As Flores do Mal

As Flores do Mal Charles Baudelaire




Resenhas - As Flores do Mal


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Aline330 21/04/2024

Tenho bastante dificuldade com poemas, li para sair da zona de conforto. Tive uma agradável experiência, vários versos lindos demais que separei pra reler múltiplas vezes.
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Luizgustavo 03/03/2024

Simbolismo hard.
Se você já tem o costume de ler poesia, vc não tera problemas. Mas achei o livro muito bom, o que me atrapalhou um pouco foi os devaneios e o simbolismo do autor q me deixaram um pouco boiando. Mas o autor é o pai do simbolismo, não é uma leitura difícil, em vários momentos vc vai estar em varios devaneios sem entender nada de nada. E por último seu vocabulário linguístico tem q estar apuradíssimo, como vai haver está troca de palavra, por palavras q simbolizam.
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Raquel 01/02/2024

O encanto também acaba.
Este livro vai além de um leitura simples. Ao iniciá-lo fiquei encantada com a clareza e firmeza posta por Baudelaire em seus poemas, dessa espécie de contemplação mais realista possível das emoções e sentimentos. O feio e o belo que pouquíssimos autores são capazes de colocar em foco. No entanto, algumas passagens me deixaram sem nenhuma compreensão. Talvez pelo gênero, que não tenha familiaridade. Embora, no geral seja um bom acompanhante.

Acredito que, em uma releitura serei capaz de compreendê-lo melhor.
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Dalton Pontes 26/01/2024

Do site da BBC
Certa vez, os editores da revista The Christian Century pediram a Oppenheimer ("o pai da bomba atômica" ) que indicasse os livros que influenciaram mais profundamente suas visões filosóficas. As Flores do Mal, do poeta francês Charles Baudelaire (1821-1867), foi o primeiro. E, em segundo lugar, o Bhagavad Gita.

site: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c98pnnjleq3o#:~:text=%E2%80%9CVishnu%20%5Buma%20das%20principais%20divindades,%2C%20o%20destruidor%20de%20mundos%27
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Eliane406 17/01/2024

O melhor
Paisagem

Quero, para compor os meus castos monólogos,
Deitar-me junto ao céu, à moda dos astrólogos,
E, vizinho do sino, escutar cismarento,
Os seus hinos marciais, levados pelo vento.

As mãos postas no queixo, eu do alto da mansarda,
Hei de ver a oficina a cantar na hora parda;
Torres e chaminés, os mastros da cidade,
Grandes céus a fazer sonhar a eternidade.

É sempre doce ver que à tarde a bruma vela
A estrela pelo azul e a lâmpada à janela,
Os rios de carvão irem ao firmamento,
Como a Lua, verter seu frouxo encantamento.

Eu hei de ver a primavera, o outono e o estio;
E quando o inverno vier, monótono em seu frio,
Por tudo fecharei cortinas e portões
Para construir na noite as feéricas mansões.

Sonharei com o poente azul e com seus astros,
Repuxos no jardim chorando entre alabastros,
Beijos como canções desde a manhã à tarde,
Tudo o que de infantil o Idílio ainda guarde.

O Alvoroço lá fora em tempestade cresça
Mas eu nunca erguerei da carteira a cabeça;
Mergulhado serei nesta sensualidade

Do mês de abril chamar só com minha vontade,
De um sol todo extrair de minha alma, que espera
Mudar meu peito ardente em tépida atmosfera.

Charles Baudelaire (1821-1867), poeta francês.
Do livro As Flores do Mal.
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Krishna.Nunes 10/01/2024

Uma bela surpresa
Considerada a obra-prima de Baudelaire, a coletânea de poemas "As flores do mal" impactou a sociedade da época e influenciou tudo o que viria depois, não só na poesia mas na literatura em geral.

Inicialmente o livro foi desacreditado pelos editores, alguns dos quais chegaram a desaconselhar o autor de publicá-lo, alegando que a repercussão da obra destruiria sua reputação e sua carreira. E a obra de fato suscitou polêmicas e teve alguns poemas censurados por serem considerados imorais.

Por conter referências a Poe, Dante, Virgílio, Ésquilo e outros autores, As flores do mal chegou a ser acusado de plágio. Mas a originalidade desses poemas basta para derrubar qualquer suspeita. Eles também trazem inúmeras referências aos mitos gregos e cristãos, e contam, inclusive, com uma inusitada oração a Satã.

Rompendo prematuramente com o romantismo, que era o movimento predominante na época, essa surpreendente seleção de poemas trata de temas inovadores como morte, miséria, crime, prostituição, cadáveres, sonhos, anjos e demônios, doença, prazeres e - seja de forma explícita ou velada - muito sexo.

