Romance" completo, porque isso não foi muito explorado, mas o fato dela amar o pai incondicionalmente e ir a procura dele é comovente.

Gabriella Mondini é uma jovem médica e viúva, ela exercia sua profissão com a influência de seu pai, também médico. Um dia ele sai em expedição para buscar mais recursos sobre doenças e medicamentos desconhecidos para registrar no seu livro das "Doenças e das Curas", mas depois de muitos anos ele envia uma carta para sua filha dizendo que não irá mais voltar e deixa claro: Ela não deveria ir procurá-lo. Gabriella, que enfrentava um problema com a Guilda dos médicos de Veneza que a afastara do cargo por não ter mais a supervisão do pai, fica ainda mais preocupada quando recebe a carta de seu pai e então toma a decisão de ir sim procurá-lo.
Ela e seus criados que também eram seus companheiros de viajem: Olmina e Lorenzo, embarcam na aventura desconhecida de traçar todos os trajetos que o Dr.Mondini traçou para encontrá-lo. Eles passam por diversas cidades, países e, o mistério do desaparecimento do pai vai ficando ainda mais confuso. Em nenhum momento ela desistiu e, enquanto o procurava aproveitava também para dar continuidade ao livro da doenças e das curas que escrevia junto com o pai.

O contexto histórico do livro é todo voltado para o século XVI, uma época renascentista com uma cultura cheia de racionalismo, experimentalismo, individualismo e também tem toda a questão do antropocentrismo: "O homem como o centro do universo e criação de Deus". sabendo disso, você já pode imaginar o quanto a história é sensível e densa. Regina O'Melveny, soube explorar muito bem esse contexto histórico e, soube criar a sua história e seus personagens em cima disso. Gabriella é uma personagem forte e cheia de personalidade; determinada, teimosa e focada. No decorrer dos capítulos ela vai adquirindo uma maturidade surpreendente. A paixão pela medicina vem desde menina e ela se orgulha disso, mas nas condições da época mulheres médicas eram consideram bruxas e impedidas de exercer a profissão, assim como as curandeiras e parteiras. A autora aborda justamente isso: uma Europa conservadora onde mulheres fortes e ousadas eram reprimidas e silenciadas, um século que tínhamos que nos sucumbir a uma sociedade machista. Mas a personagem não se submete a isso, ela tem voz e enfrenta quem quer que seja.

O começo da leitura é um pouco cansativa, lenta até demais! Mas, quando Gabriella embarca nessa aventura a história começa a ficar mais interessante e envolvente. Nós descobrimos culturas novas, doenças na qual nunca ouvimos falar, a maneira como ela relata uma doença desconhecida em seu livro e muitas outras coisas legais. O livro é muito rico em conhecimentos gerais, a escrita da autora é de uma delicadeza sem igual e a diagramação da editora também é impecável. Uma coisa não posso negar: Regina caprichou nos quotes. Para começar na própria capa tem um quote incrível e conforme você vai lendo mais frases lindas e tocantes vão aparecendo no decorrer do capítulos, então se você está disposta a ler esse livro incrível, fique logo com uma caneta na mão. rs

Espero que tenham gostado, beijos!

PS. Deixem aqui nos comentários o que vocês também achou do livro ou se pretende dar uma chance a ele.

site: https://www.instagram.com/myblocodenotas/
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Ariana.Costa 22/05/2018

O Livro das Curas e das Loucuras
Começa com o amor de filha para pai que acaba tendo habilidades medicinais também tem partes estranhas nesse livro mas a história é muito boa
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Lore 09/03/2018

Que livro!
A meu ver, uma das questões mais interessantes do livro é perceber que a autora teve grande cuidado em pesquisar o contexto para construir sua narrativa. Nota-se isso através das diversas descrições: das paisagens (cidades, rios, montanhas, vilas, florestas, mar) nas diferentes estações do ano; construções das casas; práticas econômicas; a vida cotidiana nos diferentes lugares por onde a protagonista passa; as formas de viajar; os cheiros dos lugares; os sentimentos dos personagens e sua percepção sobre os lugares por onde passam; concepções sobre as mulheres; noções médicas da época e de quem praticava a cura no período; os centros de estudo da medicina na Europa e Norte da África, etc.

