Resenhas - Baile de Gelo em Nova York

Glaucia 21/08/2013

Baile de Gelo em Nova York - Fabrice Colin
Nem sei como começar essa resenha. Ainda estou tentando entender, que história o autor tentou criar, mas não sei se fiquei mais confusa ao longo da leitura, ou com o final dela.

Em resumo, a história se passa com Anna Claramond acordando bem confusa, depois de ter sofrido um atropelamento em plena Nova York. Ao abrir os olhos, a principio pensa estar vendo um anjo, mas depois se dá conta, que o cara que está tentando ajuda-la é real. Seu nome é Wynter e ele até tenta oferecer ajuda, ou uma carona para ela, que nega, dizendo estar bem.

Ao olhá-lo com mais atenção, Anna tem a estranha impressão de conhecê-lo. Ele por sua vez, parece estar se divertindo com a confusão em seu rosto, mas se despede e vai embora. No caminho de casa, ela começa a se lembrar vagamente quem é, quem são os seus pais, onde mora, estuda...

Ao chegar em casa, é recebida pelo mordomo, e só então descobre que seus pais foram embora, ela só não sabe para onde, e o mordomo também não dá muitas pistas. Alguns dias se passam, sua rotina vai voltando ao normal, até que recebe um convite de Wynter, para ser sua acompanhante no Baile de Gelo, um dos eventos mais importantes da sociedade, e a qual todas as garotas queriam estar. Motivada pela amiga, ela decide aceitar. Mas na noite do baile, alguns eventos bem estranhos acontecem, e ela sofre um atentado, de alguém a qual ela já suspeita quem seja: O Máscara, um "maníaco" que a polícia de Nova York está atras, devido aos constantes sumiços de garotas da mesma idade que ela. Após esse evento, Wynter pede que ela fique na casa de sua família, para que ele possa protegê-la. Mas o tal Máscara, não desistirá, e logo ela percebe que pode ser a próxima vítima, só não entende o porquê!

É um enredo narrado em primeira pessoa, que se passa no futuro. Mas a narrativa é muito confusa. O autor é detalhista ao extremo, capaz de contar os ladrilhos do chão de uma sala, os pregos na parede... E isso cansa, muito! A leitura não anda, o entendimento do enredo não flui, é tenso. Não sei se só eu tive essa percepção, mas o fato é que não gostei nenhum pouco do livro.

Só fui começar a entender na última página, onde vem aquele parágrafo que responde as perguntas de um livro inteiro, aí você para, e fala sozinha: Então era isso?

Os personagens, apesar de terem relevância na história, são difíceis de se apegar, devido a falta de característica e personalidade nos mesmos. E o que mais me desagradou, foi a enrolação, a falta de emoção no enredo. Até os momentos que eram para serem tensos, românticos... passaram em branco.

Enfim, terminei o livro com a seguinte frase na cabeça: "A história saiu de lugar nenhum, e caminhou para lugar algum..." Uma pena, pois achei o trabalho gráfico perfeito, mas é claro que essa é só a minha humilde opinião! ;)

site: Resenha escrita por Glaucia Matos – www.leitorait.com ©

Ceile.Dutra 03/08/2013

Só é possível encontrar o sentido na última página. E talvez nem lá.
Fiz bastante esforço para entender, mas foi inútil. Só é possível pensar em Baile de Gelo em Nova York quando ele acaba.

Anna não se lembra de nada. Absolutamente nada. Assim que ela abre os olhos, dá de cara com um rapaz perguntando se ela estava bem. Ela havia sido atropelada pela limousine branca em que ele estava. E é aí que a "vida" dela começa. Todo seu passado é inexistente - nem uma névoa, nem nada. Este rapaz é o simpático Wynter - ele é de uma poderosa e cobiçada família, como ela vem a saber mais tarde.

Ela está em uma cidade totalmente de metal e concreto - são pontes, passarelas altíssimas, prédios... tudo projetado pelo seu pai que está desaparecido juntamente com sua mãe. Ela não faz ideia de onde eles estão e a cidade parece começar a ruir, já que a pessoa que arquitetou tudo aquilo não está ali para chefiar a manutenção. Anna sabe que alguma coisa está errada - alguns crimes misteriosos do Máskara, seu mordomo cuidadoso, mas muito contido... Enfim, tudo que a cerca parece um grande mistério e ela precisa entender as coisas, mas não há muito tempo para refletir. Elas só acontecem. E acontecem.

"- Diga-me que isso não é um sonho.
Ele não respondeu, mas ninguém poderia sonhar com tamanha intensidade."

Este livro foi uma grande interrogação. Tudo parecia absurdo de mais - exageradamente intenso ou exageradamente simples. Fiz vários questionamentos durante a leitura, pois chegou em uma parte que eu parecia tão perdida, mas tão perdida que cheguei a pensar que o problema seria eu - mas era um pouco óbvio que não, pois a narrativa não é complexa; ela é simples e em primeira pessoa, direta, sem floreios. Cheguei a pensar que o livro era muito ruim. Mas tão absurdamente ruim que eu não conseguia imaginar como tinha sido publicado. Outras vezes eu imaginei que tinha muitas coisas nas entrelinhas - então passei a ler demoradamente cada linha, pensando que talvez tivesse perdido alguma coisa. Mais uma vez: inútil. Este livro realmente só vai fazer sentido ao ler a última página. Aí da vontade de reler e pensar em tantas coisas que estão escondidas. É uma metáfora? É uma parábola? O que é esse livro afinal?