Esses textos, muitas vezes depressivos ou melancólicos, outras vezes ácidos e irônicos, são capazes de despertar no leitor uma miríade de sentimentos de angústia, tristeza e inquietude mesclados com pitadas de diversão. Sendo extremamente criticado por "não terem um propósito", os poemas dessa coletânea cumprem exatamente o propósito estabelecido pelo autor: Extrair do Mal a beleza; encontrar no medo e na loucura a poesia.
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mizumonoo 08/01/2024

Incrível.
A primeira vez que ouvi falar de Charles Baudelaire foi após ler o mangá de Aku no Hana (Shuzo Oshimi). O título "As Flores do Mal" me pareceu muito curioso então reservei um lugar na memória para esse nome. Anos depois recebo de presente de aniversário esse livro que tinha me deixado tão curiosa, iniciei a leitura, também anos depois, já sabendo mais sobre Baudelaire, especialmente pelo interesse que adquiri pelo Simbolismo durante o ensino médio.
Enfim, anteriormente eu estava lendo a poesia de Rimbaud que me deixou completamente apaixonada, foi até difícil pra mim imaginar que poderia gostar ainda mais de Baudelaire. Mas foi exatamente isso que aconteceu. "As Flores do Mal" definitivamente é o meu novo livro de poesia favorito, os temas mórbidos como a morte, o tédio, a embriaguez e todos os tipos de pecados que há no mundo me deixaram fascinada.
No final do livro há um capítulo para as tentativas de prefácio de Baudelaire, em uma delas ele diz que extrair beleza do mal o divertia por ser algo difícil e isso me fez refletir bastante sobre o título do livro, a ideia de algo bonito como uma flor (no caso a poesia) ser dotada de maldade. E é desse modo que eu vejo os poemas, apesar dos temas decadentes, os textos são tão lindos, tão rítmicos que impõe ao leitor um fascínio assustador, causa um sentimento de misto de admiração e espanto, de paixão e de horror. É uma experiência incrível, Baudelaire deu um novo sentido ao perverso.

Obs.: assim que possível comprarei uma nova edição do livro com mais notas e uma tradução diferente, gostei tanto desses poemas que quero ler quantas versões eu puder!
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LauraFF 25/12/2023

Ele sabe que é bom
?O meu livro pode ter feito bem. Nao me aflijo com isso. Pode ter feito mal. Nao me alegro com isso.
O objetivo da poesia. Esse livro nao foi feito para as minhas mulheres, minhas filhas ou minhas irmãs.
Atribuíram-me todos os crimes que eu contava.
Divertimento do ódio e do desprezo.
[?]
É mais difícil amar a Deus do que acreditar nele. Ao contrário, é mais difícil para as pessoas desse século acreditar no diabo do que ama-lo. Todo mundo sente e ninguém crê nele. Sublime sutileza do diabo?
(PREFÁCIO/ posfácio)
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Nanadin 23/12/2023

Minha ideia
A obra é perfeita, tenho a indicar a começar a ler esse autor, porque retrata várias emoções de forma não explicita, mesmo sendo confuso algumas vezes( o motivo é pela primeira vez eu estar lendo esse livro), eu indicaria a alguém experiente nessa área ou que goste de poesia, que foi o meu caso.
Observação: O número de páginas do Skoob, para o livro tá diferente, no aplicativo tem 656 páginas, já no livro do autor tem 648 páginas, só isso mesmo?
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Morgana93 14/12/2023

Agradeço ao universo que encontrei esse livro. Uma tradução excelente de um poeta singular. Uma grande crítica a modernidade e seus choques. Apresenta a modernidade como ela é: uma máquina de moer gente. Ao mesmo tempo, o poeta expressa a sua experiência na modernidade, em toda a sua efemeridade, de uma forma única.
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Morgana93 14/12/2023

A obra é incrível. Mas essa foi a pior tradução que eu já li. Tenho uma versão em francês em casa e foi um choque ver essa tradução. Fica totalmente sem sentido em algumas partes. Pra vocês terem ideia, impassível (impassible) foi traduzido como calvo.
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Cleber 30/11/2023

Flores do mal
Agora já é um dos meus poetas favoritos.
Deixo alguns trechos

Prefácio da flores

Não é para minhas mulheres, minhas filhas ou minhas irmãs que este livro foi escrito; assim como também não para as mulheres, as filhas ou as irmãs de meu vizinho. Deixo essa função para aqueles que têm interesse em confundir as boas ações com a bela linguagem...