A forma como isso tudo é descrito é bem viva, permitindo um "mergulho nesse contexto"; a narrativa é construída tentando ao ritmo da vida na época. E isso é ao mesmo tempo um dos pontos positivos e negativos do livro. O início pode parecer um pouco cansativo, mas conforme as viagens vão ocorrendo, a narrativa vai ficando mais e mais interessante.

Outro ponto positivo é a tipologia das doenças e as concepções acerca de suas causas e formas de cura. Ao mesmo tempo que reconhecemos algumas enfermidades, também percebemos que muitas vezes a definição do que era doença e saúde no período era distinta da nossa.

Quanto ao lado negativo do livro, o que mais me incomodou foi o final. Um livro tão bom merecia uma conclusão mais bem feita. Tudo ocorre muito rápido, parecendo até o capítulo final de uma telenovela.

Com tudo isso, fiquei curiosa em saber qual a bibliografia consultada pela autora RS. Também senti falta de uma nota esclarecendo sua motivação em escrever o livro e a forma pela qual optou fazê-lo. Não sei se a edição original possui esses itens. Pesquisando no YouTube, encontrei uma pequena entrevista com a autora na qual ficamos sabendo alguns dos motivos que a levaram a escrever essa história - The Book of Madness and Cures exclusive author interview (https://www.youtube.com/watch?v=q4UvfODbW-Y).
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Dear Book 18/03/2017

O livro é meio cansativo e lento em seu desenvolvimento
Há um bom tempo venho reparando no crescimento de protagonistas femininas nos livros. E não, não são aquelas protagonistas que estão sempre em perigo precisando do príncipe encantado pra salvá-las. Dessas nós leitores estamos cheios. Estou falando das moças que de fato tem uma história, tem amigas, tem um propósito na vida além de serem salvas e não são meras coadjuvantes em suas histórias.
O livro da Loucura e das Curas se encaixa perfeitamente nesse quesito. Em Veneza, meados do século 16, Gabriella Mondini é uma médica que se aprendeu e se apaixonou por medicina através das instruções de seu pai, um médico entusiasta das novidades da medicina, mas também um homem de muitos segredos.
Em uma de suas expedições, após quase uma década fora de casa, Gabriella recebe uma carta do pai com uma mensagem clara: ele não voltará para casa e pede que ninguém saia a sua procura.
Além da inesperada mensagem do pai, outro contratempo preocupa Gabriella. Os médicos do conselho da cidade acreditam que ela deve exercer medicina sob aconselhamento de um Dottore, e como seu pai há muito tempo não volta à cidade, Gabriella será proibida de exercer medicina apenas por ser mulher.
Sem o apoio da mãe para seguir com sua carreira, mesmo contrariando o conselho médico, e impedida de exercer sua maior paixão, Gabriella não pensa duas vezes e decide sair em busca do pai. Reunindo as últimas cartas enviadas por ele na tentativa de reunir pistas de onde o pai pode ter passado, Gabriella segue viagem com na companhia de seus dois criados.
A viagem de Gabriella é repleta de descobertas, tragédias e comoção. Cada parada lhe revela um segredo de seu pai que atiça ainda mais sua curiosidade e preocupação, e cada caminho percorrido mostra que o mundo no século 16 é muito cruel com as mulheres que fazem suas próprias escolhas.
A autora, a estreante Regina O’Melveny, conquista ao descrever como eram tratadas as mulheres que “ousavam” ter alguma autonomia na Europa conservadora. Vemos vilarejos queimando na fogueira mulheres consideradas feiticeiras, que praticavam medicina e eram empáticas umas com as outras em questões ainda hoje polêmicas, como o aborto e a falta de aceitação de médicos que se diziam liberais em aceitar o conhecimento das mulheres médicas.

