Os Sertões

Os Sertões Euclides da Cunha
Walnice Galvão




Resenhas - Os Sertões


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Maria.Julia 14/04/2021

Os sertões, literatura clássica brasileira.
Confesso que ler essa famosa obra de Euclides da Cunha foi um verdadeiro desafio. A escrita um tanto quanto densa, rebuscada do autor, tornou a leitura mais lenta e complexa, foi até preciso pesquisar um pouco mais sobre o livro para que de fato eu pudesse ter uma melhor compreensão e um maior domínio de leitura. Contudo, mesmo sendo um estilo de escrita mais complexo, o livro possui uma característica que eu gosto muito, ele é muito descritivo, narrando não só o conflito de canudos, mas a personalidade dos envolvidos e o sertão que foi palco para tais acontecimentos. É um livro interessante pela quantidade de informações que nos passa, por exemplo a parte que Euclides faz a narrativa geográfica da região nordestina, descrevendo o relevo, clima, solo e a vegetação da região, carregado de inúmeros termos técnicos. Além disso, o autor faz uma análise crítica e cirúrgica em relação a guerra de canudos, onde é explicitada as diversas diferenças sociais no Brasil, e que se refletirmos, permanecem até os dias atuais, com outras roupagens é claro, mas com a mesma essência, a supremacia da elite se instituído sobre os menos favorecidos, através de muita exploração, infamidades e injustiças.
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Marcu 01/04/2021

Fanatismo e vingança.
Apesar de acreditar em um determinismo racial, típico do seu tempo, o autor faz uma denúncia que se contrapõe à demonização do sertanejo levantada pela mídia e pelo povo. 

 O fanatismo religioso narrado é o resultado do sofrimento do sertanejo e sua inclinação ao divino. É como se o jagunço elegesse Antônio Conselheiro. Este, por sua vez, abraça o papel medonho. A história está repleta de exemplos como esse. 

  Conselheiro ameaça assaltar um povoado para conseguir madeira para a construção de uma igreja em Canudos. O governo fica ciente desse evento e, posteriormente, de outros considerados ilícitos. Isso marca o início do conflito.

 A princípio o inimigo é visto com um bando de mendigos. Subestimam. O ambiente árido beneficia o jagunço. Diversas ( pequenas) expedições são feitas. Mesmo após sucessivos fracassos, surpreende o quão desgraçada uma expedição rumo a Canudos pode ser. Em uma delas, o exército foge e deixa um sem número de armas e munição. Em seguida, o clamor nacional pela punição só aumenta e isso influencia o governo na busca de uma vingança, uma demonstração de ordem ( também já vimos um bocado disso, ou melhor, vemos).

 Os rebeldes acreditam que devem lutar até a morte para fazer jus à salvação divina e o exército, por sua vez, não os poupa ( degola ou corda) nem elabora nenhum tipo de negociação, o intuito é matar. O fanatismo religioso e a impiedade do exército faz com que o último jagunço lute até a morte. Tem-se a denúncia do crime.

 
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sara 29/03/2021

Acho que esse livro desperta muito sobre a realidade nacional, aquela realidade que não é retratada nos livros de história e que muitas pessoas de algumas regiões do Brasil nem sonham que existe. A descrição de tudo que foi real e ainda é, parece um soco no estômago!
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Guilhermo del Toró 23/03/2021

Um livro importante para a cultura brasileira e nordestina, apesar de ter uma linguagem difícil e algumas partes entediantes, é uma ótima leitura na visão geral
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Carolina 14/03/2021

O sertanejo é, antes de tudo, um forte!
A leitura é bem densa e eu diria até pesada. Pesada no sentido de muita informação, muito tecniquês, muita geografia/geologia no começo e pra quem não tá acostumado, pode ser um motivo de desistência.

Porém, é essa mesma riqueza de detalhe que encanta o leitor que realmente quer descobrir o que aconteceu em Canudos e com Antônio Conselheiro. E também, entender o que as pessoas que lutaram (e morreram) em Canudos passaram para sobreviver ou antes de morrer.

