Ju Ribon 09/12/2020
DeRepente è ele
Depois de me apaixonar pelo primeiro livro dessa série, eu não poderia deixar de conferir a história de mais uma das irmãs Fallon. Solicitei o livro à editora Única e assim que ele chegou eu corri pra conhecer a história de Jenna e Mark. Uma história apaixonante que ainda me deixou com um gostinho de quero mais desses dois no final do livro. Ah! Lembrando que é possível ler esse sem ter lido o anterior, já que as histórias são independentes.
Jenna é um espírito livre. Com seus 29 anos, linda, muito sensual, independente e aventureira, as únicas regras que ela segue são: Aproveitar tudo o que a vida tem a oferecer ao máximo, viver no presente e confiar nas surpresas que o universo reserva pra ela. Diferente do Dr. Mark Chambers, um biólogo marinho que, apesar de possuir a mesma ideologia de vida de não se amarrar a ninguém e não se estabilizar em um único lugar, é extremamente centrado e meticuloso. Ele sempre tem um planejamento a seguir, diferente de Jenna, que deixa o universo guiar os seus passos.
"Quando nossas bocas se fundiram, senti uma mudança. Antes, eu estava no meu corpo, totalmente consciente de cada deliciosa sensação sexual que ele gerava. Agora, de alguma forma, era diferente. Não era eu, éramos nós."
Jenna é muito folha ao vento, ela vai aonde lhe dar na telha, se relaciona com quem lhe atrai e nunca passa muito tempo trabalhando num mesmo lugar, o que muitos veem como irresponsabilidade, para ela é fazer aquilo que se deseja e ser espontânea. Sua família a ama, mas ela nunca se sentia acolhida e eles criticam bastante seu estilo de vida, ela finge não ligar para isso, porém a mágoa muito.
"Um fio de sanidade me disse que era perigoso, que eu precisava me afastar. No entanto, eu não era mais eu, não tinha mais controle sobre meu corpo. Eu fazia parte de algo maior, algo que absorvia tudo, como se Mark e eu não fôssemos dois seres separados, mais um nós que se fundia em um mundo de paixão e prazer para formar algo inteiramente novo."
Mark cresceu numa comuna liberal. Sua mãe era uma hippie, que fazia sexo com qualquer um e era viciada em drogas, sendo assim ele nunca soube quem era seu verdadeiro pai. Após a morte prematura da mãe, Mark foi levado para morar com os avós maternos, que sempre de julgaram por não terem sido mais firmes com a filha. Os avós de Mark são boas pessoas, mas temem que ele possa seguir o caminho da mãe, e por isso o mantiveram em rédea curta e mesmo depois de saberem que ele não tem nada haver com a mãe dele, continuam com esse receio, além disso não é da natureza deles serem muito afetuosos.
) Se eles viajassem mundo afora, sempre estariam em casa, pois tinham um ao outro."
Esse é o casal mais improvável que já conheci. O Mark é tudo o que a família da Jenna aprovaria e a Jenna é tudo o que a família de Mark tem receio. O Mark é focado e cientista, já a Jenna lembra muito a mãe de Mark em vários aspectos. E essas características deles fazem com que um queira distância do outro, mas ao se verem confinado a um trailer, eles acabam baixando as barreiras de proteção e se conhecendo melhor. O que era um flerte inocente, acaba ganhando outra proporção ao despertarem sentimentos que eles desconheciam e que causa medo.
Esse foi o livro que li mais rápido da série. Eu peguei-o para ler umas 50 páginas, só para sentir como seria a história e acabei lendo 100 e poucas. A narrativa da Susan é fluída e rápida em todos os livros dessa série, porém essa coisa de viagem de trailer, as descrições dos lugares, o modo como o casal se relacionava deixou tudo muito mais interessante, e eu só queria ler mais e mais. Não é o meu favorito da série, mas com certeza, conquistou um lugarzinho especial no meu coração.