O Pessegueiro

O Pessegueiro Sarah Addison Allen




Resenhas - O Pessegueiro


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Beatriz 14/08/2019

Que preciosidade!
Eu comecei a ler esse livro, pois já havia lido outro dessa autora e ela fora muito delicada e amorosa em sua escrita tratando as pequenas coisas da vida de um jeito tão mágico puro e feliz que queria muito sentir isso de novo. E ainda conseguiu me surpreender!

O livro é um romance de baixa fantasia, sobre duas mulheres que vivem em uma pequena cidade, as duas são diferentes e nunca tiveram contato uma com a outra. Vemos então as coisas mudarem e as duas se relacionarem com homem que não sabem se vão dar certo, além de se descobrirem e encontrarem segredos do passado que vai uni-las.

Eu amei o Sebastian, eu amei o romance. Confesso que às vezes a parte da Willa era meio chata, eu preferia que fosse mais sobre a Pax. Mas o livro se mantém de forma legal.

O ponto principal é o conforto e sensação de aconchego que o livro passa, o mistério é bem básico, nada demais e os segredos são triviais. É um livro delicado para passar o tempo e te deixar com aquele aconchego no coração.
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Andre.28 26/09/2020

Entre romances, amizades e mistérios
Existem casos em o livro vai te conquistando aos poucos, e o que antes você não dava nada acaba por se tornar aquela leitura agradável, envolvente. São casos que a surpresa agrada o leitor, e até certo ponto, coloca nossos pré-julgamentos em xeque. O Pessegueiro é um livro escrito e publicado em 2011, pela escritora estadunidense Sarah Addison Allen. Nesse livro vale mais esperar, ter paciência do que ir logo dando um veredito apressado. Passado e presente se entrelaçam em histórias de amor e amizade.

O livro conta história de Willa Jackson, uma jovem mulher de 30 anos que vem de uma família tradicional de Walls of Water, uma cidade no interior dos Estados Unidos. A mansão Blue Ridge Madam que antes pertencera à família de Willa, agora já pertence à outra família tradicional instalada na cidade, os Osgood. A reforma da mansão, a criação de uma pousada, e um misterioso caso que envolve um pessegueiro aproxima Willa da sua antiga colega de escola Paxton Osgood, e também Colin Osgood, o irmão gêmeo de Paxton.

Entre romances, mistérios, o passado volta para remontar uma antiga história de amor e amizade. Willa é o tipo de personagem que vai se abrindo aos poucos, assim como Paxton. A amizade e o amor remontam uma história de enredo simples e cativante. Willa cede os encantos de Colin enquanto Paxton mantém uma relação sofrida com Sebastian, amigo de longa data dela. Eu fiquei surpreso como a autora construiu o livro, e envolveu da metade para o final, tanto que eu torci muito para que as coisas dessem certo entre os casais. Uma simples e gostosa de ler. Fluida, sem grandes reviravoltas, mas envolta em mistério, romances e amizades.
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Fabricy 12/11/2021

Sabe quando um livro encanta, faz sorrir, ficar leve? Amei!
Que livro lindo!!! Que escrita maravilhosa da Autora! Quantas lições de vida! A sinopse não consegue transcrever a real importância dessa história.

Fui dormir leve, com um sorriso no rosto e no coração (se ele pudesse sorrir...).

Estou fascinada!!!

O romance não é o foco, para mim foi secundário, mas também é lindo! Forte e leve ao mesmo tempo!

A amizade é o foco principal na minha concepção! Que história linda das avós e das netas! Que lição de vida!

Um dos melhores livros que já li na vida, embora simples, sem grandes reviravoltas, com um toque sobrenatural leve, mas muito bem desenvolvido!

Amei demais!!! Recomendo!!!
Adriano301 13/11/2021minha estante
Resenha excelente! Tem perfil de Jornalista.


Fabricy 13/11/2021minha estante
Jura Adriano? Obrigada!!! Costumo falar com o coração!


