Enquanto agonizo

Enquanto agonizo William Faulkner




Resenhas - Enquanto Agonizo


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carol_peroni 04/04/2024

Difícil
Achei muito difícil de entender alguns trechos. Não gosto muito de livros que deixam as coisas subentendidas.
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Lilica 12/01/2024

Não gostei
Achei o livro chato de ler, com uma cadência preguiçosa, que só me dava vontade de terminar logo só para confirmar que não iria gostar mesmo.
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Lucas.Sampaio 06/01/2024

A morte é real
Em 2017, como consequência a morte de sua esposa Geneviève Castrée, de 35 anos; o artista, compositor, multi-instrumentista Phil Elverum através de seu projeto musical "Mount Eerie" lançou um álbum chamado A Crow Looked at Me, que tem como verso de abertura:
"Death is real
Someone's there and then they're not
And it's not for singing about
It's not for making into art
When real death enters the house, all poetry is dumb"
(A morte é real
Alguém está lá e, em seguida, não está mais
E não é para se cantar sobre
Não é para tornar em arte
Quando a morte real entra na casa, toda a poesia é estúpida).

Não, nada disso tem a ver com o William Faulkner. No entanto, é difícil não pensar nesse trecho ao ler Enquanto Agonizo (1930).
Nessa obra que tem como tema central a morte, o Faulkner constrói um texto que apesar de duro, soturno, que demonstra que a morte é real e avassaladora, ele ainda encontra espaço para contradizer o verso do Mount Eerie: a morte pode sim ser poética.

Nessa narrativa polifônica, nós temos 15 narradores contando a saga e o martírio de transportar o cadáver de uma mãe para uma cidade afastada para que possam enterrá-la.
Oxalá se fosse tudo tão simples assim, nesse meandro de vozes o Faulkner brinca com o fluxo de consciência, as metáforas, a pontuação, fazendo com que a narrativa seja intrincada, misteriosa, confusa e hipnótica.
Não, não é uma leitura fácil.
Nós temos inúmeros relatos que contam as mesmas coisas de formas completamente distintas: uma criança, que enxerga o mundo com inocência, que não entende todo o absurdo acontecendo ao redor dele.
Um velho movido pela culpa, tentando enterrar a mulher e cumprir seu último desejo: que ela seja enterrada no mesmo túmulo que seu pai e sua mãe.
Seus outros filhos, endurecidos, afastados da civilização, moradores do campo: Darl, o sonhador, insensato; Cash, o que constrói o caixão com as próprias mãos e que tem uma visao equilibrada de toda a situação; Jewel, o que deseja independência, o que se vê separado do restante da família e do mundo.
Fora todos os outros personagens que veem a situação de fora.

E junto de toda a poesia, construção e arte que o Faulkner dispõe nessa narrativa, temos um livro essencialmente sobre: culpa, luto, carregar um fardo pesado demais (talvez movido pela culpa), e NINGUÉM nessa narrativa é inocente (talvez apenas a criança).
Em vários momentos a narrativa é grotesca e trás à tona os segredos (ou pecados) mais profundo de todas aquelas pessoas.

Apesar de toda a sujeira cravada nessa família, de toda a hipocrisia, é difícil não se emocionar com o luto de todos os parentes ao ver a mãe/esposa lentamente morrendo em uma cama, ao carregar o corpo da matriarca por dias, com o corpo apodrecendo aos poucos, os urubus acompanhando, com todas as tragédias particulares e públicas que acontecem no caminho.

Essa obra é uma ferida aberta, dolorida, que eu vou carregar por muito tempo comigo. Que me encheu de poesia e dor.
Foi lindo e triste.
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igsuehtam 18/11/2023

Agonizo
A odisseia de uma família para enterrar a sua matriarca. Enquanto ela agoniza vamos acompanhar os pensamentos dos cinco irmãos, do pai e de vários amigos, conhecidos e vizinhos. A caminhada é dura, cheia de conflitos e acidentes, até que o maior ato do livro está na revelação de um segredo de um dos filhos, Darl.

Essa edição falta uma boa revisão mas isso é explicado na nota do editor. Não se preocupem com os diversos erros, já que o autor não revisou o texto aí decidiram deixar como estar (??) Também não entendi. A história é boa, gosto de ler sobre fluxo de consciência. Foi um livro que não me causou tanta emoção. Mesmo assim gostei muito de ter lido. Valeu a pena.
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Lara 05/11/2023

Por ser um livro celebrado esperava ter sentido mais durante a leitura, seguimos para o som e a fúria.
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Rafael.Rovath 23/10/2023

Enquanto Agonizo
Faulkner, ganhador de dois Pulitzer e um Nobel de Literatura, tem uma escrita bastante original.

