Os Náufragos

Os Náufragos Elin Hilderbrand




Resenhas - Os Náufragos


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Ju Oliveira 12/08/2013

Quando solicitei este livro da Editora Bertrand para resenhar, imaginei algo totalmente diferente. Pela sinopse, achei que tivesse uma pegada mais misteriosa, com bastante suspense.

O livro conta a história de quatro casais de amigos, entre eles Greg e Tess, que agora estão mortos. Ao sair em um veleiro, para comemorar o aniversário de casamento os dois morrem afogados em situações um pouco suspeitas.

Logo no início, os três casais recebem a trágica notícia da morte dos amigos e cada um deles sofre de um jeito diferente. Em meio a esse sofrimento todo, vamos conhecendo pouco a pouco como surgiu a amizade de cada um deles com o casal MacAvoy. A narrativa é feita em terceira pessoa, os capítulos são dividido entre os amigos do casal morto.

Moradores da pequena ilha de Nantucket, todos se conhecem e todos sabem praticamente tudo sobre a vida do outro. O delegado da ilha, é casado com Andrea, prima e melhor amiga de Tess. Além de sofrer pelo casal amigo e por ver o sofrimento de sua esposa, o delegado tem que desvendar o mistério do afogamento de seus amigos.

No decorrer da história, enquanto vamos conhecendo mais a fundo cada personagem, vamos vendo também que as aparências enganam. Todos são muito gente boa, mas lá no fundo, cada um deles esconde um segredo devastador que pode mudar o rumo de algumas vidas. A minha personagem favorita foi a Delilah, a mãezona da turma. Aquele que quer acolher e alimentar todos ao mesmo tempo. E a que mais detestei foi a Andrea, mandona, rabugenta sempre querendo ter suas vontades atendidas, enfim, insuportável!

Os Náufragos, não é aquele tipo de livro que te faz perder o fôlego, mas ele tem um ritmo de leitura gostoso, o modo como a autora nos apresenta cada personagem é tão simples e tão real que acabamos nos tornando íntimos de cada um dos seis amigos sobreviventes. A autora disseca cada personagem nos mostrando não somente seu lado bom e amigo, mas também mostra aquele lado egoísta, mesquinho, invejoso e cruel que cada um possui dentro de si.

O que seria, ao meu ver, o ponto central da história que é a suposta traição de Greg com sua aluna, fica praticamente em segundo plano. Mas as pinceladas que a autora dá nesse assunto, levantam a todo momento aquela dúvida, que levamos até as últimas páginas. Será que houve realmente a traição?

Uma história bem madura, adulta e real, extremamente agradável. Intrigas, mentiras, paixões e traições, mas também lealdade e amor. É possível isso? Para “Os Náufragos” é possível sim! Só lendo para descobrir como…


site: http://juoliveira.com/cantinho/os-naufragos/
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Psychobooks 17/09/2013

Classificado com 3,5 estrelas

Quando recebi o informativo da Bertrand Brasil com os lançamentos do mês, Os Náufragos logo me chamou atenção pela capa, que é linda, e pelo enredo que me pareceu ser sobre o mistério da morte de um casal, mas esse não é bem o foco do livro...

- Enredo

O livro vai contar a história de quatro casais, que formam um grupo de amigos que por serem todos de fora e terem feito da ilha de Nantucket seu lar, se autodenominaram Os Náufragos (veja o quote em destaque no final dos comentários). Uma vez ao ano eles viajam juntos nas férias e se divertem. Nesse verão, Greg e Tess MacAvoy completam doze anos de casados, os últimos meses não foram nada fáceis, por isso eles resolvem comemorar com um passeio romântico de veleiro, mas Greg não é um navegador experiente, o dia estava com muito vento, um acidente acontece e o casal morre.

Alguns desconfiam que não foi apenas um acidente e esse evento vai trazer à tona uma série de sentimentos conflitantes que por anos foram ignorados.

- Narrativa

A escrita da autora é muito gostosa, aos poucos ela vai dissecando a vida de cada personagem, com seus segredos, paixões, desejos e culpas. E esse é o foco do enredo, os personagens e a verdadeira amizade, com todos seus momentos de alegrias, tristezas, inveja, mágoa, perdão, amor.No entanto, em alguns momentos, ela fica um pouco repetitiva, pois a mesma história é contada por personagens diferentes.

