As virgens suicidas

As virgens suicidas Jeffrey Eugenides




Resenhas - As Virgens Suicidas


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Cybelle 10/05/2011

Pós graduação em melancolia
Quando este livro caiu pela primeira vez em minhas mãos custou uma tarde, uma noite, metade de uma madrugada e uma manhã de férias escolares para que eu chegasse à última página. Assim como o narrador, eu também não conseguia tirar as garotas Lisbon da cabeça.

Dividimos o calor do mês de julho, o tédio de passar dias dentro de casa, a ânsia de achar que não está vivendo e a raiva de saber que isso ocorre por motivos alheios à nossa vontade. Eu também me senti muito próxima daquelas garotas mas algumas páginas depois elas desaparecem sem deixarem sequer um bilhete de despedida.

Assim, representam tudo que acaba rápido demais: um amor, aquele concurso para o qual você estudou muito e sabia que iria passar mas na véspera da prova é acometido por uma gripe horrível, os últimos minutos de uma maratona que nem acreditamos estar vencendo mas aí tem aquela pedra no caminho, que acaba com tudo, um acidente de carro fatal, os anos que passam sem que a gente perceba, a angústia de tudo que não conseguimos concluir e as partes do mundo que nunca conheceremos.

Foram esses os sentimentos que eu compartilhei com os meninos que conheceram as Lisbon. Nós lemos trechos de seus diários, ouvimos as músicas que elas ouviam, sentimos o cheiro dos quartos onde elas dormiam e quase fomos amantes. Mas então elas morreram e nunca poderemos saber mais do que isso.

Não é por acaso que guardo Virgens Suicidas ao lado do álbum de família.
tetê 02/12/2011minha estante
nossa, exatamente o que eu senti, eu li nas féria tambem. me sentia sozinha, sabe angustia adolescente, e uma incrível vontade de compartilhar minhas tristesas com as lisbon, de ajudar elas...


Bruna 17/07/2012minha estante
Me identifiquei demais com essa parte "Dividimos o calor do mês de julho, o tédio de passar dias dentro de casa, a ânsia de achar que não está vivendo e a raiva de saber que isso ocorre por motivos alheios à nossa vontade." ahaha exatamente o que estou passando agora.
Não li o livro ainda, só vi o filme.. mas vai entrar pra lista de proximas compras =)


Daniel 25/10/2012minha estante
Não é por acaso que seu comentário está no topo...

O que eu achei mais incrível foi como um livro que já entrega no próprio título o enredo e o desfecho (o suicídio das garotas) consegue manter o interesse do leitor até sua última linha!

E como a beleza causa estragos indeléveis no tão impressionável coração adolescente...


Alba.Batista 04/05/2015minha estante
Não acho forma melhor de descrever meus sentimentos com relação a este livro!!!


Elaine 30/05/2015minha estante
Muito delicado colocar o livro junto aos álbuns de família! Foi o tema de meu TCC - na psicologia Junguiana! São inesquecíveis - O Filme de Sofia Copolla é brilhante.


Gustavo 07/09/2015minha estante
Eu amei a sua "resenha"!. Me fez sentir de uma maneira estranha.
A gente vive nossas vidas e fazemos planos para quando formos velhinhos, mas nem sempre isso acontece. As vezes nosso tempo, ou o tempo de alguém que amamos acaba de uma hora para a outra, e não podemos fazer nada.
Geralmente evito pensar nisso, mas as vezes, em algumas noites chuvosas, esse pensamento vem a minha cabeça.
Parabéns pelo seu comentário! muito bom!


Marcela Bianchini 25/08/2021minha estante
que resenha linda!


Mavignier 20/09/2021minha estante
Caramba, isso sim é uma resenha PERFEITA. Agora fiquei querendo ler mais sobre o que você escreve . Maravilhosa ??


