Memórias de um homem invisivel

Memórias de um homem invisivel H. F. Saint




Resenhas - Memórias de um homem invisivel


1 encontrados | exibindo 1 a 1


jota 10/04/2011

FISGADO PELO TÍTULO
Há livros que despertam nossa vontade de ler já a partir do título, antes mesmo que saibamos algo mais esclarecedor acerca do conteúdo. E que depois, para nossa sorte (ou prazer), acabam nos envolvendo até o parágrafo final, conforme esperávamos.

A começar pelo título, Memórias de Um Homem Invisível, editado no Brasil pela Best Seller é uma história bastante original e engraçada, e que não tem nada de ficção científica. Pelo contrário, o livro é classificado como romance e é assim que deve ser lido. Em 1992 virou filme com Chevy Chase e Daryl Hannah, sob a direção de John Carpenter. Mas não fez o mesmo sucesso do original.

O personagem principal do livro de H. F. Saint é um corretor de seguros, Nick Halloway, que sofre um pequeno acidente nuclear e descobre que se tornou invisível. Além de enfrentar a perseguição de agentes do governo, ele tem de aprender a sobreviver nessa sua nova e estranha condição. A saudade da vida normal, o medo e a solidão não impedem, entretanto, que ele enriqueça, divirta-se, reflita sobre o mundo louco em que vivemos e encontre uma mulher que aceite seus carinhos invisíveis, mas ardentes. Repleto de situações engenhosas que vão do mais refinado humor a momentos mágicos, o romance também revela a dificuldade de comunicação do homem contemporâneo.

O primeiro parágrafo: “Gostaria que você pudesse me ver agora. Seria impossível, claro, mas estou aqui. E apesar da explicação banal, o efeito é mágico. Se você entrasse nesta sala agora, a encontraria vazia – uma cadeira vazia diante de uma escrivaninha sobre a qual jaz um bloco de papel sem pauta. Mas, acima do bloco, você veria a caneta, solta, dançando sobre a superfície do papel, formando estas palavras, fazendo de vez em quando uma pausa pensativa no ar. Com certeza você ficaria encantado. Ou aterrorizado.”

A conceituada revista literária Publisher's Weekly escreveu, no lançamento, que o livro era "Divertido do princípio ao fim." Para a Time, era "Engenhoso... pungente... fascinante". Um pouquinho de exagero, mas perdoável, pois o livro é realmente muito bom.

Outros títulos que acho curiosos ou interessantes, até mesmo poéticos (uns dois ou três): A elegância do ouriço (Muriel Barbery), A insustentável leveza do ser (Milan Kundera), A solidão dos números primos (Paolo Giordano), A última teoria de Einstein (Mark Alpert), Memórias sentimentais de João Miramar (Oswald de Andrade), O coração é um caçador solitário (Carson McCullers), Porque almocei meu pai (Ray Lewis), Vastas emoções e pensamentos imperfeitos (Rubem Fonseca), etc. Ficam como sugestão de leitura, pois se não são todos ótimos, ao menos são bastante interessantes.
comentários(0)comente



1 encontrados | exibindo 1 a 1


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR