A morte do gourmet

A morte do gourmet Muriel Barbery




Resenhas - A Morte do Gourmet


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Marcio Garcia 23/06/2023

Boa escrita, desenvolvimento maçante
Livro muito bem escrito, com uma temática muito boa e uma ideia também muito boa, mas com um desenvolvimento muito maçante.
Demorei quase dois meses para ler pouco mais de 100 páginas. Não me atraía.
Muito inferior à Elegância do Ouriço, com a ressalva de ter sido escrito antes.
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Youko 21/02/2023

Após ter tido uma vida regada a poder e ao prazer de comer, o crítico gastronômico, Pierre Arthens, depara-se com o próprio coração dando suas últimas batidas, num aviso de que restam-lhe poucas horas de vida. Há, então, a urgência de cumprir seu último desejo: relembrar o gosto de algo que comeu há muito tempo, de que já não se lembra mais.

"Vou morrer em quarenta e oito horas - a não ser que esteja morrendo há sessenta e oito anos, e que só hoje tenha me dignado notar."

Sendo o primeiro livro da minha TBR obrigatória deste ano, eu tinha certas expectativas sobre A Morte do Gourmert, mesmo tendo uma leve noção de que ele não seria, para mim, como A Elegância do Ouriço foi.

E, de fato, foi o que aconteceu: A Morte do Gourmet é um bom livro, mas não ganhou as minhas graças da mesma forma que seu sucessor.

A jornada de Pierre Arthens antes de sua morte me cativou somente nas primeiras páginas, depois foi difícil para eu gostar novamente da história. Acredito que foi a forma presunçosa como a autora guiou sua bela escrita, com o intuito de acompanhar a personalidade de seu protagonista. Foram divagações e mais divagações sobre comida, coerentes com o enredo, mas que não me fizeram nem salivar.

Para ser justa, algumas passagens me tocaram genuinamente. Há uma em especifico, bem curtinha, que me trouxe um bonito sentimento de nostálgia e quietude. Me fez lembrar de momentos felizes, deixou o coração quentinho.

"Rituais de férias, sensações imutáveis: um gosto de sal no canto da boca, os dedos enrugados, a pele quente e seca, os cabelos colados que ainda pingam um pouco no pescoço, o fôlego curto, como era bom, como era fácil."

Se você já leu algo da Muriel Barbery e gosta de suas histórias, A Morte do Gourmet é um livro interessante para observar o processo de amadurecimento da escrita dela. Agora, se é seu primeiro contato com a autora, eu recomendaria começar por outro título.
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Paulinho 24/10/2022

Não chega aos pés de "A elegância do ouriço". Cansativo, mesmo com pequenos capítulos, sem graca, sem profundidade, sem atrativos. Com tantos livros pra nos deliciarmos, este é uma perda de tempo.
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Biblioteca Álvaro Guerra 22/06/2018

Um homem está na solidão de seu quarto e sabe que vai morrer dali a poucas horas ou dias.
Romance de múltiplas vozes, que alternam as lembranças do protagonista e as evocações dos que o rodeiam.

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535914610
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Andreia Santana 16/03/2017

Linha tênue entre a delicadeza do gourmet e o egoismo do glutão
A morte do gourmet é a história de um homem eternamente com fome, embora tenha o privilégio de experimentar as iguarias mais finas. Muriel Barbery, nesse que é seu livro de estreia – mas que se tornou conhecido após o sucesso mundial de A elegância do ouriço -, nos apresenta ao renomado crítico de restaurantes Pierry Arthens, que está à beira da morte e às voltas com as lembranças de um sabor antigo.

Desenganado e com poucas horas de vida, o gourmet do título, uma celebridade do mundo da alta gastronomia, não se recorda do prato que provocou nele tamanha sensação de nostalgia. Poucas horas antes de deixar de existir, o grande gênio hedonista quer comer essa iguaria uma última vez, dar-se ao luxo de um último prazer. E para isso, força a memória, aroma a aroma, mergulhando nas reminiscências de sua vida desde a infância, quando foi seduzido pela alquimia da cozinha de sua avó.

A partir das lembranças do gourmet – e das vozes de outros personagens que assistem seu definhar -, o leitor é apresentado à vida de um homem extremamente sofisticado e dotado de um talento sem par, mas de espírito mesquinho e incapaz de criar vínculos com as pessoas que passaram por sua vida. Se cozinhar é um ato de amor; comer, por sua vez, pode converter-se em uma ação de extremo egoísmo, com um limite tênue entre o gourmet e o glutão.

As experiências do protagonista com pratos raros, temperos e sabores peculiares não foram suficientes para aplacar sua fome existencial, o que acabou por devorar a própria família e corroer suas amizades, tornando as afeições insípidas e desconfortáveis. Um dos personagens-narradores do livro é a concierge Renée, que também aparece em A elegância do ouriço. Além de Renée, ouvimos as vozes dos filhos neglicenciados, da esposa submissa e abusada, do sobrinho preferido, do discípulo mais talentoso, da amante e até do gato de Pierry Arthens. Todos exibindo as cicatrizes da convivência com ele.