Não espere uma leitura alucinante cheia de grandes emoções e suspense. Os Náufragos tem um ritmo de leitura calmo e detalhista, ele é um livro sobre pessoas e relacionamentos, a morte do casal serviu como catalisador para alguns sentimentos, que estavam bem escondidos, emergirem. O que realmente aconteceu no veleiro não é tão importante e logo um leitor mais perspicaz resolve o mistério.
A narrativa é feita em terceira pessoa, sob o ponto de vista dos seis amigos, sem divisão de capítulos, apenas com uma pausa entre um personagem e outro. Isso fez com que eu me sentisse um pouco perdida no começo da leitura e demorasse mais para me conectar com os personagens, mas passado esse período, tive a sensação de conhecer cada um intimamente.

- Personagens, a melhor parte do livro

A construção desses personagens é fantástica, a autora é muito boa para criar personalidades e peculiaridades para cada um deles.
Greg MacAvoy é o homem que a maioria das mulheres deseja, com um físico impressionante, cativante, apaixonado, toca violão e tem uma voz incrível, é o típico conquistador e poderia escolher qualquer mulher para ter ao seu lado, mas acabou escolhendo a bela Tess, cativante, delicada, amorosa, todos querem ser sua amiga e é por ela que as mulheres do grupo se mantém unida. Os dois são pais de gêmeos com 7 anos de idade, professores e deixaram a vida muito cedo e de forma inesperada.

Edward Kapenash é o delegado da ilha, fiel, dedicado ao trabalho e à sua família. Andrea é sua esposa, eles estão juntos há 18 anos, e têm dois filhos adolescentes. Ela é a dona da razão, dura e por vezes agressiva, também consegue ser carinhosa e compreensiva, é a prima mais velha da Tess e quando mais nova, trabalhava de salva-vidas na ilha e foi namorada do Jeffrey antes de conhecer o delegado. De todos os personagens, foi a que menos gostei.

Jeffrey Drake é um fazendeiro sério, gosta da rotina, de coisas estáveis, nem sempre concorda com as atitudes de sua esposa, mas a ama. Delilah é sua esposa, mãe de duas crianças pequenas, gosta de ser a divertida do grupo. Seu senso de humor é contagiante, um pouco egoísta e tinha algumas atitudes nada condizentes com uma mãe de família e sim com uma adolescente rebelde. Trabalha como recepcionista no mesmo restaurante em que Greg toca, muitas vezes chega em casa tarde, bêbada e cheirando à maconha. Por causa dessas atitudes e horários, ela e o marido se afastaram um pouco, já que ele levanta cedo para cuidar da fazenda. Jeffrey é o personagem que mais me cativou, é daquelas pessoas que o coração é maior que o mundo, segura, estável e ao contrário do que aparenta, sabe sim como se divertir.

Addison Wheeler é o mais rico do grupo, figura notável do mercado imobiliário, é gentil, experiente, viajado e culto. Sua esposa, Phoebe, sofreu muito com a morte do irmão gêmeo no desastre de 11 de Setembro e há seis anos vive dopada com remédios prescrito por seu médico e por outros que ela consegue no mercado negro, hoje é apenas uma sombra da mulher exuberante e engraçada que já foi um dia. Ainda assim, Addison cuidou da esposa com carinho durante todos esses anos.

- Enfim, ler ou não ler?

Se você quer um livro policial com mistérios sobre a morte de um casal, esse livro não é para você.

Os Náufragos é uma leitura gostosa, sobre pessoas, amizade, perdão, crescimento e principalmente relacionamentos. Você vai se envolver com a vida de cada personagem e se tornar seu amigo mais íntimo, aquele que sabe de todos os segredos. Uma história para adultos onde os dramas e alegrias são maduros e convincentes.

Como eu esperava um pouco mais de suspense, fiquei um pouco decepcionada e não dei 5 estrelas pois acho que se a autora tivesse investido um pouco mais no suspense, o livro seria perfeito. No entanto foi uma leitura muito agradável e em nenhum momento me fez querer jogar o livro na parede ou gritar de frustração.

