Os contos de Cantuária

Os contos de Cantuária Geoffrey Chaucer




Resenhas - Os Contos de Cantuária


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Aninha 16/04/2024

Surpreendente
Não por ser uma surpresa, mas por ter sido escrito na época medieval e conter tanta ironia, piadas, situações do cotidiano e personalidades e ainda ser escrito em rima! O autor foi muito inteligente e sagaz mesmo! Recomendo!
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Weiiirdo 12/02/2024

Não existem ideias novas
A maior lição do livro está em conformidade com o título deste comentário: não existem ideias novas, pois muito do que se pensa hoje já estava presente no imaginário de um habitante do medievo, uma pessoa de séculos e séculos atrás.
É uma lição útil, sem dúvidas, mas a nota do livro permanece ruim uma vez que o enredo da maioria dos contos não chega sequer ao medíocre, os personagens são caricaturas antipáticas para alguém típico da contemporaneidade e não há sequer esforços por uma ambientação cativante.
O livro foi escrito em uma época rudimentar para a prosa e, por consequência, seus truques retóricos eram igualmente primitivos, insuficientes para agradar alguns leitores dos dias de hoje. As narrativas possuem valor como traços de uma época e de psicologias do passado, ou seja, como auxílios a aulas de História, mas não exatamente como usufrutos literários.
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Luiz Pereira Júnior 21/01/2024

Olhando-se no espelho...
Se uma rosa é uma rosa é uma rosa, um clássico é um clássico é um clássico...

Durante séculos, muito já foi escrito sobre “Os contos de Cantuária”, de Geoffrey Chaucer, sendo possível encontrar milhares de resumos e milhões de páginas (tanto físicas quanto virtuais) sobre essa que é uma das mais importantes obras da literatura universal. Então, serei breve. Mas antes um aviso: li a edição da T. E. Queiroz, em prosa.

“Os contos de Cantuária” pode ser resumido assim: um grupo de peregrinos se encontra em uma taberna. O Estalajadeiro decide seguir com eles e oferece como prêmio um jantar para quem contar a melhor história durante o percurso, sob a condição de que ele será o único juiz, não aceitando quaisquer reclamações.

Assim, cada personagem conta uma história, de acordo com seu estrato social, com a sua visão de mundo e com o gênero ao qual pertence. Os personagens são arquétipos de um microcosmo representando toda (ou grande parte) da sociedade feudal (mas muito do que foi escrito muitas vezes alcança o universalismo e a atemporalidade). O Cavaleiro, o Moleiro, o Feitor, o Cozinheiro, o Magistrado, o Homem-do-Mar, a Prioresa, o Monge, o Padre da Freira, a Mulher de Bath, o Frade, o Beleguim, o Estudante, o Mercador, o Escudeiro, o Proprietário de Terras, o Médico, o Vendedor de Indulgências, a Outra Freira, o Criado do Cônego, o Provedor, o Pároco e o próprio Chaucer, cada um conta uma história, a seu próprio jeito, mas seguindo basicamente o mesmo padrão culto de linguagem (em que pesem as obscenidades e termos chulos de alguns personagens).

Diga-se também que em todos os contos sempre há citações e/ou narrações de outros autores, principalmente bíblicos, mitológicos e clássicos, como uma forma de dar embasamento à história narrada pelo personagem da vez. E essas justificativas acabam se entrelaçando às narrativas de uns e outros personagens, quando uma figura bíblica, por exemplo, é citada em um conto, sendo citada mais adiante em dois ou três contos para justificar a mesma ação de outra(s) personagem(ns).

A maioria dos contos versa sobre o casamento e as conflitantes relações entre os sexos (ou os gêneros, se preferir), tornando um caráter misógino em várias das histórias narradas, mas é bom lembrar que não se pode exigir o pensamento atual para personagens que são o retrato do pensamento de séculos atrás.

O mesmo acima dito se pode dizer em relação ao aspecto religioso, que permeia todos os contos. A religião é vista tanto como forma de corrupção quanto de redenção do ser humano (e isso já diz muito da época em que o livro foi escrito).

