O músico cego

O músico cego Vladimir Korolenko




Resenhas - O Músico Cego


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Diego Rodrigues 15/12/2023

A insaciável aspiração à luz
Korolenko é um daqueles autores que são extremamente cultuados na Rússia, mas que carecem de reconhecimento no ocidente. O escritor não se contentava em apenas denunciar as injustiças sociais de seu país através da literatura e participava ativamente de movimentos em defesa dos direitos humanos. Obviamente, não era bem quisto pelo regime tsarista e muitas vezes desafiou o status quo, conquistando assim a admiração de nomes como Tolstói e Tchekhov. Como amante da literatura russa, eu não poderia deixar de conhecê-lo e eis-me aqui com mais um russinho lido (ucraniano, na verdade) e mais um favorito na estante.

Publicada originalmente em 1886, "O Músico Cego" foi considerada pelo próprio autor como uma "novela-pesquisa". Pesquisa essa sobre a eterna busca do ser humano pela luz. Luz aqui pode ser entendida tanto no contexto espiritual (não exatamente religioso), quanto psicológico. Explico: a trama narra a trajetória de Piótr. Cego de nascença, o garoto é cercado de cuidados especiais, mas fadado a uma existência triste e solitária na fazenda onde vive, se não fosse a intervenção de seu tio Maksim... O velho cossaco acredita que o sobrinho possa levar uma vida plena, mas para isso precisa passar por um processo de despertamento. Em meio à toda escuridão que o cerca, ele precisa "ver a vida".

Ao longo da narrativa vamos então acompanhar Piótr desde a mais tenra infância até a idade adulta. Uma jornada de amadurecimento e aprendizado, que passa por temas como a solidão, o amor e a eterna busca por um equilíbrio entre as alegrias e as tristezas da vida. É um livro muito tocante, não só pela temática, mas também pela sensibilidade narrativa. Como o protagonista é cego, o autor muitas vezes irá recorrer a sons, cheiros e texturas para descrever, por exemplo, elementos da natureza. Os relacionamentos e as reverberações da alma também ganham todo um cuidado especial. Não esquecendo, é claro, da música, que desempenha papel fundamental no processo de despertar no nosso herói, destacando assim o poder da arte. É uma escrita realmente bonita!

A cegueira de Piótr pode ser vista como uma analogia para muitas situações da vida, afinal todos nós estamos sujeitos a momentos de escuridão, essa é uma das condições de ser humano e estar neste mundo. Korolenko acreditava que "o homem é criado para a felicidade assim como o pássaro é criado pelo voo", mas essa felicidade de que ele fala não é um estado de alegria sempre constante e ilusório, mas sim uma assimilação, ou uma aceitação, dos infortúnios e das adversidades da vida. Logo, é uma felicidade consciente. E é para essa vida que Maksim tenta despertar o sobrinho. Em uma das passagens mais memoráveis do livro, o tio reflete: "Sim, ele recuperou visão. Em lugar de um sofrimento egoístico, ele sente a vida, sente a felicidade e a desgraça dos outros, e saberá lembrar aos felizes dos infelizes."

Uma novela enxuta, bem escrita, sensível e poderosa, capaz de provocar profundas reflexões e, por que não?, mudanças na forma como encaramos a vida. Sem dúvida é um livro capaz de ajudar pessoas que estão atravessando momentos do escuridão, mas não trazendo um conforto bobo e passageiro e sim convidando a um despertar da consciência para além do próprio sofrimento. Acho até que pode ter me ajudado em algumas questões... O livro foi, pra mim, uma verdadeira preciosidade encontrada em meio à literatura russa do século XIX e foi um prazer lê-lo em uma edição tão bem cuidada como essa da Carambaia. Sem dúvida, um autor e um catálogo para o quais me voltarei em um futuro próximo.

site: https://discolivro.blogspot.com/
David 15/12/2023minha estante
Que resenha boa! Me deixou curioso o bastante pra ter nas minhas leituras futuras também.


Diego Rodrigues 15/12/2023minha estante
Obrigado, amigo. Vale muito a leitura, da pra tirar muita coisa dela!