Os Náufragos: porque Delilah fugira dos pais e encontrara Nantucket, porque Jeffrey herdara uma fazenda de um tio que mal conhecera, porque Greg tocara em uma banda (diferente) com um cara cujos pais possuíam casa em Sconset, porque Andrea fora recrutada para ser chefe dos salva-vidas no verão de 1988 e, aonde quer que Andrea fosse, era certo que Tess a seguiria. Porque Addison dera uma olhada na comunidade com os imóveis mais valiosos da Costa Leste e levara sua noiva, Phebe, para lá. Porque o delegado fora transferido de Swampscott para fomentar o departamento de polícia. Eles se banaharam nas praias de Nuntucket. Permaneceram na ilha e fizeram dela seu lar. Encontraram uns aos outros.
Página 49


site: www.psychobooks.com.br
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Nica 27/09/2013

Os Náufragos - Elin Hilderbrand
Uma capa linda, um título sugestivo, dominado pela metáfora, Os Náufragos, da escritora americana Elin Hilderbrand, me surpreendeu e me deixou grudada em cada página. Não é um drama, muito menos um romance policial. Aliás, não cheguei a uma conclusão então resolvi classificá-lo como um romance contemporâneo. Apesar de haver mortes misteriosas, um tom de suspense, uma investigação policial sigilosa, em Os Náufragos também tem relacionamentos conflituosos, ressentimentos, inveja, ciúme, amor, respeito e a base de todo livro, amizade.
Em uma ilha próxima a cidade de Boston, Ilha de Nantecket, um lugar calmo, perdido no tempo, com poucos habitantes, quatro famílias se tornaram amigas, um grupo fechado que se chamavam de ‘Os Náufragos’, pois cada um deles acabou, de alguma forma, chegando à ilha, formaram suas famílias, fizeram dela o seu lar, encontraram-se uns aos outros e eram felizes juntos: os MacAvoy, os Wheeler, os Drake, os Kapenash. Até que uma tragédia se abateu sobre eles e a amizade ficou a deriva.
Os MacAvoy, Greg e Tess, foram fazer um passeio de barco para comemorar o aniversário de casamento e morreram afogados, deixaram dois filhos gêmeos de sete anos. Os outros casais do grupo Jeffrey e Dalilah, Addison e Phoebe, Eddie e Andrea carregaram entre si os sentimentos de desespero e culpa. Eddie, que era o delegado do lugar deu início às investigações, sigilosamente para não denegrir a imagem do casal amigo morto e para não chocar os outros já sofridos pela tragédia.
Inicialmente visto como acidente, o caso foi seguindo caminhos que sugeria que se tratava de um assassinato e todos os amigos tinham um motivo ou outro para se acusarem em segredo, aliás, segredo é o essencial da narrativa. Cada um dos oito tinha um segredo, um conflito. Eles se amavam e se odiavam, eles se entendiam, eram cúmplices de suas próprias vidas. Eles se pertenciam. O ressentimento misturado ao ciúme, à traição, às mentiras levou a trama ao suspense, ao mistério. O que ocorreu naquele barco? Como o casal acabou morto?

O livro é formado por muitos pequenos capítulos com títulos, cada um focando um personagem o qual levou seu nome. A leitura é rápida, porém detalhada. No entanto, muito bem armada, sem furos, sem enrolação. Gostei muito do livro, e não entendi o motivo de avaliações tão baixas. Para o estilo da narrativa o livro tem características excelentes. Naturalmente, para quem procura muitas emoções, momentos excitantes, um clímax final com uma mirabolante reviravolta, não encontrará aqui. O livro é tranquilo, e não pretende chocar, nem fazer chorar, mas vale a pena cada página.

site: http://www.lereomelhorlazer.com/2013/08/os-naufragos-elin-hilderbrand.html
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Gislene.Batalha 16/10/2022

Os náufragos
Na ilha de Nantucket todos se conhecem. Especialmente os 4 casais que são amigos desde sempre. Planejam as viagens juntos , os passeios.
Mas, apesar de todos se dizerem fiéis, perfeição assim não existe.
Um dos casais é encontrado morto deixando seus filhos gêmeos tão amados, órfãos.
Acidente ou assassinato?
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Leninha Sempre Romântica 20/08/2013

As ideias se acumulam e se chocam na minha cabeça, doidas para irem para o papel. São tantas as sensações, os sentimentos e as emoções que queria escrever para transmitir o que senti ao ler esse livro, que prefiro ir com calma e começar com uma palavra que representa tudo: Extasiada! É assim que me senti durante a leitura e, ao seu término, outra expressão casa muito bem: me senti órfã.

Elin Hilderbrand não nos presenteou com uma história e, sim, com uma família. Oito amigos inseparáveis, oito náufragos em seus sentimentos, oito sobreviventes. Na verdade, eles agora são apenas seis, porque Tess e Greg os deixou e levou com eles um pedaço de cada um.

