Digam a Satã que o recado foi entendido

Digam a Satã que o recado foi entendido Daniel Pellizzari




Resenhas - Digam a Satã que o Recado foi Entendido


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Aguinaldo 12/05/2015

digam a satã que o recado foi entendido
Pode ser que alguém ainda fique impressionado ao ler sobre sujeitos amalucados, trapaceiros e drogaditos, bebedeiras e traficantes, idiotas ligados a seitas religiosas, viciados em games e escatologia, mas definitivamente eu não consigo. Claro, eu sou um velho e cansado senhor, que já experimentou sua cota de literatura auto indulgente nesta vida, mas já se cansou destes malabaristas do verbo, simples assim. "Digam a satã que o recado foi entendido" é bem escrito, tem um par de bons diálogos e arrisca alguns experimentalismos interessantes, mas seus personagens e sobretudo os rasos dilemas existenciais que eles vivem são um porre só. O leitor precisa ser muito condescendente para continuar após as páginas iniciais e chegar ao fim do livro (que é pequeno afinal de contas). Nem vou me dar ao trabalho de descrever as tramas da narrativa e falar sobre o protagonista da história, Magnus Fortes, um sujeito que organiza roteiros turísticos alternativos em Dublin com a ajuda de dois amigos. Talvez seja o caso de esquecer de vez este livro bizarro. Nunca havia lido nada de Daniel Pellizzari, sobre quem tinha boas referências. Paciência. Talvez este livro seja apenas um desvio irrelevante de uma produção melhor, talvez, um dia veremos.
[início: 02/08/2013 - fim: 19/10/2013]
"Digam a satã que o recado foi entendido", Daniel Pellizzari, São Paulo: editora Companhia das Letras (coleção Amores Expressos), 1a. edição (2013), brochura 14x21 cm., 178 págs., ISBN: 978-85-359-2289-9

site: http://guinamedici.blogspot.com.br/2013/11/digam-sata-que-o-recado-foi-entendido.html
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Celso 14/08/2013

Cadê o Satã?
Mais um daqueles livros que nunca leria se não fosse recomendado pelo Clube de Leitura do Conjunto Nacional. Desta vez me deparei com uma leitura inusitada: Digam a Satã que o Recado foi Entendido do jornalista-escritor Daniel Pellizzari.
Vindo da Série Amores Expressos - projeto criado pela editora Companhia das Letras que levou há seis anos, 17 escritores brasileiros a 17 cidades do mundo para que escrevessem histórias de amor – Digam a Satã trata-se de uma história ambientada em Dublin, na Irlanda, e tem um humor despretensioso e inesperado.
Nas páginas desenrola uma narrativa contada por seis personagens diferentes. Na orelha do volume diz tratar-se da saga de alguns amigos que possuem uma agência de turismo especializada em locais mal-assombrados que não existem na Irlanda. Porém, infelizmente isso não é muito bem entregue ao leitor. Decepciona.
Para ser bem honesto, gostei do livro e fiquei com a sensação que o autor tinha uma proposta totalmente despretensiosa mesmo, por isso aceitável.
Em algumas críticas que li diz que o autor tem a proposta de fazer uma escrita polifônica, ou seja, com vários narradores. Porém, os personagens se parecem muito entre si e, principalmente, as mulheres não são bem construídas. Mesmo assim, dei uma boa gargalhada quando é revelada a verdadeira “identidade” de uma delas. (A palavra não seria “identidade”, mas usarei para não estragar a surpresa).
Não sei se vou ler outros livros da coleção que tem sido criticada no meio editorial por privilegiar nomes nacionais de um círculo fechado (vulgo “panela”) e ter como objetivo, inicial, o uso da lei Rouanet. Mas, se está a fim de dar boas gargalhadas, com um autor brasileiro, com humor fino e inteligente, recomendo adquirir o livro. E vá, sem grandes expectativas.



site: www.blogdocelsofaria.blogspot.com
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Lodir 14/08/2013

