Na Companhia das Estrelas

Na Companhia das Estrelas Peter Heller




Resenhas - Na Companhia das Estrelas


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Fernanda 18/11/2013

Resenha: Na Companhia das Estrelas
Resenha: “Na companhia das estrelas” de Peter Heller é um livro de ficção muito pessoal e interativo, visando o relacionamento poderoso de um homem assustado com o seu fiel cão. A história é genuína, aventureira e comovente, sendo que ainda ensina lições importantes sobre a condição da existência humana. O desenvolvimento dos personagens também é muito bem trabalhado e exposto de maneira leve e ao mesmo tempo inspiradora.

O planeta terra está diferente e vazio, praticamente inabitado por causa de doenças que devastaram toda a população. A era é a pós-apocalíptica, e diante de muita angustia e medo, Hig vaga nas cenas com seu cão chamado Jasper. Sua esposa Melissa também está morta e agora ele vive em um aeroporto. Outro personagem que entra em cena é o seu – único – vizinho Bruce Bangley, com seu estilo impreciso, provocativo e sombrio.

É uma narrativa completa e cheia de tensão, ataques e apreensão para com os personagens. Além de lutarem pela sobrevivência e vivendo um dia após o outro, ainda tinham que se defender contra invasores e outros obstáculos.

LEIA A RESENHA COMPLETA NO BLOG:

site: http://www.segredosemlivros.com/2013/11/resenha-na-companhia-das-estrelas-peter.html
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Dé... 20/05/2013

Uma terrível gripe se abateu sobre a população da Terra e dizimou "noventa e nove vírgula alguma coisa da população mundial", das pessoas que desenvolveram imunidade a doença, muitas acabaram com uma doença no sangue altamente transmissível, uma espécie de AIDS...

Hig já vive nesse mundo pós apocalipse há nove anos, ele não tem a doença, mas perdeu todos os que conhecia... exceto Jasper seu cachorro... e agora tem um vizinho que o ajuda a defender o perímetro...

Bangley é um sobrevivente, um homem duro, hábil atirador e que salva a pele de Hig vezes sem conta, isso porque os poucos seres humanos que sobraram não foram o melhor da raça humana... são assassinos, dispostos a qualquer coisa para pegar o que você tem... e os dois homens totalmente diferentes se unem para sobreviver...

O livro me surpreendeu, desde a história em si, a criação dos personagens, mas principalmente a forma como foi escrita... o tempo todo estamos dentro da cabeça de Hig, conhecendo seus sentimentos e seus pensamentos mais íntimos...

Hig é um bom homem que trava uma batalha interna diariamente sobre o quanto vale a pena continuar lutando para viver... ao longo da história suas lembranças nos mostram o que aconteceu com o mundo, como tudo mudou e como é feio o que restou...

As pessoas que sobraram são desesperadas, gananciosas e isso choca bastante pois dá para acreditar que se a história fosse real as pessoas poderiam se transformar dessa maneira, imperados pela selvageria...

A história me fez viajar, me transportou para um mundo que eu não gostaria de viver e por compartilhar todas as emoções de Hig é impossível não se sentir parte de tudo, se colocar na posição dele em muitos momentos e para o meu espanto percebi que sou muito mais fria e racional do que o personagem, que sente falta de humanidade, amor, conversas e constantemente pensa no que poderia ter sido...

Em um primeiro momento, o livro pode lembrar o filme "Eu sou a Lenda", mas a única coisa que os torna parecidos é que se passam em um mundo pós apocalipse, no demais as histórias são completamente diferentes...

O livro ainda tem um quê de poesia, Hig consegue encontrar coisas belas e motivos para viver e até sentir uma espécie de felicidade onde muitos não aguentariam sobreviver...

Sem dúvida esse é um daqueles livros marcantes, que não será esquecido por muito tempo... mas talvez não seja para todos os leitores, principalmente para os mais jovens e apressados, já que o livro é lento e bastante poético.

De qualquer forma, não posso deixar de recomendar a leitura desse livro surpreendente...

Outras resenhas podem ser encontradas em www.leituranossa.com.br
LimHK 05/07/2013minha estante
Estou louca por este livro desde o momento em que o vi na livraria, é compra certa!
Ótima resenha!