Wendy 05/02/2024minha estante
impactadíssima com essa resenha


Cecelha 15/02/2024minha estante
essa resenha é tipo um matrimônio do skoob
simplesmente clássica e icônica




Leila de Carvalho e Gonçalves 16/07/2018

Perda Da Inocência
Publicado em 1993, As Virgens Suicidas é o romance de estreia de Jeffrey Eugenides. Considerado um clássico da literatura contemporânea, a costumeira comparação a uma tragédia grega adaptada para os Estados Unidos, na década de setenta, é perfeita para apresentar o suicido de cinco irmãs.

Assim como também é perfeita, a escolha de um narrador coletivo. No caso, quatro garotos vizinhos que acompanham a distância o controle do casal Lisbon sobre suas filhas. Aliás, despreparados e retrógrados, estes pais não sabem educá-las de acordo com os costumes da época, criando uma séria crise familiar com a chegada da adolescência.

Cecilia, aos treze anos, é a primeira que se suicida e cerca de um ano depois, é acompanhada por Lux, Bonnie, Mary e Therese. O autor não fornece qualquer pista sobre o que se passa na cabeça das irmãs e tudo o que se sabe a respeito de suas vidas é baseado nas recordações de terceiros. Recordações impregnadas do fascínio de narradores que, mesmo depois de adultos, não conseguem esquecê-las e ainda tentam entender o que aconteceu.

Com forte carga emocional, não é fácil acompanhar o desenrolar da história. Seu título oferece de mão beijada o desfecho e nas primeiras páginas, são dadas maiores informações sobre o caso, mas bastaria a simples rotina das protagonistas para impregnar de tristeza o romance. Frágeis e comoventes, cada uma tenta ao seu modo revelar a insatisfação com a vida e a desesperança marca o a narrativa. Por sinal, a casa, cada vez mais decadente e relegada ao abandono após a morte de Cecilia, expressa a perda da inocência das jovens.

No entanto, não espere uma explicação concreta sobre a tragédia. São apresentadas diversas teorias, cabendo a cada um refletir e traçar suas próprias conjecturas. Isso pode frustrar ou fisgar a curiosidade. A bem da verdade, o que centraliza a atenção é o que poderia ter sido feito para salvá-las.

Não deixe de assistir o filme homônimo, dirigido e roteirizado por Sophia Coppola. Exibido em 1999, ele lança um olhar feminino, delicado e sensível, para a história.
LivMessias 20/07/2018minha estante
Ainda estou impactada com essa leitura. Excelente resenha!


Paulo Sousa 28/03/2023minha estante
Um dos livros que mais gostei de ler! Tb não fica por menos ?Trama do casamento?, do mesmo autor ?




Marlonbsan 02/05/2023

As Virgens Suicidas
Alerta de possíveis gatilhos.

No subúrbio dos Estados Unidos, na década de 1970, cinco irmãs adolescentes tiram suas vidas em sequência. A tragédia impacta todos em volta e geram dúvidas sobre as motivações.

O livro é narrado em primeira pessoa e acompanhamos um personagem sem nome que conta a história por meio de relatos de outras pessoas e pelo que viu naquele período. A linguagem é simples, mas possui uma densidade moderada.

Meu primeiro contato com a história foi através do filme, mas foi há tantos anos que não lembrava de muita coisa. E a forma da narrativa me prendeu bastante ao que estava acontecendo que conseguia me enxergar lá, junto com o grupo de pessoas que reuniam as informações sobre as meninas Lisbons.

O fato da gente ter informações de fora, ou seja, por ser como um documentário, que as informações chegaram por meio de entrevistas e relatos de pessoas que viveram aqueles momentos, traz uma imersão muito boa, ao mesmo tempo que faltam respostas mais precisas ou concretas sobre alguns aspectos.

Mas a história em si é bem interessante, saber o passo a passo em que tudo ocorre, a não-linearidade de muitas partes, toda a veneração que as pessoas do colégio tinham pelas meninas, algo que beira a devoção. Além de todo o impacto que causou aos conhecidos e familiares.

