Os Sertões I

Os Sertões I Euclides da Cunha
Walnice Galvão




Resenhas - Os Sertões


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Karen 05/10/2014

Finalmente terminei de ler Os Sertões de Euclides da Cunha. O livro conta sobre Antônio Conselheiro e a guerra de Canudos extremamente pormenorizada , não passou um único detalhe ao autor, fazendo um livro de quase 700 páginas descritivo e se tem uns 7 diálogos é muito, o que o tornou um porre imenso, mas sou persistente e li até o final. As primeira 83 páginas são 97% sobre a geografia do nordeste, 2% botânica e 1% biologia, me senti lendo um livro escolar! Quase desisti!!!! Mas as outras partes foram um pouquinho mais interessantes (a história é interessante, a forma como foi contada é que foi ruim), comparando o sertanejo com o gaúcho, depois contando a história de Antônio Conselheiro, que depois de tomar uns chifres da mulher resolve sair andando por aí sem rumo, as pessoas acham isso interessante e vão seguindo ele, tipo Forrest Gump! Aí ele começa a pirar na batatinha e se achar um profeta/ messias/ Nostradamus/ fanático religioso. Tudo muito bem, até que um dia uma "madeireira" não entrega os materiais de construção que tinha prometido para construírem uma igreja, os fanáticos adoradores do Conselheiro resolvem vandalizar a cidade por isso, a policia intervem mas saem perdendo. Nessa época era recém instaurada a república trazendo direito de casamento civil, o Antônio era contra e pregava isso, pq achava que o casamento era pra ser algo religioso, logo interpretaram que ele era pró monarquia e com essa desculpa começam a guerrear contra o povo dele. A guerra teve várias investidas do exército que ia sempre segura da vitória e acabavam derrotados, até que finalmente alguém foi com uma estratégia boa e os sertanejos foram derrotados, e o tal Antônio Conselheiro já tava até morto. Tanto de um lado quanto de outro houveram várias baixas, barbáries e crueldades com os prisioneiros, mas a moda de Las Vegas, que o que acontece lá morre lá, tudo ficou por isso mesmo. Fim. Se leu até aqui, não precisa ler o livro, que a única diferença é que o autor descreve cada oficial, cada brigada, cada batalhão, por onde passou, qual tipo de solo, qual vegetação... UMA CHATICE!!!
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Peterson.Silva 03/09/2014

Só pra constar na estante...
Abandonei porque não achei honesto ler só a parte que (parece) mais interessante e ignorar o que é chato. Se for pra fazer isso considere-se um abandono - e não tô com saco pra racismo vintage e pro determinismo geográfico barato que aparece nas primeiras partes, então... Mas, é claro, considerando seu tempo e outros elementos obviamente tem seus méritos.
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Gustavo Simas 28/03/2014

A Magnum Opus da Guerra
A primeira vitória numa guerra é o controle dos próprios sentimentos.
Apesar de não haver vitórias numa luta, somente perdas para ambos os lados, o Homem insiste em perpetuá-la, refazendo-a.
E Euclides da Cunha perpetua-se na literatura brasileira com "Os Sertões"
Com um olhar de geólogo, botânico, engenheiro, militar, naturalista, jornalista, cidadão, homem, ele cria um dos melhores livros brasileiros de todos os tempos.
Com uma divisão bem definida ele discorre sobre A Terra, delineando excelentemente o ambiente, o clima, a topologia dos sertões; expondo o ser humano ao analisar O Homem, com críticas sociais, políticas, descrevendo o sertanejo, o jagunço, o cangaço, refletindo sobre a desigualdade e todos os fatores que resultaram no ápice da obra, o clímax, a divisão do livro que ocupa mais de dois terços do total, A Luta.
E Euclides nos apresenta tudo.
Os desafios, os problemas, as situações desesperadoras, as atrocidades, a ida, o plano, o recuo, a fuga, a tentativa, a nova tentativa; sempre com um olhar crítico e profundo.
Com dados verídicos, nomes de comandantes, generais de expedições, datas, quantidade de homens, de munições, de mantimentos, estado dos militares e dos rebeldes e do tempo em todos os momentos.
Euclides da Cunha ataca.
No fim, apenas revela. A Realidade.

