Aryta.Mancini 17/04/2024
Ótimos personagens, narrativa e enredo excelentes. Amei!
Antes da era do streaming, quando a gente tinha que esperar um filme passar na televisão e torcer para conseguir assistir no horário disponível, eu vi um trecho bem pequeno de ?As Virgens Suicidas? (baseado no livro de mesmo nome) e, um bom tempo depois, quando finalmente tive a oportunidade de assistir, resolvi que ia ler o livro antes.
Mas, em algum lugar da minha cabeça esse pensamento se perdeu, até que, mais de uma década depois, eu finalmente comprei o livro (me mantendo fiel ao fato de ainda não ter assistido o filme).
Achei a história incrível. É diferente de quase tudo que já li. Tem uma doçura na narrativa que contrasta com os fatos narrados.
Aliás, em todo o livro, você pode ver que ele é recheado de dicotomias. A família Lisbon inicialmente transmite uma imagem de ordem e caos, as meninas são vistas com certa admiração e estranheza, os acontecimentos acabam se revelando para a vizinhança como chocantes, mas, de certa forma, também banais.
Acredito que o autor foi muito feliz em escolher como narrador um personagem que é a personificação dessa sucessão de opostos, pois, ao mesmo tempo que guarda certa distância das meninas e da família Lisbon, se vê extremamente ligado a elas, de forma que quando também utiliza como ferramenta na narrativa partes do que seriam ?entrevistas?, consegue trazer falas de pontos de vistas diferentes, enquanto, ao preencher algumas lacunas, ou comentar sobre o que ouviu de terceiros, oferece sua própria percepção.
Eu amei a leitura do começo ao fim.