Que me encontrasse ? peço, brado ?
À noite, numa via escura.
Ela veio! ? louca criatura!
Todo mundo é um pouco aloucado!


o heautontimoroumenos

Sem cólera eu te baterei,
Tal um carniceiro sem medo,
Tal como Moisés o rochedo!
E de tua pálpebra farei,
Para meu Saara saciar,
Brotar águas do sofrimento.
Meu desejo irá, com alento,
Nos prantos salgados vogar
Tal navio que se desatraque,
E em meu peito (que embriagarão)
Teus soluços retumbarão
Tal um tambor que bata o ataque!
Não serei eu um falso acorde
Nessa divina sinfonia,
Graças à voraz Ironia
Que me estremece e que me morde?
Está na voz que vocifera!
É meu sangue, um veneno baço!
Sou um sinistro espelho, aço
Onde ela se mira, a megera.
Sou a lâmina e sou a dor,
O tapa e a face que o incomoda!
Sou os membros e sou a roda,
A vítima e o torturador!
Vampiro de meu coração,
Sou um desses abandonados
Ao riso eterno condenados
E que nunca mais sorrirão!
Thais645 30/11/2023minha estante
Que lindo...


AndrAa58 08/12/2023minha estante
Não tenho familiaridade com poesia, gostaria de ter. Por onde começo? Acha que pessoa seria uma boa porta de entrada?




Tarquini 14/11/2023

As flores do mal
(As Flores do Mal) é uma coleção de poemas icônica escrita por Charles Baudelaire, publicada pela primeira vez em 1857. Esta obra-prima da literatura francesa é conhecida por sua profundidade, sua exploração da condição humana e sua contundente crítica à sociedade e à moralidade da época.

Baudelaire introduz um novo estilo poético que desafia as convenções estabelecidas, mergulhando nos recessos da alma humana e explorando temas como a beleza, a decadência, a sensualidade e a melancolia. Seus poemas refletem a tensão entre o desejo pelo sublime e a atração pelo proibido, entre o celestial e o terreno, entre o bem e o mal.

A obra é dividida em seções que abordam diferentes aspectos da existência humana. Entre os temas centrais estão a beleza fugaz e corruptível, a fugacidade do tempo, a atração pelo pecado e pela transgressão, bem como a busca incessante por prazer e transcendência.

Baudelaire utiliza uma linguagem poética rica e vívida para retratar a vida urbana, explorando a atmosfera sombria e a alienação do homem moderno nas multidões das cidades. Sua escrita é marcada por um profundo senso de melancolia e desespero, ao mesmo tempo em que celebra a beleza encontrada nas experiências mais efêmeras e obscuras.

A coletânea foi inicialmente alvo de críticas e controvérsias devido ao seu teor considerado obsceno e provocativo, o que levou Baudelaire a ser processado por ofensas à moral pública. No entanto, ao longo do tempo, "As Flores do Mal" conquistaram reconhecimento como uma obra-prima da poesia moderna, influenciando gerações de escritores, artistas e pensadores.

A genialidade de Baudelaire reside na sua capacidade de capturar a essência da condição humana, abordando questões universais como a dualidade do ser, a busca pelo prazer e a inevitabilidade da morte. Sua poesia desafia as convenções estéticas e morais de sua época, convidando o leitor a refletir sobre a complexidade da existência e a confrontar os aspectos sombrios e luminosos da natureza humana.

Em suma, "As Flores do Mal" de Charles Baudelaire são um testemunho poderoso da riqueza da experiência humana, revelando a beleza na imperfeição, a melancolia na alegria e a eterna busca por significado em um mundo repleto de contradições e mistérios. Essa obra continua a ser uma fonte de inspiração e reflexão para os amantes da poesia e da arte até os dias atuais.
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Zé Vinicius 12/11/2023

Cuidado
Tem pouco tempo que você ler poesia e não tem costume com linguagem mais rebuscada? Então esse livro não é para você! O livro carrega lindos poemas sobre morte, tristezas, bebedeiras e além de tantas outras coisas, porém para entender a maioria você precisa ter paciência e muito vocabulário, eu não gostei da obra pelo motivo de não ter os atributos acima, boa leitura
Eduardo 12/11/2023minha estante
Concordo com você. E entendo a importância da obra, mas na minha opinião um livro que requer que eu seja um erudito para entendê-lo e apreciá-lo, não consigo considerar "universal".


