Erinia1 31/01/2024
Não me importo com quase ninguém... Só com o doguinho
Jorg é... um personagem que as vezes desperta uma vontade louca de vê-lo morto, ao mesmo tempo te faz torcer para que ele não morra e mate todo mundo.
É complicado expressar.
Foi a primeira vez que tive contato com uma narrativa em primeira pessoa, foi boa, porém, as falas dos personagens não começavam com o típico travessão(?), ao invés disso o autor utilizou aspas(" ") para indicar quando um personagem começava e terminava um diálogo, o que, de início, me confundiu bastante pois eu pensei que se tratava de citações. Mas depois de três ou quatro páginas me adaptei bem.
É difícil engolir que uma criança de 14 ANOS de idade conseguiria LIDERAR uma gangue de mercenários. Sério mano! É pedir pra deixar o botão do fod4-se ligado o tempo inteiro.
Com certeza a parte mais absurda do livro foi o Jorg entrar num put3iro e ter relações sexuais com uma prostituta ANOS MAIS VELHA. Só que essa cena em especial foi descrita de uma forma... como eu posso dizer?... foi bem incômoda para mim, pois era um menino "bem dotado" e "mandando ver" com uma mulher adulta.
Depois de comprar esse livro aleatoriamente foi que resolvi assitir no YouTube pessoas fazendo críticas sobre, e uma coisa que se destacou era o aviso das narrativas em primeira pessoa. Temos o "ponto de vista" do personagem e de mais ninguém. Mas o ponto de vista do Jorg chega a ser insuportável. Não há grandes desenvolvimentos dos outros personagens, tanto que eu não me importo com nenhum deles... só com o cachorro que cruzou o caminho da gangue.
Jorg odeia tantas pessoas que eu ficava na dúvida se ele realmente já sentiu amor pela mãe e pelo irmão, por que esse menino desde sempre carregava pensamentos maduros de vingança e usurpar o pai. Contudo, devo elogiar a ideia de Lawrence em deixar migalhas de como Jorg abandonou a corte, tornou-se um criminoso, depois líder deles; uma escolha muito boa já que ele tinha intensão em fazer uma trilogia.
O mundo fantástico criado é bem colocado, disso eu não tenho que reclamar. Aqui não temos páginas com explicações inteiras de como tudo ficou destruído, ou os seres que habitam tais locais. Os personagens comentam algo, depois outro, e outro, assim se pesca a dica e junta o quebra cabeça. Perfeito!
Por fim, Mark peca em não desenvolver muito bem seus outros personagens e acerta tão bem em sua narrativa, ele detalha bem os cenários e cenas de luta, ao mesmo tempo que fez um personagem com atitudes duvidosas que eu quero acompanhar até o fim da trilogia.
Ps 1.: Se o Jorg bolou um plano para entrar em um grupo de mercenários, além de acabar por ser líder deles. Então, porque não continuou sendo príncipe na corte até conseguir degolar seu pai?
Ps 2.: Ah, não posso esquecer dela! O par romântico mais sem sentido do mundo. Mark Lawrence jogou aquela ruiva no livro pra atiçar o lado stalker/pervertido do Jorg. Só pra isso que a Katherine serve (ser incrivelmente escultural e ativar o libido dos homens)... No final eu não me importo com ela também.