Life of Pi

Life of Pi Yann Martel




Resenhas - Life of Pi


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Rick-a-book 05/08/2011

Um indiano, um tigre, um plágio

O livro do espanhol Yann Martel é o relato de um menino indiano chamado Piscine Molitor Patel, “Pi” Patel, que sofre um acidente em alto mar quando o navio em que viajava com sua família e alguns animais do zoológico de sua família afunda.

Salvo – ou não – num bote salva vidas, ele vê seu navio mergulhando nas águas do pacífico, sem nenhum membro de sua família consigo – ou não – para lhe fazer companhia. Entretanto, ele conta com uma zebra, um orangotango e um tigre como colegas de viagem – ou não. E isso é apenas o início da narrativa.

Pi é um menino muito curioso que, ainda bem jovem, decide abraçar três religiões ao mesmo tempo: o hinduísmo, o cristianismo e o islamismo. Além do mais, por ser o filho de um dono de zôo, ele tem grande conhecimentos sobre a vida e o comportamento dos mais diversos animais.

A Vida de Pi é um livro de auto-ajuda romanceado. É a malfadada saga de um menino temente a Deus e de um tigre – ou não – jogados num barco salva-vidas por 227 dias e se deparando com peixes-voadores, tartarugas e uma ilha carnívora (gulp!). Ou seja, é um daqueles livros menores imbuído com a mensagem “se você lutar, você conseguirá!” e alguns toques de religião e veterinária permeando a tragédia oceânica do personagem central. Ainda que possivelmente bom para ser indicado para adolescentes, a aventura do super-religioso, veterinário proficiente e explorador da national geographic Pi Patel é irreal e deixa poucas lembranças após sua leitura. É a força vital e o desejo de sobreviver versus um tigre e um oceano imprevisível e impiedoso, contados no melhor estilo “filosofia para dummies”.

A obra teria sido um plágio do livro “Max e os Felinos”, do escritor Moacyr Scliar, segundo dizem. Segundo consta, a única semelhança entre os dois livros é o fato de o personagem principal estar preso num barco com um felino selvagem, aqui um tigre, lá um jaguar. Yann Martel teria dito que não poderia ter escrito um plágio, pois Scliar seria “um escritor menor que eu jamais li.” Bem, Max and the Cats está no mercado americano a bem mais de 20 anos, enquanto que o livro de Martel acaba de completar 10 anos.

Depois de anos de críticas e cutucadas entre os dois, Yann colocou panos quentes na polêmica com um telefonema a Scliar e uma tonelada de explicações à imprensa. Comparando os dois é possível ver que não há chance de plágio, fora o ambiente retratado ser o mesmo – mar, bote, tigre. Seja como for, Scliar faleceu e nos deixou com seu legado de maravilhosas obras, Martel publicou seu segundo volume no Brasil, “Beatriz e Virgílio”, e poucos leitores sabem da coexistência das obras. Além do mais, o livro de Scliar continua sendo melhor.
fsamanta (@sam_leitora) 05/08/2011minha estante
Bom saber para eu não perder o meu tempo!




C r i s 26/10/2011

Um dos melhores livros de todos os tempos. Tudo na história é interessante e genial. A começar pela questão religiosa. O ponto de visto em cima do hinduismo, do islamismo e do catolicismo é de uma sensibilidade rara. As histórias hindus me tiraram o fôlego e assim como o Pi, eu respeito muito todas as religiões e tenho especial interesse espiritual, psicológico e intelectual por essas tres. A aventura extraordinária de Pi te faz devorar esse livro e constantemente entramos tanto na história que a lemos apreensivos, torcendo por Pi. Richard Parker é inesquecível e algumas partes da história chegam a causar arrepios. É um livro maravilhoso, sem dúvida um dos meus favoritos.
Luantar 28/12/2012minha estante
O livro é tão bom, que é um plágio de um autor brasileiro!


Rafa MB 03/06/2013minha estante
Qual autor? E qual o nome do livro dele?




tharegiani 28/04/2010

Diferente de tudo o que eu já li
Comecei a ler esse livro por recomendação. A pessoa queria que eu lesse para que pudéssemos discutir nossas conclusões.