A morte do gourmet é ainda um romance bastante sinestésico, principalmente nas descrições das primeiras experiências gastronômicas do protagonista, como quando ele experimenta tomates frescos recém-colhidos da horta de uma tia, ou quando sente na língua seu primeiro gole de Whisky, em uma espécie de rito de passagem com o avô.

Delicado e ao mesmo tempo cruel, o livro também provoca fome no leitor, por mais histórias de Muriel Barbery.

site: https://mardehistorias.wordpress.com/
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Gisele.Maravieski 19/07/2016

Deixa muito a desejar
Para quem leu A Elegância do Ouriço e se encantou com o livro, como eu, ler A Morte do Gourmet, da mesma autora, foi decepcionante. Não acrescentou muito. Pura distração. E só.
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Maria Ferreira / @impressoesdemaria 15/09/2015

Um festival de sabores ou como brincar com o paladar por meio das palavras
Este livro é a história de um homem, Pierre Arthens. Mas não um homem comum. Pierre Arthens é um renomado crítico gastronômico, que foi responsável pelo sucesso e pela ruína de muitos restaurantes. Mas agora falta-lhe pouco tempo de vida e a única coisa que almeja é lembar-se de um determinado sabor que lhe marcou. Trabalho difícil para alguém que o que mais fez na vida foi comer. E assim, não só acompanhamos suas lembranças das comidas marcantes, como também ficamos com água na boca. Impossível não ficar.

"Vou morrer e não consigo me lembrar de um sabor que trota em meu coração. Sei que esse sabor é a verdade primeira e última de toda minha vida, que ele detém a chave de um coração que desde então silenciei. Sei que é um sabor de infância ou então de adolescência, uma iguaria original e maravilhosa antes de qualquer vocação crítica, antes de qualquer desejo e qualquer pretensão de expressar meu prazer de comer". -(p.11)

Capítulos pequenos compõem o livro, intercalando a narração de Pierre com a narração das demais personagens que fizeram parte da vida do crítico. Assim, ficamos sabendo que ele foi um pai ausente, um marido infiel, um patrão gentil, um neto dócil, um amante desatento, dentre outras coisas. E com isso, com esse intercalamento de vozes, a autora obtém seu maior êxito: a capacidade de mesclar em um só livro vozes tão distintas e diversas. São quatorze ao todo e em momento algum o livro sai do tom.

Muriel impressiona logo no primeiro livro e agrada mais ainda no segundo, "A Elegância do Ouriço", que quando li, quis que o mundo todo lesse também e até dei de presente para um amigo. Em termos de comparação, me agradou muito mais o segundo, talvez por eu ter lido primeiro. São histórias completamente diferentes, mas há personagens em comum. A linguagem desse é um pouco mais trabalhada enquanto o outro é mais crítico e reflexivo. Os dois foram publicados aqui pela Companhia das Letras, o primeiro em 2009 e o segundo em 2008, sim, em ordem inversa.

site: http://minhassimpressoes.blogspot.com.br/2015/09/a-morte-do-gourmet-muriel-barbery_15.html
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Lys Coimbra 03/07/2015

Uma explosão sensorial
Pierre Arthens é o maior crítico gastronômico da França, internacionalmente famoso e cujas palavras podem construir ou destruir a reputação de grandes chefs.
Tempestuoso, arrogante e insensível em suas relações familiares; brilhante e extremamente sensível em sua arte e nas múltiplas percepções sensoriais despertadas pela degustação, tudo o que importa para o gourmet ao descobrir que lhe restam apenas 48 horas de vida é relembrar um sabor especial, perdido no vasto acervo de suas memórias gustativas.
Na tentativa de resgatar essa memória, Pierre relembra várias passagens de sua vida, todas relacionadas a algum prato especial cuja substância vai muito além do sabor: são experiências não apenas gustativas, mas sinestésicas e, especialmente, afetivas.
A literatura poética e elegante de Muriel Barbery é capaz nos fazer viver, com todos os sentidos, a explosão de sensações de cada uma das degustações relembradas pelo gourmet.
Alternadamente às lembranças de Pierre, são trazidas as memórias e considerações daqueles que o cercam. Suas mágoas, dores, sentimentos e ressentimentos.
Essa alternância e a riqueza da escrita da autora fazem com o que o livro trate não apenas de sabores, texturas, aromas e poesia, mas também de questões filosóficas e existenciais.
"A morte do gourmet" também nos presenteia com o primeiro contato com o cenário e algumas personagens de "a elegância do ouriço", inclusive Renée.
Simplesmente adorei!
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sonia 21/09/2014

Nada palatável
Primeiro livro da Muriel, se foi premiado, os outros eram inferiores. Não me agradou, o personagem é intragável demais para ser considerado engraçado. Aí se encontra a semente de A elegância do ouriço, que, felizmente, foi muito melhor!

site: http://escritoraporvocacao.blogspot.com.br/
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04/03/2014minha estante
A Elegância do Ouriço - um de meus livros preferidos!