CB | @claudiobernardoj 04/04/2020

Ótimo livro. Uma abordagem diferente de um mundo pós apocalíptico.
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Ulysses Frias 27/05/2013

Resenha - Na Companhia das Estrelas
Como viver em um mundo no qual a população da Terra está praticamente extinta? Na companhia das estrelas te leva em uma história na qual uma terrível doença altamente transmissível sucumbiu a população mundial à morte. A história toda se passa no ponto de vista do protagonista Hig, que após perder todos que amava, vive em um galpão de um aeroporto neste mundo pós-apocalíptico com seu cachorro Jasper e um vizinho chamado Bangley.

É uma história com poucos personagens e com isto o autor consegue entrar a fundo no psicológico de cada, fazendo com que possamos compreender as mudanças ocasionadas pela vivência em um mundo solitário. Hig é um cara bondoso, com um bom coração e que diariamente vive conflitos internos uma vez que é uma pessoa politicamente correta perdida em um mundo no qual não existe mais politicas sociais. Ele usa um pequeno avião para todos os dias voar sobre a área sob seu cuidado e analisar como esta parte do mundo à seus pés está. Bangley por sua vez é o oposto de Hig, sendo um cara rígido, meticuloso, excelente atirador e serve como suporte para Hig durante boa parte da história, o salvando diversas vezes.

A história é extraordinária, sem um foco no “o que houve ao mundo” e mais um foco no “como viver hoje.” A relação entre Hig e Jasper é linda, no qual podemos perceber um tratamento humano de Hig à Jasper. Por sua vez, a relação entre Hig e Bangley é ainda mais emocionante, no qual vemos um sentimento sendo criado por pessoas com características opostas uma a outra!

Muitas passagens do texto chamam muita atenção. Como se passa do ponto de vista de um dos personagens, suas lembranças, citações e pensamentos fazem com que a história fique com uma visão bem interessante! "É possível amar de uma maneira tão desesperada que a vida se torna insuportável?" Sim, refletimos isto a cada momento do livro.

O livro apresenta uma diagramação muito boa, foi publicado pela Editora Novo Conceito e possui 408 páginas. A capa é linda e a tradução em português do título, mesmo não tendo muita referência com o original "The dog stars," foi bem escolhido!

Queria poder dizer mais, porém já viraria spoilers. Em todo caso, é um livro fantástico o autor sobre expressar muito bem todos os personagens e suas características. Se você acha esta história clichê, sendo parecida com outras, irá se arrepender a ler esta obra, pois é daquelas que te faz refletir muito durante o texto.

E não deixem de curtir a obra, pois é excelente! Recomendado!

Aproveito e peço para que participem:
Blog: http://funnyworldscience.blogspot.com.br
Página Facebook: https://www.facebook.com/pages/Funny-World-Science/482705738449617?fref=ts

Espero que gostem!
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Saleitura 24/07/2013

Foi difícil terminar de ler "Na companhia das Estrelas". Não porque o livro tenha sido difícil, a leitura travada, ou porque Peter Heller tenha falhado em conferir a seu texto fruição. Não! Nada disso!

"Na companhia das estrelas" é um livro PERFEITO, superlativamente perfeito para meu gosto. Narrado em primeira pessoa ele conta a história de Hig um americano sobrevivente de uma tragédia biológica que dizimou grande parte da população da Terra dando inicio a uma nova era de caos na qual quem quer viver tem que aprender a matar.

Não, não foi questão de dificuldade de leitura. Como ter dificuldade de leitura em acompanhar a trajetória de uma pessoa sensível, cativante, simples, delicada, capaz de arriscar sua vida para resgatar seus livros, como o Hig é? Não tem como! Foram quatrocentos e oito páginas de puro encantamento para alguém que vive eternamente com poesias na cabeça como eu.

Duro não foi ler o texto, duro foi abandonar a companhia do Hig... A doçura melancólica e poética de sua forma de ver o mundo, suas dores, suas pequenas alegrias... Seus momentos, seus encantamentos. Eu tenho andando tão sozinha ultimamente que ficar na companhia dele foi um alivio... Nas virtudes e nas falhas eu encontrei em Hig um igual, um amigo com sentimentos e percepções às vezes tão iguais as minhas. Foi fácil sorrir, sofrer, chorar e amar com ele.

Sei que geralmente minhas resenhas são enormes... um blá blá blá sem fim que me leva a sempre me questionar como algumas pessoas conseguem chegar ao fim... Mas dessa vez está sendo difícil porque tanto quando eu me senti acompanhada durante a leitura do livro agora eu me sinto só e solidão meus caros companheiros de virtualidade dói.


