Se um dia eu voltar

Se um dia eu voltar Natalia Lenhard




Resenhas - Se um dia eu voltar


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Lina DC 09/11/2013

"Se um dia eu voltar" é um livro dividido em duas partes: na primeira parte do livro, temos a história de Jacob e Hanna, desde o momento em que se conheceram na Europa em 1942 fugindo do campo de concentração. A história dos dois é emocionante, cheia de momentos tristes e felizes. Fala de superação, amor, fé. Os dois são personagens incríveis, com personalidades cativantes e honradas, sempre preocupados em fazer o bem e serem boas pessoas. A trama conta a sua migração para o Brasil, junto com algumas outras pessoas que passaram pelos mesmos sofrimentos que os dois e que tornaram o grupo próximo. E também conta a história do casal ao chegar à fazenda do seu Antônio Silva e sua esposa, Eloísa, pessoas encantadoras, que realmente se preocupam com o bem-estar de todos os funcionários da fazenda.
Conforme a trama avança, vamos acompanhando o crescimento de ambas as famílias, os bons momentos e os momentos tristes. Jacob e Hanna têm diversos filhos e a sua mais nova Karin irá protagonizar a segunda parte do livro.
A segunda parte do livro deixou a trama um pouco confusa. Primeiramente porque Karin é perfeita demais: muito inteligente, bonita, esperta, sempre correta, não comete erros. Mas é muito precoce e fica difícil acreditar em algumas situações passadas por ela com 15, 16 anos no final da década de 60 e início de 70. Infelizmente algumas situações ocorrem com a sua família e Karin começa a trabalhar como modelo para conseguir dinheiro. Durante um ensaio em um navio, ela fica presa com um grupo de pessoas em uma ilha. Algumas cenas são pouco críveis, como a cena em que Karin e mais duas pessoas resgatam tantas coisas no navio naufragado para viver com conforto na ilha. Além disso, a narração alterna entre terceira pessoa e a visão de Cintia, uma amiga de Karin que está na ilha com ela. Como Cintia é uma personagem secundária, fica confuso ter a narração sob o seu ponto de vista, especialmente em situações em que ela não está diretamente envolvida.
No geral, as duas histórias são boas, mas são tão diferentes uma da outra que o leitor tem a impressão de estar lendo dois livros.
Em relação à revisão, diagramação e layout foi realizado um bom trabalho. Foram encontrados alguns erros de grafia e digitação, mas nada que interferisse na leitura. A capa é simples, mas muito bonita, traz ao leitor uma sensação de paz.
Fredy 08/02/2014minha estante
Eu comprei o livro, li e adorei. Minha mãe também o leu e amou. Ela inclusive disse que a história poderia se transformar em novela ou filme. Realmente são 2 histórias diferentes, mas eu senti de formas a primeira ser a explicação da segunda. Do tipo. Os pais ensinam aos filhos a serem boas pessoas. Quanto a amiga Cintia, lembro que em um trecho li que Karin ficava horas contando coisas da mitologia, bem como assuntos dela para a amiga. Senti que eram muito próximas, uma vez que trabalhavam juntas. Quanto a alguns erros, são perfeitamente aceitáveis. Cheguei a ler em livros de escritores de renome coisas bem absurdas. Enfim, eu e minha mãe adoramos. Minha namorada está lendo e também está gostando.


Bell Moraes 11/02/2014minha estante
Gostei bastante da história do livro.

A primeira parte foi a minha preferida, creio eu que isso se deva a minha paixão por história. Me emocionei com a força de vontade de cada personagem, todos sobreviventes e carregados de fardos e vitórias.

Sobre a segunda parte, no primeiro momento, talvez a protagonista pareça perfeita demais. Mas ela foi criada exatamente desta forma e acredito que seja somente uma pessoa bondosa. Essa foi a sensação que tive.
No mundo de hoje, é difícil imaginarmos pessoas altruístas como ela (ainda mais com tantos atributos), mas não é impossível. É até animador pensar no fato.
As paisagens descritas no livro são belíssimas. Te levam a um mundo que beira a magia, apesar de não ser este o caso. Gosto muito de paisagens bem descritas e a autora conseguiu fazer isto muito bem.

