Andrea 21/03/2015"Tive um ataque de pânico no brinquedo Spaceship Earth. O passeio, a viagem por 40 mil anos — os egípcios, os romanos, o futuro —, só me fizeram pensar que éramos todos pequenos e insignificantes e fingimos que nossas vidas têm importância, mas, na verdade, somos irrelevantes. Tudo acaba. Os anos. As gerações. As civilizações. Todo mundo morre. Olhei por sobre a borda do carrinho e tudo o que vi foi um buraco negro sem fundo. [...] nada era para sempre. Nada era inquebrável. Tudo estava condenado. [..] e eu era insignificante, sem sentido, nada tinha sentido."
Acho que esse trecho resume todo o livro pra mim, apesar de a história ser bem mais divertida e fofinha que esse momento deprê. Mas por ele, você entende toda a motivação da April e a razão porque ela tomou todas as decisões que tomou.
No começo, não me identifiquei muito com a personagem (até brinquei que estava realmente me sentindo véia, já que entendi mais os adultos da história do que os personagens principais, hahaha), mas ela foi me ganhando aos poucos. E, bem, quando Hudson surgiu, não pude deixar de suspirar e shippar os dois. s2 s2
A história é bem YA, mas seguiu um caminho que eu não esperava. Quero dizer, meu lado pessimista sempre espera que o/a autor/a vai fazer merda no final, que o amor vence tudo e eu amo você eternamente e blá blá blá, então foi uma baita surpresa (feliz!) o desfecho da história. Não que seja triste, mas a vida da April não girou exclusivamente ao redor do "amor" da sua vida.
Ah sim, e menções honrosas pra querida Vi (quem não queria ter uma amiga que nem ela?) e pra Lucy, que me surpreendeu.
"Eu ainda não estava ciente do poder dos drinques com vinho. Claro, tinham gosto de limonada, mas antes que se desse conta você poderia estar na areia imitando sereias."