The Queen of the Tearling

The Queen of the Tearling Erika Johansen




Resenhas - The Queen of the Tearling


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Gui Palerme 28/06/2014

A Rainha está vindo!
Crítica: The Queen of the Tearling, Erika Jonhansen.
"The Queen of the Tearling" (ainda sem nome para a versão em português), narra a história de Kelsea Glynn, uma garota de 19 anos criada por pais adotivos, o carinhoso Barty e a rígida Carlin. Kel, como é carinhosamente chamada por Barty, é descrita como uma garota comum sem nenhum atrativo físico, contrapondo-se à notável beleza de sua falecida mãe, a Rainha Elyssa Raleigh. A garota vive isolada em um chalé próximo a uma floresta e cresce aprendendo História, política e noções de defesa pessoal, como parte da preparação para o dia que assumirá o trono de Tearling. Quando esse dia finalmente chega, ela percebe que é preciso muito mais do que 'sangue real' para ser tratada como um verdadeiro membro da realeza.
Kelsea chega em Tearling e se depara com um mundo totalmente diferente do qual estava acostumada: o seu reino está afundado em dívidas, devastado pela pobreza e ainda vive à sombra da Loteria, consequência de um acordo feito com a temível Rainha Vermelha de Mortmesne. Em meio à tantos problemas, Kelsea é guiada pelo seu fiel guarda real, Lazarus, e por um colar de prata com uma pedra de safira, cujos poderes até então são descohecidos.
The Queen of the Tearling é o livro de estréia da autora americana Erika Jonhansen. Utilizando-se de uma linguagem simples e objetiva, Erika descreve lugares e pessoas, além dosar momentos de muita tensão e descontração. O ponto chave do primeiro volume da trilogia, está nas passagens apreensivas e nos diálogos muito bem elaborados, responsáveis por despertar um desejo de ler a obra de uma só vez. Outro ponto importantísimo da trama, que deixa o leitor empolgado e ansiando pela continuação, são os questionamentos que serão a base para os próximos dois livros: a identidade e o paradeiro do pai biológico de Kelsea, o verdadeiro poder das jóias reais e a verdade sobre o passado da Rainha Vermelha.
Com a promessa de ser a versão feminina de "A Guerra dos Tronos", The Queen of the Tearling conta com uma heroína extraordinariamente humana e aponta problemas reais e atemporais. Uma nova saga digna de alcançar o sucesso sem precisar ser comparada à nenhuma outra história.

site: https://www.facebook.com/QotTBrasil
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neo 05/04/2015

Esse livro foi uma surpresa bastante agradável já que eu não estava esperando muito dele não.

Bem, minto. À princípio, meses e meses atrás, eu ouvi falar de The Queen of the Tearling através de um post feito pela autora, Erika Johansen. O post falava sobre algo que de vez em quando eu menciono em minhas resenhas: a falta de garotas (ou pessoas no geral) feias/que não sejam lindas de morrer em livros YA. Claro, nós temos as garotas que pensam que são feias, mas que na verdade não são e só descobrem isso quando o garoto-deus-grego-encarnado diz que elas são lindas. Essas nós temos aos montes, mas garotas feias mesmo mesmo? Nope.

No post Johansen fala sobre como a protagonista de The Queen of the Tearling, Kelsea, é feia/não exatamente bonita e isso me deixou bem curiosa sobre o livro. Depois de meses enrolando eu finalmente fui olhar algumas resenhas para ter uma ideia do que iria enfrentar e me surpreendi ao ver quantas pessoas - com quem geralmente concordo - odiaram o livro do início ao fim. Minha expectativa foi lá pra baixo, mas decidi ler mesmo assim.

A primeira coisa que me agradou em The Queen of the Tearling foi a escrita. É em terceira pessoa (amém) e bem descritiva, o que eu adoro, e talvez graças a ela os personagens também sejam bem construídos e caracterizados. Não houve praticamente personagem algum que tenha me parecido oco ou mal feito, e na parte mais técnica da coisa - escrita, ritmo, personagens, etc - Johansen faz um ótimo trabalho. Já o conteúdo tem algumas falhas, apesar de ser sim interessante.

The Queen of the Tearling, ao contrário do que se pode assumir à primeira vista, não se passa em um mundo fictício. Em vários momentos da história elementos que remetem ao nosso mundo são mencionados - Londres, América, O Senhor dos Anéis e alguns filósofos principalmente - e assim dá-se a entender que os acontecimentos do livro se passam no futuro, mas um futuro em que estamos novamente da era medieval - e o que nos levou a tal coisa nunca é explicado de verdade. Consegui entender apenas que algo aconteceu - uma guerra, provavelmente, que deixou os continentes ocupados antigamente inabitáveis - e o que restou da humanidade teve que embarcar em navios e atravessar o mar. Mas bem, atravessar o mar para onde exatamente? Não há mais continentes para se descobrir, né?

