Inn Moura 19/04/2021
Ó meu caro Watson
Um dos melhores livros sobre Holmes de Conan Doyle, O Sinal dos Quatro começa como uma história simples com a pobre e delicada Mary, futura esposa do Watson, trazendo o caso de seu pai, desaparecido há 10 anos e o porque dela receber uma pérola valiosíssima todos os anos em nome dele. Neste dia em específico, a pessoa que manda essas pérolas pede para encontrá-la junto com dois amigos e por medo, ela pede ajuda a Holmes e Watson para acompanhá-la. A partir de então a História cresce enormemente porque a escala de mistérios sobe exponencialmente, o medo, o suspense e as dúvidas aumentam a cada capítulo com plot twists atrás de plot twists. Claro que a retratação de mulheres, indianos, pessoas com deficiência, e pessoas pobres são frutos de sua época, pensamentos da época em que o livro foi escrito. Temo que a conclusão não foi tão satisfatória quanto eu esperava, gostaria de outro plot twist acerca do cofre porque acabou sendo aquilo mesmo e pronto e o ego do Dr. Watson acerca de amor vs. Dinheiro também não me agradou. No mais, um belo exemplar das grandiosas e fantásticas memórias de Sherlock e John, mostrando que o detetive mais famoso do mundo não só é inteligente e observador, mas também possui força de vontade e força física quando requeridas dele.
Ah sim! Notei algo muito interessante neste livro quando Sherlock fala: "Embora o homem seja individualmente um enigma insolúvel, quando está em grupo torna-se uma certeza matemática. Por exemplo, você não pode nunca prever com exatidão o que um homem vai fazer, mas pode prever o que um grupo fará". - teria Isaac Asimov se inspirado nas palavras de Holmes para a série da Fundação?! Fica o questionamento.