@quixotandocomadani 16/12/2023minha estante
Adorei a resenha e o livro. O título por si já desperta a curiosidade e depois da sua resenha então... ?? Não conhecia esse autor!


Diego Rodrigues 17/12/2023minha estante
Ele não é tão conhecido como outros russos, mas não perde em nada para Tolstói e Dostoiévski, por exemplo. Vc vai gostar! ?




Rosa Santana 31/08/2014

NÃO TE RENDAS
O MÚSICO CEGO

Vladmir Korolenko, Arbor Litterae, 270 páginas

O título do livro claro já deixa a que veio: contar, desde o nascimento, a história de um menino rico que nascera cego. Sem mais irmãos, a mãe e o tio materno se esmeram em cuidados para com o personagem. Com desdobrado desvelo vão lhe ensinando sobre a vida, sobre as pessoas, sobre as artes e a cultura.
Uma bonita história de luta e de superação por parte do menino, que vai crescendo aos olhos do leitor até se casar e se tornar músico (creio não estar deixando spoillers, porque o título já remete a tudo isso).
Uma das partes mais metaforicamente lindas que achei foi quando o tio se propõe ensinar ao rapazinho sobre as cores. Como é a cor vermelha, por exemplo, associando-a às notas musicais, às sensações provindas dos outros sentidos, à vida na natureza, numa pedagogia de amor ao humano, mas, sobretudo, ao meio todo que nos cerca! E, importante, sempre elevando os dons dos quais o cego é portador, para que ele se livre da auto piedade, para que se aceite e, como no poema de Mario Benedetti, vença os desafios para celebrar a vida e se apossar dos céus:

NÃO TE RENDAS(trecho)

(Mario Benedetti)
Não te rendas, ainda é tempo
De se ter objetivos e começar de novo,
Aceitar tuas sombras,
Enterrar teus medos
Soltar o lastro,
Retomar o voo.
Não te rendas que a vida é isso,
Continuar a viagem,
Perseguir teus sonhos,
Destravar o tempo,
Correr os escombros
E destapar o céu.
(...)
Viver a vida e aceitar o desafio,
Recuperar o sorriso,
Ensaiar um canto,
Baixar a guarda e estender as mãos
Abrir as asas
E tentar de novo
Celebrar a vida e se apossar dos céus.

Bela lição de aprendizado e de superação. Recomendo!

Destaco:

"A melodia havia muito que mudara. Deixando de tocar a peça italiana, Piotr entregou-se à sua imaginação. Punha nisso tudo o que se lhe apinhava na memória quando, um minuto antes, silencioso e cabisbaixo, escutava as impressões do seu passado. Havia nisso vozes da Natureza, o barulho do vento, o sussurro da floresta, o marulho do rio e o vago rumorejo a esmorecer nos horizontes desconhecidos. Tudo isso se entrelaçava e trinava, no pano de fundo daquela sensação profunda, de dilatar o coração, que a misteriosa voz da Natureza desperta na alma e para a qual é muito difícil encontrar uma definição certa... Angústia? Mas por que é tão agradável?... Felicidade?... Mas por que é tão profunda e infinitamente triste? - página 166

....

... a cor vermelha, da mesma forma que os sons "vermelhos", deixam na nossa alma a luz, a excitação e uma noção de paixão que é chamada precisamente "quente", fervente, ardente. É curioso que os pintores também considerem os tons avermelhados como "quentes" - 224
(...)
Ora, mais perto do Outono, no meio da folhagem cansada, amadurece o fruto. O fruto é mais vermelho do lado onde cai mais luz; é como se estivesse ali concentrada toda a força da vida, toda a paixão da natureza vegetal. Estás a ver que também aqui a cor vermelha é a cor da paixão e que lhe serve de símbolo. É uma cor de arrebatamento, de pecado, de fúria e de vingança. Durante os motins, as massas populares procuram a expressão do sentimento geral na bandeira vermelha que drapeja por cima delas como uma chama... - 226/7
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Breno - IG @15paginas 01/03/2020