Mas enfim, o navio com os médicos e com boa parte da tecnologia avançada desse mundo antigo afundou e puf, idade média de novo. Agora porque diabos colocariam tanta coisa importante em um navio só eu não faço ideia.

O que me deixou incomodada em The Queen of the Tearling não foi a falta de respostas sobre o que aconteceu no passado, porém. Foram as inconsistências e o fato de que a falta de beleza de Kelsea (e de outras pessoas) acabou ganhando mais importância do que eu considero aceitável.

Primeiro, as inconsistências. A maior de todas é sobre os guardas que fazem a guarda da rainha (aka a guarda de Kelsea):

"Behind the redhead was a blond man, so extraordinarily good-looking that Kelsea was forced to sneak several looks at him…"

^ Kelsea achando o guarda bonito, certo? Certo. Agora umas três páginas depois:

"…she wasn’t going to do any sort of serious thigh-stretching in front of these men. They were old, certainly, too old for Kelsea to find them attractive."

Guarda algum é bonito mais, hm? Mas depois:

"He was handsome, with dark hair and an open, good-natured face. But then again, they were all handsome…"

^ Sobre os guardas de novo??? Tipo ??? Se decida ?????

Mas minha cisma com os guardas não termina aqui. Sabe, esses guardas - considerados os melhores do reino, já que né, estão guardando a rainha e coisa e tal - sabem que Kelsea está em perigo. Ela tem que chegar na capital e ser coroada rainha o mais rápido possível, já que seu tio, o regente, meio que quer matá-la para continuar no trono. Eles sabem que há assassinos - os Caden - atrás deles há dias. E o que eles fazem?

Montam acampamento e começam a beber. E ficam bêbados mesmo. E acordam no dia seguinte com uma ressaca de matar só pra perceber que hey, a rainha está em perigo e eles têm que se mandar! Ha!

Sério. Esse foi um dos poucos momentos em que eu considerei parar de ler porque sinceramente... Isso só pode ter sido falta de bom senso da autora.

Segundo, o quesito da (falta de) beleza. Kelsea não é bonita, mas a mãe dela, a antiga rainha, era linda de morrer. E era uma péssima rainha, por falar nisso. E não são poucas as vezes que a incompetência dela em manter o reino bem é ligada justamente ao fato de ela ser bonita e vaidosa. Foi uma jogada para fazer um contraste entre a velha rainha - bonita, superficial, cabeça-oca - e a nova - feia, inteligente, sensata - que me deixou profundamente irritada.

Tropes relacionadas à beleza não são algo novo na fantasia. Quantas vezes não vimos o feio - o orc, o urgal, os trollocs - representando o mau e o bonito - elfos, humanos nobres, etc - representando o bem? Essa ideia de que feio = mau e bonito = bom é tão velha quanto o próprio gênero. Mas trocar os extremos, colocar o bonito para representar o mau ou o superficial e o feio para representar o inteligente, não é, na minha opinião, uma boa jogada. É algo simplista e preguiçoso.

Ainda mais quando se trata de mulheres. Afinal, vaidade é um traço muito mais associado às mulheres do que aos homens e é só dar uma olhada nos livros de hoje em dia para ver o quanto a mulher vaidosa é desprezada em favor da que não liga para a aparência. Como já disse um bilhão de vezes, traços femininos são demonizados por nossa cultura, então colocar uma mulher que não possui esses traços como melhor do que uma que os possui é o passo mais rápido para me fazer odiar o livro/filme/whatever. Não funciona comigo, sério.

Isso não quer dizer, claro, que mulheres (ou pessoas de qualquer gênero) vaidosas não possam ser más ou burras ou o que for. O problema começa quando o fato de elas serem vaidosas é apresentado como o motivo de sua maldade/burrice/o que for. E foi exatamente isso que aconteceu em The Queen of the Tearling. A falta de beleza de Kelsa, apesar de lhe causar sim constrangimento, foi apontada diversas vezes pela narrativa como algo que a colocava acima de sua mãe, a antiga rainha linda, mas meio burra. Porque, claro, com essa falta de beleza vinha a inteligência, a determinação - coisas que aparentemente pessoas bonitas não podem ter tão facilmente.

