Fernanda 16/07/2013Resenha: Os Últimos Dias de KryptonResenha: Nesse final de semana fui ao cinema conferir o filme “O Homem de Aço” o qual eu estava muito ansiosa para ver, e não sei se minhas expectativas estavam muito em alta, mas eu realmente me decepcionei, não tanto com a história, mas pelas próprias cenas expostas. A razão de eu ter lido “Os Últimos Dias de Krypton” na sequencia, foi justamente para tirar as minhas impressões negativas da história, mesmo sabendo que os dois não tem uma ligação maior, apesar de citar alguns personagens em questão. Nada melhor do que ler um livro de um ator bom naquilo que escreve e Kevin J. Anderson escreve ficção científica de uma maneira subjetiva e ao mesmo tempo deslumbrante. O que mais me interessou na hora de escolher esta leitura foi a curiosidade para desvendar a aventura criada pelo autor, diante de um mundo tão conhecido e conflituoso. É um universo repleto de questionamentos de fãs e afins, e mesmo que saibamos seu desfecho, esta narrativa em particular, extraiu um ambiente ilimitado de possibilidades arrebatadoras. Este livro mudou meus pensamentos e me surpreendeu mais do que poderia sequer imaginar.
“Apesar disso, o mistério por trás da existência de outras estrelas e planetas sempre intrigou Jor-El. Por não ser capaz de desobedecer às leis, não importa o quanto as restrições pudessem parecer frívolas, ele foi buscar caminhos que as contornassem. Porém, as regras não podiam impedir que ele viajasse em sua imaginação.” Pg.15
A história é tão rica de detalhes, personagens e cenas que acredito que deveria ser lida uma, duas e até três vezes seguidas para poder entender cada complexo intrincado nos acontecimentos. Logo no começo somos apresentados a uma extensa lista do elenco de personagens, como o conselho Kryptoniano até antigas figuras históricas, expressando um dinamismo maior em relação a trama. E o que parecia ser mais um complemento da famosa história do Super Homem se tornou um enredo irreverente e criativo, diante de novas visões e qualificações. Pode-se dizer que não há um personagem central especifico, pelo fato de haver tantas personalidades peculiares, ou se não, é mais viável dizer o obvio, que Krypton é a base de tudo, e consequentemente faz parte de sua totalidade ser o centro de cada ação realizada.
“– Que experiência fascinante. – Quando a encarou, com os olhos azuis e cintilantes, parecia estar enxergando Lara de um jeito que jamai alguém havia enxergado. – Você salvou a minha vida. Mais do que isso, você me salvou de ficar preso para sempre naquela...Zona Fantasma.” Pg.26
Jor-El era um visionário cientista ansioso e curioso pelo desconhecido, apesar de manter um certo receio sob o além-mundo. Seu trabalho desafiava os limites da atmosfera e apesar de tudo, ele desenvolvia cada ato praticamente sozinho. O que lhe dava incentivo para continuar sua jornada ampla das descobertas era justamente a curiosidade cientifica, que apresentava um ar cuidadoso, suntuoso e clássico. Já seu irmão, Zor-El, que morava em Argo City, era o oposto dele, mesmo que mantivesse o mesmo jeito de querer descobrir as coisas, ele tinha uma personalidade mau-humorada e egoísta. No caso dos irmãos, a implicância sempre fora gerada justamente pelo motivo de um querer superar o outro. Já sobre o governo, é possível definir sua composição como uma sociedade repressora e temerosa pelo desconhecido e também pelas novas tecnologias. Talvez esse tenha sido o primeiro erro para a provável destruição de todos.
“Mesmo na amada Argo de Zor-El, a maior parte dos Kryptonianos estava muito acomodada, tinha poucas ambições e ligava muito pouco para o mundo à sua volta. Eles haviam se esquecido do sabor estonteante do perigo. Zor-El, por outro lado, achava divertido se colocar em situações arriscadas – pelo menos quando era cientificamente necessário.” Pg.44
Diante de tanta genialidade – ou loucura – o destaque segue para o relacionamento singular de Jor-El e Lara. O modo como os dois se conheceram foi muito hilário e descontraído. Lara era excepcional e idealizadora, repleta de sonhos e disposta a seguir seus objetivos de modo característico e enigmático. Sua melhor qualidade era a determinação para seguir em frente e não desanimar ou se limitar diante de qualquer obstáculo. No decorrer da narrativa, conhecemos além dessa relação, dias tranquilos e dias de caos iminentes sobre notáveis intensos e prospectivos, como por exemplo, o general inconstante, Zod e o androide Brainiac.
É, sem dúvida nenhuma, uma obra completa e personificada, completa para os fãs dessa natureza.
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