A Abolição do Homem

A Abolição do Homem C. S. Lewis




Resenhas - A Abolição do Homem


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Mayara[: 19/02/2024

A abolição do homem
O livro é profundo e reflexivo. Traz uma visão muito importante sobre como muitas vezes os valores individuais podem sem utilizados para limitar outras pessoas.

E se pararmos para pensar profundamente, quantas vezes nós utilizamos nossos próprios valores para imprimir em alguém aquilo que achamos correto?

Não foi um livro que eu amei ler. Mas os argumentos, exemplos e base utilizada me levaram a refletir muito.

?A tarefa do educador moderno não é derrubar florestas, mas irrigar desertos.?
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Miguel.Moreira 02/02/2024

A Abolição do Homem – C. S. Lewis
Publicado em 1º de janeiro de 1943, C. S. Lewis aborda a perda do espírito na educação moderna, e nos apresenta os problemas desencadeados dos erros pós-iluministas que geraram uma crise de teleologia (ciência das causas finas).

Somos levados a refletir sobre essas ideias pós-modernas que contaminaram a educação, gerando homens fracos que negam a Lei Natural (Tao), e que rejeitam toda a tradição ocidental. Vale lembrar que o público-alvo é a população ocidental, mas para não excluir ninguém da possibilidade de salvação, ou então gerar críticas de que ele é eurocêntrico, Lewis relaciona as verdades universais de diversas culturas, e faz uma espécie de sincretismo moral entre as culturas, e adota o termo oriental para definir Lei Natural, o tal do Tao. O autor nos mostra que as virtudes mais nobres do ser humano é algo universal, pois o Tao está presente em todas as tradições.

A velha educação tinha como objetivo ensinar o aluno a pensar, ensinar a busca pela verdade, em outras palavras, ensiná-lo a ser humano; um paralelo é um pássaro que ensina o filhote a voar.
Já a nova educação tem o objetivo de tornar o aluno um militante, com ensinamentos seletivos, cheios de omissões e distorções da realidade; é um ensino propagandista, que condiciona o aluno para uma determinada ideologia.

Com a negação dos valores, o homem se torna fraco, e a guerra exige que ele tenha forças para enfrentar fisicamente e psicologicamente, mas como cultivar virtudes quando se foi educado, desde criança, a negá-las? O homem se torna estéril.

A figura do Inovador defende o progresso, mas para tal ambição é necessário um ideal fixo. Ele crê que o progresso é o ponto mais elevado da civilização, mas há uma diferença entre o progresso que defendem e o progresso real (que seria aquele dotado de virtudes, lealdade, temperança, coragem etc.); acredita que o progresso é inevitável, mas ao mesmo tempo luta, grita e espuma por ele, de forma extremamente imperativa e totalitária. O ponto mais absurdo que defende é a obediência aos nossos instintos, e critica quando alguém é senhor de suas paixões; o autor está, claramente, falando da revolução sexual.

Essa entrega às paixões é justamente o oposto do que o ser racional é, pois o que nos diferencia dos outros animais é, justamente, a capacidade de pensar e a de controlar os seus instintos. Lewis defende que o Tao é a única fonte de todos os juízos de valor, principalmente os valores ligados à Razão. Portanto, a Lei Natural é a base da sociedade humana que rege o mundo, sua negação se dá por ignorância ou más inclinações.

A razão pela qual Lewis defende a tradição é justamente pela liberdade, pois ao abolir a tradição e negar o Tao, o ser humano está propício a ser manipulado de forma mais eficaz. Em complemento ao livro anterior (As ideias têm consequências), é o retrato do imediatismo, no auge da Segunda Grande Guerra as pessoas estavam tão fissuradas pelos acontecimentos catastróficos, vomitados pela mídia da época, e ignoravam a origem da guerra em si; Lewis vai contra a manada e contra a audiência com esta obra e descreve de forma simples, porém com muitas minúcias e muita riqueza e esclarecimento.

O homem tem o poder de manipular outro homem através da educação e da cultura, ou seja, o Estado tem as armas para condicionar uma população inteira para onde quiser, através da manipulação. Lewis cita que a resistência ao Estado é a família que vive longe dele, no contexto, os camponeses (As crônicas de Nárnia mostram muito bem o heroísmo de uma minoria reacionária). Uma arma citada como meio de domínio é o uso de métodos contraceptivos, em meio à revolução sexual: se usados unicamente como métodos contraceptivos, estão simplesmente negando a vida; mas há um outro uso dessa arma contra a civilização e a liberdade, pois com os métodos contraceptivos é possível selecionar quem vai nascer e quem não vai, algo muito parecido com o conceito de raça ariana.

