Pornopopéia

Pornopopéia Reinaldo Moraes




Resenhas - Pornopopéia


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40 28/06/2021

Não, não é um livro sobre pornografia. Quase. É a história de um homem de meia idade, ex-cineasta, metido a underground beatnik, cheio de referências literárias, musicais e cinematográficas (a única coisa que se aproveita), invariavelmente bêbado, pronto pra devorar mulheres. O típico homem intelectual descoladão da década de oitenta/noventa.

90% de qualquer coisa que o Reinaldo Moraes escreve é uma ode espermatoverborrágica ao próprio pinto ou ao pinto alheio. Fico pensando em como já fui fanzoca na adolescência, ainda bem que a gente vai moldando os gostos. Quando li "Tanto faz&Abacaxi", na época, pra mim era o cara mais foderoso da literatura atual, que destoava de tudo. Hoje fico pensando em como tive paciência de ler livros em que a personagem principal é uma piroca em polvorosa.
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Bolota 16/06/2019

O livro mais engraçado que eu já li
"Pornopopeia" foi indicação de um grande amigo. Após poucas páginas eu já sentia ser impossível parar de ler.

Cheio de histórias insólitas que misturam drogas, sexo e confusões de todos os tipos, "Pornopopeia" acontece a 100 por hora.

Extremamente engraçado. Entrou pra galeria de um dos melhores livros que eu já li.
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Tiago 25/10/2018

Muita forma e algum conteúdo
"Pornopopéia" é o tipo de literatura que eu costumo evitar, aquela que prioriza a forma e o estilo e deixa o conteúdo em segundo plano. Ok, por vezes Reinaldo Moraes consegue igualar um pouco as coisas, produzindo trechos engraçados, irreverentes e bastante politicamente incorretos. Mas para um livro de quase 500 páginas, achei esses momentos um pouco escassos.

Em termos de forma, a linguagem "marginal" do Zeca, que é o narrador e o interlocutor da obra, é bastante incoerente. Ele vai do "rancou" para "escangalhou" em menos de três frases. Se fala português errado, no inglês ele acerta tudinho. Ou seja, pelo histórico do personagem (estudante da USP, morador de Higienópolis, fala inglês) a linguagem que ele usa não condiz com sua educação, é apenas uma tentativa de soar diferenciado, marginal como o único filme que ele dirigiu.

Dividido em duas partes, cada uma apresenta um mote. A primeira uma suruba que demora muito a acontecer, mas que ao menos faz a espera valer a pena pois é realmente um acontecimento erótico repleto de sexo sem nenhum tipo de pudor e habilmente relatado por Zeca. Já a segunda parte envolve uma questão policial que além de arrastada apresenta um desfecho morno.

Bastante irregular, "Pornopopéia" vai fundo no sexo e na bagaceira, mas a ambição de criar uma epopeia pornográfica escrita em uma linguagem "original" fazem o livro soar inconsistente e cansativo em diversos pontos. Tem seus momentos, mas a frase "menos é mais" cairia maravilhosamente bem aqui.
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Zeka.Sixx 19/05/2017

Um clássico instantâneo
"Pornopopeia" é daqueles raros romances que nos faz, a cada duas ou três páginas, GARGALHAR como loucos com o livro nas mãos. É, também, daqueles calhamaços que agradecemos por ser um calhamaço, pois não queremos que essa maravilha de leitura acabe.!

Escrevendo num fluxo de consciência mucho loco, fazendo associações mentais bizarras/engraçadas uma atrás da outra, Reinaldo Moraes nos traz uma fábula de humor negro: pornográfica, cocainômala, bêbada y otras cositas más.

Sim, o livro tem seus exageros: podia ser um tantinho mais enxuto, o final é um pouco broxante e a trama policialesca que lá pelas tantas se desenrola dá um quebrada no ritmo vigoroso da primeira metade do livro. Mas esses pequenos detalhes são nada, comparados à genialidade das frases que Moraes nos entrega através de Zeca, o impagável narrador dessa epopeia pornô.

Não espere realismo de "Pornopopeia"; espere uma das melhores leituras que você vai ter na sua VIDA; espere tantas citações que você vai querer registrar que será necessário um caderno inteiro para tanto. Espere poemas como esse aqui:

"não me basto na punheta
quero um rabo de ninfeta
seja santa ou espiroqueta
quero branca, quero preta
Mara, Mári ou Marieta
se for fêmea, tendo teta
eu encaro qualquer treta
seja rabo de cometa
seja tiro de escopeta
seja toque de corneta
- mas eu quero uma buceta!"

