O Senhor March

O Senhor March Geraldine Brooks




Resenhas - O Senhor March


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Rodrigo1001 22/03/2024

Não julgue um livro pela capa (Sem Spoilers)
Título: O Senhor March
Título original: March
Autora: Geraldine Brooks
Editora: Ediouro
Número de páginas: 304

Vencedor do Pulitzer de Ficção de 2006, este livro ficou estacionado na minha estante por um longo tempo.

Estaria mentido se dissesse que isso aconteceu por qualquer outro motivo que não fosse por sua sofrível e horrorosa capa, que mais parece ter sido produzida por um aspirante a designer através do mais espartano dos softwares de computação e com a mesma inspiração das capas dos romances de banca de jornal dos anos 70 (lembrou das revistinhas Sabrina, Julia e Bianca? Bingo!)

Assim, após uma reprogramação mental total e mediante intensa repetição do mantra "não julgue um livro pela capa", consegui vencer meu próprio preconceito, dando vazão à leitura.

O resultado? Poucas vezes me senti tão feliz em vencer um preconceito!

O livro é, sem sombra de dúvida, merecedor do Pulitzer e um deleite em si.

Mesmo sabendo que minha resenha acrescentará pouco brilho ao conjunto de prêmios que o livro recebeu, posso te dizer que este é um belo romance, um clássico moderno. Se você gostou de "Little Women", de Louisa May Alcott, sugiro que avance para o próximo nível lendo este livro. Esteja preparado, no entanto, já que, ao contrário de "Little Women", que pinta um quadro mais bonito da era da Guerra Civil, este livro está repleto de grave crueza e dilema moral que reflete com mais precisão este período da história. Brooks faz justiça ao tema criando uma versão adulta crível dos personagens, ao mesmo tempo que se mantém fiel ao enredo do romance atemporal de Alcott - enquanto "Little Women" oferece a perspectiva de meninas inocentes protegidas das vulgaridades da guerra, neste livro os dilemas morais e as tragédias da era da Guerra Civil são flagrantes e assustadoras.

O personagem principal, Sr. March, é o que gosto de chamar de progressista imprudente, um idealista. Pregador vegetariano, ele coloca seus ideais e aqueles que busca salvar antes de si mesmo e de sua família. Embora nobre, é imprudente e, como descobrimos, um receptáculo de culpa.

Embora a Guerra Civil seja muitas vezes imortalizada nas mentes dos norte-americanos como uma guerra pela libertação da escravatura, muitas vezes esquecemos que esta liberdade teve um custo enorme para todos, incluindo os escravos. Como todas as guerras, tendemos a esquecer estes custos e a lembrar apenas da glória e do heroísmo da vitória. Em "O Senhor March", somos lembrados do conflito, do acaso e do custo físico que ela acarretou.

De um outro prisma, também não pude deixar de pensar em como a história se repete. Uma guerra aleatória, em nome da liberdade, aparentemente sem um plano definido... soa familiar pra você?

Desconsidere capa e leia. Será uma jornada dolorosa, mas extraordinariamente significativa.

Leva 4 de 5 estrelas.

Passagens interessantes:

"Se um homem deve perder sua fortuna, é bom que já tenha sido pobre antes de adquiri-la, pois a pobreza exige aptidão." (pg. 127)

"Sempre imaginei o paraíso como algo parecido com uma biblioteca." (pg. 26)
Débora 22/03/2024minha estante
Como sempre, suas resenhas são incríveis, Rodrigo! Adorei e já quero esse livro!


Rodrigo1001 23/03/2024minha estante
Obrigado, Débora! Depois me diz o que achou, tá? Abraço!


Débora 23/03/2024minha estante
Combinado!?


Tana 15/04/2024minha estante
tenho esse na prateleira!! colocando na fila de leituras!


Rodrigo1001 15/04/2024minha estante
Que responsabilidade! Espero que vc goste, Tana.


Tana 16/04/2024minha estante
Depois te conto!! tenho um projetinho de leitura para os Pulitzer!




