Holocausto brasileiro

Holocausto brasileiro Daniela Arbex




Resenhas - Holocausto Brasileiro


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Anny 14/04/2024

A obra de Daniela Arbex é um choque logo nas primeiras páginas, para não dizer na própria capa!

O livro é um grande relato sobre o Hospital Colônia de Barbacena, em Minas Gerais, que funcionou como um campo de concentração para pacientes com doenças mentais ao longo do século XX.

A autora expõe a história por meio de relatos, contextualizando com a política da época e com uma coleção de fotos angustiantes. No livro vemos uma série de crimes contra a humanidade, os pacientes viviam em condições desumanas e sofriam uma séria de abusos, além da negligência da sociedade. Esta não só fechava os olhos para o que ocorria no hospital, como incentivava a tua existência por meio da capitalização dos corpos das vítimas e o uso do local como sentença de morte para os considerados excluídos.

Holocausto Brasileiro é uma leitura essencial para quem gostaria de entender melhor como no passado já foi tratada as questões de saúde mental e direitos humanos. Daniela Arbex foi corajosa em confrontar tais verdades e publicá-la, como tantos outros que foram citados no livro, para que sejam evitadas tais atrocidades novamente no futuro.
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Bibi Blaiso 14/04/2024

Esse livro mexeu demais com a minha cabeça. Quantas vidas retiradas, quantas pessoas obrigadas a saírem do convívio social por pura e simples ignorância. Um livro necessário que nos faz pensar sobre cuidado e respeito e amor ao próximo.

"No hospício, tira-se o caráter humano de uma pessoa, e ela deixa de ser gente. É permitido andar nu e comer bosta, mas é proibido o protesto qualquer que seja a sua forma."

Daniela Arbex, simplesmente, foi impecável nesse livro.
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allenccino 14/04/2024

Chocante e real
O livro retrata a triste realidade de como problemas mentais eram tratados no começo do século XX. Pessoas era mandadas para o manicômio sem prescrição médica muitas vezes por motivos banais como: traição, herança, timidez etc. Dentro do manicômio conhecido como Colônia acontecia as piores barbaridades e pessoas eram tratadas de forma desumana, muitas adquiriam problemas mentais ao entrar na instituição devido aos maus tratos sofridos.
Muitas vezes tive que parar a leitura porque realmente era muito pesado mas eu recomendo demais, pois muitos, como eu, não sabiam dessa tragédia, e muito menos que ela aconteceu aqui no Brasil.
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Marina516 11/04/2024

Que livro!! Me faltam palavras para elogiar a autora por uma obra tão grandiosa como essa. Daniela foi sensacional ao retratar essa parte obscura da história brasileira. Livro nota 1000,recomendo muito!
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Thomas132 10/04/2024

Queria conseguir colocar em palavras tudo que senti lendo este livro, mas é realmente impossível, Daniela Arbex é uma escritora e jornalista incrível, sou realmente fã do trabalho dela.
Aos que pretendem iniciar a leitura deste livro, aproveitem! pois a sensação de ler e imaginar é única ( e dolorosa)
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FerP 10/04/2024

Não existem palavras para descrever o talento da Daniela, esse livro é um retrato do seu trabalho incrível! A cada capítulo eu tive que fazer uma pausa para respirar, é impossível não se emocionar com a história.
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Karol.Rocha.Balzon 10/04/2024

Uma obra forte e dolorosa, mas necessária
Um genocidio que matou 60 mil pessoas. Pessoas com sonhos, vidas, amores.
Um genocidios que nos sobreviventes, deixou marcas que nunca serão superadas.
Um genocidio que ocorreu com o aval e consciencia do Estado, de Universidades de Medicina, de parte da imprenssa e de profissionais de saúde e cuidado.
Um genocidio que dizimou o direito a cidadania, a saúde, ao cuidado, a liberdade, a educação, a uma vida digna e principalmente a vida, a milhares de seres humanos.
O livro de Daniela Arbez reforça premissa histórica de lembrar para nunca mais esquecer e principalmente para nunca mais repetir.
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Psimuel 09/04/2024

O compromisso histórico de uma geração.
Os psiquiatras e psicólogos presentes nessa história se depararam com o Colônia em seu auge, e mesmo assim encontraram formas de enfrentá-lo, de substituí-lo e de fechar suas portas. Foucault e Basaglia presenciaram esse horror, Paulo Amarante foi e é o nome centralizador dos debates da importância da saúde mental substitutiva a esse modelo assassino, e como ele bem nos lembra, não é possível reformar o manicômio e nem a suposta ciência que esteve por de trás da sua criação.
Vivemos um momento de contrarreforma psiquiátrica, os setores reacionários voltam a defender a internação seja pelo manicômio reformado que eles chama de hospitais e clínicas psiquiátricas, ou pelas comunidades terapêuticas, muito delas de viés religioso. Esse movimento é reconstruir os muros do pavilhão Afonso Pena bem diante dos nossos olhos.
O compromisso histórico da nossa geração de trabalhadores de saúde mental é parar esse retrocesso e lutar pela ampliação da Rede de Atenção Psicossocial.
A lendária geração anterior a nossa fechou os portões do manicômio e destruiu os seus muros, é inconcebível que a nossa permita que esses muros voltem.
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Josie 08/04/2024

Eu gosto de livros reportagem. Eu gosto de Truman Capote, que fez um trabalho incrível em A sangue frio, e eu gosto dos temas de conflitos humanos. O livro da Daniela Arbex, porém, não entregou tudo que dele eu esperava. Não sei explicar... achei superficial.
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Lua 08/04/2024