Talvez, por conta da narrativa, algumas coisas ficam soltas, muitas são especuladas, afinal, eram pessoas de fora analisando o caso, reunindo as provas e tudo que estava relacionado, mas é possível analisar alguns aspectos, como a repressão e o contexto familiar das garotas. Muitos foram omissos, mas, pela época, era difícil imaginar quais atitudes poderiam ser tomadas e claro, há alguns aspectos que são mais questionáveis, tanto pela visão dos garotos, suas atitudes, quanto aos pais das meninas.

O livro possui uma escrita diferenciada, mas que pode não agradar a todos.
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Nika 08/04/2011

Sobre a Impotência
Acho que posso dizer que foi por acaso que acabei lendo As Virgens Suicidas, de Jeffrey Eugenides. Veja bem, eu não vi o filme, e nem sei se pretendo, ao menos, não de forma organizada retirando na locadora e tudo mais. Talvez, eu sente para ver caso esteja passando na TV, mas não por esforço. Não entenda mal. Eu gostei do romance e respeito bastante a obra cinematográfica de Sophia Coppola, muito embora não me considere uma fã. Apenas, acho que, de alguma forma, o filme pode aniquilar o que mais me prendeu ao romance: a distância.

De fato, foi isso que me seduziu a comprar o livro, mesmo que não para mim. Ah, sim, sou um animal interesseiro quando se trata de livros. Compro os que não tenho para dar de presente, com a firme intenção de pedi-los emprestados tão logo o presenteado os acabe. No caso de As Virgens Suicidas, meu gosto pouco afeito ao mórbido real (prefiro-o em narrativas fantásticas), me empurrava contra o livro (assim como inicialmente foi ao filme). O caso raro de um bom resumo, como o que está na contracapa da edição da L&PM, me fez mudar de ideia (Resumos de livros podem ser a morte da venda!). Achei que o livro poderia ser interessante e resolvi comprá-lo para presentear uma pessoa especial no seu aniversário. Na última hora, porém, mudei de ideia. Engordei o presente de outra maneira e fiquei com o livro.

Comecei a leitura há algumas semanas e como março foi agitado, demorei mais para terminar o livro de pouco mais de 200 páginas. O resumo prometia um livro leve, apesar do tema mas, não sei se eu aplicaria o termo divertido, como usado pela editora. Talvez, tenhamos noções diferentes sobre ao que se aplica a palavra. De qualquer forma, é, certamente, um romance que merece a leitura. É muito bem escrito (com uma ou outra ressalva). O texto flui e é, ao mesmo, tempo sólido, consistente. As cinco Lisbons me remeteram imediatamente às cinco Bennet, mas as semelhanças param por aí. Enquanto estas últimas são solares, as louras e luminosas Lisbon são descritas como portadoras de um destino sombrio e incompreensível.

Há uma encantadora profundidade nos personagens além da que é dita em palavras, mesmo encantador narrador-personagem-oculto é uma presença instigante, nos guiando pela obsessão destes garotos por meninas que todas aquelas circunstâncias tornaram intocáveis. É um Romeu e Julieta em que todas as Julietas morrem em suicídios sem novo despertar. Seus Romeus sobrevivem, envelhecem, mas são presas eternas da bestificação do amor trágico, para sempre titubeante na incerteza de ter sido ou não correspondido.

Mais que tudo, As Virgens Suicidas é um romance sobre a impotência. Não a sexual, embora ela não esteja ausente, já que o acesso dos meninos às garotas é negado por todo o romance, sendo facultado a apenas um deles. Este herói não era exatamente pertencente ao grupo, seria estranho aos narradores não fosse o afã destes em irmanar-se a ele para chegar até as meninas Lisbon.

