Os Sertões

Os Sertões Euclides da Cunha
Walnice Galvão




Resenhas - Os Sertões


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Juli 28/10/2022

ANTÔNIO CONSELHEIRO
Um abra fantástica cujo autor conta com maestria e detalhes um episódio triste e sanguinário no final do século 19, a guerra dos Canudos.
Um fanático religioso mobiliza multidões a segui-lo sobre alguns ideais religiosos. Estabele uma cidade, Canudos, que chega a ter 25 mil pessoas, e que se revolta contra o governo brasilero que reage diversas vezes e que tragicamente dezima após alguns meses de investidas praticamente a cidade inteira. Mais de 25 mil mortos neste episódio incluindo soldados, oficiais, jagunços entre outros.
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AndradeFS.Ju 27/10/2022

Quase seis meses lendo, mas vamos lá. Primeiro duvidei que minha língua materna fosse português. Então achei que estava novamente na faculdade, lendo artigos para algum trabalho de geologia. Depois quis brigar com o autor por comentários racistas.
O livro começa a fluir (cinco páginas por dia é avanço, sim) na parte das lutas. Mas oscila muito. E não era possível que gastassem dinheiro e o exército não tivesse ordem. Nem de graça era aceitável, o pessoal de Canudos era muito mais organizado.
Enfim, eu só queria entender tudo o que aconteceu. Entendi e termino como o Euclides: "É que ainda não existe um Maudsley para as loucuras e os crimes das nacionalidades...".
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Marcos 14/10/2022

Seca e Massacre
Euclides da Cunha conseguiu transformar um livro-denúncia num clássico da Literatura Brasileira.

Publicada em 1902, Os Sertões é a obra mais emblemática do autor. Dentro do Pré-modernismo, a obra regionalista trata da Guerra de Canudos, liderada pelo eremita religioso Antônio Conselheiro, no interior da Bahia, entre 1896 e 1897.

Nesse tempo, várias agitações sociais acontecia pelo país. A Campanha de Canudos foi uma delas e iniciou-se em 1896, no sertão abandonado, o massacre cometido nessa revolta do exército brasileiro contra os fiéis de Antônio Conselheiro e da comunidade do Arraial de Canudos, demonstra os erros cometidos pela República, por não avaliar de forma assertiva os problemas nacionais. A Revolta de Canudos foi vista perante os republicanos como uma ameaça monarquista, que defendia o regime governamental anterior.

Euclides da Cunha trabalhava no jornal O Estado de São Paulo, recebia as informações sobre o conflito como uma espécie de "golpe monarquista" e retratava em suas matérias. No entanto, quando realmente foi a campo, compreendeu as condições subumanas daquele povo esquecido, àquela revolta era, na verdade, contra a estrutura que já se perpetuava por três séculos de descaso com o nordeste. O livro descreve e denuncia o extermínio de cerca de 25 mil sertanejos do interior baiano.

O livro é dividido em três partes:
A terra - uma descrição detalhada da geologia, do clima, das riquezas naturais e demais aspectos referentes a região;
O homem - elabora a gênese do brasileiro, a miscigenação, a origem do mestiço, o sertanejo e outros variantes etnológicos do país. Nessa parte, conhece-se sobre Antônio Conselheiro, sua origem e motivação religiosa;
A luta - retrata o conflito, aborda sobre as locações e as figuras envolvidas no entrevero. Cunha justifica a revolta, relata sobre a rotina e denuncia a barbaridade, o crime que se abateu com aquele povo, fato que marcou a história do Brasil.

Euclides da Cunha tanto pensava artisticamente quanto logicamente, Os Sertões é uma obra artística amparada por estudos científicos e fatos. Por vezes, em Os Sertões, Euclides acaba por ceder as emoções, devido a crueldade do homem, pela ignorância dos poderosos, pela ideológica e pela predominância de uma religiosidade exarcerbada dos conselheiristas. Os Sertões é, definitivamente, um livro de literatura e também de história.

Compreender o brasileiro era uma ideia dos autores modernistas. O Determinismo (corrente filosófica vigente na escola pré-modernista) prega que é necessário entender o meio para poder entender o indivíduo. O meio molda o indivíduo. Visto que o meio é retrógrado, isolado da civilização, ou melhor, esquecido. Temos então, o sertanejo, um homem sofrido, resistente, desconfiado, envolto em misticismo, crendice e religiosidade.

Os Sertões é uma obra de fôlego, extensa e por vezes, difícil de compreender. A sua linguagem mista, jornalística/literária não é um grande problema, porém há muitos termos científicos e um emaranhado histórico e muitos envolvidos na luta, isso exige uma atenção apurada do leitor. Não é um enredo fácil, contudo dá para ter um noção geral do que foi esse momento histórico.