Sem palavras para tamanha revolta, é inacreditável tudo isso.
e pensar que apesar dos livros, dos artigos, dos documentários, ainda é uma história silenciada, que poucos sabem.
livro surreal e pesado, tantos relatos revoltantes e tristes...
cerca de 60 mil pessoas morreram, mas tenho certeza que foram muito mais, nos famosos "porões da morte".
quantas histórias apagadas, realmente muito triste.
e pensar também, que ainda não é uma luta ganha! a gente tem muito que lutar ainda pelos preconceitos acerca de doenças mentais e tratamentos humanitários.
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Bruna2188 08/04/2024

Forte.Emocionante e Brutal
O holocausto brasileiro 5???
A vergonha brasileira, ou melhor, uma delas.
Nosso país tem o costume de arquivar,silenciar e esquecer tragédias de forma latente. O hospital psiquiátrico de Barbacena é um deles, tamanho horror passou anos esquecido no interior de Minas Gerais. Sendo a política higienista do século XX a responsável por colocar pessoas com transtornos mentais, meninas estupradas, jovens depressivos e principalmente pessoas em SÃ consciência para viverem nos campos de concentração da loucura.
A desumanização, a supressão de direitos, os maus tratos, o uso negligente de medicamentos e a utilização de eletrochoque foram o cenário do holocausto brasileiro.
60 mil pessoas não tiveram o direito de contar a sua história e muito menos de viver em liberdade e o nosso país carrega essa culpa.
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Isabella 07/04/2024

Holocausto Brasileiro, de Daniela Arbex
Uma das leituras que mais me marcaram. Já havia ouvido falar da história do Colônia antes, mas nem de perto imaginava tanta barbárie. A leitura dessas páginas por vezes é tão cruel, que mais parece ficção. Essencial relembrar esse passado trágico e sombrio do nosso Brasil, para que novos episódios não aconteçam. Essencial a oportunidade que Daniela deu aos sobreviventes que, após anos de anonimato, tortura e isolamento, finalmente tiveram voz para denunciar as atrocidades vivenciadas em mais de 50 anos de confinamento.

Trabalhos de pesquisa e escrita impecáveis, que renderam a autora os prêmios Jabuti e APCA. Sem palavras! Livro que todo brasileiro deveria ter a curiosidade de conhecer.
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bella 06/04/2024

Muito além do cruel
Completamente impactada com a história e o trabalho de Daniela Arbex. Capítulos de tirar o fôlego e que em momento algum utilizaram de qualquer eufemismo para que a leitura não fosse tão dura.
Uma atenção especial ao último capítulo do livro que encerrou a obra com o alerta de que a sociedade ainda trata pessoas como moradores do Colônia. Internação compulsória não pode ser uma possibilidade.
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Vício Cult 05/04/2024

Uma verdade dura de se encarar.
As vezes fatos nos chocam por sua realidade crua e imoral muito mais do que a ficção. Esse viés nos mostra que o chamado 'mundo real' é muito pior e que de fato foi ele quem inspirou os medos ficcionais. Assim é Holocausto brasileiro (2019, Intrínseca - originalmente 2013).

Barbacena - MG, 1903. Era fundado o chamado Hospital Colônia. Um complexo que agregava sete instituições manicomiais muito famoso. O clima maravilhoso da localidade, diziam os especialistas da época, era propício para o tratamento da tuberculose, logo depois também para pacientes psiquiátricos.

Sua estrutura foi construída sobre a antiga ''Fazenda da Caveira'' dada de presente ao traidor inconfidente Joaquim Silvério dos Reis pela delação aos seus companheiros (inclusive Tiradentes).
A instituição foi arrendada pelo Estado e à partir daí, os horrores deram início. Multidões foram encaminhadas ao Colônia entre 1930 e meados de 1980. O local tornou-se um sumidouro de gente. Pacientes psiquiátricos, indigentes, alcoólicos, prostitutas, gays, mães solteiras, vítimas de estupro, desafetos políticos foram abandonados à própria sorte sem amparo legal. Muitos, abandonados pela própria família. Outros, levados pela polícia após uma noite de bebedeira sem o devido processo judicial. Pena capital?

A autora Daniela Arbex usou uma linguagem entre o jornalismo e as crônicas e valeu-se do material deixado pelo jornalista Luiz Alfredo da revista 'O Cruzeiro', mas, diferente das reportagens que mostravam a degradação humana, Daniela foi em busca dos sobreviventes desse holocausto que estima-se, vitimou mais de 60.000 pessoas!

Os relatos são doloridos, revoltantes. O livro é uma prova de que a maldade humana e a falta de compromisso do poder público pode gerar mais destruição do que se imagina.

O livro (segundo lugar do Jabuti) inspirou um documentário homônimo. Mas existem outros relatos audiovisuais sobre o assunto que não pode ser esquecido.
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Itslayssa 05/04/2024

Necessário e cruel.
Que leitura impactante.

Eu não fazia ideia de que algo assim tinha acontecido no Brasil.

Não é uma leitura fácil. Chorei muito enquanto lia os relatos e analisava as fotos. Quantas vidas ceifadas pela arrogância do homem.

Dói demais pensar em tanto sofrimento, sonhos perdidos q esse povo teve. Muitos ali eram 100% lúcidos! Foram jogados naquele inferno por não se encaixarem nos moldes da sociedade doentia.

Não vou nem comentar sobre a política pq isso geraria páginas e mais páginas de xingamentos.

5 estrelas, favoritado.
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