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Higor 13/05/2023

"LENDO PULITZER": sobre leituras surpreendentes
Eu me protegi, inexplicavelmente, de todos os motivos possíveis para não ler "O senhor March", mesmo sendo vencedor (muito merecido, não temo em dizer) do Prêmio Pulitzer de Ficção de 2006, e no final, esta se tornou uma das leituras mais extraordinárias dos últimos meses.

O primeiro motivo era que eu não lera "Mulherzinhas", de Louisa May Alcott, livro-base para fazer de "O senhor March" seu spin-off, e também achei, inicialmente, uma imprudência da autora, Geraldine Brooks, escolher um personagem masculino para ser, justamente, seu protagonista, quando "Mulherzinhas" é conhecido e importante justamente com o papel feminino na história e no contexto em que se encontra.

Outros motivos menores ainda me defendiam para não começar tal leitura: eu encarei recentemente um livro sobre o assunto, a Guerra Civil Americana, e poderia ficar saturado do tema; e a edição da Ediouro era pouco convidativa. Acontece que, lendo aleatoriamente o início de vários livros, vi-me preso em "O senhor March" de tal forma, que quando percebi, eu já tinha passado de 30 páginas e queria mais. Preconceito dos mais bobos, eu reconheço.

Pois bem: a autora escolheu o senhor Robert March, um estudioso e ministro que decide participar da Guerra Civil Americana como capelão, para contar sua história, pois o personagem aparece brevemente no começo de "Mulherzinhas", quando deixa a família para encarar os desafios da guerra, voltando no final para se unir a elas. Essa lacuna é o ponto de partida de Geraldine Brooks, que, curiosa, decidiu ela mesma preencher, e depois da leitura, eu vejo como um trabalho de sensibilidade, cuidado e inteligência muito rebuscadas e pouco vistas por aí no mundo literário.

E o cuidado e bom senso para a composição do livro e do personagem não param: sabendo que as personagens de "Mulherzinhas" foram inspiradas na própria autora e suas irmãs, Brooks faz o mesmo em criar a vida de March, então fez todo um estudo criterioso sobre a vida do pai de Alcott, Amos Bronson Alcott, um conhecido abolicionista, defensor dos direitos das mulheres e de uma vida vegetariana.

Logo, o senhor Robert March é um capelão que busca viver uma vida a Deus regada de vegetais, sem contato com carnes, além de lutar por direitos de liberdade dos escravos e negros, sem tratá-los como mercadorias, mas os auxiliando a ler e a escrever, para que possam ter uma vida digna em sociedade, sem depender de seus senhores para lidar com o básico, porém essencial.

O problema é que o cenário de guerra é remotamente favorável, logo, o capelão se vê confrontado moral e religiosamente com o comportamento de seus colegas de exército, e até mesmo de abolicionistas que, embora concordantes com a libertação de escravos, não abraçam o ideal em sua completude, mas apenas parcialmente. Então, de confortador em meio a dor alheia, o senhor March passa a ser visto como alguém detestável, afrontoso para com Deus e a sociedade por conta de seus ideais muito rígidos.

Tópicos como a existência de Deus, amor ao próximo, o valor de uma vida, dentre tantos outros, são apenas a margem de um profundo lago que é este livro, e pensar e debater sobre tais questões é de grande satisfação, principalmente porque, sim, é um livro sobre um assunto um pouco batido, conhecido, mas necessário, que é a escravização, só que a maneira como a autora conduziu o tema e até mesmo tratou algumas problematizações foram novas, se não chocantes.

Há sim os conhecidos momentos de açoites e agressões contra escravos, mas eu acredito que a violência mental apresentada no livro é de maior impacto, tanto que, mesmo após a leitura de "O senhor March", eu não conseguia parar de digerir aquilo que li, a maneira como os personagens viviam, sim, em um estado físico crítico, mas ainda pior, com a mente em frangalhos, amarrados em um sofrimento muito mais doloroso que algemas e castigos físicos.