Adriano301 13/11/2021minha estante
Excelente Fabricy, pode acreditar! Quando escrevo procuro colocar o coração e alma em comunhão, na ponta dos dedos.




Jéssica 27/07/2020

Uma história sobre significado de amizade e união entre mulheres, com uma pitada de romance e baixa fantasia, além de um mistério que deixa a trama super envolvente.
"Somos ligadas, como mulheres. É como uma teia de aranha. Se uma parte dessa teia vibra, se há problemas, todas nós sabemos. Contudo, na maior parte do tempo, somos apenas medrosas, egoístas ou inseguras demais pra ajudar. Mas, se não nos ajudarmos, quem irá fazê-lo?"
Essa citação resume o livro pra mim, é uma preciosidade a forma com que a autora retrata a importância e força da união entre mulheres de uma maneira natural por meio de pequenas atitudes cotidianas!! Simplesmente amei a relação da Paxton e Willa e como ela se desenvolveu
Nat Franchi 27/07/2020minha estante
ela faz a crítica dela! arrasou, amiga, já quero ler também


Jéssica 27/07/2020minha estante
leiaaaa, é muito gostosinho ??




Sueli 23/12/2013

O Pessegueiro
Para os leitores ávidos como eu não há nada melhor para curar a ressaca causada pela decepção literária de um livro muito desejado e que acabou sendo um fracasso, do que a leitura de algo escrito por alguém cuja primeira impressão tenha causado emoções intensas e duradouras.
Nem pensei muito antes de começar a ler “O Pessegueiro”, algo que acontece frequentemente comigo entre um livro e outro, pois começo um, paro, começo outro, desisto, até chegar naquele livro em que a primeira página me pega de um jeito que quando vejo já terminei o primeiro capítulo e estou definitivamente envolvida pela trama e amando ou odiando seus personagens.
“O Pessegueiro” teve a vantagem de eu ter amado “Encantos do Jardim”, da mesma Sarah Addison Allen , um livro encantador, com personagens incríveis, e que nos visitam nesta obra em questão. Confesso que fiquei tão surpresa que me emocionei verdadeiramente ao rever Claire Waverley e sua sobrinha Bay, agora com quatorze anos!
Sabe leitor, eu não me importo muito com detalhes, mas reafirmo que o livro “Encantos do Jardim”, lançado pelo Rocco, tem uma das capas mais lindas que já vi, tanto que na edição portuguesa e na edição nacional elas são idênticas. A Editora Planeta caprichou na edição de “O Pessegueiro”. E, caso exista algum erro de revisão, este passou completamente despercebido para mim em virtude do texto maravilhoso de Allen.
Portanto, vamos logo ao que interessa, porque a vida tem pressa. E, é sobre a vida acontecendo, e amizades verdadeiras que Allen traça sua delicada trama de amor.
A história acontece em duas épocas distintas, passado e presente onde iremos encontrar nossas protagonistas que são descendentes das mais tradicionais famílias de Walls of Water, e que mesmo tendo vivido juntas durante grande parte de suas vidas, nunca foram amigas, ou se quer conversaram algum dia. Paxton sempre foi considerada a princesa absoluta, e Willa alguém quase invisível, mesmo que seus antepassados tenham vivido em grande opulência e riqueza. Riqueza perdida durante a época da Grande Recessão, o que obrigou Georgie, a avó de Willa, a adolescente perdida, a trabalhar para a avó de Paxton, a garota de ouro.
Quando nosso livro começa Paxton está organizando a comemoração de setenta e cinco anos de fundação do Clube Social Feminino, e deseja que Willa compareça para receber a homenagem em nome de sua avó, que incapacitada, passa o que resta de seus dias internada na mesma clínica onde reside a avó de Paxton.
O Clube Feminino fundado pelas avós de Pax e de Willa, cuja amizade atravessou décadas, mas não contaminou suas netas por razões tão comuns quanto frequentes em nosso próprio cotidiano, começou por razões muito diversas das que iremos encontrar na atualidade.
E, é sobre o cotidiano e as emoções que essas mulheres irão viver que Allen irá nos falar. Porém através de uma realidade fantástica, ou talvez pensemos assim porque estejamos tão desconectados dos encantos que a vida nos proporciona, que já nem prestamos mais atenção ao milagre que é viver, ou das dicas que a vida nos dá.