Confesso que arrastei-me muitas vezes na leitura, esperava que a obra abordasse mais sobre Conselheiro (fiquei decepcionado), entretanto, percebo o porquê da sua relevância, realmente é livro que cumpre com o que pretende e não passa a mão em nenhum dos personagens. Cunha apenas relata e se indigna da má interpretação e falta de empatia do homem, que geralmente resolve tudo com guerra.

É um livro intenso e triste. A literatura tem esse poder bem como o jornalismo de carregar o grito de revolta, o lamento do sangue de inocentes, as páginas marcadas pela dor de famílias perdidas, o homem que sofre com a seca, que sente sede e fome, o povo esquecido pelas autoridades, tudo isso servindo como uma ferramenta de alerta para que barbáries desse nível não venham mais a acontecer.

"Esquecemo-nos, todavia, de um agente geológico notável ? o homem. Este, de fato, não raro reage brutalmente sobre a terra e entre nós, nomeadamente, assumiu, em todo o decorrer da História, o papel de um terrível fazedor de desertos."

- Os Sertões (Euclides da Cunha)
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juju queen 10/10/2022

os sertoes
o livro mais chato que eu ja li na minha vida. nao é um livro ruim, é um livro CHATO. tem uma linguagem dificil e relata um fato historico, é um livro importante e só perdeu uma estrela pq é muito dificil de ler.
natzzzi 12/10/2022minha estante
admiro sua coragem, venceu neisnwknsksns


juju queen 13/10/2022minha estante
venci dms


Lelê 14/10/2022minha estante
Parabéns filha você conseguiu ler isso é o que importa!!!




Anna 02/10/2022

Finalmente acabei! Esse livro não me prendeu em momento algum, a escrita é antiga e muito detalhada, além das opiniões sobre raças, não é o tipo de narrativa que eu gosto. Por outro lado, é muito bom ler sobre os conflitos brasileiros.
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folkriordan 14/09/2022

a liguagem é muito difícil, o livro eu li para a prova, é bom mas como eu disse é uma leitura difícil
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Lucas Lobo 12/09/2022

Uns dos mais difíceis
É um ótimo livro, que fala sobre a guerra de canudos, sobre Antônio conselheiro. Porém, é um livro bem difícil de se ler. Espero ter uma leitura melhor na segunda vez que eu for ler.
Orlando 10/10/2022minha estante
Boa noite,tudo bem? Sou novo aqui no app,e não estou conseguindo ler,podem me auxiliar por favor?


Lucas Lobo 10/10/2022minha estante
Amigo, é pq o app não é feito para ler os livros, e sim para fazer anotações sobre o livro, para ver comentários a respeito do livro. Entende?


Orlando 10/10/2022minha estante
Kkkk, há entende, obrigado,me indique um para ler por favor?


Lucas Lobo 11/10/2022minha estante
O pequeno príncipe




Liny Arguilera 12/09/2022

?
É um livro extremamente complexo de ler, não pude deixar de deixar pela metade, e abandonar tal leitura, ainda sou imatura para uma obra com tamanha complexidade.
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raivadomundo 08/09/2022

odeio amar ler Os Sertões
Portanto eu vou do amor ao ódio RAPIDAMENTE
Tem xenofobia? Tem
Racismo? Demais
Linguagem inutilmente difícil (e trechos inúteis)? Sim, demais.
Um monte de absurdos.
Mas a linguagem chega a ser poética de tão melódica e perfeita. Como as palavras são selecionadas chega a arrepiar. Eu odeio amar esse livro. Sou pardo. E o autor, aqui, cita o mestiço pior do que a escória do Brasil kkkkkkkkkkkkk gzuis
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NicholasJade 27/08/2022

O segundo é melhor.
Os Sertões são divididos em três partes: Da Terra, do Homem e Da Guerra.

O Da Guerra é separado nos sertões II que eu tinha lido primeiro para uma análise nos estudos sobre Guerra e Paz.

Da parte da Terra posso dizer que a narrativa poética e cadenciada de Euclides encanta e me serviu de proveitoso exercício para se treinar a capacidade descritiva de ambientes, tão útil para autores de fantasia.

Já a parte do Homem foi basicamente racismo ?científico?, análises sobre as raças e condenações sobre a miscigenação, colocando como causa da guerra a ?inferioridade? do povo sertanejo.

Foi uma leitura incomoda dessa última parte, mas também um exercício histórico de como essas teses de purismo de raça permeiam até hoje aqui no Brasil.
raivadomundo 27/08/2022minha estante
MDS você resumiu tudo o que eu tô sentindo lendo esse livro.