A única ressalva que tenho é a de que, em determinado capítulo, há uma intercalação da narração, do senhor March para sua esposa, Margaret "Marmee" March, o que derruba a qualidade do livro grandiosamente, mas que não contarei para não soltar algum spoiler. O alívio é que são poucos capítulos narrados por ela, e o livro, enfim, volta a ter seu poder.

Inesperado e bem executado, "O senhor March" vai deixar em mim um calor e gracejo que eu sequer imaginava encontrar nesta leitura. Se soubesse de tão incrível sensação, eu teria encarado muito antes, mas ainda bem que, enfim, deixei de lado o preconceito desnecessário e o conheci.

Este livro faz parte do projeto "Lendo Pulitzer".
Tana 06/07/2023minha estante
olha... me animei a pegar esse livro na estante!!




Fernando 05/03/2023

Sempre tive um fascínio pela Guerra Civil Americana. Sempre achei belo e trágico, que causas muito importantes estivessem sendo debatidas, como escravidão, senso de unidade ao custo de muitas perdas, do sentido do que é seu realmente, do pertencimento ou não a algo maior e sobre a ombridade aos seus vizinhos e à terra e não aos seus parentes ou compatriotas. Ainda não é o livro perfeito que eu busco, mas é um bom livro. Continuo minha busca ao épico sobre esse período norte-americano.

O protagonista atua como professor para escravos libertos, é negligenciado pelos soldados que lutam - ao contrário dele que é capelão e não precisa pegar em armas. Como dito em outras críticas, é o avesso do livro Mulherzinhas, uma outra versão sobre o mesmo período histórico.
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Damyzinha 30/12/2022

a escrita nao colaborou p mim
teria mt que dar outra chance pra esse livro e ele tem potencial de ser mt bom, mas sla gente, nao sei
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Clara T 17/07/2022

Um outro Lado de Mulherzinhas
Quem lê o livro Mulherzinhas de L. M. Allcott percebe que o pai está ausente e fica com a mensagem de aquela é uma família de uma pai ausente como muitas outras. Mas e se você pudesse conhecer o ponto de vista dele, o senhor March? Foi o que a autora quis fazer.
Depois de uma grande pesquisa da vida da Bronson Allcott, pai da escritora, e os acontecimentos históricos da região durante a Guerra Civil Americana, Geraldine Brooks se atreveu a interpretar quem seria o senhor March e o que acontecia com ele enquanto as meninas estavam vivendo seu ano de transformação.
A maior parte dos personagens e acontecimentos relatados neste livro foram criados pela autora, não são os personagens originais de Mulherzinhas. Mas é claro que a família e a vizinhança são citados através de lembranças.
Duas construções que foram feitas neste livro me desequilibraram. A parte do Senhor March jovem, construindo a sua riqueza e depois perdendo tudo daria uma história a parte para o casal March. E tudo o que envolva a personagem Grace, também merece uma longa discussão.
Enfim, o começo dos capítulos são as cartas enviadas por March à família durante os meses da guerra e o resto mistura os acontecimentos que ele não consegue descrever nas cartas e as lembranças de sua vida antes até aquele momento.
Como capelão March não é obrigado a pegar em armas, então muitas vezes ficou afastado com os feridos se movimentando durante as batalhas e trabalhando intensamente com o médico para trazer alívio espiritual e conforto para os feridos, principalmente nos casos em que não é possível salvar. Mas March precisa encarar pessoas que se recusar a conversar com ele porque não é um padre ou não professa a mesma fé religiosa que ele e precisa de conforto. Muitas vezes os soldados menosprezam a presença do religioso. E March também luta pela boa moral de seu batalhão ainda que seja uma guerra, tentando evitar outros crimes, e com isso não é bem visto e acaba sendo transferido.
Nesta transferência tem a oportunidade de atuar como professor de escravos libertos que estão trabalhando numa fazenda de algodão de forma remunerada. E mais lembranças vão voltando sobre a luta pelas libertação dos escravos e as rotas de fuga para o Canadá.
Foi um misto de emoções ao ler este livro. Acredito que os fãs de Mulherzinhas não vão gostar. Principalmente pela forma como descreve a mãe das meninas. Não sei se me interessa reler. Mas a escrita da autora é gostosa, me manteve interessada. Além de narrar o que acontecia com o senhor March durante o livro Mulherzinhas também tem toda a narração das lembranças do que ocorreu antes, o casamento, o nascimento das meninas e tal.
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Mile.Oliani 06/09/2021