Lembrando “O Decameron”, de Giovanni Boccaccio, temos histórias que buscam o sublime (o do Cavaleiro), mas também textos francamente obscenos (o do Moleiro, cujos versos finais foram ditos por Amy em um dos episódios da série “Big Bang Theory”), porém o destaque, a meu ver, é o da “Mulher de Bath”, surpreendentemente atual em sua luta pelos direitos das mulheres.

Vale a pena e muito ler “Os Contos de Cantuária”, de Geoffrey Chaucer, mas não espere uma leitura fofa, pois requer atenção, concentração e até mesmo um certo espanto diante de muita coisa que não existe mais. Mas o que é pior é que muito do que existia naquela época continua a existir do mesmo jeito nos dias de hoje...
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JosA225 29/12/2023

Os Contos de Cantuária
Livro iniciador da moderna literatura inglesa. Nos seus contos, várias pessoas de todas as camadas sociais contam estórias para entrete-los na caminhada.
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alntbr 01/12/2023

Chaucer
O meu primeiro contato com a obra de Chaucer foi no filme de suspense (muito bom por sinal) Seven e depois, na série Sandman onde o autor aparece conversando com um futuro Shakespeare em uma taverna. Desde então, eu fiquei curioso em ler. Sabia que se tratava de uma obra antiga, datada na Era Medieval e que sua escrita era diferente. Graças as minhas experiências positivas com os épicos gregos, foi uma experiência até agradável ler os contos dos peregrinos. Tirando alguns contos que na minha visão servem mais para pessoas religiosas, os contos são bons, divertidos e arrancam uma boa risada.
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Sofia.Eternal 16/10/2023

Um clássico inglês
Chaucer e Shakespeare são os dois escritores ingleses mais importantes da literatura clássica britânica.
Esse livro, escrito em verso, é do século 14 e é uma coleção de contos , histórias de cavaleria, alegorias e farsas.
A edição do livro é muito boa.
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Bruno 24/08/2023

Magnífico
O Pai da Literarura Inglesa nos faz mergulhar na Idade Média através de contos dos mais diversos gêneros e com personagens extremamente cativantes.
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Gualberto.Junior 07/07/2023

Eu no meio dessa romaria
Os contos de Canterbury nos apresenta um mosaico da sociedade inglês do século XIV. Cada conto destaca os tipos e as questões com que a gente daquela época e lugar tinham com que lidar. Os contos são cheios de ironia e sátiras denunciando os vícios e fraquezas presentes no caráter de muitas personagens e também as suas virtudes. Os contos as vezes são hilários e outros são bem sóbrios. Uma maravilha de leitura.
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Ezequiel.Cesar 08/04/2023

Perfeito!
Precursor da literatura em língua inglesa , essa obra reúne um grupo de peregrinos que para passar o tempo, durante uma viagem, decidem cada um contar uma história.
Temos contos satírico, moralístico e de mulheres fortes. Enfim um ou outro vai agradar o leitor moderno. Detalhe interessante, conforme Orlando Bloom, alguns personagens inspiraram Shakespeare a desenvolver obras memoráveis no futuro.

Gostei muito do livro, apesar de ser escrito em forma de poemas, é bem fácil a leitura. Foi bem prazeiroso acompanhar os peregrinos em sua viagem.
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Marcos606 22/03/2023

Peregrinação
Uma coleção de histórias emolduradas por uma peregrinação do santuário de Thomas Becket em Canterbury, Kent. Os 30 peregrinos que realizam a viagem se reúnem em uma taverna em Southwark, do outro lado do Tâmisa, vindo de Londres. Eles concordam em participar de um concurso de contação de histórias durante a viagem. A maioria dos peregrinos é apresentada por breves esboços vívidos no "Prólogo Geral". Entre as 24 histórias intercaladas, há cenas curtas e dramáticas, com trocas animadas, geralmente envolvendo o anfitrião e um ou mais peregrinos. Chaucer não completou o plano de seu livro: a viagem de volta de Canterbury não está incluída e alguns dos peregrinos não contam histórias.

