Um Rascunho a Mais 17/07/2016
The Innocent é o primeiro mangá que eu leio, eu o escolhi por ser volume único, pois acreditava que seria mais fácil para iniciar nesse mundo de quadrinhos japonês. E fui surpreendida com um enredo que prende o leitor do início ao fim e repleto de surpresas. A história foi escrita por Avi Arad que é ex-diretor da Marvel e co-fundador da Marvel Studios, logo esperava bastante ação e algumas semelhanças com os super-heróis do universo Marvel e não estava totalmente enganada. Ao longo da leitura pude perceber alguns detalhes desse universo, nada de super heróis, mas um protagonista com um toque sobrenatural, objetivo e sem frescuras. A temática abordada pelo mangá é a linha tênue entre a vida e a morte, sendo que o protagonista já morreu, mas vamos com calma irei explicar melhor a seguir.
Ash é um detetive que foi condenado injustamente a cadeira elétrica, por esse motivo após a morte ele é incumbido pelo Comitê Angelical para realizar uma missão na Terra. Auxiliado por Angel um anjo que guarda alguns segredos e que não está tão satisfeita por ser babá de um servente, é assim que Ash é chamado já que não é um anjo. A missão consiste em evitar que outro inocente, Joshua, seja condenado a cadeira elétrica por um crime que não cometeu. Ash parece estar bem confortável com o fato de ter morrido, porém pretende utilizar alguns métodos digamos violentos para realizar a sua missão. Angel tenta sempre alertá-lo em relação ao que pode e ao que não pode fazer, porém Ash não a escuta.
Após a morte Ash passa a poder manipular cinzas, como uma espécie de poder, ele consegue transformar cinzas em armas. É fazendo justiça com as próprias mãos que ele pretende enfrentar o verdadeiro culpado tanto pela sua morte, quanto pela condenação de Joshua, o Senador Burnaby e seus comparsas. Ao longo do desenvolvimento novos personagens são inseridos na história como Mila a irmã de Joshua que corre perigo por ter um CD que prova o inocência do irmão, a advogada Rain e o vilão misterioso Wal.
O enredo do mangá é bom, porém um tanto corrido, já que precisa fechar uma história em poucas páginas, sendo que eu acredito que poderia ser muito mais explorada se não fosse volume único. O ritmo da história é bem acelerado, não tem enrolação e em um capítulo muita coisa se resolve. Eu sofri com a ausência de algumas explicações, as condições da morte de Ash ficaram claras, mas senti falta de saber mais sobre algumas conexões de Ash com outros personagens. Angel é outra personagem que merecia ser explorada um pouco mais, ela ficou rasa e acho que a história dela merecia um destaque maior. Um dos vilões o Wal é bem interessante, ele consegue sentir a presença de Ash e se comunicar com ele, vale ressaltar que os outros personagens não conseguem fazer o mesmo apesar de estarem ciente da presença, foi outro ponto que senti falta de uma justificativa.
Como ponto positivo vale ressaltar que o mangá realmente prende a atenção do leitor, os desenhos e os cenários são muito bem feitos e o quadrinho apresenta muita ação. Apesar de não atribuir uma nota alta para a história em questão, eu estou cada vez mais interessada em embarcar nesse universo, acredito que as obras que possuem mais volumes irão sanar melhor a minha necessidade de conhecer os personagens mais a fundo.
Acredito que The Innocent cumpriu bem o papel de abrir as portas do universo dos mangás, já estou me preparando para novas leituras e espero sempre me surpreender nos mais diversos gêneros disponíveis. A partir de agora estarei sempre pesquisando mais a fundo sobre esses quadrinhos e buscando conhecê-los melhor, já até tenho em vista algumas coleções que pretendo ler.
site: http://umrascunhoamais.blogspot.com.br/2016/07/resenha-innocent.html