Um grande clássico brasileiro que vale a pena ter um espaço na sua meta de leitura.
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Laércio Damião 04/03/2021

Que livro rico...
O livro começa um tanto chato, com umas descrições geográficas bem confusa, que dão até sono. Pensei em abandonar, mas dei uma pesquisada, vi alguns comentários e resolvi continuar...
O livro se torna fantástico. A descrição do sertão e de seus povo é muito bem narrada... É nítido nas palavras de Euclides o encantamento pelo que ali viu. (...o sertão é um paraíso). Amei o fato de ele citar minha cidade no livro. Amei a descrição real e sem filtro de todas as paisagens e fatos acontecidos.
O livro merece 5 estrelas! Se você que está começando, está achando chato, dê uma oportunidade, não irá se arrepender.
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RafaelM 28/02/2021

"Trata-se de um crime, vamos denuncia-lo"
Euclydes da Cunha.

O livro narra a ascensão e queda de Canudos, situado em Monte Belo, no nordeste brasileiro.
A transitória de Antonio "Conselheiro" e de boa parte do exército brasileiro somado a forças polícias, num luta épica por uma utopia religiosa até o seu fim, trágico, cruel, eternizado.
O que o torna mais clássico é que foi uma história real, cravada para sempre entre tantas outras ocorridas nesse imenso território chamado Brasil.
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Tamiris 15/02/2021

Uma história trágica!
O livro é estruturado em três partes a terra, o homem e a luta

A primeira parte Euclides irá explicar a geologia do Sertão como é o clima, a vegetação, o solo, o relevo e etc... Detalhadamente o que acontece em todo o livro é bem minucioso, por se tratar também de uma obra jornalística e historiográfica.

A segunda parte fala sobre o homem, como era o sertanejo, o jagunço, a cultura, raça, religião e inicia a história do Antônio Vicente Mendes Maciel vulgo (Antônio Conselheiro) sua infância, sua juventude até o ponto em que se torne esse ícone.

A terceira parte entra a luta, as expedições enviadas para destruir canudos.

Para mim a primeira parte foi maçante foram 14% sem entender direito o que ele escrevia, adoro geografia, mas não tive conhecimento suficiente para entender os detalhes minuciosos do solo, da vegetação, do ar e etc. Uma coisa que me chamou atenção nessa primeira parte e a mumificação de cadáveres pelo clima, vi isso também na morte vida Severina. Não conheço pessoalmente o clima do nordeste (sertão), mas fiquei imaginando.

Quando finalizou a primeira parte pensei pronto agora vou entender, mas Euclides tem uma linguagem muito difícil. Diversas vezes me peguei divagando era bem complicado me concentrar e para ler esse livro precisar estar concentradíssimo na leitura. Mas foi interessante conhecer as características do povo que a habita o sertão e toda sua cultura. Gostei de conhecer a história da Antônio Conselheiro e deu vontade de ler outros livros, mas fáceis sobre ele.

Na terceira parte foi assustador ver Canudos sendo destruído e cadáveres e mais cadáveres amontoados. Algumas histórias me chamaram a atenção, diante de tantas trágicas uma delas de um moço que qualquer pergunta que faziam para ele respondia “Sei NÃO!” Ai perguntam como quer morrer “de tiro”. Pois há de ser a faca!”e quando a faca enfia no seu pescoço com o sangue borbulhando, gargarejando com o sangue anda grita “Viva o bom Jesus!.”

Esse trecho resume um pouco a força desse povo “Aqueles homens que chegam dilacerados pelas garras do jagunço e pelos espinhos da terra eram o vigor de um povo posto à prova do ferro, à prova de fogo e à prova de fome.”

Lutaram até todos morrerem.

Foi uma leitura longa, acho que foram uns 3 meses.

Pela sua importância a obra vale 5 estrelas, mas dei três pela minha experiência com a leitura.
Pedro Moreira 15/02/2021minha estante
Excelente resenha!


Tamiris 15/02/2021minha estante
Obrigada ?




Rafaela.Moura 06/02/2021

PERFEITO!!
Comecei o livro sem muitas expectativas, a leitura inicial é difícil devido as palavras arcaicas, mas passado esse pequeno obstáculo a leitura segue e flui bem. Esse livro me deixou muito impactada é minha primeira leitura de os sertões e me arrepiei com os fatos narrados. Se tornou meu livro nacional preferido. Lindíssimo!