Neste romance, eleito um dos cem melhores em inglês do século XX, o autor nos presenteia com um livro forte, no qual acompanhamos a saga de uma família para enterrar a matriarca em sua cidade natal.

Pelo percurso, e ainda antes dele, podemos sentir a angústia e as dificuldades da família Brunden.

A história é narrada sob o ponto de vista dos cinco filhos, do marido, de conhecidos e da própria falecida. Cada capítulo é a voz de um deles, com um texto e estilo característicos para cada um (desde o filho mais novo, uma criança, ao mais velho, que constrói o caixão da mãe).

É um mosaico formando uma história que merece ser lida.
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TAIS.COUTINHO 18/10/2023

Bom, apesar de me deixar agoniada.
Primeiro livro do Faulkner que eu leio, e quero ler outros livros dele com certeza.
Aqui nós vamos acompanhar a história da família Bundren, composta por um casal e 5 filhos, uma família pobre que vive na zona rural do condado de Yoknapatawpha, e logo no começo do livro nós ficamos sabendo que a mãe dessa família está muito doente e vai morrer em breve por isso um de seus filhos já está construindo seu caixão. Dali um tempo ela morre e eles vão enterrá-la em Jefferson, e nesse percurso muita coisa vai acontecer e eles vão levar dias até finalmente enterrarem esse corpo. Imaginem só um cadáver sendo transportado por dias em cima de uma carroça, meus amigos. Eu confesso que no começo eu estranhei a narrativa desse livro, e aqui nós temos 15 narradores diferentes, mas você se acostuma, às vezes eu lia um capítulo e não entendia e só mais pra frente eu ia entender aquilo que eu tinha lido lá atrás. Foi uma boa leitura.
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Nica15 20/09/2023

Descobri Faulkner
A leitura dessa obra me surpreendeu mais do que eu poderia imaginar!

Vi muitos leitores relatarem que a leitura era enfadonha e confusa, no entanto não compartilho da mesma opinião. Sim, é uma leitura que demora mesmo tendo poucas páginas, e por se tratar de fluxo de consciência demora pra entrar na história, pra entender os personagens, se acostumar com o tipo de narração e em muitos momentos até pra entender alguns contextos que nos vão sendo apresentados no decorrer da leitura, porém não posso dizer que essa história é enfadonha!

Adorei a forma como Faulkner brincou intercalando as narrações entre os 15 personagens que aparecem na história, é surpreendente como ele vai amarrando os pontos que parecem perdidos na narrativa, não tem como essa história ser enfadonha pois a forma como foi escrita não permite que eu a veja dessa forma.

Achei esse livro profundo demais, em vários momentos e mesmo assim acho que ainda deixei muita coisa passar, com certeza quero ler novamente!
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Wynícius 09/04/2023

Com certeza é uma das melhores coisas do Faulkner. Reconheço a importância da obra para o autor, para a literatura e para o Nobel (mesmo que esse último não queira dizer nada demais na verdade). Enfrentando a forte dinâmica de alternância de personagens, o fluxo de consciência gigantesco e a pluralidade de personalidades foi o que fez com que eu não me conectasse tanto assim com a obra.
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Vitor Butrago 29/03/2023


Tido por Harold Bloom como o mais surpreendente romance de William Faulkner, Enquanto Agonizo (1930) narra a Odisseia dos Bundrens que atravessam o Estado do Mississipi transportando o cadáver da matriarca da família, Addie Bundren, até Jefferson, sede de Yoknapatawpha , local em que desejara – impusera - ser sepultada.

Narrado por quinze personagens por meio de cinquenta e nove monólogos interiores, o romance têm início com Darl Bundren – o timbre de maior destaque:

"Jewel e eu saímos da plantação, seguindo a trilha um atrás do outro. Embora eu esteja cinco metros à frente dele, qualquer pessoa que nos observe do depósito de algodão pode ver o chapéu de palha rasgado e puído de Jewel ultrapassando por uma cabeça o meu. [...] seguimos pela trilha em direção ao pé da colina. A carroça de Tull está ao lado da fonte, amarrada no poste, as rédeas enroladas no assento do cocheiro. Dentro da carroça há dois assentos. Jewel para junto à fonte e pega a cuia pendurada no galho de salgueiro e bebe. Passo por ele e subo a trilha, começando a ouvir a serra de Cash. Quando chego lá em cima ele parou de serrar. No meio de um monte de aparas de madeira, ele está colocando duas das tábuas juntas. Entre os espaços em que há sombra são amarelas como ouro, tal como ouro derretido, contendo nas laterais em suaves ondulações as marcas deixadas pela lâmina da enxó: um bom carpinteiro o Cash. Ele segura as duas tábuas sobre o cavalete, juntando as pontas para que formem a quarta parte do caixão. Ajoelha-se e examina a ponta delas, depois as baixa e pega a enxó. Um bom carpinteiro. Addie Bundren não poderia desejar um melhor, um melhor caixão para descansar. [...] Chuck. Chuck. Chuck. (p. 9-10)