Lewis finaliza o livro com uma lição para combater de forma real essa tentativa de abolição do homem, que é o cultivo do conhecimento, autodisciplina e virtudes, pois “a descoberta da virtude leva ao conhecimento natural de Deus”. As virtudes cardeais são: Temperança, Coragem, Justiça e Prudência; isso fornecerá a verdadeira liberdade ao homem, e para isso é necessário cultivar o primeiro princípio da Lei Natural, que é o valor à vida.

Uma obra necessária, não é uma leitura muito fácil, mas nada que as anotações não resolva. A tradução está um pouco estranha, mas compreensível (talvez isso tenha dificultado um pouco o andamento).
Aline Maia 02/02/2024minha estante
ótima análise!


Miguel.Moreira 02/02/2024minha estante
Obrigado!




Crisan_temo_ 01/02/2024

Difícil
Na verdade acho que teria sido uma leitura melhor se eu o tivesse lido durante as férias, com mais tempo e no conforto da minha casa, onde eu poderia pensar mais nos assuntos abordados e até fazer pesquisas. Meu objetivo é lê-lo outra vez com mais calma, de preferência num único dia - ele é curto -, onde eu consiga compreender de forma linear o que o autor estava tentando explicar. Não que eu não tenha entendido, entendi muito bem, só que se alguém me perguntasse eu não saberia explicar, assim como não estou sabendo agora. Minha recomendação é: leiam com tempo, calma e um dicionário do lado. (adoro C. S. Lewis.)
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Rogerio.Flores 31/01/2024

A abolição do homem
C.S. Lewis, professor inglês do final do século XIX e início do século XX apresenta uma ampla discussão sobre o, já perceptivel, ataque a valores morais através da escola e da doutrinação. Com grande estilo e primorosa argumentação, rebate ponto a ponto de uma estrategia ardilosa e programada de destruir as bases da cultura ocidental. Miito bom!
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BrendaDuarte 28/01/2024

"É inútil buscar conselho daqueles que seguem um caminho diferente". Confúcio

"Não pronuncieis uma palavra que possa ferir alguém."

"Fale gentilmente... demonstre boa vontade."
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Elizabeth 25/01/2024

O que se espera...
Seria muito bom ensinar o certo, mas como os ricos viveriam sem os não pensantes, os escravos intelectuais. Não teríamos um mundo, só conflitos.
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Isa 20/01/2024

A revolta dos ramos contra a árvore
Na minha primeira leitura, confesso, não havia entendido nem 30% do livro. Entretanto, nessa releitura, compreendi com clareza a mensagem do Lewis que, embora se apresente em menos de 100 páginas, é bastante profunda.
O primeiro capítulo, chamado "Homens Sem Peito", somos introduzidos a ideia de que a educação moderna em nada educa o Homem, no sentido clássico de educação. Ele demonstra isso utilizando-se de um livro didático inglês, chamado por ele de Livro Verde. Pelo contrário, formam ideias que se apresentam maléficas por retirar a própria humanidade do Homem (como é apresentado no último capítulo, cujo nome dá título ao livro), ao reduzí-lo a mero produto da Natureza.
O que Lewis chama de "Tao", nada mais é do que a Tradição, o legado que recebemos da humanidade anterior a nós. E, nesse sentido, só é possível desenvolver essa tradição estando dentro dela, como São Tomás de Aquino o fez a partir de Aristóteles.Tentar julgá-la de fora, como observador, é fazer como Nietzsche: uma moralidade inovadora e desumana.
É interessante notar como o Tao está presente em todas as culturas, com algumas poucas discrepâncias, desde os babilônicos aos cristãos, e vai sendo desenvolvido sempre a partir de seus antecessores.
Por fim, no último e mais impactante capítulo, Lewis traz, em tom profético, o futuro ao qual estamos caminhando. A conquista da Natureza pelo Homem, ou seja, o poder que os avanços científicos parece ser obtido ao homem, revela-se o domínio de alguns homens sobre o resto da humanidade. Tudo não passa de escravidão. Ao acabar com os conceitos objetivos de moralidade, presentes no Tao, está se acabando com o próprio ser humano, que se torna sujeito aos seus desejos, apetites e impulsos. Como um animal. No fim, o homem é conquistado pela Natureza.
Parece que estamos realmente nesse caminho. Para o Admirável Mundo Novo de Huxley.
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seuposfacil 18/01/2024

Abolição
Eu entendi o motivo e o tema do livro, mas os livros do Lewis são bem filosóficos, não foi tão fácil a compreensão, precisei ouvir audiobook para conseguir terminar e não dropar o livro!
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dwxlf 18/01/2024