" Vimos como quem vinga uma montanha altíssima. No alto, a par de uma perspectiva maior, a vertigem..." - Os Sertões
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Germano.Pereira 02/02/2021

Os sertões
Esse livro tem uma linguagem bem peculiar, eu não compreendi a história, porém mesmo assim terminei de ler o livro sem entender nada.
WALISSON 02/02/2021minha estante
Perseverou até o final




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Marcio.Barbosa 26/01/2021

Magnífico porme difícil
A leitura não é fácil, principalmente se você observar que é um livro de décadas atrás, mas ao concluir vem a recompensa de que vc agora detém um pouco de conhecimento a cerca da história do Brasil e para os nordestinos tem um gostinho especial. Recomendo a todos, mas é preciso ter paciência.
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Pretto 05/01/2021

Nunca gostei de ler livros ?literários?, aqueles que nos são passados na escola porque são cobrados no vestibular. À exceção de Pessach: A Travessia, de Carlos Heitor Cony, sempre achei esse tipo de livro muito fora de realidade, uma leitura cansativa e pouco interessante.
Resolvi dar uma chance a Os Sertões basicamente por dois motivos: o primeiro, por ter sido escrito por Euclides da Cunha, um engenheiro como eu; o segundo, por retratar a Guerra de Canudos, assunto pelo qual sempre tive um grande interesse e gostaria de me aprofundar.
Porém, logo no início, me lembrei do porquê das ressalvas que eu tinha para com este tipo de livro. O português utilizado pelo autor é de um formalismo deveras exagerado. Mesmo considerando que o texto foi escrito no início do século XX, me parece que o autor buscou sinônimos que tornassem suas frases mais cultas de maneira não natural, já que outros livros da época não utilizam do mesmo tipo de linguagem. O resultado disso é uma leitura lenta, cansativa ao extremo e pouquíssimo atrativa.
Além disso, o autor passa boa parte do início do livro retratando fielmente os aspectos naturais do sertão (talvez por isso engenheiros não devem ser bons escritores kkkk) e a constituição do sertanejo (incluindo alguns pontos em que se pode observar um racismo inerente à época), o que apenas contribui para deixar o livro ainda mais massante.
De todo o modo, resolvi continuar a leitura pois ainda havia a Guerra de Canudos em si como atração. Quando o texto enfim começa a explorar o conflito, a leitura melhora um pouco. Entretanto, as escolhas lexicais do autor continuam prejudicando a fluidez, que também é afetada pelo detalhismo de Euclides da Cunha em diversos trechos, como por exemplo quando ele lista todos os batalhões que formavam as brigadas que atacaram o vilarejo de Conselheiro.
Minha conclusão em relação à obra como um todo é que ela ficou antiga. Diferentemente de outros clássicos que são atemporais, Os Sertões não envelheceu bem. Seu português ficou antigo, seu racismo ficou antigo e, talvez, até mesmo sua relevância tenha ficado antiga. Dei uma nota 2 mais em respeito ao que este livro já representou em algum momento de nossa história e porque, mesmo que aos trancos e barrancos, conseguiu cumprir minimamente o segundo objetivo de minha leitura que era conhecer mais sobre a Guerra de Canudos.
Jessie 05/01/2021minha estante
Acho que mesmo sendo engenheiro escreve bem hehehe


Pretto 05/01/2021minha estante
Ehhehehe obrigado ?


Fenelondasneves 10/05/2021minha estante
Cara, é isso. Também comecei a leitura por ser um "clássico" e muitas pessoas recomendarem ( a maioria talvez, nem tenha lido realmente). Desisti no meio do caminho. Igual você descreveu, o autor usa muitas palavras rebuscadas, que, já na época, não eram usuais, abusa de "conceitos" racistas, aliás, uma das poucas partes que é possível entender é essa. Pretendo tentar lê-lo novamente. Já abandonei três vezes.




Ize 23/11/2020

A primeira parte é lenta e chata. A segunda parte e mais interessante, mas continua lento. O final do livro é muito bom.

Um ótimo livro para compreender um pouco mais da história do país de forma sociológica, antropologia, histórica e política.
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