Contudo, outras impotências se apresentam cheias de força no livro. A mais óbvia é a dos homens diante do mundo das mulheres. As exaustivas tentativas dos garotos em compreenderem as cinco irmãs, antes e depois de suas mortes, redundam sempre em fracasso. As Lisbon são insondáveis e também o é a mãe delas criatura mais potente do livro, embora isso nunca seja dito. O pai das garotas, nesse caso, soma-se aos meninos. Ele não entende o que a esposa se tornou. Não entende as filhas que vão deixando de ser crianças e se tornando mulheres. Sua potência se esgotou ao ajudar a conceber as cinco e, depois, esgotou-se. Isso é claro em sua voz, em sua letra, em seu apego à organização de sua sala de aula. O Sr. Lisbon é um homem que desistiu de controlar o incontrolável. Delegou as cinco forças da natureza presentes em sua casa àquela que ele considerava mais capaz de compreendê-las: sua mulher. Mas, o que a Sra. Lisbon prende com mão firme é areia, e ela escorre pelos dedos. Suas garotinhas nunca mais voltarão aos tempos felizes e despreocupados da infância. Elas tem regras. Suores femininos. Desejos assustadores para a mãe que permite longos banhos na banheira como forma de aplacá-los. Mas não há. Elas são cinco. Que uma agüente, vá. Mas todas?

As meninas buscam hobbies em troca das companhias e namorados que não tem, mas não há satisfação nisso. Uma delas chega a encontrar o sexo, mas nem ele é suficiente para fazer com que ela consiga respirar livremente. Aliás, o que faz uma mulher respirar livremente? O que lhe falta, eternamente? Os garotos não sabem responder. Talvez, nenhuma das Lisbon conseguisse responder. Nem a mãe delas. Nem eu. Nem mulher alguma. Ao menos, não em palavras. E se pudéssemos, será que iríamos querer partilhar isso?

Sem dúvida, a frase mais repetida do livro é a da pequena Cecília, após sua primeira tentativa de suicídio ao médico que a tratava.

Evidentemente, Doutor disse , o senhor nunca foi uma garota de 13 anos.

Não, não foi. Nenhum homem foi. Em geral, as meninas de 13 anos tem muito mais certeza sobre quem são do que as mulheres que um dia elas se tornarão, mas não são mais hábeis em explicar isso do que suas futuras personas. Os 13, no entanto, são a dead line. O momento do desespero de filhos e pais. De um dia para o outro: onde está a criança que estava aqui? Foi-se. Não volta. Não é só o corpo que muda. É o olhar. É uma parcela da alma.

Alguém vai argumentar que hoje isso pode acontecer antes, em outras idades mais e mais precoces. Sim, pode. Mas não é o caso de se discutir quando as crianças partem de nós, mas o que a ausência delas deixa. E como é difícil lidar com isso em ambos os lados da corda, do cabo de guerra que pode se tornar a relação de pais e filhos. Eugenides escolhe os anos 70, quando essa relação, com todas as mudanças sofridas na década de 60 está começando a complicar, mais e mais. Os filhos mudaram. O mundo mudou. Os pais ainda não.

Os dois ficaram calados, junto com os nossos pais, e percebemos como eram velhos, como estavam acostumados a encarar traumas, depressões e guerras. Percebemos que a versão do mundo que nos ofereciam não era aquela em que realmente acreditavam, e que apesar de todos os seus cuidados e do seu mau humor por causa das tiriricas, estavam se lixando pro gramado. (p.49).

Por outro lado, há ainda outra impotência latente em todo o livro. Talvez, desde a primeira frase. A impotência que nos acossou ontem (dia 7 de abril de 2011), a impotência humana diante da tragédia. Nossa busca obsessiva por razões é a busca pela resposta à pergunta: poderia ter sido evitado? Os meninos que amaram as Lisbon não conseguem chegar a uma resposta. E, provavelmente, nem nós. Não adianta nos imaginarmos potentes antes, pois essa força ainda não foi pedida. Só depois. Então, pensamos se é possível sermos mais eficazes para impedir o horror no futuro? Mas, novamente, estamos no beco sem respostas. Pois, se fizermos tudo corretamente, não saberemos que fizemos, já que ninguém contabiliza assim: passou um ano e nenhum jovem morreu, matou ou suicidou-se. No entanto, nossa impotência estará sempre a perseguirmos. Mesmo depois de décadas.