Sei que quando o livro não é intitulado ficção buscamos uma história mais próxima possível da realidade. Mas por que não sonhar um pouco? Mesmo preferindo a primeira parte do livro, a segunda não me desagradou.

Recomendo o livro. A vantagem é que se ganha dois romances em uma única edição. :D


Lina DC 25/02/2014minha estante
Oi Bell, oi Fred, tudo bem com vocês?
Não sei se me expressei mal, mas não estou dizendo que as histórias são ruins, apenas que na minha opinião elas não combinaram muito bem e me passou a impressão de estar lendo dois livros. O que eu acredito que aconteceu é que faltou algo que ligasse de maneira mais consistente as histórias. As duas histórias são muito boas, porém quando vejo a obra como um todo, o livro não é coeso.


Elida 12/08/2014minha estante
Carolina, eu simplesmente amei o livro. Entendi de formas a: Os sofrimentos dos pais de Karin foram passados aos filhos para que estes fizessem um mundo melhor e fossem pessoas melhores. Posso estar enganada e será que devo reler com o um olhar mais crítico? Mas também ser crítica literária não é minha ambição. Leio porque gosto e quando gosto, eu gosto. Um dia num livro do Harold Robbins li uma descrição de avalanche de neve no Amazonas. Erro de pesquisa? Fantasia do autor? Uma premonição do futuro? Vá se saber. Mas gostei e recomendo. - Elida Flores - Pr


Darci.GonAalves 27/03/2016minha estante
Eu li e amei o livro. Como quase todos os livros que se lê, tem sim partes que poderiam ser suprimidas. Mas no global senti que a escritora quis passar a mensagem de que se pode crescer ajudando o próximo. Se me permitem um aparte, penso que as leitoras Platina23 e Laura conhecem a leitora e tem algo pessoal contra ela. Pois em nenhum momento senti o que elas descreveram. Principalmente em questão do preconceito. Se acham que o livro é cheio de preconceitos, não leram a dedicatória do livro que deixa bem claro a mensagem que em nenhum momento há preconceito no livro. Uma vez que os empregados todos eram nordestinos e um somente se mostrou um vilão, não poderia ser de outra região. Lembro que a Senhora Soares no início do naufrágio também não foi um anjo de candura.

O livro é muito bom, inclusive recomendei a meus alunos. Recomendo.

Emocionada
Darci Gonçalves




Platina23 03/07/2014

Não desejo esse nem pro meu pior inimigo
Comprei o livro numa promoção da Saraiva já a algum tempo, achando que era um livro pequeno e com uma história de romance fofinha e bem água com açúcar. Qual não foi minha surpresa quando ele chegou e possuía nada menos que 600 páginas. Deixei ele de lado até o último Escolha Um do blog onde ele ficou em primeiro e agora recebe a minha crítica.

O livro começa com um prólogo contando sobre pessoas que sobreviveram a um naufrágio e estão habitando uma ilha, aparentemente deserta. Nessa parte ela descreve belas paisagens e um pouco sobre o que estava acontecendo, mas não muito para tentar gerar um suspense.

Depois dessa primeira cena somos levados até a Alemanha em 1942, em plena 2ª Guerra Mundial. Somos apresentados a Jacob Hemman, que se uniu a uma força rebelde e invade um campo de concentração em busca da sua família que foi capturada. Lá ele encontra Hanna, um detenta que o informa que a família toda foi fuzilada a sangue frio. Jacob fica louco por vingança, mas Hanna o ajuda a manter a calma e foge junto com ele.

Eles pegam um navio e chegam ao Rio já casados, com amigos recém-formados na viagem de vinda e com grandes esperanças para a nova terra. Ao chegarem na cidade eles vão junto a todos os tripulantes para um local onde fazendeiros das proximidades estão contratando pessoas, lá eles conhecem Antônio que os contrata prometendo uma casa, comida e um salário justo. Jacob e Hanna resolvem aceitar essa proposta e juntos vão para a Fazenda Boa Esperança, e passam os melhores anos de sua vida.

