Tempestades de aço

Tempestades de aço Ernst Jünger




Resenhas - Tempestades de Aço


9 encontrados | exibindo 1 a 9


Fabio Di Pietro 22/01/2014

Faça parte da Primeira Guerra Mundial
Recomendo a leitura para todos aqueles que se interessam por filmes, livros e história sobre guerra. Apesar de menos "famosa" que a Segunda Guerra Mundial, a Grande Guerra foi precursora de diversas táticas e novos equipamentos, principalmente caracterizada pelas trincheiras.

O livro é escrito por um comandante alemão que participou do conflito e mantinha diariamente um diário. Assim, temos um relato vivo, real e extremamente interessante do que foi essa guerra.

Sem entrar no mérito político do conflito, a narrativa trata apenas da vida nas trincheiras, entre ataques, defesas, ferimentos, temos um retrato do que foi o inferno vivido naqueles tempos.
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Leonardo.Fernandes 07/04/2021

Animal
Esse livro é animal, melhor livro de guerra que já li

Enquanto a maioria dos relatos de quem lutou numa guerra é um lamento por aquela situação, esse livro é uma celebração ao combate, o que dá uma sensação muito diferente na leitura, quase sentimos vontade de estar lá na pele dele

Outra característica muito interessante do autor é que não há diálogos nesse livro, as conversas são apenas mencionadas e não transcritas, isso faz a história andar mais ao invés de ficar travada em passagens triviais

Um momento mais pro final do livro ele se torna cansativo por algumas páginas, mas é mais um reflexo daquele momento da guerra do que da narrativa em si

Quem gosta de literatura de guerra tem que ler este
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Gustavo.Campello 04/07/2016

O Fantástico Jünger
Não é a primeira obra que li de Jünger, mas apesar de ter momentos difíceis, é um livro muito mais fácil de ler do que Nos Penhascos de Mármore. Jünger era uma espécie de ser humano fantástico, por tudo que viveu, por tudo que escreveu. Discordo de quem diz que o livro é muito cru, muito pelo contrário, é lírico, é poético, é sujo, é arrastado, é complexo... talvez por ter todas essas características seja um livro difícil.

"Quase despertado de um sonho profundo, vi os capacetes de aços alemães se aproximarem pelo campo de crateras. Eles cresciam como uma semente férrea do chão lavrado a fogo"

Pura poesia.

Se compararmos com o livro Soldados Rasos de Frederic Manning, vamos ter praticamente um livro antagônico, mas que se completam. Vemos os dois lados de uma mesma moeda. O livro de Manning cativa mais, flui melhor, mas a comparação é injusta, o livro de Jünger merece uma nota tão boa quanto seu livro contraparte.
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Homerogoncalves 25/12/2018

Descrição poetica
Apesar dessa resenha ser escrita algum tempo após a leitura do livro, ainda remanescem as lembranças de uma obra que me tocou pela sensibilidade da narrativa e qualidade descritiva do autor, cujo cenário de criação em nada poderia ser inspirador.
Além da dura história de um campo de batalha, vivida sob a angústia, medo e horror, sobressai com sutileza apaixonante a vida que reluta em continuar a cada dia.
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Svartzorn 12/02/2015

Tive algum desgosto ao ingerir este livro. Não achei que fosse ser assim já que geralmente sou afeiçoado à histórias de guerras e batalhas. Contudo, a perspectiva de Jünger, a meu ver, serve mais àqueles que literalmente viveram alguma experiência desse tipo. Digo isso porque creio que apenas a vivência da experiência da guerra pode dar a alguém ma capacidade de apreciar este livro realmente. Li de forma linear, muitas vezes no "piloto automático".
O livro me desagradou, de certo modo, por conta de seu formato e estilo. Não tem sumário, nem precisa. É como um longo diário que retrata as experiências da guerra. Tudo é caótico, cada momento - às vezes frase - do livro está ali posto como se não formasse um conjunto inteiro com o tempo e o texto, respectivamente. Contudo, pensando com meus botões, concluí: afinal, não é também a guerra assim? Por isso dei três estrelas, ao invés de duas. Apesar do desagrado que me foi ler isso em texto, me pareceu inteiramente verossímil.
Atenção dos leitores à quebra de estereótipos. Este livro, o que mais me deixa feliz a seu respeito, mostra sim os horrores da guerra, mas também sua faceta humana e, talvez, até menina; esta retratada principalmente nas relações de camaradagem entre os soldados.
Não recomendaria a quem não tem interesse na história do início do século XX.
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jota 03/05/2015

Carnificina...
Se em vez de um livro fosse um filme e contemplasse tudo o que o jovem oficial alemão Ernst Jünger (1895-1998) nos conta acerca de sua participação na Primeira Guerra Mundial neste Tempestades de Aço, sua primeira obra (1920), ele seria longo demais e praticamente insuportável de se ver.

