Resenhas - Holocausto Brasileiro

Rianne.Brito 12/02/2024

Tristeza sem fim
O livro descreve os horrores que aconteceram no hospital psiquiátrico de Barbacena, se é que pode chamar aqui de hospital... a definição exata é campo de concentração. Deveria ser uma leitura obrigatória nas escolas.

Mateus.Risso 11/02/2024

Auschwitz Mineira
Ler "Holocausto brasileiro" é caminhar por uma linha tênue entre a incredulidade e o silêncio. Incredulidade pois por momentos esqueci que os procedimentos e torturas descritas com rigor de detalhes não eram ficcionais (talvez uma maneira de meu cérebro aliviar a absorção dos horrores com que me deparei na obra jornalística).

Já o silêncio, meu principal companheiro no deleite do livro, estava sempre presente conforme avançava no enredo, uma mistura de respeito e compreensão da dor espalhadas pelo Colônia.

Pra fechar, a coletânea de imagens compiladas no livro recheiam todo o horror descrito. Muitas vezes as fotos me causaram mais repulsa que as descrições textuais.

Recomendo o livro pra quem quer algo forte, um livro que exprime uma luta incansável contra as ações manicomiais e que nos ajuda a entender um pouco das discriminações sociais frequentemente convividas.

"Uma sociedade que não conhece seu passado está fadada a repeti-lo"
~ Edmund Burke

Duda França 11/02/2024

Resumo do livro Holocausto Brasileiro, de Daniela Arbex
Olá Guardião da Leitura, tudo bem? O resumo de hoje é de Holocausto Brasileiro, um livro escrito pela jornalista Daniela Arbex, que aborda a triste realidade do Hospital Colônia de Barbacena, em Minas Gerais.

O livro revela a história de milhares de pessoas que foram internadas à força nessa instituição psiquiátrica e submetidas a condições desumanas e tratamentos cruéis. Arbex expõe a negligência e os abusos sofridos pelas vítimas, muitas das quais eram consideradas "indesejáveis" pela sociedade.

O livro traz também imagens que ajudam a ilustrar a terrível situação enfrentada pelos internos do Hospital Colônia, contribuindo para criar uma compreensão mais profunda e impactante da história.

É importante ressaltar que as imagens são utilizadas com o objetivo de conscientização e denúncia, buscando dar voz às vítimas e ampliar a discussão sobre saúde mental e direitos humanos.

Após o fechamento do Hospital Colônia de Barbacena, parte de suas instalações foi utilizada para outros fins, como a criação de um centro de atenção psicossocial. No entanto, grande parte do complexo acabou abandonada e em estado de deterioração.

Inclusive, foi anunciado um projeto de revitalização da área, visando transformar o local em um memorial da luta antimanicomial e em um centro de referência em saúde mental. A proposta inclui a preservação de parte das edificações originais, a criação de espaços culturais e educativos, além de iniciativas voltadas para a promoção da saúde mental e a conscientização sobre os direitos das pessoas com transtornos mentais. E assim o hospício deu lugar ao "Museu da Loucura".

A obra de Arbex é um poderoso testemunho da barbárie vivida por tantas pessoas no Brasil, e serve como um alerta para que tais atrocidades nunca se repitam.

Se você é um leitor que se interessa por essa temática, recomendo a leitura do livro para entender melhor esse capítulo sombrio da nossa história.

Tatiana427 10/02/2024

Holocausto brasileiro
Um livro que todos os brasileiros deveriam ler... Nele Daniela com o apoio dos sobreviventes, funcionários , psiquiatras e fotógrafos que participaram desde fato histórico, traz um recorte das atrocidades que aconteceram durante o período de oitenta anos em Barbacena , Minas gerais no Hospital psiquiátrico Colônia de Barbacena ocasionando a morte de 60 mil internatos.
Os pacientes em sua maioria eram negros, pessoas em situação de rua,
mulheres que tiverem uma gravidez fora do casamento, homossexuais , pessoas com deficiência e inimigos políticos, com o tempo passou a receber crianças ou seja os indesejáveis para o “padrão “ aceito para sua época, principalmente vindo do Rio de Janeiro para uma limpeza social ,onde os tratamentos no Hospital Colônia foram comparados aos de um campo de concentração devido a desumanização , muitas
mortes ocorreram devido a fome, falta de recursos, agressões , uso de materiais não descartáveis, tratamentos com eletrochoque ,esgoto aberto, convívio com ratos e pombos, em uma gestão precária com um exemplo de um médico para quatrocentos pacientes , profissionais incapacitados , onde até mesmo os próprios pacientes cuidavam uns dos outros e da “limpeza” e organização desde caos.