Essa primeira parte tem como ponto positivo a questão das experiências e da questão sobre o nazismo e como isso massacrou judeus e a relação do Brasil com a 2ª Guerra. Tudo que nos é dito sobre o campo de concentração e o modo como as mulheres eram tratadas, que é o que Hanna nos informa, gera uma carga emocional muito forte. Além das boas referências históricas. Mas os pontos positivos param por aí, infelizmente.

Todos os personagens são um exemplo de pessoa, o dono da fazenda e a sua esposa são todos amigos dos trabalhadores, os ajudam , emprestam dinheiro, dão casa pra eles, dão comida, não cobram nada, não existe discussões, não existe corpo mole, nada, nem uma imperfeiçãozinha sequer. Nem parece ser humano de verdade. E isso realmente me irritou.

Além é claro daquela imagem que a autora dá de que "Na minha época isso não acontecia", onde o roubo, a corrupção, a maldade e a desconfiança parecem ter sido inventadas tudo apenas no século 21, nunca antes acontecia estupro, assalto, sequestro e coisas que a gente vê na Tv agora. Realmente a autora criou uma sociedade utópica dentro dessa pequena fazenda.

Mas tudo bem, fui levando o livro, com suas descrições de lugares longas, diálogos enfadonhos e falta de descrição física por parte dos personagens( pra mim todos pareciam iguais, não tinham personalidade). Atá que a nossa protagonista [finalmente] chega para roubar a cena, Karin, filha de Jacob e Hanna. Ela é alta, magra loira e bela, não tem distúrbio de personalidade, é boazinha, bate em ladrão, gasta quase que metade da sua fortuna com caridade, uma verdadeira Miss Universo judia. Ela é tão, mas tão perfeita que eu acabei torcendo para a vilão ganhar no final e não ela! (Obs.: Eu posso até gostar de um vilão, mas nunca concordo com seu ponto de vista e torço por ele.)

Daí a autora fica repetindo e repetindo as mesmas coisas a cada duas palavras ou gestos, deixando a leitura cansativa e entediante(tinha tanta coisa inútil que poderia ser tirada e reduziria o livro por menos que a metade do seu tamanho original). Ela até tentou dar uma agitada nas coisas lá pelas 200 páginas, mas eu já estava de mau com o livro e nem me importei muito. Depois disso nossa perfeita Karin decide virar modelo para conseguir mais dinheiro usando todo o seu charme.

Depois disso a autora escreve sobre basicamente cada dia na vida de Karin( sem deixar nada, NADA, passar), até o naufrágio que a leva junto com um grupo de tripulantes a ilha mostrada no prólogo. Você pega e acha que será igual ao Náufrago ou A Lagoa Azul, mas não, Karin é tão incrível que ela consegue pegar um kit de mergulho e volta para buscar diversas coisas( quando digo diversas, estou dizendo o que você leva para uma viagem na sua mala) no navio junto a dois outros rapazes que a ajudam a carregar tudo de volta para a ilha e a transformar essa ilha numa espécie de spa de luxo exótico! Nessa ilha eles encontram: cavalos, bois, ovelhas, galinhas, uma mini fazenda abandonada, um lago, e até um antigo presídio que os oferece luz elétrica!

Eu realmente estava imaginado um ser humano naquela situação e ele provavelmente não construiria uma escola nem seis chalés para cada um viver no conforto de uma civilização! Sério, parecia que todo lugar que Karin aparecia o mundo se enchia com coelhinhos e corações e todos os possíveis problemas desapareciam. Eu me senti lendo um livro infantil que tentava explicar o mundo adulto como algo maravilhoso e acolhedor, onde você pode confiar em qualquer estranho que se intitula fotógrafo só porque ele tem um sorriso bonito!