Comecei a ler e não parei mais. O jeito que o autor escreve é muito interessante, a leitura nunca fica cansativa, e você sempre quer saber o que se passa adiante.

O livro conta a história de Pi, filho do dono de um zoológico na India. O começo do livro é bastante interessante e apresenta temas muito interessantes para se pensar, como a vida dos animais num zoológico e muitos dos questionamentos relativos à isso. Depois discute o fato de que Pi resolve seguir três religiões diferentes, e como ele vê as conexões entre elas.

Mas o livro não é sobre zoológicos ou religiões, mas como isso tudo vai influenciar Pi em sua história: após um naufrágio, ele passa semanas em um barco junto a um tigre (!), passando por diversas situações ímpares, e tendo que sobreviver até que seja resgatado. Muito interessante ver como o autor constrói a história, conectando todas as informações apresentadas no começo do livro, até as últimas páginas, e como ele transmite as sensações do personagem de maneira tão convincente que você sofre com Pi, pensa como ele, torce por ele durante todo livro.

E é claro, a enorme aba para discussões e possíveis interpretações da história.
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Deco 16/01/2011

Um...
dos livros mais legais que já li. Envolvente, tocante e inspirador.
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Leonardo 31/12/2012

Grande história de dois sobreviventes
Disponível em http://catalisecritica.wordpress.com/

O livro do ano para mim foi Beatriz e Virgílio, de Yann Martel. Quando vi que A vida de Pi estava chegando aos cinemas (já em dezembro), apressei-me para ler o livro antes de conferir a película. Estava, naturalmente, com o gosto de Beatriz e Virgílio na boca, e apesar de o estilo de Yann Martel ser identificável (um ponto claro em comum nos dois livros é a presença do personagem escritor, que parece não fazer nada além de esbarrar com as histórias que ele acaba contando meio que por obrigação), o clima é bem diferente.
A Vida de Pi realmente parece ter por objetivo fazer você acreditar em Deus. Quase metade do livro mostra a vida de Pi fora do mar, ainda no zoológico, buscando sua fé, e aí está uma diferença considerável em relação ao filme. Pi é um menino/adolescente que cresce com uma grande sede de Deus. Em meio à pluralidade religiosa que experimenta na Índia, Pi não é um colecionador de religiões. Ele busca Deus com o coração sincero. Esse pano de fundo é fundamental para compreendermos a maneira como Pi encara a tragédia e os 227 dias no mar.
Lá, no barco salva-vidas, sentimos realmente o tempo passar. A história não é contada de maneira cronológica, já que Pi perde a noção do tempo (nada de marcar o passar dos dias no barco, como mostrado no filme). Os 227 dias demoram a passar. Quando pensamos que já está chegando ao final da jornada, uma memória que parece ser dos primeiros dois, três meses como náufrago vem à tona e sentimos o peso de estar à deriva no mar, ao lado de um tigre.
O “relacionamento” com o Richard Parker é construído, e apesar de a situação beirar o inacreditável, o escritor se esforça ao máximo para não cruzar alguns limites e deixar-nos sempre na dúvida: isso seria realmente possível?
Assim, nada de Richard Parker repousar sua enorme cabeça de tigre no colo magro de Pi.
A jornada não é idílica como algumas cenas do filme deixam transparecer. Apesar de Pi ter visto maravilhas, o livro é sobre como um homem com muita vontade de sobreviver usou a razão para planejar sua sobrevivência num ambiente totalmente inóspito. Acompanhamos o dia-a-dia de Pi e vemos sua preocupação em checar duas vezes por dia, pelo menos, os nós que prendem a sua jangada improvisada ao barco. Vemos o cuidado que ele tem com as provisões. O desespero nos dias de maior fome, levando a comer coisas impensáveis, logo ele, um vegetariano convicto.
E se a figura de um milhão de suricatos levantando-se e abaixando-se em sincronia é incrível, ao menos o autor (ou Pi, que conta a história) descreve a ilha com um cientificismo fascinante, levantando hipóteses palpáveis para o canibalismo das algas e para o excessivo número de suricatos.
Ao final do livro, o golpe de mestre é a segunda história narrada por Pi para os emissários japoneses. E então, qual a versão verdadeira? Não importa realmente, diz Pi, se o resultado acabou sendo o mesmo: ele sofreu, sua família morreu, o navio afundou. Assim é com Deus, arremata ele, misteriosamente.
A vida de Pi consegue lidar com espiritualidade sem ser piegas nem fazer proselitismo. Ao mesmo tempo, conta a história de dois sobreviventes improváveis: Richard Parker e o jovem Piscine Molitor Patel.
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Greice 09/02/2013