Apesar de meio que desprezar a vaidade de sua mãe, Kelsea também gosta de julgar bastante as pessoas por sua aparência. I mean:

What does [that lady] see when she looks in the mirror? Kelsea wondered. How could a woman who looked so old still place so much importance on being attractive? Kelsea saw now that there was something far worse than being ugly: being ugly and thinking you were beautiful.

Por que né, você só pode se sentir bem consigo mesma, se arrumar e ser confiante se você for nova e bonita. Mulheres feias ou velhas (ou, deus me ajude, feias e velhas) têm que se esconder mesmo, têm que ser inseguras mesmo. E, claro, você só pode se importar com sua aparência enquanto é para as outras pessoas - enquanto você é jovem. A partir do momento em que essas outras pessoas deixam de considerar você bonita, puf, já era. Hora de se recolher e dar espaço para a nova leva de mulheres jovens e bonitas, já que mulheres obviamente só existem para agradar outras pessoas com sua beleza.

Ew.

Mas enfim, apesar dos pesares, eu gostei da Kelsea. Ela é determinada, ela é inteligente, ela comete erros e paga por isso. Ela é uma boa protagonista. A única coisa que me impediu de cair de amores por ela foi justamente essa cisma que ela - e a própria narrativa - tem com beleza (ou a falta de beleza). O pseudo par romântico também cai nessa "armadilha". Bem, nem sei se posso chamá-lo assim porque né... ele mal aparece e decididamente não lembra muito o que podemos chamar de par romântico. Mas sim, a Kelsea fica toda [heart eyes] pra cima dele por motivo nenhum além de sua aparência. Sighs

O resto do livro é muito bom. A trama é interessante sim e os relacionamentos da história, em sua maioria, são cativantes também. A dinâmica de Kelsea com seus guardas, por exemplo, me agradou bastante apesar do início meio turbulento. E também há as mulheres, que também recebem atenção e são importantes para o plot (amém).

Algo que não tem muito a ver com o livro, mas que me chamou atenção foi o fato de The Queen of the Tearling ter sido promovido e divulgado como um livro YA, mas não, esse decididamente não é um livro YA. É uma fantasia adulta como qualquer outra que, por motivos que suspeito ter a ver com a autora ser uma mulher, a protagonista ser uma garota feia e boa parte dos personagens secundários também serem do gênero feminino, acabou no canto dos YAs, que é famoso por ser dominado por mulheres. O que é uma pena, para falar a verdade. Eu bem sei que a fantasia adulta carece de tramas envolvendo mulheres, mas provavelmente pensaram que os dudebros não achariam algo assim interessante.

Enfim, 4.0 estrelas para The Queen of the Tearling.

site: http://chimeriane.blogspot.com.br/
Desirée 15/07/2015minha estante
Melhor resenha que eu li há um tempo.


Alfredo 05/01/2016minha estante
Quero escrever uma resenha assim quando crescer.


Regi 09/06/2016minha estante
Mais me desanimou do que animou essa sua resenha hahaha
Mas não estou reclamando, não. É só que alguns pontos observados por você me deram uma preguiça enorme de ler o livro.
Parabéns, anyway. Ótima resenha!




Bianca.Bonami 30/12/2017

Se tem uma coisa que essa história fez, foi quebrar com os clichês.
Até hoje, são vistas como bondosas, inteligentes e, principalmente, bonitas (mas existem exceções).
Neste livro, a heroína é inteligente, sim. Mas não é bonita, nem bondosa. No início, ela começa como uma jovem cheia de ideais, mad após receber um soco da realidade, ela muda completamente. Volta e meia ela recai en suas inseguranças, principalmente em relação à sua falta de charme, mas ela sempre se recupera e foca no mais importate: seu reino.
É uma ficção, mas uma que mostra tão bem realidade do ser humano e suas falácias, que a gente crê que está lendo a história da nossa raça.
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Geli 12/04/2015

Uma protagonista muito forte e interessante, mas faltam algumas coisas e sobram algumas coisas nesse livro.
Nayana 12/04/2015minha estante
gostoooou??




May 14/05/2015

EU LI: THE QUEEN OF THE TEARLING de Erica Johansen
Minhas impressões do livro no video.

site: https://www.youtube.com/watch?v=W_3JOFY4L2E
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fevieira 20/01/2017

Gostei bastante da história em si, tem uns problemas com construção de mundo, fiquei um pouco confuso, porém o desenrolar da história é bom, teve alguns momentos que eu fiquei " eita p@rra".
Em geral gostei do livro é um bom livro tem la seus problemas mas é bom...
4 estrelas.
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