Uma leitura notável
Um livro excepcional é aquele que, entre outras realizações, faz o leitor vivenciar sensações até então inatingíveis. Com um enredo simples e rico, a novela “O músico cego” (Vladimir Korolenko - 1886 - 176p.) certamente está nessa categoria.
Como o próprio nome revela, o livro conta a trajetória de Piótr, menino que nasce cego no interior da Rússia, e o seu desenvolvimento musical. Korolenko leva-nos a uma história em que a sensibilidade é o seu grande ponto central, tanto nas questões emocionais e psicológicas quanto na estética. Parafraseando o posfácio de Elena Vássima, o autor não apenas descreve a natureza ucraniana e tudo ao seu redor, “ele a escuta”, permitindo ao leitor vivenciar em sua plenitude as agruras e descobertas de Piótr e de todos ao seu redor.
O autor uma vez disse que seu ofício tem o dever sagrado de ser a consciência e a voz do seu povo, e é fácil ver o porquê durante a leitura. “O músico cego”, apesar de sua concisão, consegue magistralmente imprimir toda uma gama de questões sociais, históricas e sociais caras aos seus contemporâneos, mas que de certo modo também são universais: a incansável busca do homem pela plenitude e propósito na vida.

site: https://www.instagram.com/15paginas/
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Valéria Cristina 30/11/2022

A história é ambientada em uma fazenda, na Ucrânia.

O protagonista, Piótr Popélski, nasce cego. Por isso, este é um livro melódico. A descrição, ao invés de se concentrar nas formas, concentra-se nos sons. As referencias são sonoras, as águas de corre, o vento que passa, os passos nas pedras e na neve, o trinado dos pássaros, o silêncio da noite. Essas e outras, são as referências no menino Piótr.

Escrito no século XIX (a primeira publicação data de 1886), o livro demonstra perfeitamente a relação da pessoa com deficiência com aquela sociedade que oscila entre dois extremos: o abandono e a superproteção. O protagonista é exemplo do segundo extremo. Nascido em um lar abastado, superprotegido desde o berço, enfrenta os desafios de sua condição com amargura, tristeza e melancolia, egoísmos e vitimização. Essa situação perdura até o momento em que Maksin, seu tio materno e responsável por sua educação, tem uma atitude drástica que muda sua relação com a vida.

No outro extremo, temos contato com os cegos tocadores de bandurra e pedintes. Levando uma vida errante, vivem da caridade do povo.

Outra questão que desponta na narrativa é o amor pela terra natal. Korolenko exalta sua terra por meio da canção folclórica, da lembrança de seus heróis, de seus ícones, seus mosteiros, sua poesia e outras referências nacionais.

Korolenko, considerado por Liev Tolstói “um dos principais contistas da literatura de língua russa” e comparado a Charles Dickens pelo crítico Otto Maria Carpeaux, nasceu no sudeste do Império Russo, em Jitómir, atual Ucrânia – uma região multicultural, que passou pelo domínio russo, polonês e ucraniano, onde ele situa essa novela. Com 20 anos, foi estudar em Moscou, onde se envolveu com movimentos estudantis – o que lhe rendeu uma deportação para a Sibéria. Foi lá, durante o exílio, que começou a escrever. Preocupado em denunciar injustiças sociais e sofrimentos humanos, o escritor é considerado um precursor da literatura proletária. Chamado por seus contemporâneos de “consciência de nossa época”, obteve tanto a aceitação popular como a dos meios intelectuais.
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Fer 16/01/2023

O músico cego
Uma novela russa cheia de sensibilidade, sinestesia, amor, drama. Com descrições belíssimas e muitas reflexões?
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Rebekah 17/05/2020

Fantástico! Através de um personagem cego o autor mostra como o homem pode ser fechado apenas no seu mundo, do seu sofrimento egoístico e esquece de sentir a vida, a felicidade, a bênção que o cerca. Mas esse personagem se liberta e passa a sentir, a compreender, a compartilhar, finalmente achando o verdadeiro sentido que procurava, não se torturando mais com o infortúnio que achava possuir, mas alcançando a plenitude que o tal infortúnio pode lhe proporcionar.
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Jose R 28/12/2020