São histórias chocantes, desde a venda dos corpos para universidades, até a separação familiar, recortes desta historia podemos assistir no documentário de mesmo nome disponível em: https://youtu.be/jIentTu8nc4?si=ojJSJFNbIxYhw8iQ

Assim como todo esse movimento se deu inicio para manifestos antimoniais no Brasil, É importante destacar que a Reforma Psiquiátrica no Brasil é um processo contínuo e ainda está em andamento, pois infelizmente continua enraizado em algumas mentes que encasulando o indivíduo se resolve de “problemas”. Ela reflete uma mudança de paradigma na abordagem da saúde mental, priorizando a inclusão, a
cidadania e a qualidade de vida das pessoas com transtornos mentais em oposição ao modelo tradicional de hospitalização prolongada.
Precisamos refletir e tomar ações para melhorias.
#holocautobrasileiro #danielaarbex #psicologia #livrospsicologia

alicepachecons0 08/02/2024

A leitura desse livro é carregada de emoções, como raiva, tristeza, incredibilidade e pesar. A história do Colônia é muito pesada, e um inferno para aqueles inocentes pacientes que tem marcado em suas mentes e corpos o trauma de sobreviver naquele lugar. Acho que O Holocausto Brasileiro é um choque da realidade do país, da psiquiatria, medicina e sistema de saúde brasileiro.

Stephanys27 08/02/2024

Que tristeza foi ler esse livro, um misto de angústia e revolta.
Um relato impressionante, muito cru e bem escrito, e as imagens então... Deixa tudo mais real e sofrido.

turquenay 05/02/2024

Triste!
Um livro muito triste, que contextualiza tudo o que rolou no maior hospício do Brasil,. Me vi perdida em lágrimas em diversos momentos, em choque em como um ser humano seria capaz de realizar as atrocidades que eles faziam com as pessoas naquela época. Nada a declarar sobre a escrita da maravilhosa Dani Arbex. Muito bom, de fácil entendimento!

LilyaSantos 04/02/2024

Há alguns anos comprei esse livro , e sempre fui passando , pq achava muito pesado !
E realmente é um livro denso, tem que respirar, tem q se afastar algumas vezes!
E pq ler então ?!? Pq esse mal foi causado por nós enquanto sociedade, e ainda hoje, nos ronda!
Outra parcela da população, invisibilizada, esquecida , ignorada !!!
Viajamos milhas e milhas para nos horrorizar e compadecer com as atrocidades do Nazismo, e fechamos os olhos, para os nossos holocaustos!
Ignorar o assunto , tb nos faz cúmplice de qualquer atrocidade !

Bruna 04/02/2024

18/5-Dia Nacional da Luta Antimanicomial
Um livro essencial para o entendimento da importância da luta antimanicomial,as histórias de pessoas que foram silenciadas por anos que tiveram vidas ceifadas com tanto sofrimento.Uma ótima escrita de Daniela Arbex que indico para todos lerem e entenderem sobre fatos "escondidos"até hoje no nosso país.

Suellen.Alves 01/02/2024

Holocausto Brasileiro
Quando vi o título deste livro pela primeira vez fiquei impressionada e um tanto quanto arrisca, afinal somos ensinados desde cedo sobre o holocausto judeu e usar essa palavra para descrever qualquer outra coisa me parecia muito difícil. Após terminar a leitura, percebo que ela cabe muito bem na situação.
Os horrores de Barbacena, as tentativas dos políticos, médicos e demais profissionais da saúde de desprezar todo e qualquer tipo de humanidade naquelas pessoas e a força de poucos para mudar todo um sistema foram muito bem descritas pela autora.
É impressionante como essa tragédia ficou tanto tempo escondida. Faz parte do passado Brasileiro e todos deveriam saber dela. Para que não mais se repitam esses acontecimentos.
Um excelente livro com uma terrível história, infelizmente, verdadeira.