Mas, a parte minhas dores, para quem gosta de uma prosa poética, de histórias reflexivas, de olhar as estrelas, sabe o valor da fidelidade de um cão e está carente de uma companhia para um papo existência, creio eu, que no momento não existe melhor pedida. Alguns livros nos tiram mais do que queremos dá, com "Na companhia das estrelas" foi diferente. Esse foi um livro que me deu muito mais do que eu supunha ser merecedora de receber, é excelente e Deus abençoe o Peter Heller, pois depois de tudo essa história ainda tem um final surpreendentemente doce e feliz.

Resenha by Pandora
http://www.skoob.com.br/estante/livros/todos/62017/page:1


Postado no blog Saleta de Leitura


site: http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2013/07/resenha-premiada-na-companhia-das.html
Gabrielle 25/07/2013minha estante
Liiiindo demais, me emocionei só de ler a resenha, e em momentos solitário como o meu esse livro será ótimo!


Hugo 26/07/2013minha estante
Diante das palavras sobre o livro, e pela bela capa dele, eu poderia descreve-lo com apenas uma palavra: SUBLIME.


Cris21 26/07/2013minha estante
Vi algumas resenhas dele dizendo que o ritmo lento deixou ele chato. Não acho, se for bem trabalhado e tiver um motivo pra ser do jeito que é, tanto faz como é o ritmo do livro. Só sei que achei muito bom e quero ler!


Beth 27/07/2013minha estante
Quero muito ler esse livro. Sei que ele nos faz refletir ou melhor nos leva a repensar o que mais nos importa. Temos tão pouco tempo e o que fazemos dele é o que mais importa. Se soubermos fazê-lo de modo certo e correto.


Elis Culceag 29/07/2013minha estante
Esse livro parece totalmente fora do que estou acostumada a ler, não sei como seria essa leitura pra mim, mas fiquei comovida com sua bela resenha. Quem sabe eu não me surpreenda?


NESSA 31/07/2013minha estante
Uma dica interessante com um personagem cativante e sua luta pela sobrevivência depois dessa tragédia biológica.
Um livro surpreendente principalmente pela questão da adaptação de Hig e de ter que matar para viver.


Gabi l Vai um spoiler aí? 11/08/2013minha estante
Achei muito interessante a resenha, o jeito que você descreveu tudo e tais. Esse livro me chamou muita atenção, mesmo eu não estando TÃO interessada em lê-lo.


Juh 13/08/2013minha estante
Nossa o Hig deve ser maravilhoso, eu amei a frase da capa do livro que diz: O que um homem na verdade precisa é de um bom coração e realmente a humanidade está precisando de pessoas com bons corações.


Michelle 14/08/2013minha estante
É um livro bem parecido com aquele filme "Eu Sou a Lenda", do Will Smith. Mas de qualquer forma, é um livro que chamou muito a minha atenção, pois adoro esse tipo de enredo!


Helder 19/09/2013minha estante
Já leu A Estrada de Cormac McCarthy? É uma estória muito parecida, mas ali é um homem e seu filho que sobreviveram ao fim do mundo. Emocionante também. E muito forte. Recomendo!




Carol 25/10/2021

Livro muito interessante, ainda mais lendo em meio a uma pandemia, trazendo alguns questionamento sobre nossa existência e a natureza humana. No entanto, quando o autor traz algumas situações mais energizantes para o roteiro, logo acabam. Entendo que no final, o intuito do autor era trazer a tona mais os pensamentos e sentimentos de um sobrevivente de um apocalipse do que arcos com mais adrenalina ou violentos como podemos ver em The Walking Dead (exemplo por também ser um livro que retrata um cenário apocalíptico).
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Isadora Baumgartner 02/12/2013

Às vezes, uma boa dose de paciência é tudo de que um homem precisa
Esse deveria ser o subtítulo.
"Na Companhia das Estrelas" é o tipo de livro frustrante, em que você tem esperanças que as coisas melhorem, mas isso não acontece. O livro é monótono até a página 141, e é com aquele acontecimento que cria-se esperança das coisas começarem a fluir... Mas, na verdade, isso só acontece a partir da página 350, e ainda aos tropeços.
Nesse livro, Hig, seu cachorro e seu vizinho são alguns dos poucos sobreviventes de uma epidemia. Eles agora têm de lutar pra continuar vivos, afinal de contas há outros sobreviventes mais hostis. Eles têm que caçar o que restou dos animais, se proteger, cuidar do território. A narrativa é basicamente o que se passa pela mente de Hig ao fazer essas "atividades cotidianas".
Também há algumas inovações na escrita de Peter Heller (autor de "Hell or High Water: Surviving Tibet's Tsango River" e outros livros de não ficção), e algo que eu achei muito incômodo nas partes de diálogo (principalmente quando Hig vai buscar Coca-Cola num caminhão, e se encontra com alguns sobreviventes "roubando o estoque". Relaxa, não é spoiler, não é um fato TÃO relevante na história), não há travessão. O livro é escrito em primeira pessoa, portanto fica confuso. Por exemplo:
"Inteiro. Pernas, braços, tudo.
Certo, preciso de noventa minutos.
10-4.
Hig?
Hein?
Você tirou suas malfadadas férias?
Ah, o velho Bangley."
Concluindo, o livro tinha uma ótima premissa, mas infelizmente não cumpriu todas as (minhas) expectativas.
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Eduarda 11/01/2021