Frio, MUITO FRIO !
Frio, muito frio !
O musico cego de Korolenko conta uma bela e antiga estoria..
Nela, podemos ver varios aspectos culturais e linguisticos de povos ucranianos..
O livro fala de um lugar antigo, rural, que contrasta enormemente com a atual sociedade tecnologica e imediatista.
Lá, o tempo é calmo e lento.
Vale a pena a leitura !
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Paula 17/03/2021

Lindo livro, suave, emocionante. Extrema sensibilidade para narrar a vida de um cego, um deficiente, e todas as limitações e preconceitos da vida
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Rafael.Rovath 22/03/2023

Antes de falar da obra em si, fui surpreendido ao iniciar a leitura e descobrir que toda a trama se passa na Ucrânia. Korolenko, cuja família acabou optando pela cidadania Russa, era nascido em Jitomir, no sudeste do império Russo, atual Ucrânia. Em várias passagens, o autor enaltece a tradição e cultura ucranianas, e como a raiz destes dois povos é profunda e interligada, o que acabou por me fazer refletir ainda mais em como a guerra atual é completamente absurda.

Voltando à resenha, este livro é uma novela curta mas que abarca um universo de temas importantes como o humanismo, a necessidade de compaixão, a análise psicológica e a crítica social.

Traz passagens onde a natureza e a música estão fortemente presentes, e o escritor consegue com muita habilidade fazer uma brilhante comparação das cores com os sons em um dos trechos mais marcantes do livro.

Em um outro ponto, traz uma questão que alguns de nós já devemos ter nos perguntado: por quê parece que os mais simples tem menos problemas psicológicos que os mais abastados? Sobre isso, ele escreve:

"Se o menino tivesse uma vida de privações, talvez seu pensamento dirigir-se-ia a causas externas de seus sofrimentos. Mas seus familiares o protegiam de tudo que pudesse amargura-lo. No ambiente de tranquilidade e paz criado em volta dele, o silêncio que reinava em sua alma fazia a insatisfação interna falar mais alto. No silêncio e na escuridão que o cercavam, crescia a consciência da necessidade de procurar satisfação, necessidade de dar forma às forças que dormitavam no fundo de sua alma sem encontrar saída para realização."

Vale a leitura.
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Luiz Pereira Júnior 23/04/2024

Fazendo ver o mundo...
Li em algum lugar que o escritor excepcional é uma forma de deus, que consegue criar personagens tão críveis que jamais poderíamos imaginar que eles não existissem fora do papel. E assim é o grande escritor Vladimir Korolenko.

Mas não espere um calhamaço de setecentas, novecentas ou mil páginas. Vladimir Korolenko conta, em cerca de 150 páginas, a trajetória do menino Piotr, nascido cego, e sua longa e angustiante jornada à vida adulta. E o melhor disso é a ausência de pieguismo, o que poderia ter descambado a novela (no sentido literário) para o reino das narrativas chorosas e feitas para o leitor gastar seu estoque de lencinhos.

Muito acertadamente, Korolenko coloca o menino entre duas formas de ver o mundo: a criação na redoma pela mãe, que deseja evitar todo e qualquer contato do menino com o sofrimento e, por outro lado, a figura do tio materno que, sobrevivente de guerra, busca incutir no menino a luta por um futuro digno e que não haja pena de si mesmo.

E outra enorme prova de Korolenko foi tornar fácil o difícil para o leitor comum, que busca uma boa história, mas que também reflita sobre o mundo em que vive. Afinal, relatar de forma convincente as primeiras impressões do mundo de uma pessoa cega não é para qualquer um.

E eu também não poderia deixar de mencionar o impressionante meio que o autor usou para fazer com que o menino sentisse pena de si mesmo por ser cego e conseguir se colocar no lugar dos outros cegos que nasceram em um outro meio social completamente diferente do seu.