Dos 20 mil combatentes da Guerra de Canudos, nenhum sobreviveu para contar história. Euclides conta no lugar deles, honrando-os.
Canudos foi totalmente exterminada.
Todos morreram.
O Governo venceu.
O Povo comemora.
A República vive.
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Gabriela Matos 10/03/2014

O que dizer sobre esse livro? Com toda a certeza o mais difícil, complexo e exaustivo que li. Se não fosse trabalho escolar, ele jamais entraria na minha meta de leitura. No entanto, do pouco que compreendi pude perceber as atrocidades cometidas contra um povo tão inocente.
O livro em si relata beem detalhadamente uma guerra covarde e sem ideais válidos. O resultado? Milhares de mortes incluindo crianças e mulheres.
Percebe-se ainda a constante luta do homem do sul com a agressiva terra nordestina.
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Thiago Ernesto 28/02/2014

Não Me Rendi
Ao começar a ser "Os Sertões" admito que não tinha uma boa noção do que me esperava. A linguagem jornalística e os temas científicos e sociais mostram um caráter sério para o livro que na verdade, se lido com emoção, é justamente o oposto. Euclides da Cunha deixa transparecer sua opinião bem como os sentimentos. Mas é preciso saber lê-los e interpretá-los. Cabe lembrar também que muitas das ideias da época foram derrubadas e hoje estão desacreditadas e até mesmo repudiadas. Ao descrever a população brasileira, Euclides de faz valer das teorias sociais da época e podemos notar, com nossa visão analítica social contemporânea, um claro favoritismo a etnia europeia. Mas o que faz valer a pena a leitura é Canudos. A epopeia de Antonio Conselheiro e seus seguidores pelos sertões é magnífica. Sujeito louco ao mesmo tempo inteligentíssimo, Conselheiro desponta como uma das figuras mais interessantes da nossa história. A guerra de Canudos é retratada com riqueza de detalhes , de modo que a perplexidade do leitor é absurda. Não achei, devo ressaltar, uma leitura tão sofrível como me fiz crer que seria. Ler "O Sertões" é saber enxergar sentimento onde apenas se lê palavras distantes e denotativas. É ver o belo em meio o horror. O horror de Canudos.
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Jayme 31/01/2014

"Os sertões" é incontestavelmente uma obra ímpar que Euclides da Cunha nos apresenta numa linguagem rica e variada, mostrando o que aconteceu em Canudos, não apenas como um fato histórico, mas como como um estudo crítico da sociedade brasileira.

Euclides da Cunha cumpriu seu objetivo ao escrever este livro, denunciando a situação miserável do caboclo nordestino abandonado pelo governo, que ao invés de resolver os problemas nada mais faz do que intervir com violência e crueldade.

Leitura obrigatória tanto pela importância histórica quanto pelo talento de um grande escritor.
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Karlinha 30/01/2014

os sertões
o livro fala do nordeste, de como era a terra e as pessoas, e seus costumes. fala da seca e do sufoco que os nordestinos passam. fala principalmente da guerra dos canudos com detalhes. é um libro da literatura brasileira muito rico em dizeres nordestinos e que relata uma realidade que a muito tempo acontece.
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 11/06/2013

Euclides da Cunha - Os Sertões
Ateliê Editorial - Edição comentada e anotada - prefácio de Leopoldo Bernucci - Edição comemorativa de 2009 (primeira edição 2001).

A linguagem euclidiana, ao mesmo tempo caudalosa e jornalística, barroca e científica, não tem similar na literatura nacional e também não pode ser enquadrada em qualquer estilo literário da época ou posterior. Uma definição mais aproximada de Os Sertões é a do crítico e ensaísta Afrânio Coutinho que definiu o livro como “obra de ficção, narrativa heróica epopéia em prosa, da família de Guerra e Paz, de Canção de Rolando, cujo antepassado mais ilustre é a Ilíada”. O fato é que Euclides da Cunha (1866 - 1909) desperta sentimentos contraditórios nos leitores, oscilando entre a paixão e o ódio, mas é um autor fundamental para compreensão da formação do sentimento de nacionalidade brasileira, juntamente com Gilberto Freyre e Darcy Ribeiro.

Esta edição da Ateliê Editorial é fundamental para melhor apreciação do clássico Os Sertões, apresentando cronologia, mapas, fotos de época, índice onomástico e cerca de três mil notas que ajudam a transpor as dificuldades textuais, históricas e geográficas da obra, economizando o tempo do leitor em consultas a dicionários e busca por termos científicos, principalmente nas duas partes iniciais: A Terra e O Homem, nas quais Euclides da Cunha apresenta uma detalhada descrição da geografia e geologia nordestinas e a influência na formação do homem como produto do meio.

