Os sertões

Os sertões Euclides da Cunha
Walnice Galvão




Resenhas - Os Sertões


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ciliane.ogg 18/04/2024

É inacreditável que eu tenha demorado uma meia vida para ler esse livro. Euclides da Cunha escreve um livro tão bom que num primeiro momento as pessoas liam como um romance e só depois perceberam que ele escrevia sobre o passado do Brasil.
Passado esse que está muito presente, onde uma indignação, uma forma de se estruturar enquanto sociedade, quando as elites econômicas perceberem um mínimo de autonomia da população, virão armas, fogo e uma ideologia bonita dizendo que salvamos os brasileiros novamente.
Nessa época, quando por um golpe de Estado, foi promulgada a República, o povo ficou alheio à esse processo, pois como sempre estava preocupado com o básico da vida (alimentação, moradia, vestuário). E como sempre, o governo não fez sua parte que era proporcionar o bem estar da população.
Então, os brasileiros fizeram aquilo em que são bons: tentaram promover esse bem estar sem o governo, com suas próprias forças. E como diz Euclides, "foi um crime". Mataram a maior parte das pessoas de Canudos, degolaram seus pescoços e resolveram o problema do país apresentando um amontado de corpos esquálidos, mulheres, crianças e jovens sem muita força no corpo.
Canudos assusta , pois lembra aos governantes desse país que o brasileiro sem saída, arranca na unha uma outra possibilidade de vivência, orgulhoso, coluna ereta, com brio para poder encarar seus filhos nos olhos e não sentir vergonha.
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MonstrosAlados 14/04/2024

Tortuoso, sofrido e comovente
Minha curiosidade sobre Os Sertões vem da época da escola, quando o capítulo sobre a Guerra de Canudos trazia um dos parágrafos finais, começando com "Canudos não se rendeu." O parágrafo causou uma forte impressão em mim, pela forma que o autor deixava transparecer a força do sitiados. Mais de quinze anos passados, decidi por fim ler a obra.
Não se trata de uma leitura fácil. Além das dificuldades esperadas na leitura de um texto com mais de 120 anos, decorrentes das evoluções naturais da língua, o texto de Cunha em vários momentos apresenta outros desafios: explicações científicas (ou cientificistas) demais, preconceitos raciais típicos do final do século 19 e início do século 20, excesso de terminologia marcial. Estes aspectos do livro fazem a leitura parecer morosa e enfadonha.
Entretanto, a narrativa brilha quando o autor descreve os problemas humanos da guerra: as perdas, as dores, os reveses, as vitórias e as derrotas da guerra. O tom que Cunha usa para narrar sobre Conselheiro e seus seguidores passa de hostil a neutro a simpático, mostrando que, com o andar das campanhas, o autor passa a enxergar os fanáticos de Canudos não como os terríveis vilões que a propaganda da guerra pintava, mas como humanos desesperados, buscando na fé um alento. Ainda que desvairados nas crenças supersticiosas, eram pessoas em sofrimento.
É essa a beleza de Os Sertões: a humanização do inimigo, a capacidade de entristecer-se com a dor daquele que está do outro lado do campo de batalha.
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Renata Molina 12/04/2024

Esclarecedor
Achei um livro esclarecedor, uma caixinha de surpresas, porque foi uma guerra muito sangrenta, posso estar exagerando, mas acho que só perde para a guerra do Paraguai. E quase não se fala da guerra em Canudos!
O início é bem descritivo e difícil. Eu desisti uma vez e depois retomei por conta disso, mas insisti. Depois é mais tranquilo e você vai se acostumando com o autor.
Recomendo.
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Marcelo 05/04/2024

Uma narrativa extremamente importante para o Brasil
Acho q a importância deste livro esta toda carregada na parte "A Luta".
As outras partes são importantes, mas muito difíceis de ler, uma dica, vá direto para a Luta
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Giih 05/04/2024

?Não temos unidade de raça. Não a teremos, talvez, nunca.?
Tive bastante dificuldade para terminar este livro. Escrita muito densa, palavras antigas e complicadas, mas já estava esperando por isso. Fui ouvindo o audiobook e acompanhando pelo kindle, o que me irritou um pouquinho também, já que o áudio não estava fazendo jus à leitura em si.
Fiquei curiosa para ler assim que minha professora de história me indicou, e não me arrependo, independente da demora. Muito interessante, descobri coisas que eu ainda não sabia.
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Dressa gratiluz 27/03/2024

Os Sertões ???
Realmente, a escrita de Euclides da Cunha é uma experiência única. A forma como ele escreve os fatos faz com que a história ganhe vida. O livro é absurdamente descritivo e analítico, então, ao mesmo passo que isso é algo bom para se 'localizar' no enredo da problemática, em alguns pontos pode chegar a ser enfadonho, embora o autor escreva majestosamente bem. Além disso, é um livro muito extenso, então a leitura acaba se tornando cansativa por esse fator também.