Life of Pi - Personal review
I'll write this before I forget.
5 days ago I got a book as a present. I've been hearing stuff about it because it has recently been made into a movie, that happens to be an Oscar Nominee, so there's quite a lot of buzz about it. I've watched the trailer and dismissed it as something I wouldn't like. My friend said it wasn't very good. So when I got the book I must confess I wasn't all that interested. Even so, it was a present from one of my favorite people in the world so just to have something to say about it I started reading it. You know the saying Don't judge a book by its cover?, I think you also shouldn't judge a book by it's movie adaptation trailer, or your friends opinion (unless of course your friend is me ;) just kidding). The thing is, reading a book is something personal. The majority or minority of people aren't always right. Something that didn't click for someone else might click for you, and that's what happened for me while reading Life of PI. It had all of the symptoms of a book I would't like. There weren't too many characters. It talked about religion, the author has been accused of plagiarizing a Brazilian author and was really rude about the whole thing, calling this other author a lesser writer. (I only know this because I did my research, The author makes us think the story is real, so I had to look it up and I came upon the whole messy details of the law suit. You can read about it here http://www.guardian.co.uk/world/2002/nov/08/bookerprize2002.awardsandprizes)

But I started it, and on the third page of the author's note one quote made me stop to get a pencil. You see, that's how I know when a book is good and worth reading, when I want to underline things in it. In this case, the whole paragraph. I posted it here a few days ago. The book tells the story of Piscine Molitor Patel, also know as Pi Patel, who was practically raised in his father's Zoo in India, till the whole family decides to sell the animals and move to Canada. The ship they were sailing in sinks, leaving him aboard a lifeboat with a few animals, including an adult Bengal tiger, with whom he has to learn how to survive.
The story seems simple, but the author's narrative and the short paragraphs make the book impossible to put down. There are incredible passages, like when he's comparing a hotel to a Zoo, when they discuss Pi's religious choices, when he's explaining why people move, and when they are talking about believability. The end is surprising ( even though I knew it already, I thought till the very end that my friend was wrong about the whole thing, and that I hadn't heard her well), and it's one of those books that you have to choose what you want to believe, where everything is a big metaphor if you want to see it that way. I won't say more because I don't want to spoil the end. But the author leaves you with a choice. And I'm gonna quote mine straight from the book.
"Very few castaways can claim to have survived so long at sea as Mr. Patel, and none in the company of an adult Bengal tiger."
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Newton Nitro 25/02/2013

Uma viagem na alma de um jovem!
Maravilhoso! Um livro fantástico, muito bem escrito, daqueles que você vai ficar lembrando a vida inteira. Religião, fé, dúvida, existencialismo, conflitos de alma, metáforas da sociedade contemporânea, poesia, tem de tudo nesse livro. Recomendadíssimo (e muito melhor que o filme!).
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Dan Pontes 09/11/2015

Extraordinário - Acredite
Uma história totalmente inusitada onde você entra no bote e divide espaço com um menino indiano chamado Pi e seu temido e amado Richard Parker, um tigre-de-bengala adulto.
O livro aborda de um jeito único temas como espitualidade, aventura, realidade, ilusão e principalmente fé. Uma história pra te fazer crer em Deus e isso é sugerido de forma bastante sutil. Pi não sobreviveria a tanta desventura sem fé.
Em alguns trechos me emocionei com o sofrimento relatado por Pi que embora seja um personagem de ficção se mostra tão vivo que quase podemos tocá-lo.
Recomendo muito. Entre neste bote com Richard Parker e nosso herói Piscine Molitor Patel e me responda: QUAL É A MELHOR HISTÓRIA?
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Thiago Barbosa Santos 23/08/2019