O livro é meio cansativo e lento em seu desenvolvimento, é difícil pegar e ler por hooooras seguidas. Com exceção de alguns trechos, a história tem poucas reviravoltas que prendem a atenção. Mas acredito que a leitura seja interessante, Gabriella é uma personagem de personalidade excêntrica para época (médica por vocação, solteira e viajando sozinha pela Europa, até hoje tem gente que não aceita bem...).
Espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!

site: http://www.dear-book.net/2016/01/resenha-o-livro-da-loucura-e-das-curas.html
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Marianne 12/06/2016

"O livro da Loucura e das Curas" (Regina O'Melveny)
Há um bom tempo venho reparando no crescimento de protagonistas femininas nos livros. E não, não são aquelas protagonistas que estão sempre em perigo precisando do príncipe encantado pra salvá-las. Dessas nós leitores estamos cheios. Estou falando das moças que de fato tem uma história, tem amigas, tem um propósito na vida além de serem salvas e não são meras coadjuvantes em suas histórias.
O livro da Loucura e das Curas se encaixa perfeitamente nesse quesito. Em Veneza, meados do século 16, Gabriella Mondini é uma médica que se aprendeu e se apaixonou por medicina através das instruções de seu pai, um médico entusiasta das novidades da medicina, mas também um homem de muitos segredos.
Em uma de suas expedições, após quase uma década fora de casa, Gabriella recebe uma carta do pai com uma mensagem clara: ele não voltará para casa e pede que ninguém saia a sua procura.
Além da inesperada mensagem do pai, outro contratempo preocupa Gabriella. Os médicos do conselho da cidade acreditam que ela deve exercer medicina sob aconselhamento de um Dottore, e como seu pai há muito tempo não volta à cidade, Gabriella será proibida de exercer medicina apenas por ser mulher.
Sem o apoio da mãe para seguir com sua carreira, mesmo contrariando o conselho médico, e impedida de exercer sua maior paixão, Gabriella não pensa duas vezes e decide sair em busca do pai. Reunindo as últimas cartas enviadas por ele na tentativa de reunir pistas de onde o pai pode ter passado, Gabriella segue viagem com na companhia de seus dois criados.
A viagem de Gabriella é repleta de descobertas, tragédias e comoção. Cada parada lhe revela um segredo de seu pai que atiça ainda mais sua curiosidade e preocupação, e cada caminho percorrido mostra que o mundo no século 16 é muito cruel com as mulheres que fazem suas próprias escolhas.
A autora, a estreante Regina O’Melveny, conquista ao descrever como eram tratadas as mulheres que “ousavam” ter alguma autonomia na Europa conservadora. Vemos vilarejos queimando na fogueira mulheres consideradas feiticeiras, que praticavam medicina e eram empáticas umas com as outras em questões ainda hoje polêmicas, como o aborto e a falta de aceitação de médicos que se diziam liberais em aceitar o conhecimento das mulheres médicas.
O livro é meio cansativo e lento em seu desenvolvimento, é difícil pegar e ler por hooooras seguidas. Com exceção de alguns trechos, a história tem poucas reviravoltas que prendem a atenção. Mas acredito que a leitura seja interessante, Gabriella é uma personagem de personalidade excêntrica para época (médica por vocação, solteira e viajando sozinha pela Europa, até hoje tem gente que não aceita bem...).
Espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!
:)

site: http://www.dear-book.net/2016/01/resenha-o-livro-da-loucura-e-das-curas.html
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Nana 20/05/2016

Uma road trip renascentista
Gabriella Mondini é uma médica nascida e criada em Veneza. Vive apenas com a mãe, pois seu marido morreu e seu pai, também médico, partiu em uma busca por curas e medicamentos há dez anos, da qual nunca mais voltou. Até aí nada demais. Acontece que Gabriella vive na Veneza do século XVI, em pleno Renascimento, onde uma mulher que exercia a medicina era praticamente uma heresia.

Ela só foi permitida tal ousadia por conta do respeito que todos tinham por seu pai, um médico brilhante. Mas quando sua partida completa dez anos, a Guilda dos médicos decide dar um basta nisso, exigindo que ela tenha o aconselhamento de um homem caso queira continuar exercendo a profissão. Por conta disso, Gabriella decide partir em busca de seu pai, o único que estaria disposto a tal feito. No caminho ela pretende terminar O Livro das Doenças, um almanaque de doenças e suas respectivas curas que ela e seu pai começaram a compilar antes que ele partisse.