Re-leitura
É muito gostoso de ler Lewis, a escrita é linda, a forma como termina o primeiro capítulo é muito tocante. Ele diz que a intelectualidade fria, o racionalismo, traz o aspecto de ser um intelecto mais verdadeiro, pois o coração (sentimento) atrofiado, murcho, dá mais destaque ao "pensamento puro" ou a cabeça, como diz o autor. Por isso, o capítulo se chama Homem sem peito. Ele está basicamente dizendo que ao invés de excluirmos e diminuir a importância dos juízos de valor que fazemos a respeito das coisas (dizendo que é subjetivo), deveríamos na verdade, educar-nos a reconhecer o valor objetivo de cada coisa e o sentimento propício à ela. Não cair nem em um sentimentalismo barato, que acaba por ser vulgar e nem numa insensibilidade primitiva. Subordinar o coração à razão.

Vou acrescentar mais comentários a respeito, conforme for progredindo na leitura.
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Elvis23 12/01/2024

Uma obra filosófica perspicaz que explora as consequências culturais e éticas da sociedade moderna. Lewis argumenta contra a tendência de objetificar a moralidade, alertando sobre os perigos de desconsiderar valores fundamentais e universalmente reconhecidos. Ele adverte que a rejeição desses princípios pode levar à perda da humanidade, resultando em uma sociedade que desvaloriza a virtude e a objetividade moral. Com uma prosa perspicaz, Lewis faz um apelo profundo para a restauração de uma ética com base em princípios sólidos e intrínsecos à natureza humana.
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Cristiano130 07/01/2024

Este foi meu primeiro livro deste autor. Na verdade foi uma recomendação de um amigo religioso. Porém li ele inteiro sem saber que havia alguma pretensão religiosa ou apelação (o que não foi demonstrado veemente dentro da leitura). No início do livro eu fiquei um pouco perdido, mas a medida que o autor foi avançando eu fui me achando e gostando cada vez mais da discussão abordada. A partir do segundo capítulo, Lewis traz para o leitor grandes questionamentos da virtude, moral, princípios entre outros ideais humanos, com perspectivas diferentes, isto é, ele questiona tudo isso a partir do viés religiosos e até mesmo Nilista, o que torna a leitura riquíssima. E quanto mais você avança na leitura, mais ele questiona cada coisinha, até chegar nos pilares da razão prática e teórica (ou deveria dizer "axioma"?), neste ponto ele admite que não faz mais sentido prosseguir os questionamentos de um axioma, pois quando você questiona TUDO, você pode chegar a um impasse que poderá custar a humanidade do homem, afinal de contas o que nos sobra quando deixamos tudo transparente? Exatamente, nada! Pq tudo já foi desmistificado, não há mais nada a ser descoberto. Embora eu tenha entendido aonde o autor quis chegar, eu não consegui engolir isso. Meu lado Físico não concorda de jeito nenhum kkkkkk. Enfim, minha dica para aqueles que forem ler este livro é: não se distraiam, pois é uma leitura um pouco densa. É igual aquela típica série que se você desviar um pouquinho o olho você perdeu muita informação e precisará voltar um pouco (ala Dark).
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Gisele521 04/01/2024

A abolição do homem
Um livro para se pensar bastante, bastante mesmo ?
Não é uma leitura fácil mas é muito bem escrito o que "facilita" um pouco.
Enfim recomendo para se sentir mais inteligente ( ou mais burro ?)
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Rebeca1092 03/01/2024

Bastante reflexivo, se encaixa nos dias de hoje.
Um livro que C.S. Lewis analisa o "livro verde" que representa a ciência, apresenta os valores que a humanidade está perdendo e suas consequências, ou seja a humanidade está deixando seu lado humano, através de ideologias, posicionamentos torpes sem fundamentos, baseando-se em impulsos e prazeres de uma sociedade sem valores, ética e moral.

É um livro pequeno, todavia nos proporciona reflexões a cerca da nossa sociedade atual.
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duda1501 01/01/2024

Começar o ano lendo Lewis é o melhor jeito de começar. Mais uma vez se mostrou genial, mostrando que nossos valores não podem ser negociados.
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Henrique.Erico 31/12/2023

Uma obra ainda relevante
A Abolição do Homem" de C.S. Lewis é uma obra filosófica provocativa que explora as consequências da supressão dos valores fundamentais humanos.

Lewis argumenta contra a manipulação da natureza humana e da moralidade, alertando para os perigos de uma sociedade que nega a existência de verdades universais.

Com uma escrita perspicaz, o autor desafia as noções contemporâneas sobre educação e ética, oferecendo uma reflexão penetrante sobre o impacto da ciência e da tecnologia na essência humana.

A obra continua a ser relevante, estimulando a reflexão sobre as questões éticas e morais da era moderna.
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