Eduardo 11/07/2010Gostei bastante do jogo que o Flávio de Souza faz com a clássica frase 'HOMEM NÃO CHORA'. Aos poucos, sob os olhos do menino, o senso comum se esfacela diante da realidade, da sinceridade, do que sente o coração dele. O que era uma afirmação peremptória, vira questionamente. A frase, página a página, vai mudando, surgem vírgulas e interrogações. Vira dúvida: HOMEM NÃO CHORA? E ao final, bonito, uma nova afirmação, ou melhor, é aquela mesma afirmação do título e da primeira página, transformada pelo olhar do menino:
"[...] os lobos, quando estão tristes, uivam para a lua.
Os pássaros voam sem parar.
Os peixes nadam no escuro. Mas...
HOMEM, NÃO. CHORA"