Tentativa antiga de combater injustiças
O livro que fala sobre a guerra civil aborda principalmente sobre a escravidão e suas dificuldades em mudar o pensamento humano... Uma história que amarra o interesse, gostei da narrativa e devorei o livro em poucos dias (também porque era emprestado e precisava devolver kkkkk)
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Magasoares 12/01/2021

O Idealista
Uma estória de amor em tempo de guerra. Gostei muito mais deste que o das Mulherzinhas.
Recomendo
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Edinho 07/09/2020

Um dos primeiros livros que li realmente com vontade. Aquele desejo de querer saber o que viria a seguir. Esse livro mexeu bastante comigo pelas situações trazidas, apesar que eu não conheço muito da guerra civil dos EUA, me comovi bastante com as situações sofridas pelo personagem.

Vale bastante a leitura!
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Nivia.Oliveira 22/08/2020

Um altar de aprendizado
Poeticamente minha amada Geraldine Brooks nos conta uma história baseada em fatos reais, do Sr. March, Grace e Marmee.
O pano de fundo é a Guerra Civil nos EUA (1861-1865) entre americanos do Norte – os Yankees (região industrializada) e do Sul (região agrícola).
Sr. Clemente é uma alegoria aos grandes fazendeiros produtores do Sul que se recusavam abrir mão de sua fonte de trabalho barata: os escravos. Cenas fortes de torturas e injustiças permeiam as primeiras partes do livro e nossa memória até hoje.
Estruturalmente achei bem interessante a segunda parte do livro ser dedicada à visão das “mulherzinhas” da época “moldadas pelo ideal insosso que a sociedade” reservava para elas. Marmee nos conta sua versão para todos os acontecimentos contados pela História predominantemente masculina.
Entretanto nosso herói Sr. March faz um elogio aos professores, que com toda resiliência criam altares de aprendizado porque sabem e insistem que a leitura e a escrita podem contribuir para mudar o rumo das coisas e inclusive... salvar vidas. A cena de Zannah tão bem delineada pela autora me fez chorar...e ao mesmo tempo me deixou em estado de graça.
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Ket 14/04/2020

Um romance histórico sobre a Guerra da secessão americana, onde a autora pega emprestado um personagem de Louisa May Alcott e o transforma em protagonista. Nesse livro vamos acompanhar a história do Sr. March, o pai das "mulherzinhas" de Alcott, durante seu trabalho como Capelão das tropas nortistas em avanço sobre o Sul. Através do olhar abolicionista dele, a autora nos oferece um relato mais verdadeiro, pesado e triste sobre as condições a que eram relegados os negros "de espólio" depois que eram "libertados" pelas tropas da União.

É um livro acurado historicamente, bastante sensível e que vai obrigar o personagem a enfrentar os próprios defeitos e falhas de caráter ao se expor ao sofrimento bárbaro da guerra. Indico bastante para quem gosta do assunto ou queira entender melhor o contexto em que os personagens de Alcott viviam.


raissa.pinto.9 14/04/2020minha estante
Tenho esse livro parado há um tempão..


Ket 14/04/2020minha estante
É muito bom, Raissa! Achei bem interessante a Geraldine dar vida a um personagem emprestado. Só acrescenta ao trabalho da Alcott!