O Livro da Loucura e das Curas já me ganhou pelo nome que, venhamos e convenhamos, é maravilhoso. Quando soube dessa premissa interessantíssima, foi amor instantâneo. Afinal, como deixar passar uma road trip renascentista encabeçada por uma médica?! Infelizmente, a leitura acabou me decepcionando um pouco, e eu vou contar pra vocês o por que.

Gabriella e seus criados viajam através da Europa atrás de pistas do pai dela, que ela vai tirando das cartas que ele lhe enviou durante o tempo que esteve fora. Em determinado momento, suas palavras dão a entender que ele possa estar doente ou perdendo a sanidade. Portanto, Gabriella está correndo contra o tempo para conseguir alcançá-lo antes que ele se perca de vez. O problema é que, conforme ela vai avançando pelos países e lugares que ele visitou, bem como conhecendo seus amigos e aqueles que o ajudaram durante a viagem, fica bem claro para o leitor o por que dessa viagem repentina e também por que ele parou de responder. Os próprios criados parecem saber o que estava por trás daquilo tudo, mas é claro que, nossa querida protagonista, mesmo sendo uma fucking médica (ou seja, no mínimo um pouquinho inteligente), é a ÚNICA que não percebe o que afligia seu pai. Sinceramente não sou obrigada.

O livro é intercalado por diversos tipos de narrativa: as cartas do pai de Gabriella, a narração da viagem que ela faz, que podemos considerar um diário e, ainda, partes do tal livro das doenças que ela vai escrevendo no decorrer da viagem. Confesso que em nenhum momento achei essa uma boa opção por parte da autora. No começo da leitura, fiquei confusa com todos aqueles diferentes tipos de texto se misturando nas páginas do livro. E tão logo me acostumei, já estava exausta disso tudo, só queria saber da história principal. A descrição das doenças e suas curas é até interessante, porque elas vão desde as coisas mais esdrúxulas, que você nem acredita que são verdade, até coisas que acontecem até hoje e nós realmente reconhecemos como doenças. Mas o mais interessante são as doenças que nós classificamos como outras coisas, como por exemplo, a melancolia. Para ilustrar, transcrevo abaixo o que ela diz sobre a inveja (!):



“Inveja – Um verme invisível que consome o coração
No campo, dizem que a doença fica dormente por muitos anos nas tripas do javali e tem sua origem nos cadáveres sem repouso que esses animais desenterram para comer durante o inverno, quando há escassez de nozes do carvalho na floresta e nada mais para comer. Os corpos não tiveram o devido descanso. São os assassinados ou perdidos, os famintos ou os loucos que traçaram seus caminhos em direção aos matagais da morte e não puderam ser resgatados. Crianças indesejadas deixadas na floresta. Prostitutas que se degeneraram. (...) O porco do mato funga e devora essa carne humana semicongelada em decomposição. Mas o rancor não se dissolve no poderoso estômago do suíno. Ele permanece nas dobras que se transformarão em salsichas. As tripas do intestino do porco no armário do duque ou na despensa do camponês estão repletas da inveja que os mortos têm dos vivos e que não pode ser mitigada. (...) A cura é difícil de ser conseguida, pois poderá levar muitos anos e frequentemente as pessoas acometidas pela inveja não estão dispostas a persistir. (...) Outros preferem a ferocidade da inveja às dificuldades de suas próprias vidas. Como o bispo de Wirtenberg, que certamente inveja a sabedoria das mulheres, os invejosos amam fervorosamente sua doença, arruinando a alegria que não conseguem ter.“

-

Para essa e mais resenhas na íntegra, acesse Nas Quartas Usamos Rosa

site: http://nasquartasusamosrosa.blogspot.com.br/2016/05/uma-road-trip-renascentista.html
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Priscila 26/06/2015