O uso de uma peregrinação como um dispositivo de enquadramento permitiu a Chaucer reunir pessoas de todas as esferas da vida: cavaleiro, monge, comerciante, perdoador e muitos outros. A multiplicidade de tipos sociais, bem como o próprio dispositivo do concurso narrativo, permitiu a apresentação de um acervo muito variado de gêneros literários: lenda religiosa, romance cortês, vida de santo, conto alegórico, fábula, sermão medieval e, às vezes misturas desses gêneros. As histórias oferecem representações complexas de peregrinos, enquanto, ao mesmo tempo, os contos apresentam exemplos notáveis ​​de narrativas curtas em verso, além de duas exibições em prosa. A peregrinação, que na prática medieval combinava um propósito fundamentalmente religioso com o benefício secular de férias de primavera, permitia uma consideração mais ampla da relação entre os prazeres e vícios deste mundo e as aspirações espirituais do próximo.
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Icaro 05/02/2023

Divertido!
Considerado em muitas listas como um dos 100 melhores livros de todos os tempos, esses contos medievais foram escritos na Inglaterra no século XIV. Pequenas histórias para serem contadas em encontros e banquetes, ajudaram a moldar vários aspectos da literatura internacional e inspiraram fortemente Shakespeare. Um livro divertido com histórias pitorescas e repleta de significados.
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Jonathas dos Santos Benvindo 20/07/2022

Um livro com histórias bastante diferentes, algumas engraçadas, me fez pensar bastante no Decamerao de Boccaccio. A edição é muito bonita, bilingue, com algumas ilustrações.
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Nathaniel.Figueire 19/07/2022

A maior parte do texto é uma leitura simplesmente chata
A edição da Penguin/Cia das Letras é boa (essa capa com a arte do Joan Cornella é muito legal e a ver com o livro!). O texto introdutório ajuda na leitura e a tradução parece ter sido feita com bastante carinho.

Li porque ando interessado em coisas do final da Idade Média. A proposta do autor é realmente interessante: fazer dessa "caravana" até a Cantuária um retrato social da Inglaterra do século XIV e dar um motivo narrativo para a reunião de contos de diferentes temáticas (que ele escreveu ao longo de décadas). Há histórias bem legais, como a do Vendedor de Indulgências e outras mais escatológicas. Porém, a maioria é tomada de um pieguismo religioso que cansa demais na leitura.

Logo, eu entendo sim os motivos do porque não gostei do livro: o excesso de religiosidade é algo esperado vindo de um cortesão do século XIV. Minha nota baixa é pelo motivo de que 75% da leitura pelo menos foi cansativa demais, sem nenhum prazer. Quase abandonei várias vezes.

Não adianta o chato do Harold Bloom no final do livro me fazer quinhentas mil louvacações ao Chaucer (tudo no fim para falar de Shakespeare e Janes Austen, os xodós dele, tudo no mundo é para explicar esses dois segundo o crítico... que conhece a figura, sabe). O fato de ser "canônico" e importante para questões como desenvolvimento interno de personagens (que na verdade tem mais a ver coma tese geral do Bloom do que com a dinâmica da literatura em si...) não muda o fato que a maior parte dos contos é simplesmente... chata.

Vale como documento histórico, agora como algo para dar prazer na leitura, comigo, pelo menos, não rolou.
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Loba Literária 02/06/2022

Pra ler de pouco em pouco, senão cansa. Um livro bom, ainda que algumas histórias tenham sido melhores que outras (Mulher de Bath superior a todos kk)
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Carlos Nunes 19/04/2022

Um retrato da sociedade medieval inglesa
Sempre tive um pouco de receio de ler essa obra, principalmente porque a tinha como um grande poema erótico-satírico de difícil compreensão. E acabei me deparando com uma obra satírica sim, em sua maior parte, mas engraçadíssima, de fácil leitura e que como nenhuma outra nos dá um panorama inigualável da sociedade medieval inglesa, com suas classes, profissões e características como linguagem e costumes, relatando histórias e vivências típicas do seu cotidiano, enquanto participam de uma peregrinação ao santuário de São Tomás Beckett. São contos de traição, de trapaça, de cunho moral, religioso, enfim, tem para todos os gostos. Infelizmente inacabada, esse é um livro delicioso de se ler, que mostra toda a erudição do Chaucer, mas principalmente sua extrema capacidade literária, ao colocar tantas histórias, com temáticas bem diferentes, e com formas e linguajar também característicos de cada viajante, mas tudo em forma de poema. Destaque para os contos do Vendedor de Indulgências e da Mulher de Bath. Uma obra inigualável!
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