Contudo, a liberdade criativa e coerente de Allen no decorrer da trama faz com que você viaje e acredite no que ela quiser. Não raras vezes eu me peguei levantando minhas mãos em conchas para pegar a boa sorte, a cada vez que ouvia um sino tocar. Duvido que você não faça o mesmo depois da leitura de “O Pessegueiro”.
Enquanto temos Paxton lutando para encontrar um pouco de privacidade, encontramos Willa, com toda a liberdade conquistada, mas ressentindo-se de todos os “eu te amo” que deixou de dizer para as pessoas que amou e perdeu.
O livro todo é recheado de aforismos preciosos e sábios, mas o que mais me chamou atenção foi a lição que Willa aprendeu rapidamente, motivada pelos acontecimentos totalmente inesperados ligado a Madam, a mansão que pertencera aos seus antepassados, e que atualmente era propriedade da família de Paxton Osgood:
“Nunca perca a oportunidade de conhecer a vida e os fatos de seus antepassados, você nunca saberá quando essas informações poderão ser necessárias.”
Preste atenção à trama, mas não deixe de pensar sobre as coisas lindas que Allen divide conosco e que imagino seja parte da cultura sulista dos Estados Unidos, tal como a descrição de um anoitecer rosado, e a informação de que quando isto acontece é porque alguém acabou de se apaixonar. E, por falar em romance...
Enquanto o namoro de Willa e Colin se desenvolve de forma muito tradicional e esperada, é com Paxton e Sebastian que teremos grandes surpresas e um pouco de suspense. Eu preciso dizer que nunca havia lido parecido com o conflito desses dois. Fiquei bastante surpresa, mas torci fervorosamente por Paxton...
Mais uma coisa muito interessante do livro foi Allen me fazer pensar sobre algo que sempre me incomodou muito... Sabe quando alguém lhe diz que você não mudou nada, que continua igualzinha? Se você for como eu, deve ficar arrepiada só de imaginar-se como aquela adolescente que um dia foi. Com isso Allen nos faz refletir sobre o crescimento emocional de cada um de nós e daqueles que esperam que continuemos a mesma pessoa, como se fosse possível estarmos vivos sem aprender alguma coisa que nos modifique de uma forma ou de outra. Ela nos diz que por mais que desejemos nunca nos reinventamos apenas nos tornamos o que verdadeiramente somos. Só não se esqueça de se perguntar para onde foi a garota que um dia você foi, isso é muito importante.
No mais, é jogar fora tudo que não presta, porque a vida precisa de espaço para as coisas boas acontecerem!
E, não tenha medo, pois a felicidade é sempre um risco, e se você estiver muito confiante é porque está fazendo alguma coisa errada!
Gostou do que leu por aqui, então não deixe de ler esse livro incrível e aprecie a sua trama recheada de um suspense light, mas de conselhos valiosos e se puder, comece a colocar em prática, pois eu acho que vale a pena.
elis 18/01/2018minha estante
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Carla @camantovanni 21/05/2019minha estante
Estou finalizando ? amei esse livro




Deborah Pimentel 14/03/2023

Começou devagar, achei que não ia gostar, mas com o passar das páginas eu já estava entregue. Imaginei que iria pra um rumo mais arrebatador, porém o livro seguiu do início ao fim no mesmo ritmo, calmo e construindo a história no seu próprio tempo. Li e senti a leveza, mas confesso que ansiei por mais emoção.
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Leitorah 02/09/2021

Por que tem que acabar??
Que livro maravilhoso!!!
Eu estou apaixonada pela escrita dessa autora e por essa estória que ela criou.
Gente, aqui tem o dia a dia deles (eu amo acompanhar isso)tem segredos e fantasmas, tem amizades verdadeiras e tem dois romances incríveis!!
Sério, eu estou apaixonada!
Leiam esse livro e tenha uma leitura leve e simples, foi um dos livros mais gostosos que eu já li na minha vida!??
Aninha/Gótica Neurótica 23/11/2021minha estante
Estou na metade do livro e estou curtindo bastante. Apesar de eu não ser rica e popular, eu me identifiquei mais com a Paxton, pelo modo como ela pensa e sente.