Foi assim com os meninos que amaram as Lisbon. Não vejo como possa ser diferente com todos nós.

Também publicado no Blog Sapatinhos Vermelhos
Manuella_3 05/05/2014minha estante
Perfeito. Uma análise bem aprofundada sobre o tema intrigante do livro... Coisas que não percebi, coisas que senti tb, está tudo aqui. E há tanto ainda pra compreender, mas jamais será suficiente nem conclusivo.
Adorei!


Raquel Moritz 24/07/2014minha estante
Amei sua resenha, muito embora eu tenha detestado o livro, hehehe. Parabéns ;)




Karen202 04/04/2021

leitura arrastada
Pensa num difícil de ler, é esse. fiquei um ano pra terminar porque sempre desistia da leitura
A temática é importante, mas o livro é confuso, eu não sabia quem era o narrador e isso tava me incomodando
Até a morte de Cecília, o livro tá menos chato
Não ter muitos capítulos também foi motivo dessa nota 3 que eu dei. Eu parava de ler em qualquer página e quando voltava tinha que ler outras 2 pra entender onde tinha parado.
Não tenho muito o que falar porque tem muitas outras coisas que me incomodaram, não vou me estender.
*No final do livro tem gatilhos de suicídios múltiplos*
Jujuba 04/04/2021minha estante
Este foi pesado pra mim. Quase não consegui terminar.


Karen202 04/04/2021minha estante
difícil demais, achei que só eu não tinha conseguido acabar de ler


Nicole.Kunst 27/02/2024minha estante
nossa eu comecei a ler ele ontem e estou sentindo a mesma coisa!!! pensando seriamente em abandonar...




amy! 18/03/2023

"A gente só quer viver. Se alguém deixar"
Um livro devastador e que causa revolta. Passei o livro todo curiosa se haveria algo que mostrasse o que as Lisbon sentiam, mas não teve resposta. Apenas relatos egoístas de pessoas que passaram por suas vidas e que nada sabiam delas.
Mesmo que tenha se mostrado vagamente a tristeza que elas deviam sentir por viverem afastadas do mundo, é completamente notável o que elas passavam.
Muito doloroso ver o que a Lux fazia pra poder sentir um pouco da vida.
Vocês não estão sozinhas, meninas Lisbon.
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Jessica 13/12/2023

Por que você é um homem, é apenas isso que você faz
Eu gostei da história mas tem pontos impossíveis de serem ignorados, como o racismo e a misoginia. É insuportável que TODO o livro tenha apenas a perspectiva masculina, as garotas são desumanizadas a todo momento além das claras negligências. Eles não amaram elas. É o tipo de livro que seria bom se fosse de uma mulher porque ele faria sentido, mas como não é ele nada faz sentido se prestar atenção.
Babi159 29/12/2023minha estante
A sensação que eu tive lendo era que elas eram apenas objetos bonitos para eles. Ninguém nunca as amou, em realidade.




Cleuzita 25/05/2020

Arrebatador
Desde o primeiro momento dessa história criei um ponto de ligação que não se rompeu. Sinto uma melancolia, um misto de saudade e felicidade que transcende a narrativa. Esse livro pra mim fala de coisas que vão muito além do enredo. Li esse livro ouvindo a trilha sonora do filme, experiência de imersão. Esta semana assisti mais duas vezes o filme, mantendo intactos meu encanto por ele, ainda mais agora, depois de ler o livro. O livro acabou, mas suas páginas continuam passando em mim?
Isabela1177 25/05/2020minha estante
Aiii, já quero ler!!




Neidoca 30/09/2020

Para pensar
Ao começar a ler esse livro, você acaba se envolvendo emocionalmente na vida das meninas, e também passa a ver o suicídio através de um grupo de adolescentes! Esse livro mostra um tema que deveria ser crucial ser mais falado nos dias de hoje! Eu gostei do livro! Simplesmente marcou minha vida!
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Wagner47 31/10/2022

O suicídio é uma questão de intenção
Mas qual seria?