Samba do crioulo doido. Não tem pé nem cabeça. Fui ler esse livro porque assisti o episódio dele na série de tv "Amores Expressos", e me interessei porque já morei na cidade em que ele se passa, Dublin. Mas, infelizmente, apesar de ser bem curto, foi impossível chegar ao fim. A cidade e os personagens são má apresentados, os diálogos malucos, os temas sem noção. Ainda é contado por diversos personagens e o pior, alguns falando errado como se fossem caipiras brasileiros, quando são irlandeses. Entendo que o autor quis mostrar que estavam falando em inglês, mas é complicado quando o livro é escrito em português mas na história os diálogos acontecem em inglês, e ele não foi feliz. O livro na verdade sequer tem uma premissa bem apresentada, e fica a dúvida durante a leitura: por que mesmo eu estou lendo esse livro?
Leon' 11/09/2013minha estante
cara é exatamente isso


Portolese 25/09/2013minha estante
Acho que esse livro é mais uma piada interna pra quem gosta do autor mesmo, estou lendo e gostando muito, procure pelo livro Ovelhas que voam se perdem no céu.




Rafael 25/01/2021

Não é a superficialidade que aparenta ser
Tenho iniciado leituras de autores brasileiros contemporâneos após refletir sobre essa necessidade de ir além dos clássicos europeus e estadunidenses. Afinal, escrevo no Brasil do século XXI, é quase obrigação conhecer o que acontece ao meu redor. Até agora, não tive nenhuma leitura decepcionante ou coisa do tipo. Este livro de Daniel Pellizzari provavelmente não seria algo que eu pegaria pra ler do nada. Descobri de fato através de pesquisas. E eu gostei de sair da zona de conforto.

O livro, a princípio, pode parecer confuso. São vários personagens e com várias vozes narrativas, mas que no final tudo vai se encaixando. Eu gostei da forma que Daniel escreve, achei sólida e sem muita enrolação, tendo algumas reflexões bem importantes. Uma das coisas que me incomodou foi a voz que ele deu ao personagem Barry, distanciando um pouco do que seria um irlandês e, para além disso, algo meio batido. Claro, isso é apenas a minha opinião, pode ser que outras pessoas gostem. Mas, em geral, foi empolgante na maior parte do tempo e até engraçado ler a obra. 

Apesar de uma construção narrativa sólida, algumas partes me foram meio entediantes (como alguns trechos da galera dos ofídios lá). Porém, o último capítulo foi o que me fez realmente gostar do livro (até então eu só tava achando ok). A melancolia do final com a partida de Laura e os desfechos de Zbigniew e Barry, apesar de nada felizes, me causaram uma sensação boa em termos de leitura, algum impacto. Isso me vez refletir um pouco mais sobre tudo que havia lido ali, que tava nas entrelinhas, em relação a solidão, suicídio, alienação e toda essa atmosfera que permeia a vida urbana. Pode parecer uma narrativa qualquer, sem pretensão. Mas o final explica bastante o que o autor quis expressar.
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Mari 12/12/2014

O livro foi bem recomendado, mas confesso minha frustração durante e depois da leitura. Não peguei bem o fio da meada, e confesso quase não ter resistido a uma parte muito viajandona dos delírios de alguns personagens. Tem bons momentos, mas no geral, não me ganhou. =/
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David Atenas 09/01/2017

Desperdício de papel
Pellizzari desperdiçou muitas oportunidades de trabalhar melhor este livro.
Deixou claro, mais uma vez, que tanto ele quanto o Galera não são bons romancistas.
Aqui, há uma confusão quanto a linguagem irlandesa ao jeito que ele tentou "traduzir" pro português; estava mais para um paulistano que para um dublinense. O próprio protagonista, Magnus Factor, é mau trabalhado, assim como sua namorada, Stefanija, que merecia capítulos a parte, assim como tiveram vários dos personagens.
O emprego dele é inverossímil, e a tal inverossimilhança atinge boa parte deste livro quando se podia muito bem utilizar tanto a fantasia quanto a realidade, mescladas, por mais que o Pellizzari tenha mais experiência na fantasia que seu amigo Daniel Galera.

É um desperdício de papel.
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Henderson 28/12/2014

