O grande meio-dia

O grande meio-dia Gema Benedikt



Resenhas - O grande meio-dia


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Ricardo Rocha 19/02/2015

um livro que menciona repetidamente cores e todavia se passa no abismo incolor de uma sociedade ociosa e sedentária, que vive de aparências (sem qualquer cor - vida). angela se negava. uma construção com duas fases precisas: o barulho da quebradeira e o silencio paciente dos ajustes finais. olhares humanos metem medo. é estranho que uma escritora brasileira que viveu no rio e estreou nos anos 1970, tendo à época reconhecimento a ponto de figurar no importante dicionário crítico das escritoras brasileiras, hoje simplesmente não é encontrada na internet. eu próprio achei o livro por absoluto acaso numa prateleira da casa de minha mãe (que tampouco a reconheceu - não sabia de onde tinha o livro aparecido. o livro faz parte inclusive de uma seleção onde também se encontra A rendeira (não muito mais célebre, embora seu autor tenha ganho o Goncourt) e O obsceno pássaro da noite. Desses paradoxos vive a literatura e o próprio romance de estréia de Gema, que também transita entre as grandes figuras de uma sociedade decadente e a dúvida essencial de (ela mesma, angela) existir. e depois existir outra vida dentro dela. um ótimo romance quase, digamos assim, sem autor, numa época de tantas (e falsas0 autorias
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