spoiler visualizarNia 29/03/2022
Com significado não se brinca, né, Pierre Anthon?
Meu Deus, nem sei o que dizer exatamente, mas tenho muita coisa a dizer. Confuso? Um pouco. A narrativa foi ótima, fluida, mas pesada. Teve momentos que eu realmente vi o absurdo, e isso foi perturbador. A grande reflexão do tema é sobre o Algo, o significado. Aquilo que dá a nossa existência um propósito à ela. Mas, chega num momento, onde esse propósito se perde a partir do momento que você entende o todo, tudo parece normal, pacato e cinza. O nada. Pierre pregava aquilo, porque era o significado para ele. O nada, era o tudo de Pierre, por isso, acho que o fato dele dizer que nada importava, é porque esse nada importava para ele. Mas, voltando a outros pontos que eu quero abordar. Levamos tão a sério o que a vida significa a cada um de nós, que podemos chegar ao extremo para provar para nós mesmos, que há sim um significado, por mais que fazemos por validação. E foi justamente isso que eu notei. Eles se importavam muito com o que Pierre falava, como se a validação de Pierre fosse o epicentro de tudo, como se fosse o significado para eles. Mas, no fundo, em partes, muitas coisas que Pierre falava faziam sentido para eles. O extremo fez eles entregarem e fazerem coisas absurdas, apenas para terem a validação, que não iam ter. Significado de vida é subjetivo, e sempre será. Não importa o quanto você queira empurrar o que é importante para você, possa ser que seja efêmero para a outra pessoa. Não importa o quão extremo você pode chegar pra mostrar que o seu significado de vida é válido, quando, essa validez é subjetiva. E, no fim, culparam o pobre Pierre, sendo que eles mesmos procuraram dar ênfase ao que o garoto dizia, sendo que eles podiam apenas ignorar, por mais que pudesse fazer sentido. Além de que, o significado que para eles era tão importantes, foi tratado como nada por eles mesmos. Enfim, recomendo muito, é uma leitura muito boa.