O Livro da Loucura e das Curas
Resenha:
Livro: O Livro da Loucura e das Curas
Autor: Regina O' Melveny
Edição: 2013
Paginas: 352
Editora: Novo Conceito

O Livro da Loucura e das Curas, um belo dia chego na Livraria Curitiba aqui no Shopping Aricanduva em SP e vejo uma super promoção de livros como não conhecia os títulos parti da primeira impressão A Capa "Nossa que capa Linda", ai foi ler a sinopse e pronto esse eu vou levar Também kkkk. Escolha muito bem sucedida o livro é muito bom e nos conta a historia de Gabriella Mondini uma mulher em pleno século XVI, numa sociedade onde as mulheres não tinham Voz, mora em Veneza com seus Pais.
Ela é Médica, paixão que aprendeu com seu pai, Gabriella Se vè perdida ao descobrir que em uma das cartas de seu pai que ele não voltaria nunca mais para casa e com a noticia do conselho de Médicos de que ela não pode exercer sua profissão por ser mulher. Começa ai a sua luta em busca de seu pai e do direito de exercer a Medicina, carreira que escolheu anda menina e que é seu amor maior.
E ela resolve então, que deverá passar por todas as cidades descritas nas cartas que pai lhe escrevera, mesmo que nestas ele tenha dito para não mandar ninguém procura-lo
Em sua viajem cheia de dificuldades, ela sempre re-lê as cartas do pai, e com isso nos ajudando a entender o que se passou com a família Mondini.
O romance de estreia da autora Regina O'Melveny é bem estruturado, com momentos de drama,romance e reflexão
É um livro que recomendo para quem gosta de romances de época, e uma boa dose de mistério, pois nos envolve de uma forma que é impossível parar a leitura. Muitos mistérios envolvem a Família de Gabriella e a cada capitulo uma surpresa e com um final que eu não esperava e que realmente amei.


site: www.leituraecia.com.br
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Sheylla 17/05/2015

A sensação de alívio ao terminar esse livro foi tão grande que excedeu a alegria pelo final "feliz" de Gabriellla. Não por ser um livro chato, mas por ser o tipo de leitura que eu não costumo ler e por estar também numa semana maçante na faculdade com provas e tudo mais, me senti realizada por não ter abandonado a leitura e ter cumprido mais um mês no I Dare You.

A nossa protagonista é uma mulher, na casa dos 30 anos, viúva e médica que vive em Veneza no século 16, uma época bem complicada para as mulheres e Gabriella só pode exercer sua profissão com o aval e instrução de seu pai que é um médico famoso na região. Só que seu pai saiu em uma missão há dez anos e já a algum tempo Gabriella não tem notícias dele e não sabe se ele esta vivo ou se já morreu durante sua viagem.

Sem o apoio do seu pai ela não pode exercer a Medicina e numa tentativa de continuar com sua profissão ela decide sair em viagem para tentar encontrar seu pai e finalizar o Livro das Curas que ele estava trabalhando com a ajuda dela.

Ela parte com Olmina e Lorenzo, seu empregados na casa e que estiveram sempre com ela durante a sua vida e durante o restante do livro a acompanhamos por lugarem inóspitos, lugarem onde mulheres são proibidas e em todos esses lugares Gabriella acaba descobrindo mais coisas sobre o seu pai que durante o tempo que ela conviveu com ele em casa nunca tinha se dado conta.
Em uma de suas paradas ela acaba por conhecer Hamish, um médico que também conheceu seu pai e Gabriella sente que o amor voltou a aparecer em sua vida desde a morte de seu marido, mas a busca por respostas e seu pai está em primeiro plano e ela passa o resto da viagem até o Marrocos se esquivando do amor e de sua própria felicidade.

Mas será que um dia essa busca cessará? Seu pai estaria vivo por ai ainda procurando todas as curas para seu livro? E é com isso que Gabriella se motiva para continuar sua busca e a sua viagem, percorrendo lugares exóticos e perigosos, tudo em busca da unica pessoa que a ensinou a ser o que ela é.

site: http://www.loucura-literaria.com/2015/05/resenha-o-livro-da-loucura-e-das-curas.html
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