spoiler visualizarCamilla.Steban 27/03/2024
É parte da saga, mas, assim como o livro VII, não parece ser
O Conto de Slither é o livro XI da saga "As aventuras do caça-feitiço". Aqui, acompanhamos a história de Slither, um mago haizda, que vive em uma região ao norte do Condado e suas aventuras após receber a missão do Velho Rowler de levar suas duas filhas mais novas, Susan e Bryony para a casa de seus tios no sul depois que ele morre.
Como pode-se perceber até agora, a história é um gigante contraste com o que estava sendo contado pela saga até agora. Personagens novos, um novo universo que até então era desconhecido... Enfim, uma história totalmente sem contexto para a narrativa geral da saga, uma verdadeira encheção de linguiça. E não é a primeira da saga: O Pesadelo, o VII livro da saga também entra nessa mesma categoria. Livros assim são um grande desserviço, pois quebram o ritmo da leitura e desanimam o leitor. O ritmo da narrativa geral de uma saga deve se comportar da mesma forma como o ritmo da narrativa de um livro, criando tensão no leitor até atingir um clímax. Contudo, todo o momentum de tensão criado pelos livros anteriores é quebrado quando um livro sem muito contexto é simplesmente colocado no meio da saga.
A única personagem que aparece nesse XI livro que já é conhecida é Grimalkin, a feiticeira assassina do clã Malkin. Mesmo assim, pouco é mencionado sobre a luta contra o Maligno, que havia se desenvolvido tanto no livro anterior.
Contudo, a narrativa do livro por si só é boa. A perspectiva pela primeira vez de um ser não humano, embora às vezes cause horror e nojo no leitor é boa. Além disso, pela primeira vez há duplo ponto de vista, o que traz mais dimensão à narrativa. Nessa é uma personagem muito interessante e suas narrativas são sempre o ponto alto da história.
Apesar de totalmente desconectado com a narrativa geral da série, O Conto de Slither é uma história boa, com destaque para a personagem Nessa, uma menina de grande coragem que nos prende na história.
Obs: Joseph Delaney deveria ser proibido de escrever poesia. Que poema ruim!