Leitorah 23/11/2021minha estante
Paxton é um amor, ela só é muito pressionada pra ser perfeita sempre?


Aninha/Gótica Neurótica 02/12/2021minha estante
Verdade. Mas quando ela se solta e assume viver e fazer o que quer, dá até um quentinho no coração




Camille 18/05/2013

http://beletristas.com/resenha-o-pessegueiro/
O Pessegueiro é mais que uma história de amor, mais que uma história de amizade e descobertas ao acaso que transformam completamente a vida de pessoas que antes mal trocavam palavras. É um livro cujas palavras para descrevê-lo nunca serão capazes de corresponder ao que de fato se sente ao lê-lo.

Bem vindo a Walls of Water, uma cidade na qual os ventos sussurram, fantasmas armam suas brincadeiras para mostrar presença e sinos tocam mesmo quando portas não são abertas. Não precisa temer ao entrar nela, a magia vai te envolver e levar a um universo realístico.

“Recentemente ela tinha começado a tingir o cabelo de ruivo e, embora todos lhe dissessem que sentiam falta do cabelo castanho, a verdade era que ela ficava melhor ruiva. Mas ela provavelmente voltaria ao castanho em breve. O que as pessoas pensavam significava muito para ela.”
— página 26

É nela que Paxton mora. A mulher perfeição agora planeja a comemoração do 75º ano de Clube Social Feminino e reformar a Blue Ridge Madam é seu dever. Seus planos, todavia, vão ser questionados quando, ao retirar o pessegueiro que tinha por perto da enorme casa, alguns objetos a princípio aleatórios começam a aparecer.

Seu melhor amigo, o único por sinal, é Sebastian, um homem que ela não exatamente esqueceu desde que viu uma cena durante o ensino médio. Hoje, ele é o único a ver além da roupa incrível, o cabelo impecável e do fato de, aos 30 anos, ela ainda morar com os pais.

“Como poderia alguém, com uma vida dessas, sentir-se tão vazia?”
— página 89

Quando Colin, irmão gêmeo de Paxton, volta para a cidade por um mês a pedido dela, uma das primeiras pessoas que ele vê é Willa Jackson, a Piadista da Escola Walls of Water, que permanecera secreta até ser pega tocando o alarme de incêndio. Só então ele deixou de ser culpado pelas “intervenções” elaboradas por ela.

Willa trabalha com Rachel, uma mulher que acredita que a escolha do café e a quantidade de cubinhos de açúcar colocados nele definem o humor de qualquer pessoa. E que não acredita no sobrenatural. É ela que faz Willa sair do conforto e arriscar um pouco com Colin. Afinal, felicidade é correr riscos.

“Mas uma coisa em que ela acreditava era o amor. Acreditava que era possível sentir seu cheiro, seu sabor, que ele podia mudar toda a trajetória de uma vida.”
— página 171

É com essa história que Sarah Addison Allen nos prende a atenção e nos conquista desde o princípio. Não pela primeira vez nos apaixonamos por suas personagens bem construídas, o desenvolvimento bem elaborado e pelo o detalhismo nem sempre notado ou ressaltado por elas.

Ela nos mantém na linha tênue que separa o natural do sobrenatural, permitindo que escolhamos acreditar em um dos dois e entender alguns acontecimentos como mero acaso. Ela também nos leva a dois romances de certa forma profundos, levando-nos a acreditar no puro e simples amor, o sentimento que muda vidas todos os dias.

