As Mulheres do Deserto

As Mulheres do Deserto Alice Hoffman




Resenhas - As Mulheres do Deserto


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Dany 28/11/2023

As Mulheres do Deserto
Que livro lindo e difícil, ler o sofrimento e a maneira como os Judeus foram tratados é de uma tristeza enorme.
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Nathy.Braganca 14/11/2022

Lindo e bom
Eu comprei esse livro porque a capa me chamou a atenção
Mas a história se mostrou igualmente boa, sendo uma grata surpresa
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Taty.Souza 22/01/2020

Meu livro favorito da vida
Sem dúvida alguma, o livro que mais me surpreendeu foi As Mulheres do Deserto:
Ah... As Mulheres do Deserto. Não sei como sequer começar o resumo do livro que transformou e desabrochou alguma coisa dentro de mim, algo que sequer eu descobri por completo ainda...

Na sinopse, é retratado apenas que quatro mulheres judias, na tentativa de fugir dos romanos, se submetem ao deserto, a fim de encontrar aquele último resquício de esperança que havia para elas: a fortaleza de Herodes. Mas, ao ler o livro, você descobre que sobreviver essas mulheres já faziam antes mesmo te terem vindo ao mundo. Cada uma com sua história, elas transmitem ao leitor as dificuldades daquela terra seca e quente, da solidão que as envolvia quando a escuridão tomava conta de seus interiores, quando tudo parecia ter sido tirado delas, a esperança de um dia rever o amor da sua vida, as desilusões, as perdas... tudo nesse livro te toca de uma forma tão profunda que, apenas quando acabei o livro me dei conta de que aquila história e aquelas pessoas, existiram no passado... Não da mesmíssima forma descrita no livro, porém elas existiram, sim, e elas passaram por aquele último horror narrado no livro, algo que só achei ser possível encontrar em obras fantasiosas, em As Mulheres do Deserto, no entanto, aconteceu de verdade.

As Mulheres do Deserto é aquela leitura que recomendo para qualquer um. Vai te deixar sem fôlego, sem saber o que dizer quando acabar a leitura, sem saber mais como é raciocinar e voltar a viver cada uma de nossas vidas cotidianas após terminar de ler cada uma daquelas palavras. É um livro difícil de encontrar igual - eu, pelo menos, nunca encontrei. Descobri nas últimas páginas do livro que o lugar da narrativa é aberto a visitações... Então, me peguei imaginando um dia visitar aquele lugar, visitar Massada. Encontrar os resquícios que sobraram daquele tempo, ver pessoalmente cada um deles e sentir meus joelhos tremerem ao lembrar de cada um dos personagens... em cada uma de suas histórias. Visitar o cenário de um livro tão grandioso assim não seria somente um sonho, seria uma honra.
marcos 20/05/2021minha estante
Sem ter tido a oportunidade de ler As mulheres do deserto, escrevi também um romance histórico naquele contexto: Massada - amor e esperança no maior suicídio coletivo da história. da Editora Buzz
https://www.amazon.com.br/Massada-Meier-Marcos/dp/6586077869/ref=sr_1_4?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=massada&qid=1621560503&sr=8-4




Val 12/01/2019

As Mulheres do Deserto
Muito além do Pentateuco (a Torá) e da Bíblia, a história do povo judeu é marcada pela dor, o sacrifício, as jornadas perenes, muita luta e, principalmente, pela fé e solidariedade. Uma eterna peleja pela liberdade e pela terra sagrada.

Uma passagem dessa história, sobretudo, é um grande símbolo da fé em Deus, num destino melhor e na solidariedade, com muita ação e sofrimento. Mas sempre com heroísmo. A destacada escritora nova-iorquina Alice Hoffman conta-nos esse episódio, homenageando a mulher judia e os mártires da fortaleza Masada em sua obra prima As Mulheres do Deserto.


Masada original
Neste romance histórico, místico e religioso, dividido em quatro partes, cada uma relatada por uma mulher forte e resoluta, a preservação da vida é o mote da própria sobrevivência. A força da família, o amor e a maternidade aliados ao misticismo e à fé irredutível em Deus são o liame a conduzir as quatro histórias que vão se entrelaçar formando um poderoso enredo que culmina no trágico cerco das legiões romanas à fortaleza no monte Masada, próximo ao Mar Cáspio, no ápice do deserto, em 73 D.C..

As vidas dessas mulheres complexas e impetuosamente independentes cruzam-se nos dias de desespero do assédio romano. Todas elas fugidas forçosamente de seus lares para escapar da escravidão e dos crimes dos perversos soldados romanos e forçadas a se submeter às condições tormentosas do deserto, onde a sobrevivência será sua principal missão.