Zé Vinicius 13/11/2023minha estante
Isso mesmo Gustavo, fica difícil assim né kkk




Marydalle 11/11/2023

O Imoral, vivendo na época da "inocência"
IV
PROJETO DE PREFÁCIO PARA AS FLORES DO MAL
(para juntar talvez com antigas notas)

Se alguma glória há em não ser compreendido, ou em apenas sê-lo muito pouco, posso dizer sem vangloriar-me que por este pequeno livro, eu a adquiri e mereci de uma só vez. Oferecido várias vezes seguidas a diversos editores que o rejeitavam com horror perseguido e mutilado, em 1857. em sequência a um mal-entendido muito estranho. lentamente rejuvenescido, acrescido e fortificado durante alguns anos de silêncio,desaparecido novamente, graças ao meu descuido, este produto discordante da Musa dos últimos dias, ainda avivado por alguns toques violentos. ousa enfrentar hoje pela terceira vez o sol da tolice.

Não é culpa minha, é a do editor insistente que se julga bastante forte para enfrentar o desgosto público. "Este livro ficará sobre toda a vossa vida como uma nódoa , predizia-me,desde o começo, um de meus amigos que é um grande poeta. De fato, todas as minhas desventuras lhe deram, até hoje, razão. Mas eu tenho um desses bons temperamentos que tiram um gozo do ódio, e que se glorificam no desprezo.

O meu gosto diabolicamente apaixonado pela besteira me faz encontrar prazeres particulares nos disfarces da calúnia. Casto como o papel, sóbrio como a água, levado à devoção como uma comungante, inofensivo como uma vítima, não me desagradaria passar por um devasso, um bêbado, um ímpio e um assassino.

O meu editor acha que haveria alguma utilidade, para mim como para ele, em explicar por que e como fiz este livro, quais foram o meu objetivo e os meus meios, o meu designio e o meu método. Tal trabalho de crítica teria sem dúvida alguma possibilidade de divertir as mentes amorosas da retórica profunda. Para esses, talvez eu o escreva mais tarde e o faça tirar numa dezena de exemplares. Mas, examinando melhor, não parece evidente que essa seria uma tarefa totalmente supérflua , para uns como para os outros, visto que uns sabem ou adivinham, e os outros jamais compreenderão? Para insuflar no povo a Inteligência de um objeto de arte, tenho um medo muito grande do ridículo, e temeria, nessa matéria, igualar aqueles utopistas que querem, por um decreto, tornar todos os franceses ricos e virtuosos de um só golpe.

E,além disso, a minha melhor razão, a minha suprema, é que isso me entedia e me desagrada. Acaso se leva a multidão aos ateliês da figurinista e do decorador, ao camarim da atriz? Mostra-se ao público enlouquecido hoje, indiferente amanha, o mecanismo dos efeitos especiais?
Explicam lhe os retoques e as variantes improvisados nos ensaios, e até que dose o instinto e a sinceridade estão mesclados às rubricas e ao charlatanismo indispensável no amálgama da obra? Revelam-the todos os retalhos, os disfarces, as polias, as correntes, os arrependimentos, as provas improvisadas, em suma, todos os horrores que compõem o santuário da arte?

Aliás, esse não é hoje o meu humor. Não tenho desejo nem de demonstrar, nem de causar espanto, nem de divertir, nem de persuadir. Tenho os meus nervos, os meus vapores. Aspiro a um repouso absoluto e a uma noite contínua. Cantor das loucas volúpias do vinho e do ópio,só tenho sede de uma beberagem desconhecida na terra, e que nem a farmacéutica celeste poderia me oferecer; de uma beberagem que não contivesse nem a vitalidade,nem a morte, nem a excitação, nem o nada. Nada saber. nada ensinar, nada querer, nada sentir, dormir e dormir ainda, tal é hoje o meu único voto. Voto infame e nojento, mas sincero.


Todavia, como um gosto superior nos ensina a não temer nos contradizer um pouco, reuni, no fim deste livro abominável, os testemunhos de simpatia de alguns dos homens que mais prezo, para que um leitor imparcial possa daí inferir que não sou absolutamente digno de excomunhão e que, tendo sabido fazer-me amar por alguns, o meu coração, o que quer que tenha dito não sei que trapo impresso, talvez não tenha "a espantosa feiura do meu rosto".
Enfim, por uma generosidade pouco comum, de que os senhores críticos...
Como a ignorância vai crescendo...
Eu mesmo denuncio as imitações...

"O povo se doeu em demasia...
Baudelaire acertou em cheio na condução do poema, citou Deus(Paraíso) , Diabo(Inferno), o erotismo, o amor, a morte, retratou muito bem os humanos e sua decadência, a realidade é tão difícil de ser aceita que é necessário censurar, sendo que ninguém é obrigado a comprar, pegar escondido ou ler, mas desde quando os humanos facilitam? "
Cleber 12/11/2023minha estante
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