Leitura mais do que obrigatória para todos aqueles que apreciam a literatura maldita. Se "Pornopopeia" estivesse entre as leituras obrigatórias no Ensino Médio, ao invés dos manjados "Iracemas & afins", DUVIDO que o brasileiro não ia gostar de ler!
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Adriana Scarpin 15/07/2016

Demorei para engatar esse livro, com uma mistura de Bukowski, Burroughs, Phillip Roth com cinema da Boca, encenando um narrador deveras horrível, me parecia que ele não estava fazendo nada de novo, apenas reciclando uma vibe pós moderna. Manja o Portnoy do Roth? Nosso narrador é um Portnoy que não tem superego (que no caso do Portnoy é a cultura judaica), nadica de nada, não é apenas o estilo literário dele um fluxo de consciência e sim suas próprias atitudes. A verdade é que é um puta livro, engracadíssimo, com construções de frases umas mais geniais que as outras e eu só não dou cinco estrelas porque o mal estar que o narrador provoca por ser uma pessoa tão horrível não me permite dá-las, mesmo porque ele é um fiel retrato da psique do brasileiro médio, ou seja, misógino e canalha.
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Gros 04/09/2015

Sexo, drogas e roteiros inacabados
Cheguei a este livro durante a leitura de uma crônica do Xico Sá. De imediato o nome (ao qual ele faz jus) me chamou a atenção, mas o livro é mais do que só sexo.
Há sexo, drogas, crimes, mancadas e mais sexo. Tudo isso em um ritmo frenético, tanto que, apesar de um livro ser quase um catatau, sua leitura flui facilmente.
Vale cada página.
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JUNIM 20/07/2014

DESCONCERTANTE
Esta com certeza a melhor definição para obra de Moraes... um livro delicioso de se ler e que nos fala de um anti-herói por excelência, humanizado e hipócrita, controverso e incipiente... Um livro f.... Ha muito não lia uma coisa tão divertida na literatura brasileira... uma historia que fala tanto de nos e de quem somos...
Realmente um brado retumbante...rsrsrsr... IMPERDÍVEL! LEIA!
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Marcos Faria 03/09/2012

Já dá para perceber que “Pornopopéia” (Objetiva, 2009) não vai ser coisa boa logo nas primeiras páginas, quando o narrador se revela como um cineasta. Daí até o fim, só piora. Reinaldo Moraes tenta ser um Henry Miller, um Bukowsky, sei lá. Mas só consegue ser um tiozinho daqueles que ficam contando proezas sexuais inventadas enquanto despeja preconceitos dignos de comentarista de portal de notícias. A virada da primeira para a segunda parte ameaça uma pequena melhora, mas só serve para confirmar o egocentrismo do protagonista, que logo retorna à cansativa rotina de beber e trepar.

Publicado também no Almanaque: http://almanaque.wordpress.com/2012/09/02/meninos-eu-li-26/
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Seane Melo 09/11/2011

A malandragem e a literatura
Terminei o louvado livro de Reinaldo Moraes há um tempo, mas não sabia se logo de cara conseguiria escrever sobre o livro. Pornopopéia me tocou profundamente e vou tentar explicar como acidentalmente tive que explicar para uma quase desconhecida.

Quando estava no meio da leitura do livro, uma menina veio me perguntar sobre uma citação que eu havia postado no FB – “Deus escreve certo por putas tortas” – e que havia despertado o seu interesse. Expliquei que era de um livro que se chamava Pornopopéia e confirmei que, sim, tinha muitos trechos eróticos da melhor qualidade literária.

Ela comprou o livro e veio comentar comigo que não me imaginava curtindo esse tipo de leitura. Pois bem, porque não? Muitas pessoas imaginam que o conteúdo do livro é a única coisa que interessa na obra. E é claro que interessa. O comportamento hedonista do protagonista, sempre em busca de prazer, principalmente entre as drogas e o sexo e fugindo de todas as responsabilidades que julgamos necessárias para uma vida feliz, é uma baita reflexão para quem vive uma vida bem oposta em grande medida.

Porém, é impossível falar de Pornopopéia sem falar da linguagem desbocada. Linguagem esta tão exacerbadamente utilizada no livro que parece que pode enjoar o leitor desavisado, mas que só gera mais admiração pela prosa do autor. A forma do livro é fantástica. É nesse ambiente literário rico, que o autor mostra todo o seu talento construindo “cenas” de sexo inspiradoras. Aliás, o sexo só consegue se distanciar da geração de sentimentos fáceis e óbvios, quando alcançamos o distanciamento conduzido por literatura de altíssima qualidade.

Não diria que é uma leitura obrigatória. Leia somente quando estiver pronto.