Cecília foi a primeira e Mary foi a última. Começamos o livro com essas informações, então já bate uma apreensão pela tragédia anunciada.

"Acompanhamos" a vida das meninas Lisbon, tão iguais fisicamente e muito diferentes em personalidade. Mas o diferencial aqui é que o fator da obra ser narrada conforme a visão dos meninOS da rua, do bairro e da escola, com raras vezes uma menina ou outra dando um parecer.
Com isso não sabemos realmente o que se passava entre elas e somos direcionados a uma visão sexualizada e que mesmo assim emana pureza.

Com os pais rigorosos e uma criação religiosa, as meninas Lisbon não tem muita liberdade para ser quem são. E o pouco que sabemos delas com o pouco contato que possuem com o mundo exterior consegue ser o suficiente para fazer o leitor se importar muito com elas.

O livro traz uma certa aura sobrenatural, flertando com o mistério sobre os suicídios. Temos uma vizinhança fofoqueira, então desde um vírus no ar quanto um pacto com rituais serão considerados como possíveis causas.

O autor desvia várias vezes do foco principal. Em geral não incomoda, pois favorece a dar um entendimento maior do personagem (geralmente masculino) que daria seu depoimento e da relação que teve com as meninas, seja ela mais curta ou duradoura. Porém em alguns momentos esse foco é tão desviado que parece que estou lendo a história de vida de outra pessoa, como a de Trip Fontaine, por exemplo, em que sabemos praticamente tudo sobre ele apenas para exercer um certo papel (já exercido por outros garotos) e depois sumir.

Outro grande problema pra mim é o pouco desenvolvimento para Bonnie, Mary e Therese.
Cecília e Lux (as mais novas) possuem vários momentos importantes e conseguimos saber um pouco da personalidade das outras três, porém para por aí. Ok que o livro é contado conforme a visão dos garotos, mas achei improvável saberem tantas fofocas de duas meninas e das outras três não ter ninguém na escola que falasse sobre.

Foi um livro bem denso e um tapa na cara sobre a isenção humana e como não reconhecemos um pedido de socorro. As meninas só queriam ser salvas e assistí-las definhando junto com a casa e não ter ninguém pra fazer nada é muito aflitivo, seja por não sabermos o que está acontecendo ou por não sabermos o que fazer.
Os meninos se apaixonaram por elas e por seus mistérios, mas jamais foram capazes de entendê-las.
Afinal, nenhum deles foi uma garotinha de treze anos.
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Clarice_ 06/07/2022

Gostei muito da narrativa, apesar de ser bem extensa e deixar a leitura mais devagar, achei muito interessante a forma como os detalhes foram propostos de uma maneira não tão objetiva.
É um livro muito melancólico e precisa de seus momentos de reflexão, a única coisa que me incomoda nele é a sexualização das meninas, mas ainda gostei muito da história em si.
Rossanna.Poltronie 06/07/2022minha estante
Já ouvi falar, parece ser muito bom


Clarice_ 06/07/2022minha estante
Eu adoreiii, mas tem que ir preparada porque é bem pesadinho




Letícia 29/04/2020

Como uma pessoa que muitas vezes julga o livro pela capa, esse é um livro que normalmente não me chamaria muito atenção, porém, depois de algumas indicações, resolvi dar uma chance. Desde que iniciei a leitura, não consegui mais parar até acabar. O narrador as vezes se prende muito em detalhes desconectados da história, mas isso não me atrapalho tanto assim. Recomendo muito.
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luiza 04/06/2022

Inocência perdida
Sempre tive curiosidade para ler esse livro, só por causa do título, e agora foi pra minha lista de favoritos.