O deserto cercando Masada
Yael - amaldiçoada pelo pai por causar a morte da mãe ao nascer - encontra na aridez do inabitado um amor proibido e renasce sempre em constantes desafios junto à natureza. Hoffman, com muito lirismo e crua realidade descreve as fantásticas aventuras dessa batalhadora dos cabelos cor de fogo que, magicamente, conversa com os animais. Após périplos pelos desertos da Judéia alcançou finalmente a fortaleza que fora o último abrigo de Herodes e, então, refúgio do remanescente exército dos Sicários, único local livre do domínio da arrasadora Décima Legião Romana. Lá, encontra seu adorado irmão como chefe das tropas de resistência e seu detestado pai, tido como o mais terrível matador.

Revka, a segunda mulher, sonhadora esposa de um padeiro, cercada por uma patrulha romana no deserto reage furiosamente ao estupro e brutal assassinato da filha; salva seus então traumatizados netos, tornados surdos. Chegada à fortaleza, consolida-se como o ponto de equilíbrio no relacionamento das quatro.

Já Aziza, a mais jovem, filha de um poderoso tirano, criada como um menino para não sofrer abusos e não ter o mesmo destino cruel da mãe, torna-se grande guerreira, arqueira infalível, e apaixonada por um soturno guerreiro, companheiro nas batalhas.

Shirah, a mais velha e experiente, fundamental no enredo por seus dotes medicinais e práticas mágicas, guarda em seu profundo sofrimento um grande e secreto amor.


A incrível rampa romana na lateral
O quarteto fica encarregado da guarda dos pombos que trazem a fertilidade à região; tornam-se confidentes, descobrem a importância da fraternidade e até o ilícito praticam por absoluta humanidade. Cerca de 960 pessoas – entre homens, mulheres e crianças - que viveram na montanha-fortaleza com elas passaram por todo o tipo de necessidades, desde a fome impiedosa às doenças cruéis. A apoteose da obra retrata com mais intensidade o poder bélico de Roma, a brutalidade sem fim usada contra os judeus e, após três meses de cerco inumano, os romanos atingem o seu desígnio.


Alice Hoffman
Esta obra de Alice Hoffman é uma rara narrativa feminista – outras podem ser encontradas no fabuloso “A Guerra não tem Rosto”, da russa prêmio Nobel Svetlana Alexijevich – de episódios belicosos da História. Traz-nos um bocado do envolvente misticismo judaico em meio a histórias intensas e situações muito tensas, onde prevalece sempre a amizade, o amor e a solidariedade. E aqui evidencia como o local e a real história de Masada se tornaram posteriormente um símbolo de resistência e luta pela liberdade.

Valdemir Martins
16/12/2018.


site: https://contracapaladob.blogspot.com/
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Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 26/11/2018

Já Li
"As Mulheres do Deserto" é considerado um romance histórico pois retrata acontecimentos verídicos do ano 70 d.C. (depois de Cristo) como o Cerco de Massada. Este cerco marcou o fim da guerra entre os romanos e os judeus, sendo que os primeiros ganharam, conquistando o território dos judeus e os expulsando para o deserto, onde tiveram que lutar pela sobrevivência. Os sicários, um grupo de judeus guerreiros que lutaram contra os romanos, foram notoriamente massacrados pela guerra e cometeram um suicídio coletivo que envolveu 900 pessoas, pois não queriam se entregar ao inimigo.

No livro, a estória é dividida em quatro partes, cada uma destinada a uma das mulheres do deserto: Yael, Aziza, Shirah e Revka. Os acontecimentos das vidas delas se entrelaçam ao longo de toda a narrativa, o que torna a leitura muito interessante. Afinal, desta forma, o leitor revê as mesmas cenas sob outras perspectivas, o que aprofunda as personagens e a estória em si. Farei uma breve descrição de cada uma das personagens.

Yael é a mulher que dá início ao livro. Sua principal característica é o "cabelo cor-de-fogo", considerado uma maldição pelo povo da época. Além disso, sua mãe morreu no parto e a combinação das duas coisas fez seu pai odiá-la. Ele quase a deixa para trás em Massada, entregue aos romanos, mas ela consegue fugir para o deserto, onde encontra um amor proibido. Yael tem um espírito livre e uma personalidade considerada "revolucionária" pelos demais, pois não acredita em família, amor ou casamento.

A seguir, temos a parte dedicada a Revka. Sua história é pesada pois ela presenciou o estupro e o assassinato de sua única filha pelos romanos, quando estes invadiram a cidade. Num ato de fúria, ela mata os ofensores e carrega a culpa destes pecados. Revka é uma mulher ferida e dolorida, saudosa da filha e que nunca se cansa de tentar resgatar a família que perdeu.

Aziza foi criada como menino pelo seu pai e adora o metal e as batalhas. Quando ela e sua família fogem do Cerco de Massada, ela não sabe "ser menina", tampouco se interessa pelas atividades que são tradicionalmente femininas. O que ela realmente almeja é fazer parte da luta de resistência dos judeus.