"- Por que... Por que você está fazendo isso? - articulei com dificuldade.
- Para que você tenha uma opção. Faço a minha parte. Não sei se você sabe, mas quando se contempla durante muito tempo o branco total, acabamos por enxergar só ele."

Juro que ainda não sei o que pensar, mas que eu fiquei chocada quando acabou é fato. Me assustei com o romance repentino e intenso entre Anna e Wynter - sério, como ela é atropelada pelo cara, depois é convidada para o grande baile, logo em seguida estão juntos e ele não a deixa ir embora? Eles vão morar juntos! Como se entende um romance desse? Mas, já avisei: aqui é oito ou oitenta. São os extremos.

Foram muitas e muitas dúvidas permeando minha cabeça enquanto eu lia, mas não era dificuldade de assimilar os fatos, as dúvidas eram pela falta de sentido de tudo. E qualquer coisa que eu fale, qualquer reflexão que o livro me trouxe é spoiler, então, sem chances de falar. Mas é de se pensar. Li o livro rapidamente, talvez de um dia para o outro, e todo esse tempo que economizei na leitura, gastei pensando depois. E, sinceramente, quero que mais pessoas leiam, porque preciso conversar sobre este livro. É como se as coisas dele estivessem dentro da minha mente e eu preciso de alguém para ajudar a tirar.


site: http://www.estejali.com

Sam 19/11/2014

Deliciosamente melancólico....
Sinto os dedos do frio eterno me arranhando insistentemente...garras afiadas de meter medo...
Esse é um livro repleto de elementos fantásticos e possuidor de caracterizações preciosas sobre o ambiente onde se desenvolve a estória.
Nas primeiras folhas admito, pensei em abandoná-lo, todo o processo é bastante demorado, e a resposta a gente só encontra na última e derradeira folha....
Passada a primeira impressão tenho que dizer que a ideia do livro é genial e mais difícil ainda seria passar aos outros que vale a leitura sem escapar alguma coisa indevida...Então digamos que esse livro têm como palavra proibida a "morte".
Um mundo paralelo, um mundo que Anna criou só pra ela mesma, uma dimensão construída pelo íntimo de nossa mocinha para que seu cérebro e pq não sua alma pudesse se recuperar com total segurança e se encaixar dentro das mudanças ocorridas em sua vida; Mudanças essas irreversíveis, onde toda uma existência entra em choque pois ninguém está pronto pra perder, e perder quem a gente ama é sempre um processo doloroso...Nesses casos muitas vezes o corpo entra na inércia no intuito de se proteger e somente com muita vontade de viver e com a lembrança daqueles que amamos e que nos amam, é que conseguimos emergir do frio intenso, do lago profundo onde vamos nos afogando...nos afogando...nos esquecendo...e desistindo de viver....
A capa engana, esse não é um livro infanto juvenil...é antes um livro que fala da dor e do simbolismo da vida no nosso inconsciente e do tremendo poder que ele têm sobre nós..

Erica Carla 30/06/2015

"Não existem atos sem consequências, da mesma forma que não existem escolhas inocentes." - Tentando entender o que achei desta leitura. Gostei? Nunca vi uma história tão confusa. Surreal acho que define! Alguém leu? O que achou? Pela capa, criei expectativas... Sei lá... Tipo: Balde de Gelo nas expectativas!

Bango 26/01/2014

O que fazer quando não se pode fugir nem se esconder?
Anna é uma garota normal, assim como eu, talvez assim como você. Ela sofre um acidente, cujo foi atropelada pela limousine dos Seth-Smith. Depois desse ocorrido e de ser socorrida por Wynter, que estava na limousine, ela esquece de tudo. Instintivamente ela volta para casa e começa a se lembrar de algumas coisas, como por exemplo o nome do seu mordomo Jacob, porém muitos detalhes importantes ainda não estavam claros.
Wynter a convida para o famoso Baile de Gelo. Todas as garotas do seu colégio sonham em receber esse convite, e pela primeira vez, Anna é notada e idolatrada por essas garotas. Algumas perguntas são inevitáveis, e como diz Anídia (minha professora de filosofia): "Como exigir respostas se não sabes qual a pergunta?" Sendo assim: "O que Wynter, um belo, galanteador e carinhoso rapaz, esconde atrás da sua paixão pelo inverno?"; "Como descobrir o mistério do máscara se não consigo desvendar meu próprio mistério?" e "O que fazer quando não se pode fugir nem se esconder?". Bom, é só ler que irá descobrir!
É um livro muito original, com um romance um tanto diferente. Não quero dar mais spoilers, portanto direi apenas que é um mistério delicioso de ser desvendado. Boa leitura!

Isadora 06/08/2017

Profundo
"Baile de Gelo em Nova York" te mostra o quão poderoso seu subconsciente pode ser.

Janayna10 19/07/2022

Não tenho palavras para essa leitura. Não lembro como fiquei com vontade de ler esse livro, mas só consegui um exemplar tempos depois e ainda demorei anos para ler.. não sei o que me atraiu na sinopse mas me sinto enganada. A história não fazia sentido, e quanto mais se lia, mas se fazia confusa. O final quebra toda a expectativa.