“O destino nunca lhe conta tudo de cara. Nem sempre lhe é mostrado o caminho de vida que você deve seguir. Mas se havia uma coisa que Willa aprendera nas últimas semanas era que, quando você realmente tem sorte, encontra alguém com o mapa. Felicidade significa correr riscos. Ninguém nunca dissera isso a Paxton. Era como se fosse um segredo que o mundo estava lhe escondendo. Paxton não corria riscos, ao menos não quando estava sóbria. [...] O fato de todas as mudanças que ela fizera nos últimos dias a assustarem tinha de ser um bom sinal.”
— página 217

Como não gostar da delicadeza da história? Ou da narrativa interessante? Ou das situações geradas por ações que, a princípio, não demonstram nada? É com esse jogo que a magia se faz presente, tornando o livro leve, mas necessário de se ter na estante porque com certeza iremos querer reler em algum momento, certamente encontrando outros detalhes que nos escaparam na primeira leitura.

Ela é única em todos os sentidos, o que encontramos em seus livros não está presente em mais nenhuma obra que já li, recente ou antiga. A cada página eu me sentia diferente, repleta de sentimentos bons, de calma, de conforto. Estive junto às personagens durante todo o tempo e, por incrível que pareça, não foi difícil deixá-las ir. De certa forma, parece que são reais, e que posso encontrá-las a qualquer momento.

“Cheguei ao ponto de simplesmente me cansar de tentar me defender. A forma que as pessoas vivem suas vidas e por quem se apaixonam jamais deveria precisar de defesa. [...]”
— página 221

É isso que Sarah nos faz sentir também em O Pessegueiro. É uma leitura altamente recomendada, para qualquer momento da vida. Vale cada centavo.
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Caroline 08/12/2020

esse livro me fez sair de uma longa ressaca, fiquei absolutamente apaixonada por todos os personagens. Adorei o paralelo que foi sendo construído, mostrando a amizade das avós no passado e o presente das netas, adorei o toque místico e a ?evolução? dos personagens... livro para aquecer o coração
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@juliaavictorino 02/09/2021

Mistério e romance que se casam perfeitamente
Não esperava que essa mistura de romance e mistério pudesse casar tão bem. Ao longo do livro percebemos alguns eventos estranhos, mas seriam apenas coincidências ou será que existe um elemento sobrenatural por trás de tudo?

É interessante como a narrativa deixa essa dúvida no ar e não se apressa em dar explicações precipitadas, o que me deixou ainda mais curiosa para descobrir a ligação entre as protagonistas, esses eventos e a tal mansão.

A dinâmica entre as duas protagonistas é muito interessante; elas não são amigas ou inimigas, é a sororidade que as une! Apesar de as duas famílias terem certa ligação no passado, a amizade de Willa e Paxton se desenvolve a partir de eventos que as colocam no lugar certo e na hora certa para se ajudem de forma solidária.

O livro é bem curtinho e senti que algumas páginas extras trariam mais complexidade para a relação entre os protagonistas, principalmente a de Paxton e Colin (que são irmãos gêmeos) com sua família.
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Blog MDL 05/02/2015

Willa não se considerava uma pessoa amarga nem mal resolvida na vida. Depois de aprontar tudo o que podia durante a sua juventude, agora ela estava satisfeita com a sua decisão de cuidar de sua avó e manter a vida que imaginava que seu pai tanto quisesse para ela. Ela não tinha como ter certeza de que estava seguindo o rumo certo porque seu pai morreu tragicamente em um acidente e sua avó estava em um estado de saúde que a distanciava cada vez mais da lucidez. Mas ela tinha que confiar que era isso que ambos queriam, porém todas essas certezas são postas à prova quando Colin Osgood volta para cidade e a faz relembrar da garota rebelde que ela foi. Ela não queria lembrar daquela época, mas quando estava com Colin ela sentia uma necessidade crescente de provar mais uma vez o sabor da insensatez.

