Robson 07/11/2013As expectativas estavam altas, a ansiedade estava me matando.
Quando somos fãs de uma determinada autora, é isso que acontece. Contamos os meses, as semanas, os dias, as horas e os minutos, para que finalmente o novo livro dela seja lançado. Essa autora é Lauren Kate, que após finalizar a saga Fallen de maneira digna, nos prometeu uma aventura inovadora e cheia de emoções. Mas meus caros, vocês devem ter percebido que minha ansiedade já havia passado do nível máximo permitido para um fã, não? Pois é, por esse simples motivo a decepção também foi enorme.
Lauren já havia me decepcionado uma vez em sua saga anterior, mas a autora acabou superando isso nos outros livros e por isso acabei botando fé de que com Teardrop seria diferente, que teríamos algo realmente bom e inovador. Mas mantenha a calma, no final de tudo, não tive somente decepções, mas também algumas surpresas que fizeram com que eu ainda espere algo bom das sequências do livro.
Conhecimento é poder; poder corrompe. Corrupção leva à vergonha e ruina. Ignorância pode não ser algo legal, mas pode ser melhor do que uma vida de vergonhas. Você concorda?
Teardrop tinha tudo para dar certo, uma abertura digna de aplausos, mas por vezes a leitura se tornou entediante, sem conteúdo algum. A escrita da Lauren continua divina, colocando sentimentos, narrando e descrevendo muito bem os cenários, mas desta vez seu erro foi não ter narrado realmente uma história. Tudo parecia muito vago, como se não houvesse um ponto a ser atingido, como se fosse só rotinas de uma garota que mal sabia como viver sua própria vida.
A narrativa de Teardrop continua sendo a padrão de Lauren, em terceira pessoa. Esse foi outro erro gravíssimo da autora, por mais que ela tenha uma narrativa altamente abrangente em mãos, Lauren acaba focando tudo no ponto de vista da Eureka, o que acaba amarrando muito o desenvolvimento do livro. Alguns dos personagens criados para essa nova série apresentam uma grande importância para o plot, mas acabam não tendo seus povs explorados e, consequentemente, a história acaba ficando monótona e repleta de passagens desnecessárias.
A ultima coisa que esperamos que os outros façam é a ultima coisa que eles fazem antes que nós aprendamos que não podemos confiar neles.
Se tem um aspecto que Lauren decidiu melhorar, esse aspecto é a presença de uma protagonista forte e sem frescuras e manias desnecessárias. Eureka se revelou muito superior à Luce, nada de melancolia, nada de paixonite melada e o melhor: determinação. Eu realmente gostei de Eureka, ela me surpreendeu bastante nesse quesito. Além disso, acabei me apaixonando por Ander de uma maneira totalmente profunda. O personagem realmente me convenceu a acreditar que suas intenções eram genuínas.
Vocês devem ter percebido que Lauren demorou quase o livro inteiro para demonstrar ao que veio, não é? Pois é, foi somente nos capítulos finais que compreendi do que se tratava e que as coisas finalmente começaram a acontecer. Eu estava quase sem esperanças de que saísse algo proveitoso do livro, mas nos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, a senhorita Kate resolveu fazer algo de bom. Isso acabou me deixando totalmente ansioso para a continuação, pois o que Lauren me apresentou foi algo novo para mim.
Seus olhos são como o oceano, ela queria dizer. Seus lábios cor de coral. Sua pele detém um poder capaz de fazer o ponteiro de uma bussola saltar.
O final de Lauren foi fantástico, apesar de um pouco corrido. Ela acabou jogando tudo na nossa cara de uma única vez, mas isso acabou me satisfazendo e agora estou ansioso ao extremo para ler a continuação. O cliffhanger deixa um espaço muito bom para que ela desenvolva o segundo livro melhor do que foi com este primeiro e é isso que eu espero que ela faça. A mitologia que a Lauren me apresentou nestes últimos capítulos foi muito inovadora, algo que eu nunca tinha lido por aí, mas mesmo assim não deixo de estar MUITO decepcionado pelas inúmeras falhas cometidas pela autora.
O próximo volume provavelmente se chamará Waterfall ou, em tradução livre, Cachoeira. Esse título ainda não é oficial, mas tem uma ligação muito forte com o que foi passado no final do livro.
Falando em títulos, o título Teardrop (que foi traduzido erroneamente para Lagrima aqui no Brasil), tem uma forte ligação com a mitologia criada por Lauren e esse significado acaba se perdendo no título brasileiro.
Agora só espero que a revisão da galera seja boa, pois a escrita de Lauren em inglês é algo memorável e o livro tem vários quotes que quero guardar para a vida toda.
Agora vamos ao que interessa Robs. Vale a pena ler?
Leitores, se você não é fã de Fallen e não é fã da autora, nem se arrisque, pois sua decepção vai ser dez vezes maior que a minha. Mas caso você seja fã da autora, vale a pena sim.
site:
http://www.perdidoempalavras.com/2013/11/resenha-teardrop.html