Pontos interessantes ainda não comentados: não é só sobre Canudos que o livro trata. Há uma riqueza em caracterização de outros assuntos também, o que faz com que a experiência seja ainda mais vasta e enriquecedora. No entanto, admito que não li integralmente todo o livro, pois, ao meu ver, algumas partes são facilmente 'puláveis' para que a experiência do leitor se torne mais confortável, pois, como eu já mencionei anteriormente, é um livro com muitos detalhes, e nem todos são tão essenciais assim para a história. Logo, se "pulados", contribuem para que o processo seja mais fácil e interessante!

Mas é claro que quem desejar ler integralmente TUDO, tudo mesmo, fique à vontade. Mas na minha opinião, é cansativo e desnecessário para a compreensão da história.

Por tais motivos, minha avaliação para esse livro é de 4,5 estrelas.
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Sakurazuka 21/03/2024

O livro é narrativo, muita informação importante para quem quer saber mais sobre o assunto. Porém é um livro cansativo demais.
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Thaylla24 03/03/2024

Eu esperava mais da parte da luta
Sem emoção, muio Sei lá
Não tem sal e nem tempero
Tem partes que são boas mais a maioria não ?
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Kamilly191 28/02/2024

Retrato épico da nossa história
?Os Sertões? é uma imersão profunda nas entranhas áridas e na alma pulsante do Brasil selvagem. Cada página é um convite para conhecer a história, a cultura e a humanidade que habitam essas terras ásperas e desafiadoras do nosso Nordeste. Como nordestina, foi uma experiência que ressoa com a minha própria história e identidade, pois o livro retrata com sensibilidade a beleza e a brutalidade da vida no interior do Nordeste. É uma jornada de reconexão com as paisagens, as pessoas e os desafios que moldaram a minha região, enriquecendo minha compreensão e apreciação do lugar de onde venho.
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SmildenFor 12/02/2024

Nossa linhagem.
De fato não somos brancos, nem negros, nem índios.
Os europeus que aqui chegaram vieram fugidos ou foram deportados. Só os pobres.
Somos miscigenação e lastimo quem pensa que é descendente disso ou daquilo. Somos o resto dos mais fracos de duas horrendas guerras mundiais.
Todavia temos a nossa força na mistura e devemos ter orgulho dela, e parar com essa bobeira de segregação. A própria Europa não nos reconhece como deles.
E para quem não concordar, o próprio autor embasa que os sertões foi formado pelo segregados de SP, RJ e MG principalmente. Pelos bandidos.

O que também não justifica Antônio Conselheiro ter se rebelado e convertido tanta gente.

Eu conheço 11 estados, e ainda pretendo conhecer todos os demais. E é emocionante ver como cada estado tem sua cultura. Isso é o mais lindo do Brasil, a diversidade que nos faz um.
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Paulo1844 08/02/2024

A leitura de "Os Sertões" de Euclides da Cunha foi uma experiência verdadeiramente cativante. Desde as primeiras páginas, fui imerso em um mundo de paisagens áridas e personagens vibrantes, cujas histórias me tocaram profundamente. A escrita detalhada e envolvente de Euclides trouxe à vida o sertão brasileiro de uma maneira que me fez sentir como se estivesse lá, testemunhando cada cena e cada emoção. A cada virada de página, me vi completamente absorvido pela narrativa, compartilhando as alegrias e as dores dos sertanejos. Foi uma leitura que me deixou emocionado e profundamente impressionado pela habilidade do autor em retratar a complexidade e a beleza desse universo tão singular.
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Lidiane.Miotta 08/02/2024

Difícil mas extremamente necessário
"Os Sertões" tem um início difícil por causa da linguagem da época usada e do uso de muitas palavras técnicas, de biólogos e geógrafos, para descrever a paisagem.

O autor faz o leitor acompanhar a sua viagem e assim nos mostra a mudança de paisagem até o coração do Sertão, em Canudos. Essa forma de apresentar a localidade e de narrar o Sertão como um personagem que participa ativamente da Guerra de Canudos é um dos pontos mais fortes e cativantes do livro.

A descrição das lutas travadas são também o que mantém o leitor atento e preso a história, mesmo sabendo o fim da história torcemos sempre para Canudos. Apesar de muitos trechos de livro se basearem em documentos oficiais a história de Euclides não tem um lado e a leitura não é nem enfadonha, nem difícil.

Pensamentos comuns da época, que nos dias de hoje não são aceitos de forma alguma estão presentes. Mas lê-los é necessário! Porque é ver acontecimentos e pensamentos que ainda existem nos dias de hoje. Ler e se indignar é saber que estamos melhorando como sociedade.

site: https://www.instagram.com/garotafromthebook/
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Rodrigo Kimura 02/02/2024

Livro incrível
A leitura é bem densa, principalmente nos dois primeiros livros: A Terra e o Homem. Depois, na Luta, fica relativamente mais fácil a leitura, mas ainda assim bem complexa. O livro retrata a Guerra de Canudos, um evento de certo modo, bizarro na história de nosso país.
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