Marlonbsan 03/08/2021
Salem
Após a chegada de Ben Mears, Mark Petrie e do Senhor Barlow na pequena cidade de Jerusalem?s Lot, começa a ocorrer fatos estranhos, algumas pessoas desaparecem, outras são mortas, resta descobrir o que está acontecendo e qual é a ligação deles.
O livro é narrado em terceira pessoa e acompanhamos alguns personagens chaves, assim como um apanhado geral sobre a cidade, a linguagem é simples, mas apresenta momentos de densidade e os capítulos são curtos o que ajuda na fluidez.
O início do livro introduz os personagens e já se instaura o mistério que ronda a cidade, por isso é um pouco mais lento. Mas é muito interessante a forma como o King faz a construção dos habitantes e a relação entre eles, as conversas de bar, os encontros casuais e mesmo sendo o segundo livro escrito pelo autor, já apresenta muitas de suas características narrativas, que envolve essa criação de um universo rico em detalhes, um ar sombrio e uma boa dose de descrição.
Quando o foco está em contar como a cidade e seus habitantes estão, a densidade se eleva um pouco, o que faz gerar certa empatia por eles, além de matar a curiosidade de saber o que está acontecendo com aquelas pessoas. Tanto os personagens principais, quanto os secundários, acrescentam à obra, já que são participativos e apresentam características próprias.
A narrativa do King fez com que eu entrasse na história, me sentindo um observador, isso porque a escrita é rica e imersiva e tem a capacidade de fazer parecer que estava assistindo a um filme, quando sobrevoa a cidade e faz um apanhado geral sobre ela e conta como cada um deles está lidando com as situações ou seus desfechos.
Como livro de terror, não me deu medo, apesar de alguns momentos de aflição, e também não chega a ser uma história com violência gráfica, deixando muita coisa no ar. No geral, um livro que cativou a leitura, trouxe um mistério interessante e uma cidade muito viva, bom, pelo menos até certo ponto.
Conteúdo literário no meu IG @marlonbsan