Cartas de Napoleão à Maria-Luíza

Cartas de Napoleão à Maria-Luíza Napoleão Bonaparte




Resenhas - Cartas de Napoleão à Maria-Luíza


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Edna 24/04/2020

O romantismo de Napoleão
#Leituraconcluída

Cartas de Napoleão à Maria-Luíza ? Comentadas por Carlos de La Roncière ? Conservador Chefe da Biblioteca Nacional da França ? Desta obra foi feita uma tiragem de 100 exemplares numerados e rubricado pelos Editores.
Livraria Lello ? Pôrto ? Lisboa ? Tradução de Ramiro Mourão ? 1935

Um livro indica muitos, Ler Guerra e Paz, nos desperta tantas curiosidades, que mesmo sendo um calhamaço não satisfaz o Leitor, e essas Cartas 318 no total e mais 21 cartas autógrafas de Napoleão a Maria-Luiza, com alguns trechos narrados, vem somar e complementar a leitura de G&P que não detalha a intimidade como conhecemos nestas cartas.

Napoleão, uma das figuras mais emblemáticas de todos os tempos, com uma carreira militar invejável pelas suas habilidades, passou de soldado, general, cônsul e se tornou Imperador da França em 1804.
Nas cartas nos revela um ser humano despojado de soberba, e tão sensível que reclama do calor durante os primeiros meses do ano até mudar o teor pelo frio ou a neve, que se sente resfriado, imagina uma temperatura congelante a 20 graus abaixo de zero e longe daquele conforto todo em que conhecemos das pinturas, dos Livros e de toda a pompa em que foi criado, e jamais reclama da guerra e evita os assuntos trágicos passando sempre com motivação positiva e muito carinho, senti tanto não ter acesso às respostas das cartas da Maria Luíza, apenas às menções delas.

Iniciei essa leitura sem pretensão nenhuma e de repente me vi comparando data das batalhas, nomes principalmente os russos, e localidades que as vezes mudam dependendo da tradução. Foi uma experiência incrível.

As Cartas se iniciam quando Napoleão conhece por carta a Arquiduquesa da Áustria e curioso o fato:

"Por estranho que o facto pareça, é a esposa que vai repudiar Napoleão, é Josefina quem primeiro pensa em se fazer substituir por outra junto ao Imperador", e assim devidamente constituída Maria Luiza recebe a primeira carta de Napoleão com o título: Minha Prima e era um pedido de casamento datada de 23 de fev/1810, e seguida de uma segunda à qual já a chamava de irmã, tratamento que fora mudando e após o casamento já era, Senhora, Minha amiga. minha Boa Luiza e Minha Boa Amiga após o nascimento do filho "o rei de Roma",
Francisco Carlos José Bonaparte, 20 de março de 1811, intitulado Rei de Roma Napoleão II, único herdeiro direto de Napoleão I., que Ele sempre encerrava carinhosamente com "Adeus, mio bem, e em todas o fechamento era um "desejo tam ardentemente como tu o momento de tornar a ver-te e de te dizer o que sabes: quanto te amo." Mas quase sempre um "Todo teu". Que romântico! Em meio à guerra durante 4 anos sem falhar uma semana e cada dia mais humano, é muito lindo.

Todo o livro reforçou toda a trajetória de G & P e deu uma leveza com essas cartas em meio à tantas decisões e ler a sensibilidade de Napoleão quando Ele abandona Moscou uma das poucas cartas em que relata andamento da guerra:

"Não tenho notícias suas à dois dias. ......Eram-me precisos 20.000 homens para guardar essa cidade destruída e que embaraçava as minhas operações."

E aqui já entra a suavidade:

"O tempo está muito lindo; uma manhã brilhante até as duas da tarde, depois o tempo torna-se ainda mais belo com um sol quentíssimo e, à noite, um formoso luar até a meia noite. ...Adio, mio bene. Todo teu. 3 beijos no reizinho. Flom/in/Koiê, 22 de outubro. NAP."

Conteúdo histórico que se inicia com um rico prólogo detalhando a compra das cartas inéditas de Napoleão em 1934, e termina com as cartas em fac-simile. Uma relíquia.

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