Por outro lado, Paxton Osgood tinha tudo que alguém queria poder ter na vida, mas não se considerava feliz. Havia sempre nela um sentimento pesado de infelicidade que ameaçava paralisá-la se ela se permitisse pensar por tempo demais em tudo o que desejou e não conquistou. Ela até poderia culpar a sua mãe por algumas dessas coisas, mas não por tudo, já que ela sempre foi a que acatou ordens e jamais fez algo que contrariasse o que a sua mãe lhe ordenava. No entanto, após a volta de Sebastian a Walls of Water, ela vê nele uma maneira de talvez conquistar alguns dos seus desejos mais profundos. Mas quando ele se revela alguém sensível e com questões profundas a serem refletidas, ela teme estar mais uma vez diante de algo que ficará apenas em seus pensamentos.

Existe algo realmente extraordinária na maneira como Sarah Adisson Allen consegue transportar os seus leitores para as suas histórias. Há tantos sons, cheiros, sabores, mistérios e superstições, que somos levados a acreditar que talvez se abríssemos bem as mãos e as estendêssemos quando uma porta se abre e não há ninguém lá, toda a sorte do mundo acharia um porto seguro. Mas não é só isso, todo amor e amizade que ela traz para as suas páginas também é algo muito bonito de se ver, em “O Pessegueiro”, mais do que em qualquer outro livro da autora, podemos ver o quanto a amizade sempre traz bons frutos. Principalmente se elas forem fortes o suficiente para atravessar décadas e nos ajudar a superar os infortúnios da vida.

Sinceramente não sei como vou sobreviver sem ter livros novos de Allen para ler. A verdade é que sempre que leio uma história sua, tenho a sensação que estou voltando ao meu lar. É tão reconfortante ver dúvidas e anseios meus refletidos em suas personagens, que ao final de cada livro seu, sorrio de gratidão pelo encantamento que ela sempre lança sobre mim. Sim, suas histórias são mágicas! Nesse livro, por exemplo, além de abordar as consequências das decisões que tomamos, a autora também dá aquele toque mágico tão próprio dos seus livros ao se fazer valer de uma narrativa poética para nos introduz a um mistério envolvendo um antigo clube feminino, uma mansão antiga, um pessegueiro e um homem morto.

A princípio esses elementos parecem não fazer sentido algum juntos, mas através da maestria de Sarah Addison Allen ao desenvolver seu enredo, durante a leitura tudo parece tão coeso que é como se um fio de magia os entrelaçasse através das páginas. Essa ideia se fortalece por o livro ser narrado em terceira pessoa e ela utilizar a liberdade que tem para nos mostrar detalhes variados, sob pontos de vista diferentes. Entretanto, confesso que os meus narradores favoritos estão no grupo feminino, já que me vi muitas vezes no medo de Paxton de se desprender das amarras que a prendiam ao que as pessoas esperavam dela para realmente fazer o que queria, bem como, na maneira quase dolorosa que Willa tinha de levar a sua vida por não querer decepcionar mais ninguém por ter feito exatamente tudo o que queria fazer.

Acredito que por isso fiquei tão maravilhada com a amizade delas. Tanto que vibrei a cada conquista, a cada conselho e a cada passo que elas davam para reafirmar as suas identidades e se permitirem ser felizes. Talvez por causa desse aspecto tão agradável que eu não senti falta de um maior aprofundamento do mistério acerca do pessegueiro e do grande canalha que era o homem morto. Porém, foi bom a autora ter mostrado ao menos um pouco desse ponto, já que isso me permitiu conhecer um lado da vovó Nana que até então eu não pude ver e da vovó Georgie também. Ao final, eu estava tão rendida a essas duas senhorinhas que pude sentir o quanto uma amizade verdadeira faz toda a diferença em nossas vidas.