Para ler uma coisa bem mais elaborada sobre o livro e o autor: http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-51/questoes-litero-libertino-estupefacientes/o-malandro-voltou-fissurado
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Biblioteca Álvaro Guerra 12/12/2019

Vivendo na base do improviso, sem dinheiro, um ex-cineasta marginal precisa rodar um védeo institucional sobre embutidos de frango. Sem saber ao certo por onde começar, no entando, ele acaba entrando numa espiral de sexo, bebidas e drogas. Esse é o ponto de partida de Pornopopéia, do paulistano Reinaldo Moraes, que escreveu um livro de excessos para a era dos excessos.

Empreste esse livro na biblioteca pública.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788573029444
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Caioboeira 14/12/2019

Simplesmente Hilário
Já li 3 vezes e não consigo deixar de rir em cada uma das aventuras do Zeca. Simplesmente fantástico.
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Anderson 05/10/2020

Brahgahdahgadhoga sensacional
Uma leitura que inicialmente não parece tão promissora mas vai te envolvendo. Como um polvo. Logo você se acostuma com o vocabulário e com o personagem, perdido no mundo e autodestrutivo. Daí pra frente o jogo está ganho e é um eterno torcer pro Zeca ser fuder totalmente misturado com alguma esperança da vida dele tomar outro rumo.
Livrão. Daqueles que deixam muita saudade.
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igsuehtam 28/01/2021

Que livro engraçado, p*rr@!!!
A escrita desse livro me impressionou muito. E penso que é difícil alguém gostar desse livro sem ter lido nada antes do Reinaldo Moraes, seja conto oh crônica como comecei.

Ele usou várias misturas de palavras, junta, inventa tudo com bom humor.
Depois de Espero que Sirva Cerveja no Inferno, Pornopopeia me fez rir muito.

E como está no título, tem muito sexo, e daquele bem descritivo. O personagem é muito engraçado, narra de tudo, fala de tudo nos mínimos detalhes que cheguei até a ter nojo do ser humano. Que livro!! Escrita bem diferenciada, que me envolveu muito. Acabou e eu queria mais. Vou sentir saudade do Zé Carlos! Que personagem filho da p*t*!!
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Juliano.Ramos 23/06/2021

Zeca é um filho da puta, o personagem principal é o típico brasileiro escroto, pronto, tirando isso, Pornopopeia é um grande livro, histórias bem elaboradas, passagens engraçadíssimas, sarcasmos a dar com pau, uma crítica política aqui, outra ali, um livro surpreendente.
Alguns passagens de sexo poderia passar em branco, pq é como se tivesse lendo as mesmas passagens 2, 3 vezes seguida, tirando isso é um romance que vale muito a pena, Pornopopeia é o trainspoting brasileiro.
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Monique 28/09/2015

As letras de um homem que pensa por imagens
"O fato é que meu cérebro anda atrofiando à míngua de imagens (...) Sem imagens numa tela pra aplacar meu desejo de viver em outra realidade, vou de letras mesmo" (p.429)

A fala de Zé Carlos, protagonista e narrador desta Pornopopeia, revela o cerne de um homem que necessita de ação dramática sempre, seja na tela do cinema, em fotografias de revista que alimentam suas fantasias sexuais ou apenas numa noite de farra com muita droga, bebidas e sexo.
Seu tempo é o presente do indicativo, ele não tem o menor interesse em planos para o futuro ou em ruminações do passado. Sua câmera narrativa segue em modo presente, único modo que as câmeras reconhecem. Zé Carlos não sente nem quer sentir o tempo passar, vive num eterno presente onde é sempre noite -- sempre hora de sair, caçar prostitutas e cheirar pó na gandaia -- para não ver nem o tempo nem a vida passarem, já que durante a noite, o tempo pára e há apenas o espaço, onde o narrador se move instigado apenas pela possibilidade do prazer, individualista que é.
Individualista, cínico, inconsequente, Zé Carlos se move em um espaço em que apenas seu bem estar serve de guia. E, para ele, bem estar é estar fora da realidade de alguma maneira. Tudo o que ele precisa é da grana pra viver mais uma noite sem se preocupar com a manutenção de uma vida minimamente regrada para o dia seguinte. Esposa, emprego, contas a pagar... esses são assuntos postergados à exaustão, esperando que a coisa se resolva pela ação de outra pessoa que não ele próprio. Os únicos flashes de sentimentalismo em quase 500 páginas, são nos momentos em que ele se lembra da existência do filho... mas ainda assim são duas ou três frases de saudade curta com validade questionável, graças ao caráter deste homem que pensa apenas com a cabeça de baixo.
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