Bru 07/04/2019Um tremendo desastreBem, como começar a resenha do livro Bruxos e Bruxas? Chato? Amador? Irritante? Pois é, ele é tudo isso, sim. Ao menos a meu ver ele é. James Patterson que me perdoe, mas no que ele estava pensando quando escreveu este livro?
A obra conta a história de dois irmãos, Wisty e Whit Allgood, que descobrem serem bruxos, após serem capturados pela Nova Ordem – tipo de poder ditatorial que está dominando a face da Terra. Confesso que não sou muito fã de histórias de fantasia, mas têm algumas que se saem muito bem e acabam me conquistando. Esta, infelizmente, não foi uma delas.
Achei que o escritor se empolgou demais e acabou saindo totalmente da zona verossímil da história. Ele coloca muitos elementos juntos em uma mesma obra, o que acaba deixando as coisas um tanto quanto bagunçadas. A trama não é convincente, ela parece meio desesperada. É uma coisa meio maluca que envolve vários níveis da terra – superfície, terra das sombras, submundo, terra livre… – e várias denominações que categorizam pessoas e animais – curvos, retos e estreitos. E esses elementos todos foram muito mal explicados durante a história.
Além disso, o escritor tem a irritante mania de ficar fazendo paródia de filmes, músicas e livros durante a história. Por exemplo: Harry Potter virou Harry Podre, e Eragon, Edragão. Pelo amor do meu santo Deus, quem em sã consciência inventa uma coisa destas? Parece história de criança escrita da pior forma possível, sem revisão ou qualquer senso de ridículo.
Ainda preciso mencionar o fato de que, lembrando, os irmãos Allgood são bruxos, ou seja, eles têm poderes. Então você se pergunta: que tipo de poderes? E eu digo, o que for conveniente no momento. Como assim? É simples: quando eles precisam de alguém super pequeno para invadir um local específico onde apenas cabe alguém do tamanho de um rato, eles conseguem transformar-se em um. Além disto, eles ficam em chamas sem se chamuscarem, brilham, levitam e controlam coisas. Ah, não posso me esquecer, conseguem trocar magicamente as roupas que estão usando. É como uma comédia de muito mau gosto. Daquelas bem toscas, sabe?
Não tenho muito o que dizer sobre os irmãos bruxos da história, além do fato de que os detestei com todas as minhas forças. Eles tentam ser fortes durante o livro. Protegem um ao outro e em momentos de sofrimento sempre têm uma piadinha para tirar da manga. São sarcásticos e fazem o papel dos jovens inocentes que descobrem ter poderes capazes de salvar o mundo ou morrer tentando. Eu, particularmente, preferia que eles tivessem morrido, assim eu era poupada de ficar lendo as bobagens que eles diziam.
Eu só não abandonei esta leitura, pois queria ter certeza de meus sentimentos pela obra após ter acompanhado toda sua história e ter tido a oportunidade de tirar minhas conclusões. Precisava fazer esta resenha, mas para isto precisava me munir de argumentos que explicassem minha aversão pelo livro. Ao final eu tive a plena certeza que desperdicei boa parte da minha vida em algo que nada conseguiu me acrescentar.
Infelizmente este é um daqueles livros que eu não consigo indicar a ninguém.
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