Por fim, Shirah é chamada de bruxa pois não segue o judaísmo. Pagã, ela entende de poções e ervas e, por causa disso, é renegada da sociedade. Para mim, Shirah era a personagem mais misteriosa e relevante de toda a trama (é ela que conecta todas as estórias) e fiquei frustrada quando vi que a parte dela era a menor de todas.

Todas elas se encontram quando vão trabalhar no pombal, na aldeia formada no meio do deserto pelos judeus expulsos. As pombas são a única fonte de adubo para a terra e de ovos para a pequena comunidade, mas as mulheres que cuidam do pombal são consideradas indignas e impuras. O relacionamento entre as quatro mulheres não se estreita muito, pois todas elas estão absorvidas pelos próprios dramas e sofrimentos, mas há um clima de sororidade e empatia.

No entanto, apesar do belíssimo conteúdo apresentado por Alice Hoffmann, minha leitura teve altos e baixos e acho que isso aconteceu por causa do ritmo da escrita. Há muitas descrições desnecessárias (afinal, convenhamos, quantas vezes precisamos ler sobre a areia do deserto ou o cocô das pombas?) e as cenas demoram a se desenrolar. Precisei superar algumas dispersões da minha atenção para prosseguir até o fim do livro.

Mas, apesar disso, é uma leitura que vale a pena. Alice Hoffmann toca em diversos pontos que são tremendamente relevantes para as discussões atuais sobre o papel da mulher: estereótipos, preconceitos, violência doméstica, abuso, falta de oportunidades para o futuro, limitações impostas pela sociedade, dentre outros. Yael, Revka, Aziza e Shirah são personagens fantásticas e, aos poucos, fui me apegando a cada uma delas como se eu as conhecesse. Além disso, há lindos momentos de emoção e poesia ao longo da estória, muito bem escritos por Alice.

Somando isso ao peso histórico do enredo, é uma leitura que recomendo.

site: https://perplexidadesilencio.blogspot.com/2018/11/ja-li-81-as-mulheres-do-deserto-de.html
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Iara 17/10/2017

Belíssimo. Um livro historicamente rico, visto pelo ponto de vista de 4 judias de Massada. Um livro, acima de tudo, feito para as mulheres.
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cid 17/10/2014

Morrer com honra
Essa é uma maravilhosa narrativa, que me fez viajar no tempo, até a fortaleza de Masada , que fora um palácio construído por Herodes , na montanha e ali também viver e desejar sobreviver. A estória vai do verão de 70 dc até77 dc ,com personagens narrando na primeira pessoa. Teremos quatro mulheres contando as suas estórias.
Primeiro, a filha do assassino, Yael , filha e irmã de sicários desprezada pelo pai.
A segunda narradora é Revka , a esposa do padeiro
A terceira narradora , é A amada do guerreiro, Rebeca.
A quarta é Shirah, a bruxa de moabe.
Assim a autora AH, nos fala da história, do povo ,da luta que aconteceu naquela fortaleza e como decidiram que todos deviam morrer, ao invés de se render.E temos as palavras de Eleazar ben Yair, o chefe da resistência :
Ao amanhecer, o inimigo cairá sobre nós e não mais poderemos detê-los, mas somos livres para optar por morrer com honra , nos braços de quem amamos. Que a nossa história seja um testemunho de que perecemos por nossa escolha, uma escolha que fizemos no início, pois escolhemos a morte em vez da escravidão
Apaixonada pela estória, pesquisei no Google e aprendi muito sobre esse epsódio da resistência dos judeus frente aos romanos.
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Sandrinha 17/11/2013

Antes de resenhar, eu adoro cicatrizes porque elas são sinônimos de sobrevivência...Uma intensa e densa narrativa em que quatro mulheres são rasgadas e marcadas pelas dificuldades no ano 70 da era cristã quando judeus resistiram aos Romanos em Massada. Foram páginas mágicas e cheias de cadeiras aonde eu sentei em cada uma e me pus no lugar destas mulheres tão fortes. Como em todo livro tem seus "escorregos", eu sabia que ficaria cara a cara com a luta pela sobrevivência e isso foi magnífico, mas eu esperava ler mais detalhes sobre o ataque Romano às montanhas da Judeia ( Isso não será problema, eu lerei em outro lugar =) )
"Uma criatura feroz, uma poça de água, uma mulher que não sentia medo" Talvez porque já fora mordida por um leão, ela imaginasse que seria imune a quaisquer outras mordidas, como alguns que são atacados por abelhas nunca mais reagem às picadas"
=)
Dio-go 23/04/2017minha estante
Sugestão de leitura: "Masada, Fortaleza Heróica", autor Ernest Gann.




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