Darl inicia o romance pois “quando Darl nasceu pedi a Anse que prometesse me levar de volta a Jefferson quando eu morresse [...]” (p. 145). Não é somente narrador-personagem. É o escolhido por Faulkner para – sem prescindir da contribuição dos demais – ser de fato o narrador desta epopeia a que foi arrastado desde o nascimento. Darl sabe. É ele que – não estando presente no quinar da mãe – descreve com riqueza a reação de Anse, Cash, Dewey Dell e Vardaman e – distante – noticia à Jewel: “Addie Bundren está morta” (p. 48).

Percebe a natureza assumir feições monstruosas - como que incitada a pôr fim a temerária aventura dos Bundrens:

"Diante de nós a escura e espessa corrente passa. Ela fala conosco num murmúrio que se torna incessante e incontável, a superfície amarela monstruosamente ondulada em redemoinhos que desvanecem viajando ao longo da superfície por um instante, silenciosos, transitórios e profundamente significativos, como se sob a superfície alguma coisa enorme e viva acordasse por um instante de preguiçoso alerta e voltasse a cair num ligeiro adormecimento." (p. 118)

E ciente do absurdo e do remate a que estava destinado o movimento decide a personagem, em desesperado ato, desafiar o ato heroico. Falha. Prevalece a vontade da mãe: “Ele é minha cruz e será minha salvação. Ele me salvará da água e do fogo. Mesmo quando minha vida terminar, ele me salvará”. (p. 140). Resigna-se: “Eu achei que você ia me avisar. Não é que eu [...] depois começou a rir.” (p. 199)

Este mundo não é o seu mundo.

1 - BLOOM, Harold. Como e por que ler. Tradução de José Roberto O’Shea. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p. 232;

2 - BROOKS, Cleanth. Odyssey of the Bundrens. In: _____. The Yoknapatawpha County. New Haven/London: Yale University Press, 1966, p. 141-166;

3 - Situado no Estado do Mississipi, Yoknapatawpha é um condado imaginário criado por Faulkner, cenário – e personagem – de quinze romances do Autor;

4 - É Faulkner que em entrevista a Jean Stein Vanden Heuvel (Paris Review – A arte da ficção n.º 12) classifica o romance como um tour de force, ou seja, conhecia o Autor cada palavra até o final antes mesmo de registrar a primeira. (As entrevistas da Paris Review: Vol. 1. Tradução: Cristian Scwartz e Sérgio Alcides. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, p. 18-19).
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IzaF. 11/02/2023

Confuso.
Esse livro é curto, mas acaba sendo pesado e confuso; nenhum personagem parece estar bom mentalmente, a escrita é dificil e isso torna a leitura chata, li em cerca de 13 dias, normalmente esse numero estaria entre 2 dias ou 1 semana.

Algumas falas fazem você refletir, certas partes você agoniza do inicio ao fim, mas nada alem disso.
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Ana 06/02/2023

3.5***

Achei mais dificil de entender do que O Som e a Fúria. Um dia, releio e vejo se entendo mais.
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Izabelle 15/01/2023

não me impressionou
Achei a leitura bem enfadonha, porém com algumas partes muito boas. O som e a fúria é infinitamente melhor. Alguns personagens divagam tanto no seu delírio que vc acaba se perdendo. Tem que ler com absolutamente MT calma até que tudo faça sentido. Me surpreende que Faulkner tenha ganho o Nobel mas quem sou eu para opinar. Pretendo ler as outras obras do autor pois o som e a fúria foi arrebatador e acredito que alguma outra tb será
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Celso Filho 11/01/2023

Agonizante
Enquanto agonizo é um livro difícil de ler. Não pela sua linguagem, que nos acostumamos ao longo de poucas páginas (principalmente se já temos conhecimento de que vamos nos deparar com o ponto de vista de diferentes personagens e que o autor opta por um estilo de fluxo de consciência), mas pela temática que é bem pesada.
"Enquanto agonizo", conta a história de uma pobre família rural, os Bundren, que precisam enfrentar a morte da sua matriarca, Addie Bundren. Após o seu falecimento, eles precisam honrar seu desejo de ser enterrada na sua cidade natal, Jefferson, no Mississipi. Essa missão longa e dificultosa irá explorar a vida de cada membro dessa família e suas relações familiares das piores maneiras, adotando um tom que vai lembrar muito as epopeias gregas.
Essa foi tranquilamente uma das obras mais interessantes que eu li nos últimos tempos, e com uma das aberturas mais facilmente excepcionais que já vi. Mas é o tipo de livro que precisa ser experenciado e digerido com muita calma.
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