No entanto, é na terceira parte, A Luta, que encontramos a recompensa por ultrapassar as barreiras estilísticas e linguísticas das duas partes iniciais e que marca definitivamente Os Sertões como uma obra de criação literária, apesar de não ficcional. O conflito de Canudos, liderado pelo fanático religioso Antônio Conselheiro, é relatado em cada uma das quatro expedições militares que foram necessárias para vencer a resistência da comunidade sertaneja, finalmente massacrada. Euclides conseguiu desmascarar, nas grandes capitais brasileiras, a ideia de que os rebeldes de Canudos eram partidários de um movimento monarquista contra a república.

O trecho abaixo, para sempre eternizado na definição da antropologia do sertanejo, fica como exemplo da prosa euclidiana, da riqueza de antíteses em expressões lapidares como "Hércules-Quasímodo", uma obra-prima que permanece vibrante e atual, cem anos após a sua criação, mesmo com a exuberância e complexidade linguística tão rara em nossos dias.

"O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas. É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos. O andar sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e sinuoso, aparenta a translação de membros desarticulados. Agrava-o a postura normalmente abatida, num manifestar de displicência que lhe dá um caráter de humildade deprimente. A pé, quando parado, recosta-se invariavelmente ao primeiro umbral ou parede que encontra; a cavalo, se sofreia o animal para trocar duas palavras com um conhecido, cai logo sobre um dos estribos, descansando sobre a espenda da sela. Caminhando, mesmo a passo rápido, não traça trajetória retilínea e firme. Avança celeremente, num bambolear característico, de que parecem ser o traço geométrico os meandros das trilhas sertanejas (...)”

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Felipe 22/01/2013

Um documento vivo de grande parte do Brasil
Como já visto em resenhas anteriores, o livro escrito por Euclides da Cunha é difícil de ser lido, principalmente por causa do vocabulário rico de palavras desconhecidas,e que em geral não são mais usadas hoje em dia, talvez a dificuldade de ler este livro esteja na idéia de que ele seja como os outros livros, com uma narração de uma história por exemplo, quem está acostumado a ler livros assim vai "quebrar a cara" quando começar a ler "Os sertões".

Na verdade o livro é de caracter descritivo, então voce tem que ler sem precisar necessariamente imaginar o que se está lendo, uma vez que Euclides se utiliza e escreve levando-se em conta suas observações, bem como seu conhecimento acerca de paisagens, climas, plantas, etc.

Mas o livro fica muito bom quando chega na parte em que o autor desvenda a personalidade de Antonio Conselheiro e parte para a luta, a revoluação de canudos, e olha que só terminei o volume 1, já começarei sem sombra de duvida o volume 2
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Arsenio Meira 06/01/2013

Minha opinião: indispensável a leitura de "Os Sertões". É culto, mas não é modelo de estilo, pois Euclides viveu a Belle Époque, e escrevia tal qual Olavo Bilac desfiava os seus sonetos. Mas o livro é de gênio.

Nos deu de bandeja, há mais de cem anos, a realidade do sertão, do sertanejo, e da omissão do Estado. Prenunciou e denunciou a triste realidade, ao que parece, perene: o nosso atraso como civilização. A ausência da cidadania, o descaso do poder Público e etc.

Tenho a impressão que Euclides começou o livro tentando detonar Antônio Conselheiro e a Revolta de Canudos, mas terminou emocionado pela coragem e a persistência dos revoltosos e escreveu um grande épico.

Importante observar que Robert Lowell, poeta americano de excelente cepa, só leu a tradução, mas chancelou definitivamente a obra do grande escritor brasileiro. Lowell considerava o épico de Euclides superior a "Guerra e Paz", de Tolstoi. Não é pouco.
Cardoso 16/10/2015minha estante
Você apagou mas eu comento mais uma vez: seu comentário é um plágio de uma opinião do Paulo Francis.


Phelipe Guilherme Maciel 04/12/2019minha estante
Verdade. Este comentário é um plágio de Paulo Francis, que pode ser evidenciado:
https://garimpoliterario.wordpress.com/2015/07/23/artigo-um-guia-para-ter-cultura-paulo-francis/

Não é um problema citar as idéias de outras pessoas, desde que isso seja devidamente creditado.