O livro conta sobre as irmãs Lisbon, cinco meninas que cometeram suicídio em sequência, se tornando o grande dilema do subúrbio em que vivem. A trama mostra o declínio da família que veio logo após o suicídio da primeira filha, de apenas 13 anos.

Durante as páginas os vizinhos, que narram a história, tentam entender o que levou as meninas Lisbon a darem fim às suas vidas, e acaba sendo uma retratação muito crua da adolescência e todos seus extremos.

As irmãs Lisbon viviam a adolescência cercada pela pressão e pelo endeusamento. Eram tidas como perfeitas e inalcançáveis. Não possuíam nenhum tipo de liberdade, não tinham amigos, não podiam sair de casa, e a única coisa que se agarravam era sua própria nuvem de tristeza, que parecia pairar sobre a casa.

Em um ponto da história as meninas são retiradas da escola pela mãe, e o pai, que era seu único contato com o mundo exterior acaba por ser demitido. Toda família se prende dentro de casa e juntos a ela fazem seu declínio.

Eu simplesmente poderia discutir por horas sobre esse livro, achei genial a forma como ele descreve o sofrimento das irmãs, mesmo contada sobre os olhos de outras pessoas. É muito triste a forma que a vida delas se conduz ao momento final, e ver que mesmo com tantos olhos de vigília sobre elas ninguém foi capaz de prever o que aconteceria.

Recomendo demais, vale muito a pena a leitura. Pode gerar diferentes interpretações e debates. Apenas cuidado com os gatilhos.

"No fim das contas, as torturas que despedaçaram as meninas Lisbon apontavam para uma simples e fundamentada recusa em aceitar o mundo que lhes tinha sido entregue, tão cheio de falhas."
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xoxoanalu 14/02/2022

this is what makes us girls
?tocante, romântico e engraçado; cheio de sentimentos detalhados sobre ser uma adolescente?? sofia coppola.

o livro perfeito para garotas solitárias e tristes sobre garotas solitárias e tristes.

eu sou extremamente apaixonada pelo filme da sofia coppola e sempre quis ler o livro. e quando vi no sebo, não pensei duas vezes antes de comprar.

fiquei impactada, a sofia coppola foi extremamente fiel ao livro em sua adaptação e isso é muito bom. mas não vou dizer sobre o filme aqui, porque não é sobre isso que quero. mesmo que o adore (e realmente recomendo, tal qual o livro).

o tipo de narrativa de jeffrey eugenides é simplesmente impecável. é um dom incrível que ele tem, e isso transformou a história incrivelmente envolvente, mesmo que tenha demorado para concluir a leitura. porém isso só aconteceu porque odeio capítulos compridos, e isso me deixa preguiçosa para ler. entretanto não queria largar o livro, não queria largar a história.

a história das meninas lisbon é uma tragédia melancólica e linda, com um ar poético incrível.

?as virgens suicidas? é uma experiência, um diário cheio de sentimentos, algo completamente memorável.

lendo o livro tive a sensação de que elas realmente existiram, e isso é muito único. cada uma delas viveram e elas tiveram seus motivos para fazer o que fizeram. quando assisti o filme entendi o motivo, mas agora que li o livro, realmente entendo o motivo porque elas fizeram o que fizeram, é algo mais complexo do que apenas ?liberdade?. as meninas lisbon eram garotas que queriam ser vistas pelo o que eram, mas ninguém as via assim; elas eram tidas como perfeitas, musas, deusas, símbolos sexuais. só que não era isso que elas queriam, e ninguém percebeu.

não me frustrei lendo e nem nada, mas, se parar para pensar, é uma situação extremamente frustante. porque a história é contada pelos meninos que eram extremamente apaixonados e obcecados pelas meninas. e essa obsessão toda que eles geraram apenas o cegaram, eles não viram o que estava bem a frente deles, eles queriam que elas os amassem da mesma forma como eles diziam amá-las. só que é óbvio que elas entenderam isso pelo motivo de como tudo foi executado.

o livro é impecável. e tem um grande espaço em meu coração agora.
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