Em poucas palavras, posso dizer que “O Pessegueiro” é o livro perfeito para todos os leitores que às vezes sentem a necessidade de estar perto o suficiente de algo mágico para dar um pouco mais de cor aos seus dias, mas que mais do que qualquer coisa procuram pela tranquilidade de uma cidade sulista e pelas fortes emoções e sentimentos que abrigamos dentro de nós mesmo quando queremos esconder isso do mundo todo. Sem dúvidas, mais um livro que vai entrar não só para a lista dos favoritos, como também, para a de releituras.

site: http://www.mundodoslivros.com/2015/02/resenha-o-pessegueiro-por-sarah-addison.html
Reniére 10/03/2015minha estante
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Xoxo




Mari 10/04/2021

Simplesmente perfeitoo
O livro fala muito sobre a amizade e o real significado dela, fiquei presa nessa leitura do começo ao fim, simplesmente apaixonada pela amizade que Willa e Pax construíram ao longo do livro mesmo sendo tão diferentes.
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Leticia Oliveira 14/04/2020

Não esperava gostar tanto
Eu não esperava gostar tanto desse livro, pois eu não tinha entendido muito bem a sinopse, fui às cegas mesmo e fiquei apaixonada. É um livro que fala sobre o poder do amor e da amizade, e não importa quanto tempo passe, se for verdadeiro prevalecerá. O mistério está sempre presente no livro, por mais que tenha sido revelado com facilidade, nos vemos como isso afeta a vida das pessoas ao redor. Como o livro é narrado em terceira pessoa, e com isso nós temos a história pela perspectiva de todos os personagens, e vemos cada um contando um pouquinho de sua história, e eu adorei todos. Por mais que o começo seja um pouco arrastado, as coisas melhoram e o livro flui com facilidade.
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Jessica Sena 15/01/2021

o pessegueiro
até o momento foi o livro que mais gostei esse ano, é um romance tão bom de ler, a escrita é muito boa e até às reviravoltas são de deixar qualquer um pirado.
eu adorei esse livro e quero encontrar outros nessa mesma pegada
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Tamara 01/05/2020

Existem alguns livros nos quais os autores se demoram demais em suas páginas e deixam de abreviar as coisas quando bem poderiam fazê-lo, enchendo páginas e páginas com fatos desnecessários, mas também, existem aqueles livros em que as páginas ficariam muito mais atraentes caso fossem estendidas, e esse é o caso específico de O pessegueiro, uma história cuja sinopse há anos havia me atraído e cuja leitura resolvi realizar quando procurava um livro que aparentasse ser uma saga familiar. E na verdade, a história se mostrou com o estilo de enredo que eu procurava, com o tipo de personagem que gosto e com o estilo de mistério que mais me prende em um livro, tanto é que após passar de trinta por cento do livro, li a obra de uma vez só, ávida para descobrir o final e os segredos que as páginas guardavam para me revelar.
Porém, posso classificá-lo apenas como bom, ou mais especificamente mediano, pois apesar de ter trazido um enredo super intrigante, tanto na parte que retrata o passado quanto na do presente, a autora deixou a desejar na exploração dos diversos elementos e para mim ela tinha muitos itens a esmiuçar dentro dessa obra, muitas relações para aprofundar e tornar mais críveis mas senti por parte dela uma certa preguiça em explorar tudo. Nesse enredo, acompanhamos duas amigas que tem uma grande amizade há muitos anos e possuem inclusive um grande segredo, e quando a neta de uma delas começa a organizar um baile em homenagem ao clube feminino que as avós tinham, descobre esqueletos enterrados e segredos bem guardados. Bom, como mencionei, foi um pouco previsível demais o modo como o segredo foi descoberto e em certo momento uma das personagens simplesmente foi lá e entregou tudo, e obviamente eu esperava uma certa resistência, umas idas e voltas e coisas que servissem para aguçar a curiosidade; além disso, as mais jovens, netas das antigas amigas acabam desenvolvendo uma "grande" amizade mas que aconteceu em torno de três semanas, bem como essas duas mocinhas encontram seus grandes amores, também nesse período de tempo o que deixou a coisa pouco crível.
Pelo lado positivo, gostei das breves descrições da amizade mantida pelas avós por tantos anos, e adorei a casa histórica em torno da qual gira o segredo. O pessegueiro é um daqueles livros bons para passar o tempo ainda que infelizmente não tenha conseguido ir mais longe do que isso em sua proposta, mas para os leitores interessados na leitura, posso dizer que a escrita é boa, fluida e envolve.
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