Bom livro
A primeira coisa que chama a atenção em “Digam a Satã…” é a bela capa colorida com motivos geométricos. Junte a isso a um título incomum e é uma ótima isca para “pescar” leitores desavidos numa estante de livraria.
A estrutura do texto também é incomum. É narrado em primeira pessoa, mas por seis personagens diferentes. Tecnicamente o nome disso é escrita polifônica. Até onde eu me lembre, só li um outro livro assim, o excelente Os rostos de Lenora, de Daltro Conrad.
O fio condutor da história é Magnus Factor, um imigrante sem origem revelada que mora em Dublin, Irlanda, onde se passa a história. Magnus é atraído por russas, o que para ele é qualquer mulher eslava – o par romântico dele acaba sendo uma eslovena. Ele e seus amigos que são donos de um city tour que passa por lugares assombrados de Dublin são um dos núcleos onde se desenvolve a história. Detalhe que os lugares são todos inventados por eles mesmos.
O outro núcleo é composto por uma seita esquistotérica maluca que acredita em ETs, batalhas cósmicas e no poder dos ofidios. Sim, cobras. Nesse núcleo está a melhor personagem de todas, Patrícia, uma pré-adolescente que faz excelentes reflexões sobre a vida, o Universo e todas as coisas. A revelação da verdadeira “identidade” dessa personagem, quase no final, é um dos pontos mais engraçados do livro. Seu queixo vai cair. Literalmente.
Parece que os dois núcleos nunca vão se cruzar, e você só sabe a relação entre os dois bem no final, nas últimas páginas mesmo. Aí todas as pontas são amarradas de forma coerente, apesar do autor deixar margem para interpretações a gosto do leitor.

Só acho que faltou um capítulo narrado pela namorada de Magnus, a Stefanija. Teria sido interessante, bem interessante. Poderia ser colocado no lugar do capítulo ocupado por um dos sócios de Magnus, o polonês Zbigniew, que eu achei totalmente dispensável.
No fim, você fica sem saber exatamente como classificar “Digam a Satã…”. Não é um livro de humor, apesar de ser sutilmente engraçado em alguns pontos. Não é um romance, apesar de ter um que conduz a história, e ele ser vendido como um. Mas é um livro divertido, que faz rir e pensar ás vezes. A estrutura é meio caótica, parece que nada faz sentido, mas de repente faz. Vale a leitura.
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Eduardo Mendes 07/01/2022

Sociedade amoral
Digam a Satã Que o Recado Foi Entendido é um romance que faz parte da coleção Amores Expressos, um projeto que enviou dezesseis escritores brasileiros a diferentes cidades pelo mundo, com a missão de escrever narrativas sobre relacionamentos amorosos. A trama escrita por Daniel Pellizzari se passa em Dublin, na Irlanda, e foge de uma história convencional de amor, aliás, passa bem longe disso.

São 3 narrativas completamente distintas, mas que se conectam em alguns momentos. Conhecemos a história do imigrante Magnus Factor, que se apaixona por uma garçonete eslava. Magnus tem uma ocupação no mínimo curiosa, ele trabalha numa espécie de “agência de turismo” que faz tour por locais mal assombrados em Dublin. Vale observar que os locais são todos fictícios, ou seja: Magnus e seus associados que também são imigrantes, são um bando de oportunistas se virando como conseguem.

Em outro núcleo acompanhamos os seguidores de uma estranha seita que venera deuses celtas. Já numa terceira narrativa seguimos um grupo de jovens que pretende praticar atos terroristas pela cidade.

A escrita flui bem, a história é interessante e Daniel Pellizzari narra o livro de forma dinâmica; alternando primeira, segunda e terceira pessoa. Além disso, encontramos algumas referências à cultura pop (música, internet, games). Em alguns momentos o autor vai pra um lado fantasioso e inclui até menções a deuses extraterrestres. Essa mistura entre realidade e sobrenatural é interessante e casa bem com a cultura folclórica da irlandesa que ambientam a trama.

O ponto alto são personagens inadequados num mundo caótico e sem muito sentido, tentando encontrar sua própria identidade mas se apropriando de ideias malucas como radicalismo político e religiões obscuras. De uma forma interessante Digam a Satã Que o Recado Foi Entendido aborda um tema que eu gosto muito: a decadência da nossa sociedade, que é em sua essência egoísta, amoral e podre.






site: https://jornadaliteraria.com.br/digam-a-sata-que-o-recado-foi-entendido/
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Beto 20/01/2015

Amores expressos.
Outro livro da série Amores expressos, por enquanto, dos que li é o mais fraco, as vezes até confuso.Digam a Satã que o recado foi entendido

“Lembro de Stefanija tentando me convencer a fazer suíngue. Dias e mais dias buzinando meus ouvidos com toda espécie de argumentos, tentando me dobrar ao que lhe parecia “bem emocionante”, “uma aventura”, essas coisas de mulher. Minha resistência estava, acima de tudo, relacionada a uma preocupação com os efeitos negativos que a presença de outro homem poderia causar no meu desempenho sexual, mas pelo menos era uma razão concreta. Concretudes não funcionavam com Stefka. Quando enfim cedi, ainda não totalmente à vontade com a ideia, ela respondeu com um tapa de mão aberta na minha bochecha direita. Depois vieram a choradeira e as reclamações: você não me ama de verdade, não me dá valor, quer que eu me entregue para qualquer um. “Entregar.” Verbo mais Stefkiano, impossível.