Margô 28/04/2022minha estante
Vixe Maria... plágio de resenha aqui no Scoob? Qual necessidade? Eu já estava aprimorando aqui um comentário à altura da resenha tão comedida, acertada, e ia parabenizar o autor, Arsênio Meira...rsss. Só que com certeza Paulo Francis já sabia, que Euclides da Cunha mudou de opinião em relação ao sertanejo, na labuta da guerra, já que esta informação é pública e notória...
Valeu Cardoso pela atenção ao texto, e à Arsenio por nos presentear com uma pérola do saudoso Paulo Francis.??


Rezendeneto 26/05/2023minha estante
Só podia ser rubro negro pra plagear uma resenha.


Margô 29/05/2023minha estante
?????


ffgss 13/07/2023minha estante
Coronel Moreira Cesar manda lembranças


Margô 27/07/2023minha estante
Kkkkkk...


JosA225 28/12/2023minha estante
Assim começa uma revolta popular. É só misturar governo que não sabe resolver os problemas do povo e juntar uma pitadinha de messianismo e teremos uma grande revolta. Ninguém dos moradores de canudos sobreviveu para contar história. Um grande livro.




André 28/11/2012

Os Quasímodos de Euclides da Cunha
Um dos eventos mais intrigantes da História do Brasil, a Guerra de Canudos, camuflada no pó oficial e regional. Pó de barro rachado. Pó de barro alagado. A jovem Republica, herdeira dos vícios do velho mundo, tentou sufocar esse fenômeno sem precedentes de religiosidade e tenacidade. Duas donas teimosas: Uma suicida as mudanças da imposta modernidade, a outra, autoritária aos costumes locais. O casamento desses fatores, ou o desquite, alavancou o choque cultural dessa batalha mitológica.
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José Vítor 27/11/2012

Canudos- Realidade Histórica
Para começar, gostaria de dizer que Euclides da Cunha era um cara muito, mas muuuuito inteligente. Um jornalista que é destinado á acompanhar o movimento anti republicano em Canudos, dirigido por Antônio Conselheiro, que no caminho ao arraial, faz reparações e explicações minuciosas sobre tudo que diz respeito ao sertão nordestino. Relevo, clima, vegetação, fauna, análise sobre o povo, o modo de vida dos mesmos, etc.
O livro começa com uma descrição profunda sobre os aspectos físicos do nordeste, onde Euclides faz explicações sobre tudo aquilo que ele presenciou, e não deixa de fazer citações e comparações entre os aspectos nordestinos, comparando- os com outros biomas e países. Confesso que no início, o livro é chato. Muita descrição. Mas, ao chegar na parte do "Povo", onde ele narra a história de Antônio Conselheiro, você se prende á narrativa.
Suas citações com bases em estudos já existentes de grandes pesquisadores (onde ele não deixa de dizer o nome de cada um deles), me fez pensar no quanto que "Os Sertões" ensinou ao povo sobre a vida nordestina e quanto ensinou ás pessoas assuntos relacionados á Geologia, Geografia, Sociologia, Antropologia, entre outras coisas mais.
Acredito que na época da sua publicação, foi um livro muito impactante para o "novo Brasil" que acabava de se formar com a instauração da República. Ensinou àqueles que não conheciam o nordeste, os aspectos já citados e mostrou como verdadeiramente foi a Guerra de Canudos.
Para mim que sou baiano nordestino, é empolgante conhecer mais profundamente um fato que realmente aconteceu perto da minha cidade, e orgulhar- me mais uma vez da valentia e resistência do povo nordestino, que além de aguentar as agruras do sertão, tiveram que resistir aos inúmeros levantes contra sua terra.
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Valeria 18/11/2012

muito ruim
Esse livro é muito ruim , longo chato , euclides da cunha não soube escrever ,massante e cansativo , não gostei mesmo terminei por ser trabalho de escola .
Victor 29/03/2013minha estante
Um dia quando você tiver mais maturidade você tenta lê de novo.


lili20 10/09/2020minha estante
Maturidade é respeitar as opiniões e gostos alheios!
Se o colega Victor gostou tanto do livro, seria mais produtivo fazer sua própria resenha, se ainda não o fez.

Quanto a colega Valeria, creio que Euclides sabia escrever sim, pelo menos gramaticalmente.
Creio que ele jamais escreveria maçante com dois 'ss'...




spoiler visualizar
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Felipe 21/09/2012

"A história do homem é a história da dor" (Nabokov)
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