Vale a pena ler “O músico cego”, de Vladimir Korolenko? Com certeza, sim. E basta.
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jota 29/04/2018

O resto é silêncio?
Piótr (ou Pedro) nasce cego em uma propriedade rural na antiga Ucrânia. Recebe os carinhos da mãe mas o pai se afasta um tanto do menino. A mãe e um irmão dela, o tio Maksim, cuidam de sua educação. Ele mantém uma intensa ligação com a natureza. Fica apaixonado pelo som da flauta tocada por um empregado da propriedade. Depois a mãe lhe compra um piano vienense. Faz amizade com uma garota das redondezas, filha de camponeses, e ela lhe ajuda a entender várias de suas dúvidas.

Conforme vai crescendo as necessidades do menino vão aumentando e apenas a flauta ou o piano já não lhe bastam. Passa a questionar uma porção de coisas, especialmente sua condição de deficiente visual; uma porção de dúvidas assaltam seu pensamento. O tempo vai passando e ele se questiona ainda mais: como será o amanhã? O que fará de sua vida? A música será capaz de preencher todos os vazios de sua existência?

Vladimir Korolenko (1853-1921), autor pouco conhecido entre nós, conta em O Músico Cego uma história sensível, delicada, que impressiona pela capacidade do autor de entrar na alma de um cego e trazer para o leitor suas sensações, impressões, angústias, dúvidas, enfim, tudo aquilo que se relaciona consigo mesmo, com o mundo em sua volta, com as pessoas que o cercam. É literatura russa de alta qualidade, enfim.

Lido entre 26 e 29/04/2017.
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Gabi 26/02/2020

Apesar de ser pouco conhecido, Korolenko foi um grande ativista dos direitos humanos e este livro traz um pouco a melancolia e delicadeza de seus textos.
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Fabi 30/12/2022

Finalizei O Músico Cego de Vladimir Korolenko com aquela sensação maravilhosa de agradecimento. Foi tão boa essa jornada!!! Um enredo que tinha tudo para ser simples, mas que consegue transbordar emoções. Ao acompanhar o crescimento de Piórt, uma criança que não enxerga, é possível perceber que muitas vezes não enxergamos mesmo com olhos sãos. Não observamos com atenção quem ou o que está ao nosso lado. Não percebemos a beleza do simples ou a complexidade do que exige mais cuidado. E esse autor, que eu não conhecia, foi magistral nesse sentido. Algumas vezes usa de sutileza para apresentar esse contraponto entre a luz e a escuridão, o pobre e o rico, o afeto e a indiferença. Outras vezes ele é claro como a luz. O epílogo, para mim, foi de uma genialidade belíssima. Eu literalmente parei no meio da rua para ler de novo e sorrir de satisfação. Quando li, ao final do livro, que Korolenko era descrito pelos seus contemporâneos russos como "a consciência da nossa época", tamanho o seu envolvimento com as questões sociais, vi que aquele desfecho não poderia ser diferente, mas óbvio que eu não posso falar mais, pois spoiler é terrível. Leiam, se puderem, e preparem-se para o finalzinho, antes do epílogo. Sim, é para chorar.
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Gabi.Maia 24/12/2023

Traz a sensação, bem nítida, de quem nada enxerga
Um dos livros mais incríveis que já li! Um menino que nasce cego em uma família rica. Protegido. Cercado de cuidados. Imerso na escuridão. Sonho de ver sua mãe, o sol, de ver o que todos vêem. Lidando com o mundo por meio dos sons. Sensibilidade c a música. Começa com a flauta a partir do som que ouve pelo cocheiro da fazenda e segue para o piano por intervenção de sua mãe. Passa a expressar seus sentimentos pela música, ora expressando raiva, indignação, passa pela tristeza e desesperança e chega no amor.
Vivendo e se questionando sobre si. Buscando seu lugar no mundo e na vida. Traz outra perspectiva para aqueles como eu que tem a visão fisicamente falando.
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Súh 03/01/2024

Leitura agradável
Gostei demais desse livro. Li em dois dias. Leitura fluida, nem um pouco cansativo e uma história envolvente.
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