Bela Lima 20/05/2016E, embora a originalidade fique em falta, Chelsea sabe narrar uma historiaApós que sua companheira de quarto desistiu, Taylor esperava ao abrir a porta dormitório da faculdade, outra garota, não Hunter, um cara malhado e cheia de tatuagens. Logo nos primeiros segundos, quando ele brinca que seu nome é Missy (uma brincadeira com erro e que dá nome ao livro), Taylor soca seu nariz, determinada a odiá-lo.
Surpreso e impressionado pelo gancho de direita dela, Hunter propõe uma aposta a ela e depois de um tempo, ela decide aceitar, se vendo sem alternativa para se livrar dele. A aposta consiste em se ela conseguir provar que o odeia, ele vai embora, mas se ele provar que ela o ama, ele fica.
“É mais difícil dizer que você ama alguém do que o odeia.”
“-Você precisa de ajuda?
-Eu pareço como se precisasse?
-Não realmente, mas eu me sentiria um idiota se eu não perguntasse.
-Você é um idiota de qualquer maneira.”
Taylor, graças a Deus, não seguiu o molde de outras personagens que são fracas e dependentes, contudo sua personalidade é explosiva de mais em momentos inapropriados. E sem sentido. Ela fala palavra, em especial morda-me e gosta de penas de pavão apesar da má sorte que traz, não tem como não sentir empatia por ela, principalmente no seu ‘ódio’ contra Hunter.
Hunter é o típico bad boy a primeira vista que logo se mostra um cara de coração maravilhoso apesar de tudo que lhe aconteceu. Ele é lindo, cheio de tatuagens relacionadas à sorte, números, símbolos... E habita sonhos de qualquer mulher, não é por nada que dorme nu, e sabe disso, fazendo com que possua uma atitude arrogante e confiante. Apesar de Taylor está atraída por ele, ela não se joga aos seus pés, deixando Hunter decidido a tê-la.
“Caras como ele são todos iguais. Eles pegam o que querem e deixam você com nada.”
“Ele era o que ele era e não dava a mínima se as pessoas gostavam disso ou não. Não importa quão louca ele me deixava, eu tinha que admirar isso sobre ele. Às vezes eu me importava muito com o que as outras pessoas pensavam de mim. Deve ter sido libertador ter passado a vida assim.”
Uma coisa que gostei foi o relacionamento deles, completamente aberto e sem filtro, desenvolvendo-se nas horas certas, assim como o fato da autora ter explorado, embora apenas superficialmente (os protagonistas são outros), outros personagens e seus relacionamentos.
Meu erro favorito segue aquela historia tradicional, seguindo a velha receita genérica e clichê de personagens opostos, com um passado secreto sombrio, que se odeiam no inicio e se apaixonam com o tempo. Contudo, independente de tudo isso, gostei da historia. Ela pode ser clichê, com assuntos já utilizados (é difícil encontrar algo completamente original, tudo é sempre baseado em algo), você pode ler e pensar essa parte de se parece com isso, aquela com aquilo... E, embora a originalidade fique em falta, Chelsea sabe narrar uma historia, apesar de que não posso dizer que os segredos realmente me surpreenderam, não totalmente.
“Às vezes as pessoas não querem a verdade. Às vezes a verdade é pior do que uma mentira.”
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