Realizada!
Mal sabia a Eduarda leitora de 2015 que um dia, no futuro, eu terminaria esse livro, e que estaria satisfeita com todo o desenrolar.

O início pareceu meio lento, mas a partir da segunda parte, senti que o esforço valeu a pena. Fui me afeiçoando aos personagens de maneira tão suave que mal notei, o Bangley que o diga, e o Jasper então, só amores.

Os diálogos misturados ao desenvolvimento (sem demarcação), que antes só me atrapalhou em minha leitura, deu um novo tom a história, trazendo pensares e diálogos unidos, retratando um mundo tão vazio no qual Hig, nosso narrador, parece estar mais absorto em pensamentos do que de fato presente. Sem notar se é alguém falando aquilo ao seu lado ou apenas a sua cabeça criando pessoas para que ele não se sentisse tão sozinho.

A história tem uma escrita suave e limpa, com diversos termos da aviação, até porque o personagem principal é um piloto, e com metáforas relacionadas que nos fazem crer na profundidade do Hig.

Ao todo, foi uma história muito boa, e estou completamente realizada que eu tenha dado uma segunda chance a este livro. :)
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Mah Mac Dowell 30/07/2021

Adoro histórias pós-apocalipse. Eu gostei do livro. Me envolveu. Teve uma parte com um acontecimento (de apesar sempre me deixar mal quando tem), que me levou às lágrimas. Me tocou de verdade. O Autor conseguiu fazer eu sentir aquilo que o personagem estava sentindo.
Contudo, o que mais me incomodou foi a forma da narrativa que deixava algumas partes confusas.
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Luiza.Andrade 11/06/2021

Uma ficção muito real
Uma ficção que apresenta um mundo pós-apocalíptico, muito semelhante a atual realidade da humanidade. Um mundo devastado por uma epidemia de gripe.
Hig conseguiu escapar da gripe, na companhia de seu cachorro e um vizinho, tbm sobrevivente refugiam-se num pequeno aeroporto, ali isolados, eles vêem a humanidade ser eliminada pelo vírus, e os poucos sobreviventes ficarem com sequelas pós gripe, uma doença autoimune causada pela incapacidade do corpo de produzir vitamina D, considerada de alto contágio, isolando esses pequenos grupos de sobreviventes. Em seu avião, enquanto relembra a sua própria história, ele sobrevoa as cidades desertas, em busca de vida. Mesmo na calamidade, Hig descobre que é possível sonhar e ter esperança.
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Paula 30/03/2020

Uma realidade próxima?
Na Companhia das Estrelas, Peter Heller, nos apresenta um mundo pós pandemia de uma gripe misteriosa que matou mais da metade da população mundial, que foi acompanhada por uma doença sanguínea semelhante a AIDS. Em um mundo destruído, Hig, personagem principal, tenta encontrar um "equilíbrio" entre tudo o que viveu e a sua nova vida. Juntamente com o seu vizinho, os dois tentam sobreviver o máximo que lhes forem permitidos, mesmo que isso signifique se tornar alguém que nunca imaginou.
O enredo te faz refletir se o fim da humanidade não poderia ser esse, mas o que chama mais atenção no livro é a forma que o autor consegue abordar a culpa, o luto, a solidão e a depressão em meio um cenário caótico em que nada disso parecia ter importância, mas tem e entender isso, faz compreender a mensagem que o livro quer passar.
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Pedro Almada 02/10/2013