A pior era quando ela resolvia discutir sobre sexo ou sobre religião. Me senti ofendida quando ela soltou a seguinte frase:
" -Mas o padre a gente pode dobrar melhor do que um rabino." p. 544
Eu poderia discorrer outro texto sobre isso, mas não vou porque acho a frase bem auto explicativa. Tão explicativa quanto: ao invés de se contar a verdade sobre sua sexualidade, um cara ser gay por exemplo, você simplesmente se casa com alguém que é lésbica, por exemplo, para manter as aparências. Realmente, essa é a Karin não preconceituosa e exemplar que a autora nos mostra, que até mesmo xinga o "amigo" por conta da sua orientação sexual.

Enfim, o livro é péssimo! Cheio de erros, a cada duas páginas eu lia letras repetidas, sinais faltando ou no lugar errado, palavras escritas errado, textos inteiros em Itálico, dentre outros que me fizeram agradecer por eu ter gasto tão pouco no livro. A história tinha um ótimo potencial e foi tudo jogado no lixo para se tornar uma história de superação e amor ridícula. Os personagens eram fracos em tudo e o enredo era entediante. Resumindo: Não consigo achar algo que eu verdadeiramente tenha gostado ou achado no mínimo aceitável.

site: http://livrosenipon.blogspot.com/2014/07/resenha-se-um-dia-eu-voltar-natalia.html
Marcilene 12/07/2014minha estante
Também senti que estava lendo um livro infantil, e em todas as páginas a autora descrevia os personagens como viveram felizes para sempre.


Platina23 12/07/2014minha estante
Exatamente Marcilene, essa era a sensação, e o pior era a forçada q ela dava pra tentar parecer adulto. :/


Elida 12/08/2014minha estante
Pois eu amei o livro. Romance histórico que passa informações que poucos conhecem. Consegui fazer parte da trama. Amei, ri, vivi e chorei junto com os personagens. Fez com que me sentisse num mundo de fantasias onde pessoas são boas e confiáveis. Onde ajudam uns aos outros sem egoísmos. Se na ilha perdida conseguiram conforto reciclando coisas, lembrei do Magaiver que de um sabão em pó fazia explosivos. Karin era a perfeição em pessoa. Levei isto como, ela era super dotada que seguia rigorosamente os ensinamentos dos pais e sabia que precisava fazer a sua parte para se ter um mundo melhor. Um dia se Deus quiser, conseguirei falar com o autor e ver se foi isto mesmo que quis dizer. Bom, cada um interpreta do seu jeito. E eu recomendo. Elida Flores - PR


Jamile 15/01/2015minha estante
Caramba, nem terminei de ler o livro, mas concordo plenamente. Definitivamente um mundo de fantasias onde tudo são flores. Caramba, a autora construiu uma personagem tão perfeita que chega a me dar ânsia de vômito... então, por isso não consigo terminar este livro, faz mais de semanas já que comecei a ler,




Laura | 26/11/2014

O presente perfeito para o pior inimigo!
Com certeza é de longe o pior livro que já li! A história é arrastada, banhada de preconceito por todos os lados (principalmente na parte que fala de Sebastião, um nordestino que não tem nada e só queria melhorar de vida e no desenrolar da história aparece como um vilão!).
A personagem principal é perfeitinha demais, e a autora arrasta partes que poderiam ser mais simplificadas e atropela as que poderiam ser detalhadas.
Bem, quando se vê um livro com 599 páginas, ou é muito bom, ou é péssimo, foi o caso de "Se um dia eu voltar". Só li até o final como forma de castigo, por que confiei só na sinopse. A história é super clichê e quem conta é uma personagem secundária, dando uma boa enrolada em tudo! Sinceramente, detestei!
Stefani 08/12/2016minha estante
Nossa amiga depois dessa resenha eu quero distancia desse livro kkkk.
Amei a resenha amiga, continue resenhando, vc escreve super bem ;-)


Laura | 09/12/2016minha estante
Obrigada, Stefani! Vc q é uma fofa :))




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