São cabeças explodidas, cabeças apartadas do pescoço, intestinos escorrendo para fora de ventres, braços e pernas espalhados pelos campos de batalha e trincheiras, testas e olhos perfurados, corpos em decomposição exalando odores nauseantes, e muito mais. Não apenas dos inimigos, mas dos próprios companheiros - algumas vezes soldados alemães foram mortos ou feridos por outros alemães mesmo, naquilo que é chamado de “fogo amigo”.

O próprio Jünger saiu da guerra contabilizando ferimentos: “Não contadas insignificâncias como tiros de ricochete e feridas abertas, eu fora atingido pelo menos catorze vezes (...); contados os buracos em que os projéteis entraram e aqueles por onde saíram, como no caso de alguns, deixaram para trás, ao todo, vinte cicatrizes.” Ainda assim teve uma vida bastante longa (faleceu próximo de completar 103 anos).

As batalhas narradas por ele transcorreram em território francês e foram travadas contra soldados ingleses, envolvendo vários atos de heroísmo ou sagacidade dos soldados alemães - Jünger recebeu várias condecorações importantes por sua ação -, jovens em sua maioria.

Como sempre acontece nas guerras, inúmeras vidas jovens são ceifadas nos campos de batalha. Mas quase todos eles partiam para o front sem temores, sem medo da morte, como nos é contado nesta obra, que é assim uma espécie de relato autobiográfico, um cruzamento da vida real com a ficção:

“Havíamos deixado salas de aula, bancos de escola e mesas de trabalho e, em curtas semanas de treinamento, estávamos fundidos em um grande e entusiasmado corpo. Criados em uma época de segurança, todos sentíamos a nostalgia do incomum, do grande perigo. E então a guerra tomou conta de nossas vidas como um desvario. Em uma chuva de flores, saímos de casa, inebriados com a atmosfera de rosas e sangue. A guerra, por certo, nos proporcionaria o imenso, o forte, o solene. Ela nos parecia uma ação máscula, uma divertida peleja de atiradores em prados floridos e orvalhados de sangue. “Não há no mundo mais bela morte…” Ah, só não queríamos ficar em casa, queríamos poder participar!"

Se há algum defeito em Tempestades de Aço, quer dizer, algo que possa cansar o leitor, é que várias situações soam repetidas ao longo da narrativa, especialmente aquelas que tratam de mortes, ferimentos e amputações que atingem os soldados. Não é isso, claro, mas parece que o autor está andando em círculos, exatamente como se deu algumas vezes durante o calor das batalhas que ele narra, em que soldados perdiam os pontos de referência e podiam caminhar em direção às trincheiras inimigas e não às próprias. Para a morte.

Lido entre 26/04 e 02/05/2015.
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Hudson 20/04/2016

É um livro diferente de outros em relação a primeira guerra mundial, ainda sim um dos mais descritivos sobre o assunto, quando pensamos em como as coisas se desenvolveram, em alguns pontos é um pouco entendiante, por ser escrito como diário de batalha. em alguns momentos a reflexão do autor sobre a sua função é que quebram essa monotonia.

Diferente de Nada de Novo no Front, onde se pode observar um livro mais literário e reflexivo e até mesmo mais pacifista, do que este mais descritivo, o autor sem dúvidas é um grande escritor bastante minucioso na sua narrativa, tentando transmitir ao leitor todas as suas impressões sobre o que aconteceu, e o que viveu.

Todavia deve-se ter cuidado para não cair na monotonia da leitura onde somente é narrado a Guerra, narração pura e mecânica, mas que não desmerece livro, é claro existem trechos que por si só já valem a leitura é uma grande obra, mas esperava mais, talvez pelo Elogio de André Gidé, o que me deixou um pouco aquém, mas não desqualificando a leitura que é totalmente válida de forma alguma.
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Valério 05/02/2018

Interessante. Porém cansativo
Tempestades de aço é basicamente um relato de campo de batalha.
Interessante por ser tão descritivo e pormenorizado sobre como era o dia a dia de combatentes na primeira guerra mundial.
Mas, ao mesmo tempo, apesar de ser um relato em primeira pessoa valioso, achei que a leitura se arrastou um pouco, não rendia e por vezes, me entediou. Intercalar a leitura com outros livros, como sempre faço, ajuda a vencer as páginas.
No fim, verá que a leitura valeu a pena. Mas não é um livro empolgante.
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