Francisco240 22/08/2022

Um livro revoltante, tocante, agonizante e icônica.
Sertões de Euclides da Cunha vai relatar a respeito de uma das mais emblemáticas e sanguinolentas batalhas da história bélica brasileira.
O início do livro é bem complexo usar termos geográficos geológicos e paleontológicos, mas ainda assim o autor está apenas preparando o caminho para conduzir o leitor após todas essas informações conhecer o tipo de homem e após toda essa introdução de mais ou menos 300 páginas ele conduz o leitor através de relatos tocáveis e agonizantes de como surgiu Antônio Conselheiro do Arraial de Canudos e como se sucedeu a sua terrível e Sangrenta queda.
Uma leitura muito enriquecedora ardua mas recompensadora e muito tocante.
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ale 14/08/2022

"Canudos não se rendeu"
finalmente acabei aaa

esse livro é bom, pois pode-se aprender sobre história, geografia, sociologia, política e várias outras matérias com ele, além de ser um ótimo repertório para a redação. o, único problema é que não é um tipo de narrativa que eu gostei, então a leitura foi quase que uma tortura pra mim. em nenhum momento eu consegui me envolver com a história, nem ficar com aquele sentimento de "preciso saber o que acontece na próxima página".

com essa história dá pra percebeu que o governo não conheceu nem um pouco o país que comanda e, também, nem tem nenhuma compaixão pelo seu povo e sua cultura.
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Erick.Silva 10/08/2022

Os Sertões
O livro é realmente bem difícil e cansativo em algumas partes, até cogitei desistir algumas vezes (pela primeira vez, não gosto de desistir dos livros). Pra mim foi cansativo principalmente nas descrições geográficas das regiões do Brasil que são longas demais e onde Euclides usa um dialeto culto e específico demais. Também tem as opiniões dele a respeito das raças, que tomam um bom tempo e são difíceis de se aceitar hoje em dia. Porém, passando por esses desafios, o livro é realmente genial e eu não tinha ideia de quão curiosa era a história de Antônio Conselheiro e da guerra de Canudos. É sensacional conhecer com tantos detalhes esse trecho tão curioso da história do Brasil, uma história tão curiosa que é difícil de entender como ela de fato aconteceu. E é justamente aí que essa narração genial de tudo se encaixa tão bem, nos fornecendo tantos detalhes sobre todo o ocorrido. Recomendo demais! Os detalhes desse capítulo tão estranho do Brasil, nos permitem perceber muitas coisas sobre a natureza brasileira, conhecer os sertões de diversas maneiras e entender melhor nossa situação política da época, que remete a vários pontos inclusive no presente.
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Henrique_ 08/08/2022

Demanda esforço
Diante da curiosidade em saber o que torna "Os Sertões" um clássico da literatura dos mais difíceis de serem lidos, resolvi não mais postergar sua leitura, não sem antes avaliar meu ótimo estado de motivação. Então, já vai aí uma dica se pretende lê-lo: esteja bem motivado. Há outras dicas práticas, como iniciar pela terceira e última parte do livro, que vai tratar do conflito de Canudos em si, mas eu mesmo preferi seguir a ordem normal do livro e não me arrependi, pois assim pude apreciar toda a complexidade da obra. Bem, mas o que a torna tão complexa? Longe de mim esmiuçar essa complexidade. Mas posso dizer que a erudição é o fator que mais contribui para deixá-la difícil. E não é nem tanto pelo uso do vernáculo culto, mas pela apresentação de conhecimento extremamente técnico em geografia, geologia, antropologia, história, política, estratégia de guerra, etc. É preciso compreender o contexto de estudos racistas em que a obra está inserida.
Chama a atenção que boa parte desse esforço em ler o livro tem a ver com o longo processo de resistência de uma minúscula e crescente comunidade no interior da Bahia, cujo maior trunfo foi saber usar a caatinga a seu favor.
A despeito das dificuldades, é uma obra que ensina muito e vale muito a pena conhecer a resistência em Canudos.
Eduardo 08/08/2022minha estante
Ótima resenha, Rique (como sempre)! Você escreve tão maravilhosamente bem. Faz tempo também que esse livro tá na minha lista.


Betega 08/08/2022minha estante
Eu fiquei com vontade de ler esse Livro depois de ter lido A Guerra do Fim do Mundo, de Mario Vargas Llosa, e me apaixonado pelo livro. Mas em geral as críticas a "Os Sertões" são bastante negativas, então ainda to receoso. De qualquer modo, recomendo o livro gringo, incrivelmente bem escrito.




Cléia 19/07/2022

Inspiração para esta leitura
Sou sertaneja. Bem do inteiro do sertão paraibano. Lembro-me bem de quando minha professora de língua portuguesa citou Euclides da Cunha em sala de aula:
"O sertanejo é antes de tudo um forte".
Apenas essa frase denunciou o quão profundo é Euclides da Cunha e despertou de imediato o meu desejo de lê-lo.
A leitura não é das mais simples, é um livro denso e pode ser massante em alguns momentos, mas é sem dúvidas um livro excepcional que tatua um trecho da história do nosso país.
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