Silvana (@delivroemlivro) 01/02/2013

Quer ler um trecho desse livro (selecionado pelos leitores aqui do SKOOB) antes de decidir levá-lo ou não para casa?
Então acesse o Coleção de Frases & Trechos Inesquecíveis: Seleção dos Leitores: http://colecaofrasestrechoselecaodosleitores.blogspot.com.br/2013/02/a-morte-do-gourmet-muriel-barbery.html

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Tks!
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Bella 12/10/2012

Leve e Delicado
A Morte do Gourmet é uma narrativa de um famoso crítico gastronômico ao deparar-se com a notícia de que morreria em 48 horas. Entorpecido, busca redescobrir dentre os sabores que marcaram sua vida o melhor deles. O livro organiza-se em capítulos intercalados. Em um há as reflexões do homem e no seguinte há um relato de alguém que conviva com ele, contendo sua reação ao saber que morrerá. Do ponto de vista psicológico é um livro interessante, porque mostra como o talento e a fama podem ser acompanhados de atitudes horríveis. Como poderia um homem que escreve tão bem e é tão delicado em suas descrições culinárias abandonar os próprios filhos, desconsiderando-os sem nenhum pesar? É possível notar as dimensões do ser, que convivem e coexistem para formar um todo que cabe ao leitor interpretar. Outro fator que merece atenção no livro são as descrições gastronômicas. Sempre acompanhadas de um relato das circunstâncias, elas muitas vezes ligam-se mais ao contexto do que ao bruto sabor da comida, impregnadas de subjetividade. Isso nos faz perceber como a desfrutação de um alimento (ou até mesmo da vida em geral) depende de um número de fatores, não só de sua qualidade ou essência.
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Andréia Sk 22/12/2010

Ao sabor da Vida e da Morte
Apreciar o que a vida nos traz de bom. Ao nos brindar com a busca do gourmet pelo último sabor, Barbery comprova que são as pequenas coisas que mais dão prazer... são os momentos simples da vida que recheiam nossa memória...Barbery descreve cada prato com delicadeza e poesia, a ponto de aguçar nossa fome e despertar nosso interesse... Mas seria essa busca necessária? O sabor de um alimento está associada a vários fatores: emocionais, ambientais e cronológica, não só ao sabor e textura em si. Barbery apenas mostra que um homem apaixonado pelo que faz, é capaz de relegar tudo em sua vida por essa paixão, inclusive, sua própria vida...
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regifreitas 04/11/2010

Tédio e pretensão
Me surpreendi positivamente com o "A elegância do ouriço", da mesma autora, tanto que fui atrás de outros títulos de Muriel Barbery. Agora, o que dizer desse "A morte do gourmet"? Segundo indicação da editora brasileira responsável pela publicação, trata-se do romance de estreia de Barbery (2000), que recebeu inclusive um prêmio de Melhor Livro de Literatura Gourmande. O que posso dizer é que me entediei do começo até o último parágrafo. Em nenhum momento o livro surpreende ou empolga. A linguagem é excessivamente empolada e pretensiosa. Os personagens não são suficientemente desenvolvidos, chegando mesmo a ser superficiais; em nenhum momento eles chegam a cativar ou provocar qualquer tipo de emoção - amor ou mesmo ódio. O que sobressai no livro é a descrição dos sabores e pratos que o protagonista vai rememorando ao longo da obra, na busca desse "sabor escondido nos limbos da memória, e que de bom grado ele trocaria por todos os néctares que provara na vida". Mas isso não é o suficiente para se fazer um bom romance, o que é uma pena. Todo texto tem seu sabor, prova disso é que muitas vezes utilizamos metáforas culinárias para descrever os prazeres que uma boa leitura nos provoca: digerir, devorar, degustar... A sensação que fica ao final da leitura de "A morte do gourmet" é a de que Muriel Barbery errou a mão.
sonia 15/12/2013minha estante
Muriel não errou a mão, ela apenas não havia ainda amadurecido; A Elegancia do ouriço, sendo melhor, muito melhor, deveria ser lido depois. Neste primeiro livro, estamos no mesmo prédio, encontramos Renée no segudno parágrafo, e o guloso da história é o inquilino que vive no ap que vai ser ocupado pelo Sr. Ozu. Reparou? Gostei e concordo com seu comentário. Eu tb esperava mais.




Cinara 17/06/2010

O paladar como principal referência de sentido do que se viveu de mais importante. Pierre, crítico de gastronomia, em seus últimos dias de vida, tenta recordar de um sabor específico que poderia resumir o que de melhor ele poderia ter vivido e experimentado. Nesta busca, relembra os sabores de toda a sua vida, como marcos de sua história, finalizando com uma revelação surpreendente e delicada. Reconfortante e bonito. Além de aguçar as memórias dos nossos sabores inesquecíveis da infância, referências que nunca nos abandonam.
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Pati 24/03/2010

Sabores
Os sabores são descritos de uma forma tão poética e profunda, que dá vontade degustar os pratos enquanto estamos lendo este livro.
Não se trata apenas de Gastronomia, é tambem sobre um homem e suas crises pessoais.
Vale a leitura.
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