mariajailza 31/01/2024

Tem que ter estômago
Sou arquiteta e trabalho em Campinas e tive a oportunidade de visitar o Hospital Psiquiátrico Dr. Cândido Ferreira. Fundado em 1924, o hospital só adotou o modelo de tratamento humanizado da Reforma Psiquiátrica em 1990, transformando-se de um hospital fechado para um provedor de serviços comunitários de reabilitação psicossocial. Essa transição promoveu a inclusão e tratamento dos usuários na sociedade.

Durante a visita, explorei uma parte que funciona como um museu, exibindo instrumentos outrora utilizados para torturar os pacientes sob a denominação de tratamento. Há também uma sala preservada, mantida com arranhões nas paredes e portas da época.

O hospital abriga um pátio conhecido como "Pátio dos Pelados". Após essa experiência, meu interesse pelo tema cresceu, levando-me a ler o livro "Holocausto Brasileiro". No entanto, percebi que nenhuma preparação é suficiente para lidar com tal crueldade, evidenciada por imagens chocantes.

O mais alarmante é reconhecer que essas atrocidades se repetiram em várias cidades do país. Recentemente, ouvi pessoas lamentando a falta de internações em hospitais psiquiátricos, considerando o ser humano como descartável.

É crucial lembrar desses episódios horrendos, pois, sem a lembrança, há o risco de repetição.

Huandel 29/01/2024

Quando estudamos na escola sobre o Holocausto durante a WWII, não imaginamos que situação parecida ocorreu em solo brasileiro. Segregação, morte e desumanização são características dos relatos apresentados neste livro. Causa impacto, tristeza e revolta.

Fabiane Caetano 29/01/2024

Sinceramente, sem palavras.

Eu não sabia desse episódio na história brasileira, acho que nunca falaram sobre isso nas aulas de história, pelo menos não tão abertamente a ponto de me chocar.

Eu estou apavorada, é de uma crueldade sem explicação.

Kiria.Simoes 29/01/2024

Holocausto Brasileiro
Pra quem já conhece a Daniela sabe como seus livros são dilacerantes, acredito que por se a jornalista incrível que é ela consegue passar o leitor a dor que seus livros traz, mas é aquela dor necessária sabe, a dor que nos levará a luz, para que possamos ver o passado com riqueza de detalhes e fortes sentimentos.
Ler esse livro foi difícil pra mim, tenho ela a mais de 10 anos e nunca tirei da estante para leitura, sempre passando outros na frente, inclusive outros da autora, ler esse aqui foi dor do começo aí fim, mesmo quando tinha breves momentos de alegrias ao ver que determinado paciente da colônia consegui, a dor estava logo em seguida ao ver tantos outros milhares que não conseguiram.
É difícil ler a loucura do homem, e eu não digo isso dos pacientes da "colônia" e sim daqueles fechavam os olhos para tanta desumanidade.
É visceral ler sobre pessoas, seres humanos, vivendo em situações tão insalubre na vida.
Não posso descrever esse livro como leitura fácil, ele vai te dilacerar, fazer com que milhões de questionamentos sejam levantandos por você, sobre a vida, a humanidade, mas ele é de extrema valia e vale cada visgada de dor que vai ter ao ler.

Geovana.Gomes 27/01/2024

Gostei muito de conhecer a história do Colônia, local onde mais de 60 mil pessoas morreram. Gostei mais ainda do trabalho impecável da Daniela de dar nome e voz aqueles que aparecem no livro, mas também a aqueles que não aparecem nominalmente no livro, mas também têm sua história contada através dos relatos e fotografias trazidas pela autora no livro.
Acabei retirando meia estrala do livro porque acho que foca um pouco em contar a história dos que ajudaram a mudar a visão da psiquiatria do Brasil, são pessoas importantes no contexto no livro, mas acho que eu não precisava saber por meio desse livro que o fotografo Luiz Alfredo esteve no mesmo carro que Fidel Castro, por exemplo.