Daniel Pellizzari- Sorte sua, parcêro – Barry comenta quando acabo contando que Stefanija tinha ido embora. – Mulher só estressa o ambiente. “
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Ana Emilia 27/04/2015

Me surpreendeu
Um livro que foge do lugar comum que faz uso de várias vozes dentro da mesma história. Durante a leitura vamos conhecendo cada personagem pelo o que eles nos contam. Magnus ficou na Irlanda por causa de Stefanija, que depois o abandona. Então ele divide seu tempo entre jogar vídeogame e sua empresa de turismo de mistério, até conhecer Laura. Barry, sócio de Magnus, é o porra louca que tem raiva de todos, um hater por convicção. Patrícia pensa em morrer congelada numa montanha. No caminho conhece Demetrius, líder de uma seita que acredita que a única forma de nós reptilianos nos salvarmos do apocalipse seria o sacrifício de uma virgem.
Dois núcleos totalmente diferentes, mas que tem suas histórias cruzadas de forma bem surpreendente.
O que me agradou no livro foi o texto fluido, o humor que percorre todos os acontecimentos, em maior parte por causa do absurdo deles. As vozes das personagens também é outro ponto interessante. Quando comecei não pensei que gostaria tanto assim.
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Salfir 12/04/2017

Escritor tem voz?
Daniel mostra como o escritor pode usar diferentes formas de falar, de escrever e de contar uma história e ligar as diferentes narrativas em um livro bem fechado, apesar de muito aberto.
Para os leitores, vai ser como ler inúmeras histórias de diversos temas, de humor a machismo e drama. E notar como cada uma se envolve com a outra, de forma muito casada.
Aos escritores, bem, será um aprendizado de como escrever bem. Pois o livro é muito bem escrito. Além de tirar amarras sobre estilo, voz, e tudo que limite. Uma coisa que aprendi com esse livro é: escritor deve atuar nos mais diversos papéis.
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leonel 07/01/2021

sou grande fã do autor, mas esse livro aí falhou pra mim :(
digamos que se fosse uma sequela, seria como se fosse uma continuação mimizenta e chata de um adventure da lucas arts, tipo monkey island 4, em vez de ser um full yakuza like a dragon. até repetiu as piadas. tentei ler as partes do barry em voz alta fazendo a voz do dublador do primo cruzado pra ver se melhorava e até ajudou um pouco, mas não deu certo. no aguarde do próximo.
David Atenas 26/01/2022minha estante
Acho o autor interessante, mas esse livro é uma hecatombe. A única coisa que prestou nesse livro, foi a surpresa em relação a personagem meio wicca, lá. De resto...




Larem 11/08/2021

É ...
Sendo bem sincera comecei a ler o livro sem saber do que se tratava a história, não li sinopse, não conhecia o autor, nada. Desde o início o livro pareceu bem superficial, basicamente uma história sobre pessoas bêbadas/drogadas e tentativas de fazer sex*. O protagonista e seu amigo passam o livro INTEIRO correndo atrás de transar, não existe nada além disso na mente deles além de uma personalidade duvidosa (se é que eles tem alguma). A parte da seita é ilógica e se torna incrivelmente maçante. Além disso, trajeitos de escrita como o uso de palavras modificadas para sugerir um sotaque estrangeiro, como "idjota', não cumprem o papel e se tornam aspectos cansativos da leitura. No fim, eu fiquei com a sensação de tempo perdido e um livro completamente esquecivel, ou nem tão esquecível assim pois realmente vou me lembrar do quanto não gostei, mesmo se não lembrar de nenhum personagem direito.
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Leo 27/07/2022

Razoável
A escrita do autor é muito boa, em alguns momentos até me lembrou o "laranja mecânica" ao conseguir refletir a personalidade do personagem na forma que o texto é apresentado. A história é boa, a leitura empolga, mas o final não é dos mais emocionantes.
Vale a leitura de forma geral.
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