Um acidente com repercussões inenarráveis, foi assim que tudo começou, deixando cada personagem dilacerado e órfão de um pedaço muito importante de suas personalidades.

Tess, Greg, Addison, Phoebe, Jeffrey, Delilah, Andrea e Ed (delegado) são amigos de uma vida toda. Nos verões, eles viajam e se divertem juntos, vivem uma vida regada a muita champagne e conversas, até o dia em que tudo muda, um acidente tira a vida de Tess e Greg; e uma imensa rachadura se forma entre eles. Depois desse fato, tudo transborda; sentimentos, segredos e fatos até então escondidos vão submergindo, afastando e desunindo esse grupo de amigos.

O livro é narrado capitulo a capitulo sob a perspectiva de cada personagem, num emaranhado de lembranças e episódios, como um enorme quebra-cabeças se montando aos poucos. Segredos escondidos a sete chaves que vão ficando rasos aos olhos de todos.

Ao adentrar na leitura em busca de apenas uma resposta você é metralhado com respostas que nem mesmo buscou. Cada revelação é como dinamite. Foi imensamente prazeroso conhecer cada personagem, descobrir seus segredos e o pior de suas personalidades. Falhos, humanos, assim são Os náufragos, um grupo de amigos que, de uma hora para outra, deixaram de ser oito porque perderam um pedaço decisivo, perderam Tess e Greg.

Num lugar onde todos conhecem e sabem da vida de todo mundo, onde viver é se deixar exposto, eles conseguiram manter segredos que ninguém nem sonhava. E foi como fazer parte de um enredo policial, descobrir as rachaduras em cada um, procurar respostas, encontrar mais e mais perguntas. E o mais gratificante, a autora soube responder com lógica e coerência cada uma delas e o que era o grande foco da trama passa a ser apenas mais um detalhe no imenso quebra-cabeça que se forma e se organiza durante a leitura.

Não consegui escolher um personagem que mais gostei, todos são tão queridos e tão humanos. Amei a fragilidade e superação de Phoebe, adorei o jeito sincero e calmo de Jeffrey; Ed, o grande amigo e paizão; Tess e Greg, o casal perfeito apesar de seus segredos; Andrea e sua capacidade de se dar e de ser tão dura consigo mesma; Addison e sua simplicidade, apesar da riqueza; Delilah e seus medos escondidos na sua aparente força.

Conhecer cada um foi como fazer parte de uma grande família, seus medos são palpáveis, seus sorrisos são sinceros, seus segredos são dignos de nota.

Um enredo que prende, que engana. Você espera apenas um livro com um mistério a solucionar e, de repente, se envolve de tal maneira que isso passa a ser apenas um detalhe envolvido numa grande teia, onde a amizade é posta à prova, onde perdão, amor, companheirismo se misturam e nos confundem.

Acredito que minha resenha esteja completamente incoerente, tentei passar sensações e só consegui deixar o futuro leitor curioso para desvendar os mistérios que rondam Os Náufragos. Espero que cresça uma vontade imensa de ler, porque o livro vale a pena, vale cada virada de página, vale cada emoção.

Tenho certeza que, ao terminar a leitura, você não vai sentir nada que desabone o livro, ele se garante pela trama bem amarrada, pelos sentimentos impregnados em cada página, pela lógica dos fatos e pelo final bastante aceitável e coerente.

site: http://www.sempreromantica.com.br/2013/08/os-naufragos-elin-hilderbrand.html
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Simone de Cássia 14/11/2016

Não é o meu estilo de livro e a partir daí eu já vou sem muito Interesse... A história me fez lembrar o poema "Quadrilha" de Drummond, aquela coisa de João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria... rs rs ....eu não morri de amores, apenas li o livro. Ponto. Nota "P" de "passável"
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Luiza 18/11/2018

Quando se começa sem criar expectativas, as chances de ser bom, são infinitamente maiores!
Com esse livro foi exatamente o que aconteceu.
Eu não diria que esta é uma história suspeita, mas definitivamente tem suspense, é sobre a superação do luto, o pesar de 6 amigos após uma tragédia.
Com personagens distintos e profundos, com histórias reveladoras.
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Suellen.Estumano 22/03/2020

Relações conturbados
Relação de amizade entre 8 pessoas, como poderia dar certo? Mas quem disse que deu errado? Mas teve muitas consequências. Traição, sexo, e mentiras. Embalam uma leitura boa e agradável, triste, e também fala sobre o luto e como lidamos com ele quando carregamos culpa sobre aquela morte.
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