Pi e Max
Ouvi falar pela primeira vez de 'Life of Pi' em uma reportagem que falava sobre a polêmica de um suposto plágio a um livro brasileiro, Max e os Felinos, escrito pelo gaúcho Moacyr Scliar. As histórias são muito diferentes, mas o ponto central é praticamente o mesmo. Um garoto em um bote em alto-mar com (no livro brasileiro um leopardo e no livro estrangeiro um tigre).

O escritor canadense Yann Martel não chegou a ser processado por Scliar, mas acabou admitindo que leu uma crítica sobre Max e os Felinos e se inspirou na ideia principal para compor o seu 'Life of Pi'.

O livro estrangeiro acabou se tornando um grande best-seller e um dos mais importantes do século. Ficou ainda mais popular quando foi adaptado para o cinema.

O livro narra a incrível (imaginária?) história do jovem indiano Pi Patel. A família dele é dona de um zoológico na Índia e resolve se mudar para o Canadá. Todos embarcam em um navio, inclusive os animais. Durante a viagem, ocorre uma tragédia, um naufrágio em que quase todo mundo morre. Pi consegue escapar em um bote na companhia de um orangotango, uma hiena, uma zebra e, tempos depois, descobre que ainda há no bote um tigre, que mata os outros animais.

O garoto e o tigre ficam por muito tempo em alto-mar vivendo os mais diversos apuros. O próprio tigre representaria um perigo, mas o garoto conseguiu se virar para eliminar a fome da fera e se safar de um possível ataque. O tigre, de certa forma, ajudou o garoto a se manter em alerta e animado para buscar se salvar. Ele acaba desenvolvendo um laço de afeto com o bicho, que se mostra indiferente.

Depois de dias e dias em meio ao gigantesco oceano, Pi consegue chegar a uma ilha misteriosa, onde vive outras experiências surpreendentes até ser resgatado por dois pesquisadores japoneses. O tigre se embrenhou na mata da ilha e nunca mais foi visto.

O garoto conta a história aos pesquisadores, que não acreditam muito nela. O leitor passa a duvidar se alguns fatos realmente ocorreram ou foi fruto da imaginação de Pi. Ele, seguindo o projeto da família, vai morar no Canadá, onde se estabelece. É um livro realmente muito instigante, mas a comparação com 'Max e os Felinos' é inevitável. Eu, particularmente, gosto mais da história do Scliar.
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92360 23/10/2019

Não chega a ser plágio de Moacyr Scliar
Depois de ler tanto o livro de Martel quanto de Scliar, pessoalmente não acho que Martel tenha plagiado Scliar. A única coisa em comum que os livros tem é a ideia do náufrago dividir um barco salva-vidas com um felino. É o mesmo que dizer que Tolkien plagiou os mitos escandinavos (a diferença é que Tolkien deixou bem claro de onde veio a inspiração dele).

Martel desenvolve o livro de modo totalmente diferente e, por vezes, de modo extremamente cansativo especialmente na primeira parte do livro. A segunda parte foi mais interessante de se ler, o autor tem um ótimo método de narração: nem muito seco e nem muito florido.

Todavia, o fato de Martel ter demorado demais para admitir que teve Scliar como inspiração é realmente lamentável.
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Lari 06/08/2020

No geral, gostei bastante da história, com algumas reflexões bem interessantes sobre religião, cultura e até mesmo em relação à vida animal em um zoológico. No entanto, em alguns momentos achei a leitura bastante cansativa.
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J 10/12/2020

Leitura necessária!
Recomendo muito (a não ser que você seja vegetariano ou não consiga ler coisas violentas/grotescas)! Me fez valorizar minha vida um pouquinho mais hahaha e me lembrar de que o ser humano realmente é o pior animal que existe
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