Tys 24/08/2019

O SENHOR MARCH - GERALDINE BROOKS
História esplêndida. Brooks, que a partir de um hiato que há no clássico livro Mulherzinhas, se inspira a nos conta a história do senhor March. Um capelão de guerra, que através dele, mostra-nos os tormentos, terrores e as atrocidades da Guerra Civil e da escravidão norte-americana. Que escrita incrível e emocionante.
NOTA: 8.0
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Fernanda1811 05/09/2017

Perfeito!
É maravilhoso, eu cheguei a chorar em algumas partes. Esta na lista dos melhores livros que já li.
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ritita 19/06/2017

Grande Geraldine!
Eu nunca tive a paciência devida para o Livro Mulherzinhas, da Louise May Alcott, um clássico. É muita bondade, pureza, sensibilidade e inocência para minha compreensão, então a talentosíssima Geraldine, resolveu esta minha imperfeição, enquanto leitora, deu vida ao Sr. March, e, por extensão, ao verdadeiro caráter de cada uma das "mulherzinhas, contando a história do pai delas - o Senhor March.

Trata-se de um homem normal com sonhos, ilusões, pecados, ingenuidade mas tremendamente visceral (ou egoísta?) em sua visão de vida; para ele e sua crença - se bem que nem todo o tempo ele foi pregador, isto foi apenas uma consequência de suas buscas juvenis e inadequação às batalhas da guerra civil estadunidense - só existe o amor ao próximo e sua família só recebe este amor através de cartas. Seu ideal e paixão para a abolição escravista chega às raias de achar que pode resolver as consequências daquela guerra insana, seja alfabetizando ou com pregações religiosas.

É uma excelente história, mas gostei mesmo do personagem secundário - a sra. March, cheia de energia vital, amor, bondade e vendo a realidade da vida de uma família com quatro filhas a serem criadas, sem os véus da fé.
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Nélio 01/05/2017

Qual é o papel da literatura? Dentre tantas respostas possíveis, gosto da ideia de que ela nos oferece possibilidades de se pensar o mundo – atual ou não – e a nossa relação com ele. Daí sobram as sensações, as emoções, tudo aquilo que um livro pode nos “causar”!
E esse livro, como outros da autora, me “causou”. Não me lembro de ter lido outro que abordasse a Guerra Civil americana do século XIX com tanta qualidade. Ora, escravidão é um tema recorrente em nossa sociedade, mas ele não é exclusivamente nosso (brasileiros), e o livro conta de outra sociedade fortemente marcada por ela. Foi muito bom perceber a capacidade da autora em abordar esse tema inserindo-o no drama de um personagem que, apesar de seus defeitos e limites, se entrega à luta em defesa do outro. Ele negligencia sua responsabilidade com a família, por exemplo, mas seu desejo de “fazer o bem” é tão forte que, para mim, ele se supera enquanto ser humano em determinados momentos da narrativa.
As primeiras páginas têm que ser “superadas”, mas depois de alguns capítulos a estória nos prende e vai bem até o final. As dores (sofrimentos, crises de consciência, egoísmo etc.) perpassadas pelo Senhor March vão nos mostrando como somos frágeis frente às nossas “nobrezas”! Propomo-nos a sermos bons, desde que não tenhamos que dar testemunhos de nossa bondade. Já os africanos não tinham muita opção: a eles só restava sofrer e não confiar no “homem” branco.
Algo muito bom de se ler foi quando a autora optou por interromper a narrativa do Senhor March e passou a vez para a Senhora March. Tivemos, assim, uma oportunidade de vermos situações dramáticas sob a perspectiva do homem e a da mulher. Gostei!
Há muita coisa que merece destaque no livro, mas a literatura sobrevive também da curiosidade que certos livros e as sugestões de outros leitores desperta em nós... Fica, aqui, um punhado de não ditos que merecem ser ditos, e lidos!
E passagens que valem a leitura?! Há muitas, e, não sem dificuldade, escolhi uma das mais marcantes para mim:
“Foi loucura tê-lo deixado ir. Injusto da parte dele pedir-me isso. Entretanto não temos permissão de dizer tais coisas; apenas mais um item na longa lista de coisas que as mulheres não devem dizer. Um sacrifício como o dele é considerado nobre pelo mundo. Mas o mundo não me ajudará a consertar o que a guerra destruiu.”
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