Na Companhia de Um Livro Sensacional!
Hig e seu cão, Jasper, tentam sobreviver à completa solidão que assolou o mundo depois do vírus que matou a todos, quase como uma nova Peste Negra. O homem passa seus dias solitários sobrevoando as redondezas de seu "lar" com seu modesto avião batizado de Fera. Mas esses não são suas únicas companhias. Bangley, um velho de caráter sombrio, fecha o seu círculo de amizades, sua família pós-apocalíptica. A vida, a princípio se resume a manter as provisões necessárias e uma conversa aqui e ali, apenas para manter a sanidade.
Hig, com o tempo, passou assumir mais riscos, ser menos cuidadoso - o motivo das brigas entre ele e Bangley. Apesar disso, e mesmo que eles não admitissem, formavam um time e tanto, sobrevivendo sozinhos contra as gangues, os poucos imunes que sobreviveram à doença. E um pouco de complicação vez ou outra acabava ajudando. Impedia Hig de pensar demais em como sua esposa morreu.
Mas, como toda boa parceria, sempre tem um fim ou um "até breve". Hig teve sua cota de despedidas, especialmente quando decidiu deixar Bangley por algum tempo, prometendo, sem certeza alguma, voltar um dia pra casa.

A história elaborada por Peter Heller não traz, em si, uma trama muito complexa. Dá pra resumir tudo nas andanças sem rumo de um sujeito com passado e sem futuro, apenas esperando uma resolução pra sua vida. E é justamente essa atmosfera que torna a história tão realista, sem nenhuma pretensão em achar uma cura, tentar restabelecer algum governo, sem aquela esperança de que, no futuro, o mundo será o mesmo... Nada disso, o mundo simplesmente caiu, e agora os imunes à doença precisam sobreviver. E é justamente isso que é tão legal no livro! A falta de um enredo cheio de tramas, a aleatoriedade de acontecimentos...
Aleatoriedade, aliás, é o que define essa narrativa. Em primeira pessoa, entramos no mundo de Hig e entendemos toda a sua vida, desde jovem até sua atuação situação. O autor deixa transparecer, em alguns instantes, a falha na sanidade do narrador, quando Hig conta, entre um caso e outro, lembranças do seu passado, uma espécie de fuga da realidade adotada por ele. E essa franqueza, sua capacidade em se abrir com o leitor tão facilmente, é o que torna o protagonista tão cativante. Inclusive, personagem com profundidade é o que não falta nessa história. Até mesmo Jasper, o cão amigo, tem lá sua humanização (bem moderada, mas tem sim).
Mas aviso de antemão, a narrativa é bem diferente, pouco tradicional. Ele aprofunda bastante nas sensações, nos sentimentos e lembranças, e os diálogos são indiretos, narrados pelo próprio Hig. Mas isso não restringe o leitor de "ler" um personagem como ele é, sua personalidade, seu modo de agir... Infelizmente o livro não me ganhou por completo, por causa de alguns trechos que chegam a ser bem maçantes e, por vezes, você prefere correr os olhos com pressa só pra passar aquela 'cena'.
Uma leitura bem diferente, mas seletiva. Não é todo mundo que vai curtir, mas vale a pena conferir. Afinal, você não vai saber enquanto não começar.
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Karol Garnier 16/08/2020

Esse livro tem quotes maravilhosos!
"Engraçado como você pode viver uma vida inteira à espera, sem perceber."
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Primeiro um gripe, depois uma doença no sangue e por fim a maldade das pessoas. Isso foi oq reduziu a população a menos de 1%.
E num mundo onde não existe mais quase ninguém e raras são as pessoas confiáveis só o que resta a Hig é lutar pela sobrevivência na companhia de Bangley, um parceiro na luta pela vida, Jasper seu cachorro, e as estrelas...
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Nove anos se passaram desde a gripe mortal, seu cachorro agora está velho, mas a vida em si é a mesma. Matar pessoas é comum, pois apesar de não ser algo que Hig goste de fazer é necessário para sobreviver.
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Com a ajuda de seu avião da decada de 50, Hig patrulha a área para garantir a segurança dele e de seu parceiro.
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A história é muito interessante, mas o livro tem 1 grande defeito. Os diálogos não são sinalizados com travessão e isso dificulta muito o entendimento. Eu nunca sabia de quem era a fala e nem quando começava e terminava. Nunca tinha lido nada escrito desse jeito e demorei bastante para me adaptar.
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Além disso, por se tratar de um mundo muito solitário, há poucos diálogos. A maior parte do texto é composto por pensamentos do personagem principal. E isso cansa um pouco a leitura.
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Apesar desses pontos, ao meu ver nada foi desnecessário. Tudo contribuiu para entendermos os personagens e entrarmos de cabeça naquele mundo.
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As últimas 100 pgs do livro são de tirar o fôlego.
No começo da leitura eu até pensei em desistir, mas no fim eu vi como valeu a pena ir até o fim.
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