Desde que conheci a trilogia da autora Amanda Hocking sabia que gostaria dos livros portanto não foi surpresa ao ler o primeiro livro descobrir uma mitologia rica e inovadora. Se por um lado a primeira história de Wendy foi ótima, por outro deixou muitas questões no ar, por isso quando a Rocco anunciou o lançamento do segundo livro fiquei curiosa o suficiente para solicitar o livro a editora. Ao contrário do esperado Hocking desenvolve na segunda história de Wendy a trama política que envolve os reinos, apresentando novos personagens e deixando em suspense o romance.
A história começa pouco tempo depois do final do primeiro livro com Wendy e Rhys aparecendo na porta de sua casa mortal. Matt, irmão de Wendy está furioso com o desaparecimento dela e não consegue engolir os motivos que ela dá. E principalmente não acredita que Rhys seja seu irmão. Contudo isso fica para segunda plano quando três Vittra aparece em sua casa os sequestrando. Wendy não pode acreditar no que está acontecendo. Presa em uma cela sob o castelo dos Vittra ela precisa descobrir uma forma de fugir e controlar seus poderes. Levada diante do rei dos Vittra Wendy descobre mais sobre seu passado e sobre sua mãe Elora, assim como os problemas dos Vittra que levaram o rei a sequestrá-la. Para o rei a escolha de Wendy é óbvia, mas tudo o que ela quer é escapar dali e levar seu irmão e Rhys em segurança. Porém nem todo mundo no castelo é vulnerável a sua persuasão. Ela ainda não consegue controlar e Loki, um dos Vittra que ajudou em sua captura surge no meio do seu caminho. Antes de poder entender seus motivos Loki a deixa partir, porém depois desse encontro a vida de Wendy se complicará muito. De volta a Förening Wendy terá que lidar com as pressões dos conselheiros e de todos para que assuma logo sua posição como rainha. E para isso ela precisa se casar. Dividida entre treinar seus poderes e tentar entender os motivos que levaram Loki a se deixar capturar Wendy precisará escolher entre o que quer e o que todos pensam que é certo para poder evitar uma guerra sangrenta.
Essa é a premissa do enredo desse segundo volume da trilogia criada por Amanda Hocking. Através de uma narrativa fluida e de ritmo cadenciado a autora expande o universo apresentado anteriormente mergulhando no lado político da história. Desenrolando uma teia de intrigas e manipulações a autora entrelaça a vida de sua protagonista a sacrifícios e decisões frente à possibilidade de guerra. Alternando entre o desenvolvimento dos poderes de Wendy, as conversas com Loki onde procura entender seus motivos e os Vittra e as decisões de Elora e seus conselheiros a trama evoluiu de maneira inesperada, com uma sequência de acontecimentos que surpreendem o leitor.
As descrições continuam pontuais formando um ambiente belo e vívido que aliado aos rumos que a trama tomou deixa o segundo livro mais intrigante do que o primeiro. Diante as escolhas que Wendy é obrigada a tomar não consigo ver como a autora vai desenrolar o livro três. Sem muito tempo para romance Wendy se vê dividida pelos sentimentos que tem por Finn e o interesse crescente pelo fascinante e misterioso Loki. Que aliás se torna um dos personagens mais interessantes da história. Loki não é apenas mistério, a personalidade dele casa muito mais com a de Wendy do que Finn. Sufocada pelas explosões de Finn desde que ela começou a interrogar Loki, pelas descobertas que vai fazendo ao longo da história Wendy não sabe como reagir diante dos acontecimentos. O final nos surpreende apesar de desde cedo ter ficado claro que era uma opção. Não sei como Wendy sairá dessa, mas se ambos são markis, porque não? Mal posso esperar pelo próximo volume. Como Wendy e Tove vão escapar do destino que todos parecem achar a única solução? E por outro lado se a guerra acontecer conseguirá Loki escapar de Oren?
Leitura rápida, que instiga pelas surpresas que vão surgindo a cada capítulo e que prende o leitor diante da evolução de sua protagonista. Amanda Hocking acertou ao desenvolver o lado político da história. Construindo uma trama de manipulações e intrigas a história ganha em densidade e é nítido o amadurecimento da escrita da autora. Que enrique seu universo com novos elementos e entrelaça as possibilidades ao optar por uma história mais centrada nas decisões do futuro da corte dos Trylle, mas que nem por isso deixa o romance de lado. A edição da (...)
Termine o último paragráfo em:
site: http://www.cultivandoaleitura.com/2013/08/resenha-dividida.html